PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS METTA SR
Atualizado em 28/05/2016
Antes de iniciar o tratamento com a metformina1, deve ser medida a creatinina4 sérica (nível sérico de creatinina4 < 1,5 mg/dL5 em homens adultos e < 1,4 mg/dL5 em mulheres adultas) e, a seguir, monitorada regularmente:
- uma vez ao ano, em pacientes com função renal6 normal;
- duas a quatro vezes ao ano, quando a creatinina4 sérica estiver no limite máximo normal, especialmente em pessoas idosas, nas quais este limite é inferior.
É necessária cautela se houver qualquer elevação da creatinina4 sérica, por exemplo, no início da terapia diurética anti-hipertensiva.
Se houver necessidade de realizar exames radiográficos com utilização de contrastes (urografia7 excretora, angiografia8), deve-se interromper o tratamento com metformina1 48 horas antes dos exames, só reiniciando-o decorridas 48 horas após a realização dos exames, de maneira a evitar ocorrência de acidose9 láctica10.
A metformina1 pode desencadear ou contribuir para o aparecimento de acidose9 láctica10, complicação que, na ausência de tratamento específico, pode ser fatal. A incidência11 de acidose9 láctica10 pode e deve ser reduzida através da monitorização cuidadosa dos fatores de risco:
Condições - a insuficiência renal12 aguda, orgânica ou funcional, desempenha papel predominante, uma vez que a falta de excreção urinária leva ao acúmulo de metformina1.
São fatores predisponentes: diabetes2 mal controlado, cetose, jejum prolongado, alcoolismo, insuficiência13 hepatocelular, assim como qualquer estado de hipoxemia14 (insuficiência cardíaca congestiva15 necessitando medicação, infarto16 agudo17 do miocárdio18, insuficiência respiratória19, etc).
Sinais20 premonitórios - o aparecimento de cãibras musculares acompanhadas por alterações digestivas, dores abdominais e astenia21 intensa, em um paciente tratado com metformina1, deve despertar a atenção do médico. O tratamento deve ser interrompido se houver elevação dos níveis sangüíneos de lactato22, acompanhada de aumento da creatinina4 sérica.
(Nota - as amostras de sangue23 para determinação do lactato22 devem ser tiradas com o paciente em repouso, sem utilizar garrote. Analisá-las imediatamente ou, caso necessário, transportá-las sobre gelo).
Diagnóstico24 - a acidose9 láctica10 caracteriza-se por dispnéia25 acidótica, dores abdominais, hipotermia26 e, a seguir, coma27. Os exames laboratoriais indicam redução no pH do sangue23, nível sangüíneo de lactato22 superior a 5 mmol/L28 e elevação na relação lactato22-piruvato29.
Incidência11 - na França, a incidência11 de acidose9 láctica10 em pacientes tratados com metformina1 é de 1 caso para 40.000 pacientes/ano.
A metformina1, em associação com a insulina30, tem sido utilizada no tratamento do diabetes Tipo 131, em pacientes selecionados; os benefícios clínicos desta combinação, porém, não estão formalmente estabelecidos.
Gravidez32: este medicamento não deve ser usado durante a gravidez32 Categoria de risco na gravidez32: B - Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Lactação33: este medicamento não deve ser usado durante a lactação33.
Pediatria: este medicamento não é indicado para crianças abaixo de 17 anos.
Pacientes idosos: uma vez que o envelhecimento está associado com redução da função renal6 e a metformina1 é eliminada, fundamentalmente pelos rins34, o produto deve ser usado com cautela em pacientes idosos. Nestes pacientes a dose inicial e a de manutenção devem ser conservadoras. Quaisquer ajustes de posologia somente devem ser feitos após cuidadosa avaliação da função renal6.
Em geral, os pacientes idosos não devem receber a dose máxima do produto.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).
Complementos
1 Metformina: Medicamento para uso oral no tratamento do diabetes tipo 2. Reduz a glicemia por reduzir a quantidade de glicose produzida pelo fígado e ajudando o corpo a responder melhor à insulina produzida pelo pâncreas. Pertence à classe das biguanidas.
