POSOLOGIA CLORIDRATO DE ROPIVACAÍNA

Atualizado em 28/05/2016

Cloridrato de ropivacaína deverá apenas ser utilizado por ou sob a supervisão de médicos experientes em anestesia1 regional.

A tabela que segue é um guia das doses para os bloqueios mais usados. A dose deve ser baseada na experiência do anestesista e na condição física do paciente.

Em geral, a anestesia1 cirúrgica (ex.: administração peridural2) requer o uso de altas concentrações e doses. Para analgesia recomenda-se o uso de cloridrato de ropivacaína 2 mg/ml, exceto para a administração intra-articular onde cloridrato de ropivacaína 7,5 mg/mL é recomendado.

Vias de administração:
Cloridrato de ropivacaína 7,5 mg/mL: peridural2 lombar para cirúrgia e cesárea, peridural2 torácica, bloqueio nervoso maior, bloqueio de campo e injeção3 intraarticular.

Cloridrato de ropivacaína 10 mg/mL peridural2 lombar para cirurgia.

Cloridrato de ropivacaína 2 mg/mL peridural2 lombar, peridural2 torácica e bloqueio de campo.

Cloridrato de ropivacaína 2 mg/mL: peridural2 lombar e peridural2 torácica.


Recomendação da dose para cloridrato de ropivacaína:




n/a : Não se aplica

1 : A dose para bloqueio nervoso maior deve ser ajustada de acordo com o local de administração e a condição do paciente.

O bloqueio do plexo braquial4 supraclavicular pode estar associado a freqüência maior de reações adversas graves, independentemente do anestésico local utilizado.

2 : Se for utilizada quantidade adicional de ropivacaína por outras técnicas no mesmo paciente, não exceder a dose limite de 225 mg.


As doses apresentadas na tabela acima são aquelas consideradas como necessária à produção de bloqueio com sucesso, devendo ser utilizada como guia para uso em adultos. Podem ocorrer variações individuais no início e duração do efeito. Os dados mostram a faixa de dose média necessária. Para outras técnicas de anestesia1 local, literatura padrão deve ser consultada.

A fim de evitar a injeção3 intravascular5 recomenda-se aspiração cuidadosa antes e durante a administração da dose principal, a qual deve ser injetada lentamente ou em doses crescentes, na velocidade de 25-50 mg/min, sempre observando atentamente as funções vitais do paciente e mantendo contato verbal. Quando se pretende administrar uma dose peridural2, recomenda-se uma dose teste de 3-5 ml de lidocaína (Xylocaína 1-2%) com adrenalina6. A injeção3 intravascular5 acidental pode ser reconhecida pelo aumento temporário da freqüência cardíaca e em caso de injeção3 intratecal acidental, por sinais7 de bloqueio espinhal. A injeção3 deve ser interrompida imediatamente se ocorrerem sintomas8 tóxicos.

Em bloqueio peridural2 para cirurgia, doses únicas de até 250 mg de ropivacaína foram usadas e são bem toleradas.

Quando bloqueios peridurais prolongados são utilizados, tanto por infusão contínua como por administração em bolo repetidas, devem ser considerados os riscos de indução de lesão9 neural ou concentrações tóxicas plasmáticas. A experiência até a presente data indica que a dose acumulada de aproximadamente 800 mg de ropivacaína/24 horas é bem tolerada em adultos, assim como infusão peridural2 contínua pós-operatória de até 28 mg/h por 72 horas.

Para o tratamento da dor pós-operatória recomenda-se a seguinte técnica: a menos que seja instalado antes da operação, induzir o bloqueio peridural2 com cloridrato de ropivacaína 7,5 mg/mL (0,75%) pelo cateter peridural2 colocado antes da operação.

A analgesia é mantida com cloridrato de ropivacaína infusão 2 mg/mL (0,2%). Os estudos clínicos demonstraram que velocidades de infusão de 6-14 mL/h (12-28 cloridrato de ropivacaína

mg/h), proporcionaram analgesia adequada com somente leve bloqueio motor nãoprogressivo na maioria dos casos de dor pós-operatória de grau moderado a grave.

