ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES KARVIL
Geral
Insuficiência cardíaca congestiva1 crônica
Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva1 pode ocorrer piora da insuficiência cardíaca2 ou retenção hídrica durante a titulação do carvedilol. Caso isso ocorra, a dose do diurético3 deve ser aumentada e a dose de KARVIL deve ser mantida até que a estabilidade clínica seja novamente atingida. Ocasionalmente, pode ser necessário reduzir a dose do carvedilol ou, em casos raros, descontinuá-lo temporariamente. Tais episódios não impedem o sucesso de titulação subsequente de KARVIL.
O carvedilol deve ser usado com cautela em combinação com digitálicos, pois ambos os fármacos lentificam a condução AV (vide item “Interações medicamentosas”).
Diabetes4
Deve-se ter cautela ao administrar carvedilol a pacientes com diabetes mellitus5, pois pode estar relacionado com a piora do controle da glicemia6 ou os sinais7 e sintomas8 precoces de hipoglicemia9 podem ser mascarados ou atenuados. Portanto, a monitoração regular da glicemia6 é necessária nos diabéticos quando KARVIL for iniciado ou titulado e a terapia hipoglicemiante10 ajustada adequadamente (vide item “Interações medicamentosas” e “Advertências e precauções – Uso em populações especiais - Pacientes diabéticos”).
Função renal11 em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva1
Deterioração reversível da função renal11 foi observada durante tratamento com carvedilol em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva1 e baixa pressão arterial12 (PA sistólica < 100 mmHg), cardiopatia isquêmica13, doença vascular14 difusa e/ou insuficiência renal15 subjacente. Nesses pacientes, a função renal11 deve ser monitorada durante a titulação do carvedilol. Descontinuar a medicação ou reduzir a dose caso ocorra piora da função renal11.
Doença pulmonar obstrutiva crônica
KARVIL deve ser usado com cautela em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) com componente broncoespástico e que não estejam recebendo medicação oral ou inalatória, se o benefício potencial superar o risco potencial. Em pacientes com tendência a broncoespasmo16, pode ocorrer insuficiência respiratória17 por possível aumento da resistência das vias aéreas. Os pacientes devem ser monitorados cuidadosamente durante o início e titulação de KARVIL e a dose do carvedilol reduzida se for observado broncoespasmo16 durante o tratamento.
Lentes de contato
Usuários de lentes de contato devem lembrar-se da possibilidade de redução do lacrimejamento.
Descontinuação do tratamento
O tratamento com KARVIL não deve ser descontinuado abruptamente, principalmente em pacientes com cardiopatia isquêmica13. A retirada do carvedilol, nesses pacientes, deve ser gradual (ao longo de duas semanas).
Tireotoxicose
KARVIL, como outros betabloqueadores, pode mascarar os sintomas8 de tireotoxicose.
Reações de hipersensibilidade
Deve-se ter cuidado ao administrar carvedilol a pacientes com história de reações graves de hipersensibilidade e naqueles submetidos à terapia de dessensibilização18, pois os betabloqueadores podem aumentar tanto a sensibilidade aos alérgenos19 quanto a gravidade das reações de hipersensibilidade.
Reações adversas cutâneas20 graves
Casos muito raros de reações adversas cutâneas20 graves, tais como necrólise epidérmica tóxica21 e síndrome de Stevens-Johnson22, foram relatados durante o tratamento com carvedilol (vide item “Reações adversas – Experiência pós-comercialização”). KARVIL deve ser permanentemente descontinuado em pacientes que apresentarem reações adversas cutâneas20 graves possivelmente relacionadas com o carvedilol.
Psoríase23
Pacientes com história de psoríase23 associada a tratamento com betabloqueadores só deverão tomar carvedilol após se considerar a relação risco versus benefício.
Interações com outros medicamentos
Há um número de importantes interações farmacocinéticas e farmacodinâmicas com outras drogas (por exemplo, digoxina, ciclosporina, rifampicina, drogas anestésicas e antiarrítmicas) (vide item “Interações medicamentosas” para mais detalhes).
Feocromocitoma24
Em pacientes com feocromocitoma24, deve-se iniciar um agente alfabloqueador antes do uso de qualquer betabloqueador. Apesar de KARVIL exercer atividades alfa e betabloqueadora, não existe experiência de uso nesses casos. Portanto, deve-se ter cautela ao se administrar carvedilol a pacientes com suspeita de feocromocitoma24.
Angina25 variante de Prinzmetal
Betabloqueadores não seletivos podem provocar dor torácica em pacientes com angina25 variante de Prinzmetal. Não há experiência clínica com carvedilol nesses pacientes, apesar de sua atividade alfabloqueadora poder prevenir esses sintomas8. Deve-se ter cautela ao administrar carvedilol a pacientes com suspeita de angina25 variante de Prinzmetal.
Doença vascular periférica26 e fenômeno de Raynaud27
KARVIL deve ser usado com cautela em pacientes com doença vascular periférica26 (por exemplo, fenômeno de Raynaud27), pois os betabloqueadores podem precipitar ou agravar os sintomas8 de insuficiência28 arterial.
Bradicardia29
KARVIL pode provocar bradicardia29. Se a frequência cardíaca reduzir para menos de 55 batimentos por minuto, a dose do carvedilol deve ser reduzida.
Uso em populações especiais
Pacientes com menos de 18 anos de idade
O uso de KARVIL não é recomendado a pacientes com menos de 18 anos de idade (vide item
“Posologia e modo de usar - Pacientes com menos de 18 anos de idade”).
Pacientes idosos
Um estudo realizado em pacientes idosos hipertensos mostrou que não há diferença no perfil de eventos adversos, em comparação com pacientes mais jovens. Outro estudo, que incluiu pacientes idosos com doença coronariana30, não mostrou diferença de eventos adversos relatados, em comparação com os relatados por pacientes mais jovens. Portanto, nenhum ajuste da dose inicial é exigido para pacientes31 idosos.
Pacientes com insuficiência renal15
O suprimento de sangue32 renal11 autorregulador é preservado e a filtração glomerular mantém-se inalterada durante o tratamento crônico33 com carvedilol. Em pacientes com insuficiência renal15 moderada a grave não há necessidade de alterar as recomendações de dosagem de carvedilol (vide item “Posologia e modo de usar – Pacientes com insuficiência28 renal”).
Pacientes com insuficiência hepática34
KARVIL é contraindicado para pacientes31 com insuficiência hepática34 clinicamente manifesta (vide item “Contraindicações”). Um estudo de farmacocinética em pacientes cirróticos demonstrou que a exposição (AUC35) a carvedilol aumentou 6,8 vezes em pacientes com insuficiência hepática34 quando comparados com indivíduos sadios.
Pacientes diabéticos
Betabloqueadores podem aumentar a resistência à insulina36 e mascarar os sintomas8 da hipoglicemia9.
Entretanto, vários estudos estabeleceram que os betabloqueadores vasodilatadores, como o carvedilol, estão relacionados com efeitos mais favoráveis nos perfis de glicose37 e lipídeos. Tem sido demonstrado que carvedilol possui propriedades insulino-sensíveis modestas e pode atenuar algumas manifestações da síndrome metabólica38.
Gestação e lactação39
Categoria de risco na gravidez40: C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Estudos em animais demonstraram toxicidade41 reprodutiva (vide item “Segurança pré-clínica”). O risco potencial para os humanos é desconhecido. Não há experiência clínica adequada com carvedilol em mulheres grávidas. Betabloqueadores reduzem a perfusão placentária, podendo resultar em morte fetal intrauterina e parto prematuro. Além disso, efeitos adversos (hipoglicemia9 e bradicardia29) podem ocorrer no feto42 e no recém-nascido. Existe risco aumentado de complicações cardíacas e pulmonares no recém-nascido. Em estudos em animais, não há evidência de que carvedilol tenha qualquer efeito teratogênico43.
KARVIL não deve ser usado durante a gravidez40 a menos que os benefícios potenciais justifiquem o risco potencial.
Estudos em animais demonstraram que carvedilol e/ou seus metabólitos44 são excretados no leite de ratas. A excreção do carvedilol no leite humano não foi estabelecida. Entretanto, a maioria dos betabloqueadores, em particular os compostos lipofílicos, passa para o leite materno, embora seja em quantidades variáveis. Portanto, a amamentação45 não é recomendada após a administração de carvedilol.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Não foram realizados estudos dos efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas.
Devido a reações individuais variáveis (tonturas46, cansaço), a capacidade do paciente para dirigir veículos ou operar máquinas pode estar comprometida, principalmente no início do tratamento e após os aumentos de doses, nas modificações de terapias ou em combinação com álcool.
Atenção: Este medicamento contém açúcar47 (sacarose); portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes4.
Este medicamento pode causar doping.