CARACTERISTICAS FARMACOLÓGICAS CEZOLIN

Atualizado em 28/05/2016

Descrição: cefazolina sódica é uma cefalosporina semi-sintética para administração parenteral. É o sal sódico do 3-{[(5-metil-1,3,4- tiadiazol-2-il)tiol]meti l}-8-oxo-7-[2-(1 H-tetrazol-1-i l)acetamido]-5- tia-1-azabiciclo[4.2.0]octo-2-eno-2-ácidocarboxílico. O teor de sódio é 48,3 mg por grama1 de cefazolina sódica.


Farmacologia2 Humana: após administração intramuscular em voluntários normais, as concentrações séricas médias de cefazolina foram 37 mcg/mL em 1 hora e 3 mcg/mL em 8 horas com uma dose de 500 mg e, 64 mcg/mL em 1 hora e 7 mcg/mL em 8 horas com dose de 1 g.

Após a administração intravenosa de cefazolina em voluntários normais, as concentrações séricas médias apresentaram um pico de aproximadamente 185 mcg/mL e foram de aproximadamente 4 mcg/mL em 8 horas, com uma dose de 1 g. A meia-vida sérica da cefazolina é aproximadamente 1,8 hora após administração l.V. e aproximadamente 2 horas após administração l.M. Em um estudo (usando voluntários normais) com infusões intravenosas constantes, de 3,5 mg/kg durante 1 hora (aproximadamente 250 mg) e 1,5 mg/kg nas 2 horas seguintes (aproximadamente 100 mg), a cefazolina produziu um nível sérico constante de aproximadamente 28 mcg/mL na terceira hora. Estudos com pacientes hospitalizados com infecção3 indicam que a cefazolina injetável produz níveis séricos médios equivalentes aos observados em voluntários normais.

Em pacientes sem doença obstrutiva biliar, os níveis na bile4 podem atingir ou exceder até 5 vezes os níveis séricos; porém, em pacientes com doença obstrutiva biliar, os níveis biliares de cefazolina são consideravelmente menores que os níveis séricos (<1,0 mcg/mL).

No líquido sinovial5, os níveis de cefazolina são comparáveis aos alcançados no soro6 cerca de 4 horas após a administração. Estudos no sangue do cordão umbilical7 demonstram pronta transferência da cefazolina através da placenta. A cefazolina está presente em concentrações muito baixas no leite de mães que estão amamentando. A cefazolina é excretada inalterada na urina8. Nas primeiras 6 horas aproximadamente 60% do medicamento são excretados na urina8, aumentando para 70% a 80% em 24 horas. A cefazolina atinge concentrações urinárias máximas de aproximadamente 2400 mcg/mL e 4000 mcg/mL após doses intramusculares de 500 mg e 1 g, respectivamente. Em pacientes submetidos à diálise peritoneal9 (2 Litros/h), a cefazolina produziu

níveis séricos médios de aproximadamente 10 e 30 mcg/mL após 24 horas de instilação de uma solução de diálise10 contendo 50 mg/L e 150mg/L, respectivamente. Os níveis médios de Pico foram 29 mcg/ml com 50mg/L (três pacientes), 72 mcg/mL com 150 mg/L (seis pacientes). A administração intraperitoneal da cefazolina é geralmente bem tolerada. Estudos controlados em vonluntários adultos normais recebendo 1g, 4 vezes ao dia, durante 10 dias, monitorando exames hematológicos, TGO, TGP, bilirrubinas11, fosfatase alcalina12, uremia13, creatinina14 e exames de urina8, não demonstraram qualquer alteração clinicamente significativa que fosse atribuída à cefazolina.


- RESULTADOS DE EFICÁCIA:

Microbiologia: testes in vitro demonstraram que a ação bactericida das cefalosporinas resulta da inibição da síntese da parede celular. A cefazolina é ativa in vitro e em infecções15 clínicas contra os seguintes microrganismos:

Staphylococcus aureus (incluindo cepas16 produtoras de penicilinase);

Staphylococcus epidermidis;

Estreptococos beta-hemolíticos do Grupo A e outras cepas16 de estreptococos (muitas cepas16 de enterococos são resistentes);

Streptococcus pneumoniae;

KIebsieIIa spp.;

Escherichia coIi;

Enterobacter aerogenes;

Proteus mirabilis;

Haemophilus influenzae.

Obs.: Estafilococos meticilina-resistentes são uniformemente resistentes à cefazolina.

A maioria das cepas16 de Proteus indol positivos (Proteus vulgaris), Enterobacter cloacae, Morganella morganii e Providencia rettgeri é resistente. Serratia, Pseudomonas, Mima, Herellea são quase uniformemente resistentes à cefazolina.



Testes de Suscetibilidade


Técnicas de difusão: Métodos quantitativos que requerem a medição do diâmetro do halo proporcionam as estimativas mais precisas da suscetibilidade de microrganismos aos antibióticos. Um procedimento deste tipo (Ref.1) tem sido recomendado para testes de suscetibilidade à cefazolina com uso de discos.


O Teste de suscetibilidade padronizado, com um único disco (Ref.1,2) com 30 mcg de cefazolina, deve ser interpretado de acordo com os seguintes critérios:



Um resultado “suscetível” indica que o patógeno provavelmente será inibido pelos níveis sangüíneos normalmente alcançados, respondendo à terapia. Um resultado “intermediário” sugere que o microrganismo deve ser suscetível se altas doses forem usadas ou se a infecção3 estiver confinada nos tecidos e líquidos onde altos níveis do antibiótico são atingidos (por ex.: Urina8).

Um resultado “resistente” indica que as concentrações alcançadas não serão suficientes para inibir o microorganismo e outra terapia deve ser selecionada.

Procedimentos padronizados requerem o uso de microorganismo de controle laboratorial. O disco de cefazolina 30mcg deve apresentar os seguintes halos de inibição:



Técnicas de Diluição: Usar o método de diluição padronizado pelo Comitê Nacional de Padrões para Laboratório Clínico (caldo ou ágar) ou equivalente. Os valores de concentração inibitória mínima (CIM) obtidos devem ser interpretados de acordo com os seguintes critérios:



Um resultado “suscetível” indica que o patógeno provavelmente será inibido pelos níveis sanguíneos normalmente alcançados. Um resultado “resistente” indica que as concentrações alcançadas não serão suficientes para inibir o microrganismo e outra terapia deve ser selecionada.

Procedimentos padronizados requerem o uso de microrganismo de controle laboratorial. A cefazolina – padrão deve fornecer os seguintes valores de CIM:




Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Grama: 1. Designação comum a diversas ervas da família das gramíneas que formam forrações espontâneas ou que são cultivadas para criar gramados em jardins e parques ou como forrageiras, em pastagens; relva. 2. Unidade de medida de massa no sistema c.g.s., equivalente a 0,001 kg . Símbolo: g.
2 Farmacologia: Ramo da medicina que estuda as propriedades químicas dos medicamentos e suas respectivas classificações.
3 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
4 Bile: Agente emulsificador produzido no FÍGADO e secretado para dentro do DUODENO. Sua composição é formada por s ÁCIDOS E SAIS BILIARES, COLESTEROL e ELETRÓLITOS. A bile auxilia a DIGESTÃO das gorduras no duodeno.
5 Líquido sinovial: Gel viscoso e transparente que lubrifica as estruturas que banha, minorando o atrito entre elas. Ele é encontrado na cavidade da cápsula articular.
6 Soro: Chama-se assim qualquer líquido de características cristalinas e incolor.
7 Sangue do Cordão Umbilical: Sangue do feto. A troca de nutrientes e de resíduos entre o sangue fetal e o materno ocorre através da PLACENTA. O sangue do cordão é o sangue contido nos vasos umbilicais (CORDÃO UMBILICAL) no momento do parto.
8 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
9 Diálise peritoneal: Ao invés de utilizar um filtro artificial para “limpar“ o sangue, é utilizado o peritônio, que é uma membrana localizada dentro do abdômen e que reveste os órgãos internos. Através da colocação de um catéter flexível no abdômen, é feita a infusão de um líquido semelhante a um soro na cavidade abdominal. Este líquido, que chamamos de banho de diálise, vai entrar em contato com o peritônio, e por ele será feita a retirada das substâncias tóxicas do sangue. Após um período de permanência do banho de diálise na cavidade abdominal, este fica saturado de substâncias tóxicas e é então retirado, sendo feita em seguida a infusão de novo banho de diálise. Esse processo é realizado de uma forma contínua e é conhecido por CAPD, sigla em inglês que significa diálise peritoneal ambulatorial contínua. A diálise peritoneal é uma forma segura de tratamento realizada atualmente por mais de 100.000 pacientes no mundo todo.
10 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
11 Bilirrubinas: Pigmento amarelo que é produto da degradação da hemoglobina. Quando aumenta no sangue, acima de seus valores normais, pode produzir uma coloração amarelada da pele e mucosas, denominada icterícia. Pode estar aumentado no sangue devido a aumento da produção do mesmo (excesso de degradação de hemoglobina) ou por dificuldade de escoamento normal (por exemplo, cálculos biliares, hepatite).
12 Fosfatase alcalina: É uma hidrolase, ou seja, uma enzima que possui capacidade de retirar grupos de fosfato de uma distinta gama de moléculas, tais como nucleotídeos, proteínas e alcaloides. Ela é sintetizada por diferentes órgãos e tecidos, como, por exemplo, os ossos, fígado e placenta.
13 Uremia: Doença causada pelo armazenamento de uréia no organismo devido ao mal funcionamento renal. Os sintomas incluem náuseas, vômitos, perda de apetite, fraqueza e confusão mental.
14 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
15 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
16 Cepas: Cepa ou estirpe é um termo da biologia e da genética que se refere a um grupo de descendentes com um ancestral comum que compartilham semelhanças morfológicas e/ou fisiológicas.

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