
POSOLOGIA E MODO DE USAR TRAMAL SOLUÇÃO ORAL
Para se obter efeito ótimo, a posologia deve ser individualizada, ajustando-a à intensidade da dor e sensibilidade individual do paciente.
O esquema posológico recomendado serve como regra geral. A princípio, deve ser selecionada a menor dose analgésica eficaz. O tratamento da dor crônica exige um esquema fixo de dosagem.
As doses usuais diárias recomendadas a seguir preenchem as necessidades da maioria dos pacientes, embora existam casos que necessitem de doses mais elevadas.
Adultos e jovens com mais de 16 anos de idade:

Se o alívio da dor for insuficiente, a dose pode ser aumentada até 150 mg ou 200 mg 2 vezes/dia de Tramal.
Tramal pode ser administrado com ou sem alimentos.
Se após administração de dose única de 50 mg de tramadol (20 gotas) o alívio da dor não for alcançado dentro de 30-60 minutos, uma segunda dose única de 50 mg pode ser administrada.
Em caso de dor grave, se a necessidade for maior, uma dose maior de Tramal® (100 mg de tramadol) pode ser considerada para dose inicial, a critério médico.
Dependendo da intensidade da dor, o efeito dura 4 8 horas. Normalmente não se devem exceder doses de 400 mg/dia (a 20 gotas 8 vezes ao dia).
Entretanto, no tratamento da dor grave proveniente de tumor1 e na dor pós-operatória grave, podem ser necessárias doses mais elevadas, sempre a critério médico.
Para o tratamento da dor aguda pós-operatória doses ainda maiores podem ser necessárias para a analgesia pretendida no período imediatamente pós-operatório. Geralmente, as necessidades após 24 horas não são maiores que a administração normal.
Uso em Pacientes com Insuficiência Renal2 e/ou Hepática3
A eliminação de tramadol é retardada em pacientes com insuficiência renal2 e/ou hepática3. Nesses pacientes, o prolongamento dos intervalos entre as doses deve ser considerado de acordo com a necessidade do paciente.
Uso em Idosos
Não é necessário ajuste de dose em pacientes idosos (até 75 anos) sem manifestação clínica hepática3 ou insuficiência renal2. Em pacientes idosos (acima de 75 anos) a eliminação pode ser prolongada. Portanto, se necessário, o intervalo da dose deve ser aumentado de acordo com as necessidades do paciente.
Duração do Tratamento
O tratamento com Tramal deve ser efetuado apenas pelo período de tempo necessário. Se for necessário tratamento prolongado da dor devido à natureza e gravidade da doença, deve-se estabelecer sua duração e dosagem, exercendo monitoramento regular e cuidadoso, e fazer algumas interrupções (pausas) na administração do fármaco4 se necessário.
Dose Omitida
Caso o paciente esqueça-se de utilizar Tramal no horário estabelecido, deve fazê-lo assim que lembrar.
Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida e utilizar a próxima. Neste caso, o paciente não deve utilizar a dose duplicada para compensar doses esquecidas.
O esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
- 9. REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas mais comumente relatadas são náusea5 e tontura6, ambas ocorrendo em mais que 10% dos pacientes.
As frequências são definidas a seguir:
Muito comum: ≥1/10
Comum: ≥1/100, <1/10
Incomum: ≥1/1000, <1/100
Raro: ≥1/10.000, <1/1000
Muito raro: <1/10.000
Não conhecido: não pode ser estimado dos dados disponíveis
Distúrbio cardiovascular
Incomum: regulação cardiovascular (palpitação7, taquicardia8, hipotensão9 postural ou colapso10 cardiovascular).
Estas reações adversas podem ocorrer especialmente no caso de administração intravenosa e em pacientes que são fisicamente estressados.
Raro: bradicardia11, hipertensão12.
Distúrbio do sistema nervoso13
Muito comum: tontura6.
Comum: dor de cabeça14, sonolência.
Raro: alterações no apetite, parestesia15, tremor, depressão respiratória, convulsão16 epileptiforme17, contrações musculares involuntárias, coordenação anormal, desmaio.
Se as doses recomendadas são consideravelmente excedidas e outras substâncias depressoras do SNC18 são administradas concomitantemente (vide item 6. Interações Medicamentosas), pode ocorrer depressão respiratória.
Convulsões epileptiformes ocorreram principalmente após a administração de altas doses de tramadol ou após o tratamento concomitante com fármacos que podem diminuir o limiar para crise convulsiva (vide item 5. Advertências e item 6. Interações Medicamentosas).
Não conhecido: distúrbios da fala.
Distúrbio psiquiátrico
Raro: alucinações19, confusão, distúrbios do sono, delírios, ansiedade e pesadelos.
As reações adversas psíquicas podem ocorrer após administração de Tramal que varia individualmente em intensidade e natureza (dependendo da personalidade do paciente e duração do tratamento). Essas reações incluem alteração no humor (geralmente euforia, ocasionalmente disforia20), alterações em atividade (geralmente supressão, ocasionalmente elevação) e alterações na capacidade cognitiva21 e sensorial (por ex.: comportamento de decisão, problemas de percepção).
Pode ocorrer dependência.
Distúrbio da visão22
Raro: visão22 turva, miose23.
Não conhecido: midríase24.
Distúrbio respiratório
Raro: dispneia25.
Foi relatada piora de asma26, embora não tenha sido estabelecida uma relação causal.
Distúrbio gastrintestinal
Muito comum: náusea5.
Comum: vômito27, constipação28, boca29 seca.
Incomum: ânsia de vômito27, irritação gastrintestinal (uma sensação de pressão no estômago30 ou de distensão abdominal), diarreia31.
Distúrbio da pele e tecido subcutâneo32
Comum: transpiração33.
Incomum: reações dérmicas (por ex.: prurido34, rash35, urticária36).
Distúrbio músculo-esquelético
Raro: fraqueza motora.
Distúrbio hepatobiliar37
Em poucos casos isolados foram relatados aumento nos valores das enzimas hepáticas38 em associação temporal com uso terapêutico de tramadol.
Distúrbio renal39 e urinário
Raro: distúrbios de micção40 (dificuldade na passagem da urina41, disúria42 e retenção urinária43).
Distúrbio geral
Comum: fadiga44.
Raro: reações alérgicas (por ex.: dispneia25, broncoespasmo45, roncos, edema angioneurótico46) e anafilaxia47.
Podem ocorrer sintomas48 de abstinência, similares aos que ocorrem durante a retirada de opioides tais como, agitação, ansiedade, nervosismo, insônia, hipercinesia49, tremor e sintomas48 gastrintestinais.
Outros sintomas48 que foram relatados raramente após a descontinuação do tramadol incluem: ataque de pânico, ansiedade grave, alucinação50, parestesia15, zumbido e sintomas48 incomuns do SNC18 (por ex.: confusão, delírio51, personalização, desrealização, paranoia).
Outras reações adversas relatadas foram: rubor e fogacho.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.