Com essa técnica, foi observada redução significativa da necessidade de opióides. Em estudos clínicos, uma infusão peridural2 de cloridrato de ropivacaína 2 mg/Ml isolado ou associado a fentanila 1-4 mcg/mL foi administrada por até 72 horas para o controle da dor pós-operatória. Cloridrato de ropivacaína 2 mg/mL (6-14 mL/h) forneceu alívio da dor adequado para a maioria dos pacientes. A combinação de cloridrato de ropivacaína e fentanila forneceu melhor alívio da dor, mas causou efeitos colaterais10 de opióides. Concentrações acima de 10 mg/mL não estão bem documentadas para uso em cesárea. Quando bloqueios periféricos nervosos prolongados são aplicados, seja por infusão contínua ou através de injeções repetidas, os riscos de atingir a concentração plasmática tóxica ou induzir lesão9 neural local, devem ser considerados.

Até que se obtenha maior experiência, cloridrato de ropivacaína não está recomendado para crianças abaixo de 12 anos.

Cloridrato de ropivacaína solução para infusão em bolsas plásticas é quimicamente e fisicamente compatível com as seguintes drogas:


CONCENTRAÇÕES DE CLORIDRATO DE ROPIVACAÍNA (1-2 mg/mL)


ADITIVO                                                                                                CONCENTRAÇÃO

citrato de fentanila................................................................................................ (1,0 - 10,0 mcg/mL)

citrato de sufentanila.............................................................................................. (0,4 - 4,0 mcg/mL)

sulfato de morfina............................................................................................. (20,0 - 100,0 mcg/mL)

cloridrato de clonidina........................................................................................... (5,0 - 50,0 mcg/mL)


As misturas são quimicamente e fisicamente estáveis por 30 dias a 30ºC.


Do ponto de vista microbiológico11, as misturas devem ser usadas imediatamente.

Em caso contrário, os tempos de estocagem e as condições antes do uso são de responsabilidade do usuário.


- PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS:

Os procedimentos anestésicos regionais devem sempre ser realizados em local com pessoal, equipamentos e medicamentos adequados para a monitorização e ressuscitação de emergência12. Os pacientes que serão submetidos a bloqueios maiores devem estar em ótimas condições e ter acesso venoso instalado antes do início do bloqueio. O médico responsável deverá tomar as precauções necessárias para evitar a administração intravascular5 (ver item Posologia e Modo de Usar), ser devidamente treinado e estar familiarizado com o diagnóstico13 e tratamento de efeitos colaterais10, toxicidade14 sistêmica e outras complicações (ver item Superdosagem). O bloqueio nervoso periférico maior pode implicar na administração de grande volume de anestésico local em áreas altamente vascularizadas frequetemente perto de grandes vasos aonde existe um risco aumentado de injeção3 intravascular5 e/ou absorção sistêmica rápida, a qual pode desencadear altas concentrações plasmáticas.

Certos procedimentos anestésicos locais, tais como injeção3 nas regiões cabeça15 ou pescoço16, podem estar associados com uma maior frequência de reações adversas graves, independentemente do anestésico local utilizado.

Pacientes em condição geral debilitada devida à idade ou outros fatores, tais como bloqueio parcial ou completo da condução cardíaca, hepatopatia avançada ou disfunção renal17 severa, requerem especial atenção, embora a anestésia regional seja frequentemente a técnica anestésica ótima nesses pacientes.

A ropivacaína é metabolizada pelo fígado18, portanto, deve ser usada com cuidado em pacientes com hepatopatia grave. Pode ser necessário reduzir as doses repetidas devido à demora na eliminação. Geralmente não é necessário modificar a dose em pacientes com insuficiência renal19, quando cloridrato de ropivacaína é utilizado em dose única ou em tratamento de curta duração. A acidose20 e redução da concentração das proteínas21 plasmáticas, frequentemente observadas em pacientes com insuficiência renal19 crônica, podem aumentar o risco de toxicidade14 crônica, podem aumentar o risco de toxicidade14 sistêmica (ver item Posologia e Modo de Usar).

A anestesia1 peridural2 pode ocasionar hipotensão22 e bradicardia23. O risco de tais efeitos pode ser reduzido, por exemplo, pela expansão volêmica ou pela injeção3 de um vasopressor. A hipotensão22 deve ser tratada imediatamente com, por exemplo, 5-10 mg de efedrina por via intravenosa, sendo repetidos se necessário.

