INFORMAÇÕES AO PACIENTE VI-FERRIN

Atualizado em 28/05/2016


MODO DE AÇÃO: A atividade antianêmica de VI-FERRIN® deve-se à presença do elemento ferro que, associado ao Ácido Fólico, responsável pela transformação e síntese de vários aminoácidos, juntamente com a Cianocobalamina, que desempenha importante papel na síntese do DNA, estende sua ação em pacientes nos estados de desnutrição1 e convalescença.

INDICAÇÕES: No tratamento das anemias ferroprivas, estados de desnutrição1 e convalescença.

CONTRAINDICAÇÕES: É contraindicado em pacientes que tenham demonstrado hipersensibilidade aos componentes da formulação, em pacientes que recebem transfusões de sangue2 repetidas ou com anemia3 não causada pela falta de ferro.

ADVERTÊNCIA: Não utilizar o produto por período prolongado (mais do que seis meses) e nas doses acima das recomendadas, exceto por indicação médica.

Na presença de anemia perniciosa4 o risco/benefício da administração do produto deve ser avaliado, pois o ácido fólico corrige as anomalias sanguíneas porém os problemas neurológicos progridem de forma irreversível. O uso do produto em pacientes com anemia perniciosa4 pode ocasionar problemas neurológicos. O uso do produto em anemias deve se restringir às anemias megaloblásticas.

Pacientes que apresentam toxoplasmose5 e fazem uso de pirimetamina devem evitar o uso do produto.

Como todo medicamento, VI-FERRIN não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Deve ser usado com cautela em pacientes que estejam fazendo uso de anticonvulsivantes.

VI-FERRIN® não deve ser administrado concomitantemente a metotrexato, triantereno, sulfonamidas e trimetoprima.

“Informe ao seu médico se ocorrer gravidez6 ou iniciar amamentação7 durante o uso deste medicamento”.

“Não há contraindicação relativa a faixas etárias”.

“Informe ao médico o aparecimento de reações desagradáveis”.

“Informe ao seu médico se você estiver fazendo uso de algum medicamento”.

“Informar ao médico se está amamentando”.

MODO DE USO E POSOLOGIA

COMPRIMIDOS REVESTIDOS:

Adultos e adolescentes: 1 comprimido revestido, 2 vezes ao dia, preferencialmente antes das refeições.

“Os comprimidos devem ser tomados inteiros com água”.

ELIXIR:

Crianças - até 20 kg: 5ml, 2 vezes ao dia, preferencialmente antes das refeições.

Crianças - acima de 20 kg: 15ml ao dia, preferencialmente antes da principal refeição.

Adolescentes e Adultos - 15ml, 2 vezes ao dia, preferencialmente antes das refeições.

Utilizar o copo medida até a marca indicativa de ml.

GOTAS:

Lactentes8 e crianças de até 1 ano de idade: 1 gota9 (0,05 ml) por kg de peso ao dia.

Crianças até 20 kg: 10 gotas (0,5 ml), 2 vezes ao dia, preferencialmente antes das refeições.

Crianças acima de 20 kg: 20 gotas (1,0 ml), 2 vezes ao dia, preferencialmente antes das refeições.

“SIGA CORRETAMENTE O MODO DE USAR. NÃO DESAPARECENDO OS SINTOMAS10, PROCURE ORIENTAÇÃO MÉDICA”.

“ANTES DE USAR, OBSERVE O ASPECTO DO MEDICAMENTO”.

EFEITOS ADVERSOS: A diarreia11 e o escurecimento das fezes são os efeitos mais frequentes do uso de sais de ferro. Em alguns pacientes pode causar diarreia11, reversível com a redução da posologia e/ou suspensão do tratamento.

CONDUTA NA SUPERDOSAGEM: Em crianças, deverá ser feito uma dosagem de emergência12 da concentração de ferro no plasma13.

CUIDADO DE CONSERVAÇÃO E USO: Conservar o produto na embalagem, ao abrigo do calor excessivo, protegido da luz e umidade. O prazo de validade é de 24 meses, se observados os cuidados de armazenamento.

“Este produto contém, na forma elixir, corante amarelo de tartrazina (FD&C Nº 5), que pode causar reações de natureza alérgica em pessoas suscetíveis, entre as quais: asma14 brônquica e urticária”.

“TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS”.

“NAO USAR MEDICAMENTO COM O PRAZO DE VALIDADE VENCIDO”.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

O ferro é um componente essencial para a formação fisiológica15 do heme e a capacidade resultante em transportar o oxigênio, tendo uma função similar na produção da mioglobina. O ferro também serve como cofator de várias enzimas essenciais. Após a administração por via oral, o ferro passa através das células16 mucosas17 em estado ferroso e se une à proteína transferrina. Nessa forma, o ferro é transportado, no organismo, até a medula óssea18, para a produção de glóbulos vermelhos, estimulada pela eritropoetina19. É geralmente absorvido na parte superior do intestino delgado20 e a absorção é aumentada quando os depósitos de ferro estão vazios, ou quando aumenta a produção de glóbulos vermelhos. O ferro é encontrado em seres humanos, quase exclusivamente complexado à proteína (ferritina), ou em moléculas de hemosiderina. Aproximadamente 70% estão na hemoglobina21, 25% nos estoques de ferro como ferritina ou hemosiderina, 4% na mioglobina, 0,5% em enzimas e 0,1% na transferrina. Tanto os estoques de ferritina como os de hemosiderina do corpo estão localizados no fígado22, sistema retículo endotelial, baço23 e medula óssea18. Apresenta uma alta taxa de ligação a proteínas24 (cerca de 90%). O ferro, sob a forma ferrosa, passa através da mucosa25 gastrintestinal diretamente para a corrente sanguínea e é imediatamente ligado à transferrina, que transporta o ferro para a medula óssea18 onde é incorporada na molécula de hemoglobina21. O tempo para atingir a concentração máxima de ferro é de 2 a 3 horas após a administração.

Não existe um mecanismo fisiológico26 de eliminação do ferro, podendo se acumular no organismo em quantidades tóxicas; entretanto, pequenas quantidades são perdidas diariamente na mudança de pelos, cabelos, unhas27, assim como nas fezes, transpiração28, leite materno, urina29 e menstruação30, totalizando cerca de 0,5 a 1,5 mg por dia. O ácido fólico intervém fundamentalmente no transporte e transferência metabólica dos grupos químicos monocarbonados (grupos metil e formil), através de prévia transformação em ácido tetrahidrofólico que é capaz de aceptar esses grupos químicos e formar coenzimas tais como o ácido folínico e o ácido metiltetrahidrofólico. Nessa forma, o ácido fólico intervém na transformação e síntese de diversos aminoácidos, transforma a glicina em serina, atua sobre as purinas, piridinas e é necessário para que ocorra por metilação a transformação do uracil em timina; sendo essa reação essencial para a síntese do DNA. Corresponde por esse mecanismo que o ácido fólico tenha uma intervenção importante no metabólito31 essencial para a embriogênese32 e crescimento dos mamíferos superiores. A cianocobalamina (Vit. B12) desempenha um papel importante na síntese do DNA e na formação das nucleoproteínas, essencial para uma eritropoese normal.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Desnutrição: Estado carencial produzido por ingestão insuficiente de calorias, proteínas ou ambos. Manifesta-se por distúrbios do desenvolvimento (na infância), atrofia de tecidos músculo-esqueléticos e caquexia.
2 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
3 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
4 Anemia Perniciosa: Doença causada pela incapacidade do organismo absorver a vitamina B12. Mais corretamente, ela se refere a uma doença autoimune que resulta na perda da função das células gástricas parietais, que secretam ácido clorídrico para acidificar o estômago e o fator intrínseco gástrico que facilita a absorção da vitamina B12.
5 Toxoplasmose: Infecção produzida por um parasita unicelular denominado Toxoplasma gondii. Este parasita cumpre um primeiro ciclo no interior do tubo digestivo de certos animais domésticos como o gato. A infecção é produzida ao ingerir alimentos contaminados e pode ocasionar graves transtornos durante a gestação e em pessoas imunossuprimidas.
6 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
7 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
8 Lactentes: Que ou aqueles que mamam, bebês. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
9 Gota: 1. Distúrbio metabólico produzido pelo aumento na concentração de ácido úrico no sangue. Manifesta-se pela formação de cálculos renais, inflamação articular e depósito de cristais de ácido úrico no tecido celular subcutâneo. A inflamação articular é muito dolorosa e ataca em crises. 2. Pingo de qualquer líquido.
10 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
11 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
12 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
13 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
14 Asma: Doença das vias aéreas inferiores (brônquios), caracterizada por uma diminuição aguda do calibre bronquial em resposta a um estímulo ambiental. Isto produz obstrução e dificuldade respiratória que pode ser revertida de forma espontânea ou com tratamento médico.
15 Fisiológica: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
16 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
17 Mucosas: Tipo de membranas, umidificadas por secreções glandulares, que recobrem cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
18 Medula Óssea: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
19 Eritropoetina: É uma glicoproteína que controla a eritropoiese, ou seja, a produção de células vermelhas do sangue.
20 Intestino delgado: O intestino delgado é constituído por três partes: duodeno, jejuno e íleo. A partir do intestino delgado, o bolo alimentar é transformado em um líquido pastoso chamado quimo. Com os movimentos desta porção do intestino e com a ação dos sucos pancreático e intestinal, o quimo é transformado em quilo, que é o produto final da digestão. Depois do alimento estar transformado em quilo, os produtos úteis para o nosso organismo são absorvidos pelas vilosidades intestinais, passando para os vasos sanguíneos.
21 Hemoglobina: Proteína encarregada de transportar o oxigênio desde os pulmões até os tecidos do corpo. Encontra-se em altas concentrações nos glóbulos vermelhos.
22 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
23 Baço:
24 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
25 Mucosa: Tipo de membrana, umidificada por secreções glandulares, que recobre cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
26 Fisiológico: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
27 Unhas: São anexos cutâneos formados por células corneificadas (queratina) que formam lâminas de consistência endurecida. Esta consistência dura, confere proteção à extremidade dos dedos das mãos e dos pés. As unhas têm também função estética. Apresentam crescimento contínuo e recebem estímulos hormonais e nutricionais diversos.
28 Transpiração: 1. Ato ou efeito de transpirar. 2. Em fisiologia, é a eliminação do suor pelas glândulas sudoríparas da pele; sudação. Ou o fluido segregado pelas glândulas sudoríparas; suor. 3. Em botânica, é a perda de água por evaporação que ocorre na superfície de uma planta, principalmente através dos estômatos, mas também pelas lenticelas e, diretamente, pelas células epidérmicas.
29 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
30 Menstruação: Sangramento cíclico através da vagina, que é produzido após um ciclo ovulatório normal e que corresponde à perda da camada mais superficial do endométrio uterino.
31 Metabólito: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
32 Embriogênese: Sequência de eventos que leva à formação do embrião a partir do zigoto.

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