2 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
3 Hipocalórico: Que é pouco calórico.
4 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
5 Mg/dL: Miligramas por decilitro, unidade de medida que mostra a concentração de uma substância em uma quantidade específica de fluido.
6 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
7 Urografia: Método de diagnóstico radiológico que utiliza uma substância de contraste para visualizar a anatomia interna das vias excretoras do rim.
8 Angiografia: Método diagnóstico que, através do uso de uma substância de contraste, permite observar a morfologia dos vasos sangüíneos. O contraste é injetado dentro do vaso sangüíneo e o trajeto deste é acompanhado através de radiografias seriadas da área a ser estudada.
9 Acidose: Desequilíbrio do meio interno caracterizado por uma maior concentração de íons hidrogênio no organismo. Pode ser produzida pelo ganho de substâncias ácidas ou perda de substâncias alcalinas (básicas).
10 Láctica: Diz-se de ou ácido usado como acidulante e intermediário químico; lática.
11 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
12 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
13 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
14 Hipoxemia: É a insuficiência de oxigênio no sangue.
15 Insuficiência Cardíaca Congestiva: É uma incapacidade do coração para efetuar as suas funções de forma adequada como conseqüência de enfermidades do próprio coração ou de outros órgãos. O músculo cardíaco vai diminuindo sua força para bombear o sangue para todo o organismo.
16 Infarto: Morte de um tecido por irrigação sangüínea insuficiente. O exemplo mais conhecido é o infarto do miocárdio, no qual se produz a obstrução das artérias coronárias com conseqüente lesão irreversível do músculo cardíaco.
17 Agudo: Descreve algo que acontece repentinamente e por curto período de tempo. O oposto de crônico.
18 Miocárdio: Tecido muscular do CORAÇÃO. Composto de células musculares estriadas e involuntárias (MIÓCITOS CARDÍACOS) conectadas, que formam a bomba contrátil geradora do fluxo sangüíneo. Sinônimos: Músculo Cardíaco; Músculo do Coração
19 Insuficiência respiratória: Condição clínica na qual o sistema respiratório não consegue manter os valores da pressão arterial de oxigênio (PaO2) e/ou da pressão arterial de gás carbônico (PaCO2) dentro dos limites da normalidade, para determinada demanda metabólica. Como a definição está relacionada à incapacidade do sistema respiratório em manter níveis adequados de oxigenação e gás carbônico, foram estabelecidos, para sua caracterização, pontos de corte na gasometria arterial: PaO2 50 mmHg.
20 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
21 Astenia: Sensação de fraqueza, sem perda real da capacidade muscular.
22 Lactato: Sal ou éster do ácido láctico ou ânion dele derivado.
23 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
24 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
25 Dispnéia: Falta de ar ou dificuldade para respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente está associada a alguma doença cardíaca ou pulmonar.
26 Hipotermia: Diminuição da temperatura corporal abaixo de 35ºC.Pode ser produzida por choque, infecção grave ou em estados de congelamento.
27 Coma: 1. Alteração do estado normal de consciência caracterizado pela falta de abertura ocular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos. Pode ser reversível ou evoluir para a morte. 2. Presente do subjuntivo ou imperativo do verbo “comer.“
28 Mmol/L: Milimols por litro, unidade de medida que mostra a concentração de uma substância em uma quantidade específica de fluido.
29 Piruvato: Ácido pirúvico ou piruvato é um composto orgânico contendo três átomos de carbono (C3H4O3), originado ao fim da glicólise. Em meio aquoso, ele dissocia-se formando o ânion piruvato, que é a forma sob a qual participa de processos metabólicos.
30 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
31 Diabetes tipo 1: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada por deficiência na produção de insulina. Ocorre quando o próprio sistema imune do organismo produz anticorpos contra as células-beta produtoras de insulina, destruindo-as. O diabetes tipo 1 se desenvolve principalmente em crianças e jovens, mas pode ocorrer em adultos. Há tendência em apresentar cetoacidose diabética.
32 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
33 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
34 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.