Quando cloridrato de ropivacaína é administrado como injeção3 intra-articular recomenda-se cautela quando há suspeita de traumatismo24 articular recente maior ou quando pelo procedimento cirúrgico houver formação de superfícies cruentas no interior da articulação25, uma vez que isto pode acelerar a absorção e resultar em concentrações plasmáticas maiores. A administração prolongada de ropivacaína deve ser evitada em pacientes tratados com inibidores potentes da CYP1A2 como a fluvoxamina e a enoxacina (ver item Interações Medicamentosas).

Efeitos sobre a capacidade de dirigir autos e operar máquinas

Além do efeito anestésico direto, os anestésicos locais podem ter efeitos muito leves na função mental e coordenação até mesmo na ausência evidente de toxicidade14 do SNC26 e podem, temporariamente, prejudicar a locomoção e vigília.

Uso durante a gravidez27 e lactação28

Gravidez27

Exceto pelo uso obstétrico, não existem dados adequados sobre o uso de ropivacaína durante a gestação. Estudos em animais não indicam efeitos nocivos diretos ou indiretos em relação à gestação, desenvolvimento embrionário/fetal, parto ou desenvolvimento pós-natal.



Lactação28

Não existem estudos sobre a excreção de ropivacaína ou de seus metabólitos29 no leite humano. Baseado na relação leite/concentração plasmática em ratas, a dose diária estimada para um filhote é de aproximadamente 4% da dose administrada à mãe. Assumindo que a relação em humanos é da mesma grandeza, a dose total de ropivacaína a qual o recém-nascido é exposto pelo aleitamento é bem menor que a exposição no útero30 em mulheres grávidas de termo.


Interações medicamentosas

A ropivacaína deve ser usada com cuidado em pacientes sob tratamento com outros anestésicos locais ou outras substâncias estruturalmente relacionadas com os anestésicos locais do tipo amida, como por exemplo certos antiarrítmicos como a lidocaína e a mexiletina, uma vez que os efeitos sistêmicos31 tóxicos são aditivos.

Em voluntários sádios, a depuração de ropivacaína foi reduzida em até 77% durante a administração concomitante de fluvoxamina, um inibidor competitivo potente da P4501A2. A CYP1A2 está envolvida na formação de 3-hidroxi-ropivacaína, um metabólito32 importante. Portanto, inibidores potentes da CYP1A2 como fluvoxamina e a enoxacina, administrados concomitantemente com cloridrato de ropivacaína, podem causar uma interação medicamentosa que leva ao aumento da concentração plasmática de ropivacaína. Portanto, a administração da ropivacaína a longo prazo deve ser evitada em pacientes tratados com inibidores potentes da CYP1A2 como a fluvoxamina e a enoxacina (ver item Precauções e Advertências).

Incompatibilidades: a alcalinização pode causar precipitação, pois a ropivacaína é pouco solúvel em pH superior a 6.


- REAÇÕES ADVERSAS:

Geral

O perfil de reações adversas da ropivacaína é similar ao dos outros anestésicos locais de longa duração do tipo amida.

Como para outros anestésicos locais, os afeitos colaterais relatados após o uso de cloridrato de ropivacaína incluem efeitos fisiológicos do bloqueio nervoso propriamente, como hipotensão22, bradicardia23 e retenção urinária33 após bloqueio peridural2 e eventos causados diretamente pela introdução da agulha (ex.: hematoma34 espinhal, cefaléia35 após punção pós-dural) ou indiretamente pela introdução de microrganismos (ex.: meningite36 e abcesso peridural2).

As reações adversas mencionadas abaixo incluem não apenas as reações causadas pelo fármaco37, mas também efeitos colaterais10 fisiológicos frequentemente associados.

A porcentagem esperada de pacientes que apresentam reações adversas varia com a via de administração de cloridrato de ropivacaína. Reações adversas sistêmicas de cloridrato de ropivacaína ocorrem, em geral, por administração intravascular5 acidental, dose excessiva ou absorção rápida.


Reações adversas (de todos os tipos de bloqueio)



* : Estas reações são mais frequentes após anestesia1 espinhal.

** : Estes sintomas8 ocorrem, em geral, por injeção3 intravascular5 acidental,

superdosagem ou absorção rápida (ver item Superdosagem).


Reações adversas relacionadas à classe terapêutica38: Esta seção inclui complicações relacionadas com a técnica anestésica independente do anestésico local utilizado.


Complicações neurológicas: Neuropatia39 e disfunção medular ( ex.: síndrome40 da artéria41 espinhal anterior, aracnoidites, síndrome40 da cauda eqüina) têm sido associadas a anestesia1 peridural2.

Bloqueio espinhal total: O bloqueio espinhal total pode ocorrer se a dose epidural42 é inadvertidamente administrada intratecal.


- SUPERDOSE:

Sinais7 e sintomas8: Reações sistêmicas tóxicas envolvem, primariamente, o sistema nervoso central43 (SNC26) e o sistema cardiovascular44. Tais reações são causadas pela alta concentração sanguínea do anestésico local, que pode ocorrer devido a administração intravascular5 (acidental), superdosagem ou por absorção excepcionalmente rápida de áreas altamente vascularizadas (ver item Precauções e Advertências).

As reações do SNC26 são similares para todos os anestésicos locais do tipo amida, enquanto que as reações cardíacas são mais dependentes do fármaco37, tanto quantitativamente quanto qualitativamente.

A injeção3 intravascular5 acidental de anestésicos locais pode causar efeitos tóxicos imediatos (dentro de segundos a poucos minutos). Na ocorrência de superdosagem, a toxicidade14 sistêmica aparece mais tarde (15-60 minutos após a injeção3) por causa do aumento mais lento da concentração sanguínea do anestésico local.

A toxicidade14 do sistema nervoso central43 é uma resposta gradual com sinais7 e sintomas8 de gravidade crescente. Em geral, os primeiros sintomas8 são: alucinações45, parestesia46 perioral, dormência47 da língua48, hiperacusia, zumbidos e alterações visuais. Disartria49, contraturas musculares ou tremores são mais graves e precedem o início de convulsões generalizadas.

Estes sinais7 não devem ser confundidos com comportamento neurótico. Em seqüência, podem ocorrer inconsciência50 e convulsões do tipo grande mal, podendo durar de poucos segundos até muitos minutos. Hipóxia51 e hipercarbia ocorrem rapidamente durante as convulsões devido ao aumento da atividade muscular, em conjunto com a interferência da respiração. Em casos graves, pode ocorrer até apnéia52. A acidose20 aumenta e prolonga os efeitos tóxicos dos anestésicos locais. A

recuperação segue-se à redistribuição do anestésico local do sistema nervoso central43 e subseqüente metabolismo53 e excreção. A recuperação pode ser rápida, a menos que tenha sido administrada grande quantidade do anestésico.

A toxicidade14 cardiovascular indica uma situação mais grave e, em geral, é precedida por sinais7 de toxicidade14 no SNC26, exceto se o paciente estiver recebendo um anestésico geral ou estiver profundamente sedado com benzodiazepínicos ou barbitúricos.

Podem ocorrer hipotensão22, bradicardia23, arritmia54 e até mesmo parada cardíaca como resultado de altas concentrações sistêmicas de anestésicos locais.

Tratamento: Em caso de sinais7 de toxicidade14 sistêmica, a administração deve ser interrompida imediatamente.

Na ocorrência de convulsões, tratamento será necessário, de maneira a manter a oxigenação, eliminar as convulsões e manter a circulação55.

Deve-se administrar oxigênio e, quando necessário, ventilação56 assistida (máscara e bolsa ou intubação traqueal). Se as convulsões não pararem espontaneamente dentro de 15 – 20 segundos, administrar intravenosamente um anticonvulsivante.

O tiopental sódico na dose de 1,3 mg/kg (i.v.). Convulsões prolongadas podem prejudicar a ventilação56 e a oxigenação do paciente. Neste caso, a administração de um relaxante muscular (por exemplo: succinilcolina, 1 mg/kg) irá eliminar as convulsões rapidamente de forma que a ventilação56 e a oxigenação possam ser controladas. A intubação traqueal deve ser considerada em tais situações.

