REAÇÕES ADVERSAS IFOSFAMIDA

Atualizado em 28/05/2016

AS REAÇÕES ADVERSAS OBSERVADAS PODEM SER DE DIFERENTE INTENSIDADE, DEPENDENDO DA SENSIBILIDADE INDIVIDUAL, TIPO DE DOENÇA E DOSE ADMINISTRADA; REQUEREM UMA MEDICAÇÃO PRÉVIA E CONCOMITANTE ADEQUADA.
COM A ADMINISTRAÇÃO DE DOSES ELEVADAS PODEM OCORRER NÁUSEAS1 E VÔMITOS2, GERALMENTE CONTROLÁVEIS MEDIANTE A ADMINISTRAÇÃO PRÉVIA DE UM ANTIEMÉTICO3 DO TIPO FENOTIAZÍNICO.
PODE OCORRER ALOPÉCIA4, QUE É REVERSÍVEL APÓS ALGUMAS SEMANAS.
O USO DE DOSES ELEVADAS DE IFOSFAMIDA PROVOCA LEUCOPENIA5, QUE É REVERSÍVEL DENTRO DE 5-10 DIAS. PODE OCORRER TAMBÉM ERITROCITOPENIA E TROMBOCITOPENIA6. EM VIRTUDE DESSAS ALTERAÇÕES, DEVERÃO SER REALIZADOS CONTROLES PERIÓDICOS DO QUADRO SANGÜÍNEO; ACONSELHASE TAMBÉM PRATICAR UMA TERAPIA CONCOMITANTE À BASE DE ANTIBIÓTICOS E ANTIMICÓTICOS. INDICA-SE TAMBÉM TRANSFUSÕES SANGÜÍNEAS E ADMINISTRAÇÃO DE GAMAGLOBULINA7.
A TERAPIA COM IFOSFAMIDA PODE CAUSAR CISTITE8, INCLUSIVE HEMORRÁGICA9; POR ESTA RAZÃO, SÃO NECESSÁRIOS CONTROLES REGULARES, MESMO DIÁRIOS, DO SEDIMENTO URINÁRIO DURANTE O TRATAMENTO. COMO MEDIDA PROFILÁTICA, RECOMENDA-SE A ADMINISTRAÇÃO ABUNDANTE DE LÍQUIDOS, PELO MENOS 4LITROS/DIA, E UM DIURÉTICO10 PODE SER DE GRANDE VALOR. A ALCALINIZAÇÃO DA URINA11 (EX.: COMPLEXOS DE CITRATO) DEVE SER REALIZADA DURANTE PELO MENOS 24 HORAS APÓS A ÚLTIMA DOSE DO MEDICAMENTO. RECOMENDA-SE ADMINISTRAÇÃO CONJUNTA DO UROPROTETOR MESNA NA PROPORÇÃO DE 20% DA DOSE DE IFOSFAMIDA, 15 MINUTOS ANTES E 4 E 8 HORAS APÓS A ADMINISTRAÇÃO DE IFOSFAMIDA, PARA DIMINUIÇÃO DA UROTOXICIDADE DO CITOSTÁTICO12, E REDUÇÃO DO RISCO DE LESÕES13 DO TIPO HEMORRÁGICA9 NO TRATO URINÁRIO14.
ESTAS MEDIDAS DEVEM SER SEGUIDAS ESPECIALMENTE EM PACIENTES DE ALTO RISCO, OU SEJA, AQUELES QUE APRESENTAM HISTÓRIA DE DOENÇAS DA BEXIGA15, OU QUE FORAM SUBMETIDOS ANTERIORMENTE A IRRADIAÇÕES ABDOMINAIS BAIXAS. POR ESTA RAZÃO, SÃO NECESSÁRIOS CONTROLES REGULARES, ATÉ DIÁRIOS, DO SEDIMENTO URINÁRIO.
AS FUNÇÕES HEPÁTICA16 E RENAL17 NÃO SOFREM ALTERAÇÕES DESDE QUE SE APRESENTEM NORMAIS NO INÍCIO DA TERAPIA. CASO HAJA ALTERAÇÃO DESTAS FUNÇÕES, A TERAPIA DEVERÁ SER ADIADA ATÉ NORMALIZAÇÃO DAS MESMAS.
PODEM OCORRER DISTÚRBIOS TRANSITÓRIOS DE DESORIENTAÇÃO E CONFUSÃO MENTAL. A ESPERMATOGÊNESE E A OVULAÇÃO18 PODEM SER AFETADAS.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
2 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
3 Antiemético: Substância que evita o vômito.
4 Alopécia: Redução parcial ou total de pêlos ou cabelos em uma determinada área de pele. Ela apresenta várias causas, podendo ter evolução progressiva, resolução espontânea ou ser controlada com tratamento médico. Quando afeta todos os pêlos do corpo, é chamada de alopécia universal.
5 Leucopenia: Redução no número de leucócitos no sangue. Os leucócitos são responsáveis pelas defesas do organismo, são os glóbulos brancos. Quando a quantidade de leucócitos no sangue é inferior a 6000 leucócitos por milímetro cúbico, diz-se que o indivíduo apresenta leucopenia.
6 Trombocitopenia: É a redução do número de plaquetas no sangue. Contrário de trombocitose. Quando a quantidade de plaquetas no sangue é inferior a 150.000/mm³, diz-se que o indivíduo apresenta trombocitopenia (ou plaquetopenia). As pessoas com trombocitopenia apresentam tendência de sofrer hemorragias.
7 Gamaglobulina: Proteína do plasma sanguíneo que pertence à família das imunoglobulinas.
8 Cistite: Inflamação ou infecção da bexiga. É uma das infecções mais freqüentes em mulheres, e manifesta-se por ardor ao urinar, urina escura ou com traços de sangue, aumento na freqüência miccional, etc.
9 Hemorrágica: Relativo à hemorragia, ou seja, ao escoamento de sangue para fora dos vasos sanguíneos.
10 Diurético: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
11 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
12 Citostático: Diz-se de substância que inibe o crescimento ou a reprodução das células.
13 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
14 Trato Urinário:
15 Bexiga: Órgão cavitário, situado na cavidade pélvica, no qual é armazenada a urina, que é produzida pelos rins. É uma víscera oca caracterizada por sua distensibilidade. Tem a forma de pêra quando está vazia e a forma de bola quando está cheia.
16 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
17 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
18 Ovulação: Ovocitação, oocitação ou ovulação nos seres humanos, bem como na maioria dos mamíferos, é o processo que libera o ovócito II em metáfase II do ovário. (Em outras espécies em vez desta célula é liberado o óvulo.) Nos dias anteriores à ovocitação, o folículo secundário cresce rapidamente, sob a influência do FSH e do LH. Ao mesmo tempo que há o desenvolvimento final do folículo, há um aumento abrupto de LH, fazendo com que o ovócito I no seu interior complete a meiose I, e o folículo passe ao estágio de pré-ovocitação. A meiose II também é iniciada, mas é interrompida em metáfase II aproximadamente 3 horas antes da ovocitação, caracterizando a formação do ovócito II. A elevada concentração de LH provoca a digestão das fibras colágenas em torno do folículo, e os níveis mais altos de prostaglandinas causam contrações na parede ovariana, que provocam a extrusão do ovócito II.

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