

Oxypynal (Bula do profissional de saúde)
ZODIAC PRODUTOS FARMACÊUTICOS S/A
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Oxypynal
cloridrato de oxicodona
Comprimido 10 mg e 20 mg
Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido revestido de liberação prolongada
Embalagens contendo 10 ou 30 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de Oxypynal 10 mg contém:
cloridrato de oxicodona (equivalente a 8,96 mg de oxicodona) | 10 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: celulose microcristalina 102, celulose microcristalina 200, hipromelose, estearato de magnésio, opadry YS- 1-7003 branco (composto de dióxido de titânio, hipromelose, macrogol e polissorbato 80) e água purificada.
Cada comprimido de Oxypynal 20 mg contém:
cloridrato de oxicodona (equivalente a 17,9 mg de oxicodona) | 20 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: celulose microcristalina 102, celulose microcristalina 200, hipromelose, estearato de magnésio, opadry YS- 1-7003 branco (composto de dióxido de titânio, hipromelose, macrogol e polissorbato 80), óxido de ferro vermelho e água purificada.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
O Oxypynal é um agonista2 opioide indicado para o tratamento de dores moderadas a severas, quando é necessária a administração contínua de um analgésico3, 24 horas por dia, por período prolongado. O tratamento de cada paciente deve ser individualizado, para fazer parte de um plano adequado de manejo da dor, iniciando a terapia com oxicodona depois da utilização de analgésicos4 não-opioides, tais como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e paracetamol.
Somente é indicado para uso pós-operatório se o paciente tiver recebido a droga antes do procedimento cirúrgico ou quando se prevê que a dor pós-operatória será moderada a severa e perdurará por período prolongado.
Não deverá ser utilizado como analgésico3 condicionado à dor (não se destina à administração pelo regime de “se necessário”).
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Quatro estudos duplo-cegos em dor oncológica compararam o uso de cloridrato de oxicodona de liberação prolongada administrado a cada 12 horas, com cloridrato de oxicodona de liberação imediata administrado quatro vezes ao dia. Dois destes estudos1,2 utilizaram o modelo grupo paralelo e dois utilizaram investigações cruzadas3,4.
O primeiro estudo1 envolveu 111 pacientes e avaliou a eficácia, segurança e aceitabilidade do cloridrato de oxicodona de liberação prolongada (n = 57) versus comprimidos de oxicodona de liberação imediata (n = 54), cada um em dose diária fixa total de 60 mg de oxicodona, não sendo permitido uso de analgésico3 suplementar ou titulação de dose. As medidas primárias de eficácia da intensidade média da dor e da aceitabilidade da terapia não mostraram diferenças estatisticamente significativas entre os tratamentos para qualquer dia do estudo. A análise farmacocinética/farmacodinâmica mostrou que concentrações elevadas de oxicodona estavam geralmente associadas a taxas médias de intensidade de dor mais baixas, apoiando a sensibilidade do ensaio e a relação entre magnitude da concentração de oxicodona no plasma5 e os efeitos analgésicos4.
O segundo estudo2 grupo paralelo avaliou a eficácia de oxicodona em 164 pacientes com dor oncológica de moderada a alta intensidade, com 81 pacientes randomizados para cloridrato de oxicodona de liberação prolongada e 83 para oxicodona de liberação imediata. Os resultados não mostraram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos de tratamento para valores de intensidade média diária da dor e aceitabilidade, não havendo diferença entre os grupos quanto à intensidade da dor em função da hora do dia. A média de intensidade da dor em 5 dias foi leve em ambos os grupos, correspondendo a 102% da eficácia relativa para cloridrato de oxicodona de liberação prolongada comparado com oxicodona de liberação imediata, com 95% de confiança de 89% a 118%.