Se a depressão cardiovascular é evidente (hipotensão22, bradicardia23), deve-se administrar 5 – 10 mg de efedrina (i.v.) e, se necessário, repetir a aplicação após 2 – 3 minutos. Em caso de parada circulatória, instituir ressuscitação cardiopulmonar imediatamente. Adequada oxigenação e ventilação56 e suporte cardiovascular, bem como o tratamento da acidose20 são de importância vital.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Anestesia: Diminuição parcial ou total da sensibilidade dolorosa. Pode ser induzida por diferentes medicamentos ou ser parte de uma doença neurológica.
2 Peridural: Mesmo que epidural. Localizado entre a dura-máter e a vértebra (diz-se do espaço do canal raquidiano). Na anatomia geral e na anestesiologia, é o que se localiza ou que se faz em torno da dura-máter.
3 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
4 Plexo Braquial: A maior rede de fibras nervosas que inervam a extremidade superior. O plexo braquial estende-se do pescoço até a axila. Em humanos, os nervos deste plexo usualmente se originam dos segmentos inferior cervival e primeiro torácico da medula espinhal (C5-C8 e T1), porém variações não são incomuns.
5 Intravascular: Relativo ao interior dos vasos sanguíneos e linfáticos, ou que ali se situa ou ocorre.
6 Adrenalina: 1. Hormônio secretado pela medula das glândulas suprarrenais. Atua no mecanismo da elevação da pressão sanguínea, é importante na produção de respostas fisiológicas rápidas do organismo aos estímulos externos. Usualmente utilizado como estimulante cardíaco, como vasoconstritor nas hemorragias da pele, para prolongar os efeitos de anestésicos locais e como relaxante muscular na asma brônquica. 2. No sentido informal significa disposição física, emocional e mental na realização de tarefas, projetos, etc. Energia, força, vigor.
7 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
8 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
9 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
10 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
11 Microbiológico: Referente à microbiologia, ou seja, à especialidade biomédica que estuda os microrganismos patogênicos, responsáveis pelas doenças infecciosas, englobando a bacteriologia (bactérias), virologia (vírus) e micologia (fungos).
12 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
13 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
14 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
15 Cabeça:
16 Pescoço:
17 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
18 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
19 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
20 Acidose: Desequilíbrio do meio interno caracterizado por uma maior concentração de íons hidrogênio no organismo. Pode ser produzida pelo ganho de substâncias ácidas ou perda de substâncias alcalinas (básicas).
21 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
22 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
23 Bradicardia: Diminuição da freqüência cardíaca a menos de 60 batimentos por minuto. Pode estar associada a distúrbios da condução cardíaca, ao efeito de alguns medicamentos ou a causas fisiológicas (bradicardia do desportista).
24 Traumatismo: Lesão produzida pela ação de um agente vulnerante físico, químico ou biológico e etc. sobre uma ou várias partes do organismo.
25 Articulação: 1. Ponto de contato, de junção de duas partes do corpo ou de dois ou mais ossos. 2. Ponto de conexão entre dois órgãos ou segmentos de um mesmo órgão ou estrutura, que geralmente dá flexibilidade e facilita a separação das partes. 3. Ato ou efeito de articular-se. 4. Conjunto dos movimentos dos órgãos fonadores (articuladores) para a produção dos sons da linguagem.
26 SNC: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
27 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
28 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
29 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
30 Útero: Orgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
31 Sistêmicos: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
32 Metabólito: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
33 Retenção urinária: É um problema de esvaziamento da bexiga causado por diferentes condições. Normalmente, o ato miccional pode ser iniciado voluntariamente e a bexiga se esvazia por completo. Retenção urinária é a retenção anormal de urina na bexiga.
34 Hematoma: Acúmulo de sangue em um órgão ou tecido após uma hemorragia.
35 Cefaleia: Sinônimo de dor de cabeça. Este termo engloba todas as dores de cabeça existentes, ou seja, enxaqueca ou migrânea, cefaleia ou dor de cabeça tensional, cefaleia cervicogênica, cefaleia em pontada, cefaleia secundária a sinusite, etc... são tipos dentro do grupo das cefaleias ou dores de cabeça. A cefaleia tipo tensional é a mais comum (acomete 78% da população), seguida da enxaqueca ou migrânea (16% da população).
