CARACTERÍSTICAS TENOXICAM
Tenoxicam pertence à classe dos anti-inflamatórios não esteroides e apresenta propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e também inibidoras da agregação plaquetária.
•?FarmacodinâmicaO tenoxicam inibe a biossíntese das prostaglandinas1 tanto " in vitro" (vesículas seminais2 de carneiro) como " in vivo" (proteção da toxicidade3 ao ácido araquidônico induzida em camundongos). Testes realizados " in vitro" com peroxidase de leucócitos4 sugerem que o tenoxicam pode neutralizar o oxigênio ativo produzido no local da inflamação5. Tenoxicam é um potente inibidor " in vitro" das metaloproteinases humanas (estromelisina e colagenase) que induzem o catabolismo6 da cartilagem7.
Estes efeitos farmacológicos explicam, pelo menos em parte, a eficácia do tenoxicam no tratamento das doenças inflamatórias e degenerativas8 dolorosas do sistema músculo-esquelético. Em animais, o tenoxicam não revelou qualquer efeito mutagênico, carcinogênico ou teratogênico9.
Como ocorre com outros inibidores das prostaglandinas1, estudos toxicológicos em animais revelaram efeitos renais e gastrintestinais, aumento da incidência10 de distocias e prolongamento da gestação.
•?Farmacocinética
A biodisponibilidade do tenoxicam após administração intramuscular é total, sendo idêntica à obtida
após administração oral. Após a administração intramuscular, tenoxicam alcança concentrações plasmáticas máximas equivalentes a 90% ou mais em 15 minutos após a dose.
DISTRIBUIÇÃO - Após administração intravenosa de 20 mg de tenoxicam os níveis plasmáticos da droga diminuem rapidamente durante as primeiras duas horas, devido principalmente ao processo de distribuição. Após este curto período, não se observa diferença nas concentrações plasmáticas entre a administração intravenosa e oral. O volume médio de distribuição é de 10-20 L.
A taxa de ligação a albuminas plasmáticas é de 99%. Tenoxicam apresenta boa penetração no líquido sinovial11. Concentrações plasmáticas máximas são atingidas dentro de 10 a 15 dias, sem acumulação imprevista. A concentração média em estado de equilíbrio dinâmico é de 10 mg/mL quando o tenoxicam é administrado em doses de 20 mg uma vez ao dia, não se modificando mesmo em tratamento de até quatro anos de duração. Os dados obtidos em estudos com dose única de tenoxicam mostram que cerca de 0,2% da dose de tenoxicam administrada a lactantes12 é excretada no leite materno.
METABOLISMO13 E ELIMINAÇÃO - A meia-vida de eliminação do tenoxicam é de 72 horas (valores extremos: 42-98 horas). A depuração plasmática total é de 2 mL/min. O tenoxicam é excretado após biotransformação virtualmente completa em metabólitos14 farmacologicamente inativos. Até dois terços da dose oral administrada são excretados na urina15 (principalmente sob forma do metabólito16 inativo 5-hidroxipiridil) e o restante pela bile17 (quantidade importante sob a forma de glicuronoconjugados). A farmacocinética do tenoxicam é linear em doses de 20 a 200 mg (independentemente da dose).
FARMACOCINÉTICA EM SITUAÇÕES CLÍNICAS ESPECIAIS
Estudos em pacientes idosos ou com insuficiência renal18 (clearance da creatinina19 12 a 131 mL/min) ou cirrose20 hepática21 sugerem que não é necessário qualquer ajuste na posologia para se obter concentrações plasmáticas semelhantes às observadas em indivíduos saudáveis. Pacientes idosos
e com doenças reumáticas apresentam o mesmo perfil cinético que indivíduos saudáveis. Devido à elevada taxa de ligação proteica do tenoxicam é necessária precaução quando os níveis de albuminas plasmáticas estiverem muito reduzidos.