
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS RISPERIDONA
Os riscos do uso de risperidona em associação com outros medicamentos não foram avaliados sistematicamente.
Devido a seus efeitos primários sobre o SNC1, risperidona deve ser administrada com cautela em associação com outros medicamentos com ação central. Risperidona pode antagonizar o efeito da levodopa e de outros agonistas dopaminérgicos. A dose de risperidona deve ser reavaliada e, se necessário, diminuída no caso de uma suspensão do uso de carbamazepina ou de outros indutores de enzimas hepáticas2.
A carbamazepina diminui os níveis plasmáticos da fração antipsicótica ativa de risperidona. Efeitos similares podem ser observados com outros indutores de enzimas hepáticas2. Na descontinuação da carbamazepina ou outros indutores de enzimas hepáticas2, a dose de risperidona deve ser reavaliada e, se necessário, reduzida.
O topiramato reduz ligeiramente a biodisponibilidade da risperidona, mas não da fração antipsicótica ativa. Portanto, esta interação provavelmente não apresenta significância clínica.
Fenotiazínicos, antidepressivos tricíclicos e alguns beta-bloqueadores podem aumentar as concentrações plasmáticas da risperidona, mas não da fração antipsicótica ativa. Amitriptilina não afeta a farmacocinética da risperidona ou da fração antipsicótica ativa. Cimetidina e ranitidina aumentam a biodisponibilidade da risperidona, mas apenas de forma marginal a biodisponibilidade da fração antipsicótica ativa. Fluoxetina e paroxetina, inibidores do cyp 2d6, aumentam a concentração plasmática de risperidona, mas menos que a fração antipsicótica ativa.
Quando fluoxetina ou paroxetina é iniciada concomitantemente ou descontinuada, o médico deve reavaliar a dose de risperidona. Eritromicina, um inibidor do cyp 3a4, não altera a farmacocinética da risperidona e da fração antipsicótica ativa. Inibidores da colinesterase, galantamina e donezepil, não mostraram efeito clinicamente relevante na farmacocinética da risperidona e da fração antipsicótica ativa. Quando risperidona é tomado junto com outros medicamentos com alto índice de ligação protéica, não há um deslocamento das proteínas3 plasmáticas clinicamente relevantes e nenhum deles.
Risperidona não apresentou efeitos clinicamente relevantes na farmacocinética do lítio, valproato ou digoxina.
Alimentos não afetam a absorção de risperidona.
Veja, no item "precauções e advertências", o aumento da mortalidade4 em pacientes idosos com demência5 recebendo concomitantemente furosemida.
- REAÇÕES ADVERSAS
Com base na ampla experiência clínica, incluindo os tratamentos de longa duração, pode-se afirmar que risperidona é geralmente bem tolerada. Em muitos casos foi difícil diferenciar as reações adversas dos sintomas6 da própria doença. As reações adversas mais freqüentemente associadas ao risperidona nos estudos clínicos são as seguintes:
Comuns: insônia, agitação, ansiedade e cefaléia7.
Menos comuns: sonolência, fadiga8, tontura9, dificuldade de concentração, constipação10, dispepsia11, náusea12/vômito13, dor abdominal, visão14 turva, priapismo15, distúrbios da ereção16, ejaculação17 e orgasmo, incontinência urinária18, rinite19, rash20 cutâneo21 e outras reações alérgicas.
Hiperglicemia22 e exacerbação de diabetes23 preexistente têm sido relatadas raramente durante o tratamento com risperidona (vide item "precauções e advertências").
Efeitos extrapiramidais: risperidona apresenta uma menor propensão a induzir efeitos extrapiramidais do que os neurolépticos24 clássicos. Em alguns casos podem ocorrer os seguintes sintomas6 extrapiramidais: tremor, rigidez, hipersalivação, bradicinesia25, acatisia26 e distonia27 aguda. Eles são geralmente de leve intensidade e reversíveis com a redução das doses e/ou a administração de medicação Antiparkinsoniana, se necessário.
Hipotensão28 (ortostática) e taquicardia29 (reflexa) ou hipertensão30: ocasionalmente, estes sintomas6 foram relatados após a administração de risperidona.
Hiperprolactinemia: risperidona pode induzir um aumento dose-dependente na concentração plasmática de prolactina31, que pode ocasionar galactorréia32, ginecomastia33, distúrbios do ciclo menstrual e amenorréia34.
Ganho de peso: foram observados ganho de peso, edema35 e níveis aumentados de enzimas hepáticas2 durante tratamento com risperidona.
Eventos adversos vasculares36 cerebrais: eventos adversos vasculares36 cerebrais, incluindo acidentes vasculares36 cerebrais e episódios de isquemia37 transitória foram observados durante o tratamento com risperidona (vide item "precauções e advertências").
Intoxicação hídrica: como acontece com os neurolépticos24 clássicos, casos ocasionais de intoxicação hídrica devido ou à polidipsia38 ou síndrome39 da secreção inadequada de hormônio40 antidiurético foram relatados em pacientes esquizofrênicos.
Outras reações: discinesia tardia41, síndrome39 neuroléptica maligna, desregulação da temperatura corporal e convulsões também foram relatados em pacientes esquizofrênicos. Tem sido reportada uma diminuição moderada na contagem de neutrófilos42 e/ou trombócitos43.
- SUPERDOSE
Sintomas6: Em geral os sinais44 e sintomas6 foram aqueles resultantes da exacerbação dos efeitos farmacológicos conhecidos do risperidona. Estes incluem sonolência e sedação45, taquicardia29, hipotensão28 e sintomas6 extrapiramidais. Foram relatados casos de superdose com quantidades de até 360 mg. A análise destes casos sugere uma ampla margem de segurança. Em situações de superdose, casos raros de aumento do intervalo QT foram relatados. Em caso de superdose aguda, a possibilidade de envolvimento de várias drogas deve ser considerada.
Tratamento: Estabelecer e manter a via aérea livre, e garantir uma boa ventilação46 com oxigenação adequada. Lavagem gástrica47 (após intubação se o paciente estiver inconsciente) e administração de carvão ativado com laxantes48 devem ser consideradas. Monitorização cardiovascular deve começar imediatamente e deve incluir monitorização com ECG contínuo para detecção de possíveis arritmias49. Não existe antídoto50 específico contra o risperidona. Assim, medidas de suporte devem ser instituídas. A hipotensão28 e o colapso51 circulatório devem ser tratados com medidas apropriadas (infusão de líquidos e/ou agentes simpaticomiméticos). Em caso de sintomatologia extrapiramidal severa, anticolinérgicos devem ser administrados. A monitorização deve durar até que o paciente se recupere.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA.