
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES TRAMAL SOLUÇÃO ORAL
Tramal deve ser usado com cautela nas seguintes condições: dependência aos opioides; ferimentos na cabeça1; choque2, distúrbio do nível de consciência de origem não estabelecida, pacientes com distúrbios da função respiratória ou do centro respiratório3; pressão intracraniana aumentada.
Tramal deve somente ser usado com cautela nos pacientes sensíveis aos opioides.
Foram relatadas convulsões em pacientes recebendo tramadol nas doses recomendadas. O risco pode aumentar quando as doses de Tramal excederem a dose diária máxima recomendada (400 mg). Tramal pode elevar o risco de convulsões em pacientes tomando concomitantemente outras medicações que reduzam o limiar para crises convulsivas (vide item 6. Interações Medicamentosas). Pacientes com epilepsia4, ou aqueles susceptíveis a convulsões, somente deveriam ser tratados com tramadol sob circunstâncias inevitáveis.
Tramal apresenta um baixo potencial de dependência. No uso em longo prazo, pode-se desenvolver tolerância e dependência física e psíquica. Pacientes com tendência à dependência ou ao abuso de medicamentos, só devem utilizar Tramal por períodos curtos e sob supervisão médica rigorosa.
Tramal não é indicado como substituto em pacientes dependentes de opioides. Embora o tramadol seja um agonista5 opioide, tramadol não pode suprimir os sintomas6 da síndrome7 de abstinência da morfina.
Tramal solução oral contém sacarose em sua composição. Portanto, pacientes com o problema hereditário raro de intolerância à frutose8, má-absorção de glicose9-galactose10 ou insuficiência11 de sacarose-isomaltase, não deve tomar este medicamento.
Atenção: Tramal solução oral contém açúcar12, portanto, deve ser usado com cautela em diabéticos.
Efeitos na Habilidade de Dirigir Veículos e Operar Máquinas
Mesmo quando administrado de acordo com as instruções da bula, Tramal pode causar efeitos tais como sonolência e tontura13 e, portanto, pode prejudicar as reações do paciente ao dirigir veículos ou operar máquinas.
Esse fato diz respeito particularmente ao uso concomitante de bebidas alcoólicas ou substâncias psicotrópicas.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Uso durante a Gravidez14
Estudos em animais revelaram que o tramadol em doses muito altas afeta o desenvolvimento dos órgãos, ossificação e a taxa de mortalidade15 neonatal. O tramadol atravessa a barreira placentária. Como não estão disponíveis evidências adequadas na segurança de tramadol em mulheres grávidas, Tramal não deve ser utilizado durante a gravidez14.
O tramadol administrado antes ou durante o trabalho de parto, não afeta a contratilidade uterina. Em neonatos16, pode induzir alterações na taxa respiratória, normalmente de importância clínica não relevante. O uso crônico17 durante a gravidez14 pode levar a sintomas6 de abstinência neonatal.
Tramal é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez14. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uso durante a Lactação18
Durante a lactação18 deve-se considerar que cerca de 0,1% da dose de tramadol é secretada no leite materno.
Tramal não deve ser administrado a lactantes19. Geralmente, não há necessidade de interromper a amamentação20 após uma única administração de Tramal.
Fertilidade
Vigilância pós comercialização não sugere um efeito de tramadol sobre a fertilidade. Estudos em animais não mostram um efeito de tramadol sobre a fertilidade.
- 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Tramal não deve ser combinado com inibidores da MAO21 (vide item 4. Contraindicações).
Foram observadas interações medicamentosas sérias com inibidores da MAO21, com risco de vida com repercussão sobre o sistema nervoso central22, função respiratória e cardiovascular quando houve pré-medicação de inibidores da MAO21 nos últimos 14 dias antes do uso do opioide petidina. As mesmas interações não podem ser descartadas durante o tratamento com Tramal.
A administração concomitante de Tramal com outros fármacos depressores do sistema nervoso central22 (SNC23), incluindo álcool, pode potencializar os efeitos no SNC23 (vide item 9. Reações Adversas).
Os resultados dos estudos de farmacocinética demonstraram até o momento que na administração prévia ou concomitante de cimetidina (inibidor enzimático) não é comum ocorrerem interações clinicamente relevantes.
Administração prévia ou simultânea de carbamazepina (indutor enzimático) pode reduzir o efeito analgésico24 e a duração da ação.
Não se recomenda a combinação de agonistas/antagonistas de receptores de morfina (por ex.: buprenorfina, nalbufina, pentazocina) e tramadol, pois o efeito analgésico24 de um agonista5 puro pode ser teoricamente reduzido nessas circunstâncias.
Tramal pode induzir convulsões e aumentar o potencial de inibidores seletivos da recaptação de serotonina, inibidores da receptação de serotonina e norepinefrina antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos e outros fármacos que diminuem o limiar para crises convulsivas (tais como bupropiona, mirtazapina, tetraidrocanabinol).
O uso terapêutico concomitante de tramadol e drogas serotoninérgicas, tais como inibidores seletivos da recaptação da serotonina, inibidores da receptação de serotonina-norepinefrina, inibidores da MAO21, antidepressivos tricíclicos e mirtazapina podem causar toxicidade25 de serotonina. A síndrome da serotonina26 é possível quando um dos seguintes é observado:
- clônus27 espontâneo
- clônus27 induzível ou ocular com agitação ou diaforese28
- tremor e hiperreflexia29
- hipertonia30 e temperatura corporal > 38°C e clônus27 induzível ou ocular.
Após a interrupção de medicamentos serotoninérgicos, geralmente observa-se uma melhora rápida. O tratamento depende da natureza e gravidade dos sintomas6.
O tratamento com Tramal concomitante com derivados cumarínicos (varfarina) deve ser cuidadosamente monitorado, devido a relatos de aumento no tempo de protrombina31 (INR) com risco de sangramento e de equimoses32 em alguns pacientes.
Outros fármacos inibidores do CYP3A4, tais como o cetoconazol e a eritromicina, podem inibir o metabolismo33 do tramadol (N-demetilação) e do metabólito34 ativo O-demetilado. A importância clínica de tal interação não é conhecida (vide item 9. Reações Adversas).
Em um número limitado de estudos pré- ou pós-operatório de um antiemético35 agonista5 5-HT3 ondansetron aumentou a exigência de tramadol em pacientes com dor pós-operatória.