INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS DEPAKOTE
Efeitos de medicamentos coadministrados na depuração do valproato
Aumento na depuração de valproato: ritonavir, fenitoína, carbamazepina e fenobarbital (ou primidona).
Pouco efeito na depuração do valproato: antidepressivos.
Devido a essas alterações em sua depuração, a monitorização de suas concentrações e de medicamentos concomitantes deverá ser intensificada sempre que medicamentos indutores de enzimas forem introduzidos ou retirados.
Medicamentos com importante potencial de interação
ácido acetilsalicílico: valproato aumenta na presença de ácido acetilsalicílico.
antibióticos carbapenêmicos: redução significante de valproato em pacientes recebendo antibióticos carbapenêmicos (ex., ertapenem, imipenem e meropenem).
felbamato: aumento de valproato quando coadministrado com felbamato.
rifampicina: aumento de valproato quando coadministrado com rifampicina.
inibidores da protease: inibidores da protease1 como lopinavir, ritonavir diminuem os níveis plasmáticos de valproato quando coadministrados.
colestiramina: colestiramina podem levar a uma diminuição nos níveis plasmáticos de valproato quando coadministrados.
Medicamentos para os quais não foi detectada nenhuma interação ou com interação sem relevância clínica: antiácidos2, cimetidina, ranitidina, clorpromazina, haloperidol, paracetamol, clozapina, lítio, lorazepam, olanzapina, rufinamida, contraceptivos orais esteroidais.
Medicamentos com importante potencial de interação
amitriptilina/nortriptilina: o uso concomitante de valproato e amitriptilina raramente foi associado com toxicidade3. Considerar a diminuição da dose de amitriptilina/nortriptilina na presença de valproato.
carbamazepina (CBZ)/carbamazepina-10,11-epóxido (CBZ-E): níveis séricos de CBZ diminuíram 17% enquanto que os de CBZ-E aumentaram em torno de 45% na coadministração de valproato e CBZ em pacientes epilépticos.
clonazepam: o uso concomitante de valproato e de clonazepam pode induzir estado de ausência em pacientes com história desse tipo de crises convulsivas.
diazepam: a coadministração de valproato aumentou a fração livre de diazepam.
etossuximida: o valproato inibe o metabolismo4 de etossuximida.
lamotrigina: a dose de lamotrigina deverá ser reduzida quando administrada em conjunto com valproato.
fenobarbital: o valproato inibe o metabolismo4 do fenobarbital. Todos os pacientes recebendo tratamento concomitante com barbiturato devem ser cuidadosamente monitorizados quanto à toxicidade3 neurológica.
fenitoína: Há relatos de desencadeamento de crises com a combinação de valproato e fenitoína em pacientes com epilepsia5. Se necessário, deve-se ajustar a dose de fenitoína de acordo com a situação clínica.
primidona: é metabolizada em barbiturato e portanto pode também estar envolvida em interação semelhante à do valproato com fenobarbital.
propofol: pode ocorrer interação clinicamente significante entre valproato e propofol, levando a aumento no nível sanguíneo de propofol. Portanto, quando concomitantemente ao valproato, a dose de propofol deve ser reduzida.
tolbutamida: aumento de tolbutamida em pacientes tratados com valproato.
topiramato e acetazolamida: administração concomitante de valproato e topiramato ou acetazolamida foi associada a hiperamonemia (excesso de amônia no organismo), e/ou encefalopatia6 (alterações das funções do cérebro7), além de hipotermia8.
varfarina: valproato aumentou a fração de varfarina.
zidovudina: em alguns pacientes soropositivos para HIV9, a depuração da zidovudina diminuiu após a administração de valproato.
quetiapina: a coadministração de valproato e quetiapina pode aumentar o risco de neutropenia10 (redução no número de neutrófilos11 no sangue12) ou leucopenia13 (redução no número de leucócitos14 no sangue12).
Hiperamonemia e encefalopatia6 associadas com o uso concomitante de topiramato: a administração concomitante de topiramato e de ácido valproico foi associada com hiperamonemia, com ou sem encefalopatia6 (alterações das funções do cérebro7), nos pacientes que toleraram uma ou outra droga isoladamente. Os sintomas15 clínicos de encefalopatia6 por hiperamonemia incluem frequentemente alterações agudas no nível de consciência e/ou na função cognitiva16, com letargia17 ou vômito18. Queda de temperatura do corpo abaixo do normal também pode ser uma manifestação de hiperamonemia. Na maioria dos casos, os sintomas15 e sinais19 são diminuídos com descontinuidade de uma ou outra droga. Não se sabe se a monoterapia com topiramato está associada a hiperamonemia.
