PRECAUÇÕES MEGUANIN

Atualizado em 28/05/2016
A terapia com metformina1 deve ser interrompida dois ou três dias antes de cirurgias ou exames radiológicos contrastados, como urografia2 excretora e angiografia3, devendo ser reiniciada após o paciente ter readquirido o controle da função renal4. Em pacientes com quadro clínico de acidose metabólica5 sem evidências de cetoacidose, deve-se suspeitar de acidose6 láctica7. Neste caso, deve-se suspender imediatamente uso da metformina1 e encaminhar o paciente para o tratamento hospitalar em regime suportivo e intensivo, voltado para correção de distúrbios hidroeletrolíticos e metabólicos secundários.Recomenda-se a monitorização, no mínimo anual, da função renal4 nos pacientes em tratamento prolongado com metformina1 devido a eliminação do fármaco8 ocorrer quase completamente por via renal4.
Pode ocorrer diminuição na absorção da vitamina9 B12 nos pacientes em tratamento prolongado com metformina1. Portanto, recomenda-se avaliação periódica dos níveis desta vitamina9 e suplementação10, se necessário.
A metformina1 quando utilizada isoladamente não causa hipoglicemia11, porém quando em terapia combinada12 com sulfoniluréia ou insulina13, o nível de glicose sangüínea14 deve ser monitorizado. Recomenda-se a medição (leitura visual com fitas reagentes) diária da glicose15 sangüínea. A avaliação laboratorial da hemoglobina glicosilada16 deve ser realizada a cada três meses consecutivos de tratamento.
A metformina1 é eficaz no controle hiperglicêmico em pacientes diabéticos, mas não reduz a glicemia17 em pacientes não-diabéticos.
Insuficiência renal18 e/ou hepática19: o uso de metformina1 em pacientes com insuficiência renal18 (creatinina20 maior ou igual a 1,5 mg/dl21) ou insuficiência hepática22 grave é contra-indicado devido estas condições predisporem a elevação do nível de lactato23 e conseqüentes complicações da acidose6 láctica7.
Gravidez24 e lactação25: estudos realizados com metformina1 em animais não demonstraram potencial teratogênico26. No entanto, como não há estudos clínicos adequados com a utilização do fármaco8 na gestação humana, a metformina1 somente deve ser administrada durante a gravidez24 se os benefícios justificarem os potenciais riscos para o feto27. O tratamento deve ser realizado sob criteriosa avaliação e estrito acompanhamento médico.
Não é conhecido se a metformina1 é eliminada no leite materno. A administração deve ser cautelosa e sob orientação médica quando a metformina1 for utilizada durante a lactação25.
Pediatria: não está estabelecida a segurança e a eficácia do uso da metformina1 em crianças.
Idosos: pacientes com função renal4 e hepática19 normais devem seguir a posologia indicada para adultos. Pacientes com idade avançada não devem utilizar a dose diária máxima de metformina1 devido a um possível funcionamento renal4 diminuído.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Metformina: Medicamento para uso oral no tratamento do diabetes tipo 2. Reduz a glicemia por reduzir a quantidade de glicose produzida pelo fígado e ajudando o corpo a responder melhor à insulina produzida pelo pâncreas. Pertence à classe das biguanidas.
2 Urografia: Método de diagnóstico radiológico que utiliza uma substância de contraste para visualizar a anatomia interna das vias excretoras do rim.
3 Angiografia: Método diagnóstico que, através do uso de uma substância de contraste, permite observar a morfologia dos vasos sangüíneos. O contraste é injetado dentro do vaso sangüíneo e o trajeto deste é acompanhado através de radiografias seriadas da área a ser estudada.
4 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
5 Acidose metabólica: A acidose metabólica é uma acidez excessiva do sangue caracterizada por uma concentração anormalmente baixa de bicarbonato no sangue. Quando um aumento do ácido ultrapassa o sistema tampão de amortecimento do pH do organismo, o sangue pode acidificar-se. Quando o pH do sangue diminui, a respiração torna-se mais profunda e mais rápida, porque o corpo tenta liberar o excesso de ácido diminuindo o volume do anidrido carbônico. Os rins também tentam compensá-lo por meio da excreção de uma maior quantidade de ácido na urina. Contudo, ambos os mecanismos podem ser ultrapassados se o corpo continuar a produzir excesso de ácido, o que conduz a uma acidose grave e ao coma. A gasometria arterial é essencial para o seu diagnóstico. O pH está baixo (menor que 7,35) e os níveis de bicarbonato estão diminuídos (<24 mmol/l). Devido à compensação respiratória (hiperventilação), o dióxido de carbono está diminuído e o oxigênio está aumentado.
6 Acidose: Desequilíbrio do meio interno caracterizado por uma maior concentração de íons hidrogênio no organismo. Pode ser produzida pelo ganho de substâncias ácidas ou perda de substâncias alcalinas (básicas).
7 Láctica: Diz-se de ou ácido usado como acidulante e intermediário químico; lática.
8 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
9 Vitamina: Compostos presentes em pequenas quantidades nos diversos alimentos e nutrientes e que são indispensáveis para o desenvolvimento dos processos biológicos normais.
10 Suplementação: Que serve de suplemento para suprir o que falta, que completa ou amplia.
11 Hipoglicemia: Condição que ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de glicose, freqüentemente abaixo de 70 mg/dL, com aparecimento rápido de sintomas. Os sinais de hipoglicemia são: fome, fadiga, tremores, tontura, taquicardia, sudorese, palidez, pele fria e úmida, visão turva e confusão mental. Se não for tratada, pode levar ao coma. É tratada com o consumo de alimentos ricos em carboidratos como pastilhas ou sucos com glicose. Pode também ser tratada com uma injeção de glucagon caso a pessoa esteja inconsciente ou incapaz de engolir. Também chamada de reação à insulina.
12 Terapia combinada: Uso de medicações diferentes ao mesmo tempo (agentes hipoglicemiantes orais ou um agente hipoglicemiante oral e insulina, por exemplo) para administrar os níveis de glicose sangüínea em pessoas com diabetes tipo 2.
13 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
14 Nível de glicose sangüínea: Quantidade de glicose em uma amostra de sangue. É medida em miligramas por decilitros ou mg/dL.
15 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
16 Hemoglobina glicosilada: Hemoglobina glicada, hemoglobina glicosilada, glico-hemoglobina ou HbA1C e, mais recentemente, apenas como A1C é uma ferramenta de diagnóstico na avaliação do controle glicêmico em pacientes diabéticos. Atualmente, a manutenção do nível de A1C abaixo de 7% é considerada um dos principais objetivos do controle glicêmico de pacientes diabéticos. Algumas sociedades médicas adotam metas terapêuticas mais rígidas de 6,5% para os valores de A1C.
17 Glicemia: Valor de concentração da glicose do sangue. Seus valores normais oscilam entre 70 e 110 miligramas por decilitro de sangue (mg/dl).
18 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
19 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
20 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
21 Mg/dL: Miligramas por decilitro, unidade de medida que mostra a concentração de uma substância em uma quantidade específica de fluido.
22 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
23 Lactato: Sal ou éster do ácido láctico ou ânion dele derivado.
24 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
25 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
26 Teratogênico: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
27 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.