O terceiro estudo3 foi a comparação dose-repetida, duplo-cego, randomizada, cruzada em dois períodos, multicêntrica entre cloridrato de oxicodona de liberação prolongada e oxicodona de liberação imediata, consistindo de:1) estimativa da eficácia do controle da dor sobre a duração dos intervalos de dose; 2) desenvolvimento de um perfil farmacocinético/farmacodinâmico; e 3) exame da relação entre concentração plasmática de oxicodona em estado de equilíbrio e efeitos da droga. Mais de 91% dos pacientes tratados com cloridrato de oxicodona de liberação prolongada obtiveram controle da dor dentro de 1,6 dias. Durante a fase duplo-cego, os pacientes continuaram estabilizados em níveis leves de intensidade da dor, sem diferenças estatisticamente significativas entre os tratamentos. Concluindo, tanto cloridrato de oxicodona de liberação prolongada quanto oxicodona de liberação imediata foram eficazes nos intervalos de dose e mostraram diferentes perfis farmacocinéticos e efeitos de droga comparáveis. O quarto estudo4 foi ensaio de centro único randomizado6, duplo-cego e cruzado em dois períodos, comparando a eficácia do cloridrato de oxicodona de liberação prolongada com comprimidos de oxicodona de liberação imediata final do período da dosagem. Cada período do estudo durou 3 a 7 dias, sem intervalo de pausa entre os tratamentos. A aceitabilidade da terapia foi avaliada como “boa” por 60% dos pacientes com cloridrato de oxicodona de liberação prolongada e 63% dos pacientes com oxicodona de liberação imediata. A fase duplo-cego desse estudo apoia os estudos prévios que mostravam eficácia analgésica equivalente de cloridrato de oxicodona de liberação prolongada e oxicodona de liberação imediata.
Estudo dose-resposta multicêntrico5, duplo-cego, randomizado6, placebo7 controlado, grupo paralelo, dose repetida, em pacientes entre 32 e 90 anos (média de 62 anos de idade) com osteoartrite8 crônica, envolveu 133 pacientes, dos quais 44 foram randomizados para tratamento com cloridrato de oxicodona de liberação prolongada de 10 mg a cada 12 horas ou cloridrato de oxicodona de liberação prolongada de 20 mg (2 x 10 mg) a cada 12 horas por 14 dias. Os 45 pacientes remanescentes receberam placebo7 a cada 12 horas pelo mesmo período. Não foram permitidos titulação de dose ou analgésico3 suplementar. Os resultados demonstraram clara relação dose-resposta para a redução da intensidade da dor. A análise de regressão mostrou correlações inversas significativas (P < 0,05) entre a concentração plasmática de oxicodona e intensidade de dor (medidas através de escala CAT e VAS) e efeitos de droga.
Estudo dose repetida, randomizado6, cruzado em dois períodos, multicêntrico6, duplo-cego, comparou perfis farmacocinéticos e farmacodinâmicos do cloridrato de oxicodona de liberação prolongada e de comprimidos de oxicodona de liberação imediata, envolvendo 57 adultos com dor lombar crônica estável, randomizados a uma fase de titulação aberta e tomando cloridrato de oxicodona de liberação prolongada a cada 12 horas ou oxicodona de liberação imediata. Dos 57 pacientes envolvidos, 47 (82%) completaram com sucesso a fase de titulação aberta dentro de 4 dias, e 44 pacientes completaram a fase duplo-cega do estudo. Daqueles que se submeteram a titulação, 87% dos pacientes tratados com cloridrato de oxicodona de liberação prolongada atingiram controle estável da dor em média de 2,5 dias e mais de 96% dos tratados com oxicodona de liberação imediata atingiram este estado numa média de 3 dias. Diferenças de tratamento estatisticamente significativas (P < 0,05) foram observadas entre as concentrações plasmáticas de cloridrato de oxicodona de liberação prolongada e oxicodona de liberação imediata em 0, 1, 3 a 4, 5 e 6 horas pós-dosagem. Relações estatisticamente significativas foram encontradas entre a concentração plasmática de oxicodona e os efeitos de droga MSDEQ. Observou-se também uma significativa relação inversa entre concentração plasmática de oxicodona e intensidade da dor.
A neuralgia9 pós-herpética foi utilizada como modelo para estudo7 da eficácia e segurança de cloridrato de oxicodona de liberação prolongada na dor neuropática10. Estudo randomizado11, duplo-cego, cruzado, avaliando doentes com neuralgia9 pós-herpética com dor de intensidade no mínimo moderada, comparou cloridrato de oxicodona de liberação prolongada 10 mg a cada 12 horas ou placebo7, cada um administrado durante 4 semanas. Houve aumento da dose semanalmente até o máximo de 30 mg a cada 12 horas, e a avaliação da intensidade e alívio da dor foram diárias. Dos 50 pacientes envolvidos, 38 (idades 70 ± 11 anos) completaram ambos os períodos duplos-cegos. Comparado ao placebo7, cloridrato de oxicodona de liberação prolongada mostrou valores superiores para alívio da dor, eficácia clínica e incapacidade (eficácia clínica placebo7 = 0,7 ± 1,0; cloridrato de oxicodona de liberação prolongada 1,7 ± 1,1; valor-P 0,0001).