36 Meningite: Inflamação das meninges, aguda ou crônica, quase sempre de origem infecciosa, com ou sem reação purulenta do líquido cefalorraquidiano. As meninges são três membranas superpostas (dura-máter, aracnoide e pia-máter) que envolvem o encéfalo e a medula espinhal.
37 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
38 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
39 Neuropatia: Doença do sistema nervoso. As três principais formas de neuropatia em pessoas diabéticas são a neuropatia periférica, neuropatia autonômica e mononeuropatia. A forma mais comum é a neuropatia periférica, que afeta principalmente pernas e pés.
40 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
41 Artéria: Vaso sangüíneo de grande calibre que leva sangue oxigenado do coração a todas as partes do corpo.
42 Epidural: Mesmo que peridural. Localizado entre a dura-máter e a vértebra (diz-se do espaço do canal raquidiano). Na anatomia geral e na anestesiologia, é o que se localiza ou que se faz em torno da dura-máter.
43 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
44 Sistema cardiovascular: O sistema cardiovascular ou sistema circulatório sanguíneo é formado por um circuito fechado de tubos (artérias, veias e capilares) dentro dos quais circula o sangue e por um órgão central, o coração, que atua como bomba. Ele move o sangue através dos vasos sanguíneos e distribui substâncias por todo o organismo.
45 Alucinações: Perturbações mentais que se caracterizam pelo aparecimento de sensações (visuais, auditivas, etc.) atribuídas a causas objetivas que, na realidade, inexistem; sensações sem objeto. Impressões ou noções falsas, sem fundamento na realidade; devaneios, delírios, enganos, ilusões.
46 Parestesia: Sensação cutânea subjetiva (ex.: frio, calor, formigamento, pressão, etc.) vivenciada espontaneamente na ausência de estimulação.
47 Dormência: 1. Estado ou característica de quem ou do que dorme. 2. No sentido figurado, inércia com relação a se fazer alguma coisa, a se tomar uma atitude, etc., resultando numa abulia ou falta de ação; entorpecimento, estagnação, marasmo. 3. Situação de total repouso; quietação. 4. No sentido figurado, insensibilidade espiritual de um ser diante do mundo. Sensação desagradável caracterizada por perda da sensibilidade e sensação de formigamento, e que geralmente ocorre nas extremidades dos membros. 5. Em biologia, é um período longo de inatividade, com metabolismo reduzido ou suspenso, geralmente associado a condições ambientais desfavoráveis; estivação.
48 Língua:
49 Disartria: Distúrbio neurológico caracterizado pela incapacidade de articular as palavras de maneira correta (dificuldade na produção de fonemas). Entre as suas principais causas estão as lesões nos nervos centrais e as doenças neuromusculares.
50 Inconsciência: Distúrbio no estado de alerta, no qual existe uma incapacidade de reconhecer e reagir perante estímulos externos. Pode apresentar-se em tumores, infecções e infartos do sistema nervoso central, assim como também em intoxicações por substâncias endógenas ou exógenas.
51 Hipóxia: Estado de baixo teor de oxigênio nos tecidos orgânicos que pode ocorrer por diversos fatores, tais como mudança repentina para um ambiente com ar rarefeito (locais de grande altitude) ou por uma alteração em qualquer mecanismo de transporte de oxigênio, desde as vias respiratórias superiores até os tecidos orgânicos.
52 Apnéia: É uma parada respiratória provocada pelo colabamento total das paredes da faringe que ocorre principalmente enquanto a pessoa está dormindo e roncando. No adulto, considera-se apnéia após 10 segundos de parada respiratória. Como a criança tem uma reserva menor, às vezes, depois de dois ou três segundos, o sangue já se empobrece de oxigênio.
53 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
54 Arritmia: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
55 Circulação: 1. Ato ou efeito de circular. 2. Facilidade de se mover usando as vias de comunicação; giro, curso, trânsito. 3. Movimento do sangue, fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos do corpo e do coração.
56 Ventilação: 1. Ação ou efeito de ventilar, passagem contínua de ar fresco e renovado, num espaço ou recinto. 2. Agitação ou movimentação do ar, natural ou provocada para estabelecer sua circulação dentro de um ambiente. 3. Em fisiologia, é o movimento de ar nos pulmões. Perfusão Em medicina, é a introdução de substância líquida nos tecidos por meio de injeção em vasos sanguíneos.

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