Pacientes com erros inatos do metabolismo4 ou atividade mitocondrial do fígado20 reduzida podem apresentar risco aumentado para hiperamonemia, com ou sem encefalopatia6. Embora não estudada, a interação de topiramato e ácido valproico pode exacerbar defeitos existentes ou revelar deficiências em pessoas suscetíveis. Pacientes e responsáveis devem solicitar avaliação médica se sinais19 e sintomas15 associados à encefalopatia6 hiperamonêmica ocorrerem.
Exame laboratorial: o valproato é eliminado parcialmente pela urina21, como metabólito22 cetônico, o que pode prejudicar a interpretação dos resultados do teste de corpos cetônicos na urina21.
Irritação gastrointestinal: pacientes que apresentam irritação gastrointestinal podem ser beneficiados com a administração do medicamento juntamente com a alimentação, ou com uma elevação paulatina da dose a partir de um baixo nível de dose inicial.
Informe ao seu médico ou cirurgião dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde23.
- 5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Este medicamento deve ser mantido em sua embalagem original. Conservar em temperatura ambiente (15-30°C). Proteger da luz e umidade.
Se armazenado nas condições indicadas, o medicamento se manterá próprio para consumo pelo prazo de validade impresso na embalagem externa.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e características organolépticas
DEPAKOTE 250 mg: comprimidos da cor pêssego, ovaloides e odor característico.
DEPAKOTE 500 mg: comprimidos de coloração pink, ovaloides e com odor característico.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utiliza-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
- 6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Os comprimidos de DEPAKOTE são para uso oral e devem ser ingeridos inteiros. Os comprimidos não devem ser mastigados nem triturados.
MANIA
Dose inicial recomendada: 750 mg/dia administrados em doses divididas. A dose deve ser aumentada pelo médico o mais rápido possível para se atingir a dose terapêutica24 desejada.
Dose máxima recomendada: 60 mg/kg/dia.
Não há dados obtidos sistematicamente para dar suporte aos benefícios de DEPAKOTE no tratamento prolongado (isto é, além de 3 meses).
EPILEPSIA5
Dose inicial recomendada: 10-15 mg/kg/dia (única exceção nas crises de ausência simples e complexas 15mg/kg/dia). A dose pode ser aumentada pelo médico, de 5 a 10 mg/kg/semana até a obtenção da resposta clínica desejada, administrados em doses diárias divididas (2 a 3 vezes ao dia) para alguns pacientes.
Dose máxima recomendada: 60 mg/kg/dia.
Em caso de uso concomitante de medicamentos antiepilépticos, as dosagens desses podem ser reduzidas pelo médico em aproximadamente 25% a cada duas semanas. Esta redução pode ser iniciada no começo do tratamento com divalproato de sódio ou atrasada por uma a duas semanas em casos em que exista a preocupação de ocorrência de crises com a redução. A velocidade e duração desta redução do medicamento antiepiléptico concomitante pode ser muito variável e os pacientes devem ser monitorados rigorosamente durante este período com relação a aumento da frequência das convulsões. Seu médico dará a orientação necessária para o seu tratamento.
Interrupção do tratamento: Os anticonvulsivantes não devem ser descontinuados abruptamente nos pacientes para os quais estes fármacos são administrados para prevenir convulsões tipo grande mal, pois há grande possibilidade de precipitar um estado de mal epiléptico, com subsequente má oxigenação cerebral e risco de morte. A interrupção repentina do tratamento com este medicamento cessará o efeito terapêutico, o que poderá ser prejudicial ao paciente devido às características da doença para a qual este medicamento está indicado.
PREVENÇÃO DA ENXAQUECA25
Dose inicial recomendada: 250 mg, duas vezes ao dia (durante uma semana) sendo que alguns pacientes podem se beneficiar com doses de até 1000 mg uma vez ao dia (após a primeira semana).
A faixa de dose eficaz de DEPAKOTE comprimidos de liberação entérica varia de 500 a 1000 mg/dia nestes pacientes.
A terapia com divalproato de sódio deve ser iniciada e supervisionada por um médico especialista na prevenção da enxaqueca25. O tratamento somente deve ser iniciado se outros tratamentos alternativos forem ineficazes ou não tolerados pelos pacientes e o risco e o benefício devem ser cuidadosamente reconsiderados nas revisões do tratamento.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, nem aberto e nem mastigado.