Referências bibliográficas
- Parris WCV, Johnson BW Jr, Croghan MK, et al. Therapeutic evaluation of controlled-release oxycodone tablets in the treatment of chronic cancer12 pain: a double-blind study. Int Assoc for the Study of pain, 8th World Congress on Pain, Vancouver, BC, Canada:1996; 20, #59 [abstract]. Data on File (1), Purdue Pharma L.P., Norwalk, CT.
- Kaplan R, Parris WCV, Citron ML, et al. Comparison of controlled-release and immediate-release oxycodone tablets in patients with cancer12 pain, a double-blind study. Int Assoc for the Study of pain, 8th World Congress on Pain, Vancouver, BC, Canada:1996; 20, #58 [abstract] and Data on File (m), Purdue Pharma L.P., Norwalk, CT
- Data on File (e), Purdue Pharma L.P., Norwalk, CT. 4 Data on File (q), Purdue Pharma L.P., Norwalk, CT.
- Roth S, Burch F, Fleischmann R, et al. The effect of controlled-release (CR) oxycodone on pain intensity and activities in patients with pain secondary to osteoarthritis. Am Pain Soc Program Book 1995; A-147, #95884 [abstract] and Data on File (a), Purdue Pharma L.P., Norwalk, CT.
- Fleischmann R, Iwan T, Kaiko R, et al. Chronic low back pain (LBP) treatment with controlled-release (CR) and immediate-release (IR) oxycodone. Int Assoc for the Study of Pain, 8th World Congress of Pain, Vancouver, BC, Canada:1996; 493, #184 [abstract]; and Data on File (f), Purdue Pharma L.P., Norwalk, CT.
- Watson CPN, Babul N. Placebo7-controlled evaluation of the efficacy and safety of controlled-release oxycodone in postherpetic neuralgia9. Int Assoc for the Study of Pain, 8th World Congress of Pain, Vancouver, BC, Canada:1996; 277, #195 [abstract].
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Farmacodinâmica
O cloridrato de oxicodona é um agonista2 opioide sem ação antagonista13. Seus efeitos são similares aos da morfina.
O efeito terapêutico é principalmente analgésico3, ansiolítico, antitussígeno e sedativo. O mecanismo de ação envolve os receptores opioides do sistema nervoso central14 para compostos endógenos com atividade similar a opioides.
Sistema endócrino15: Veja item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”.
Sistema gastrointestinal: Opioides podem induzir espasmos16 do esfíncter de Oddi17.
Outros efeitos farmacológicos: Estudos in vitro e em animais indicam vários efeitos dos opioides naturais, como morfina, em componentes do sistema imunológico18. A significância clínica desses achados é desconhecida. Não se sabe se a oxicodona, um opioide semissintético, possui efeitos imunológicos similares aos da morfina.
Farmacocinética
Absorção: após a administração de comprimidos de liberação prolongada, os picos de concentração plasmática geralmente são obtidos em torno de 3 a 5 horas. A meia vida de eliminação plasmática é de aproximadamente 4,5 horas.
Efeitos dos alimentos: os alimentos não têm efeito significativo sobre a absorção do cloridrato de oxicodona de liberação prolongada. A liberação de Oxypynal é independente do pH.
Distribuição: após a administração endovenosa, o volume de distribuição (Vss) de oxicodona foi de 2,6 L/kg. Após absorção, a oxicodona é distribuída para todo o organismo. Aproximadamente 45% é ligada à proteína plasmática.
Metabolismo19: a oxicodona é metabolizada no fígado20 pela CYP3A4 e CYP2D6 à noroxicodona, oximorfona e noroximorfona, as quais são subsequentemente glucuronidadas.
A noroxicodona e noroximorfona são os principais metabólitos21 circulantes. A noroxicodona é um agonista2 fraco do receptor opioide mu. A noroximorfona é um potente agonista2 do receptor opioide mu, no entanto, não atravessa a barreira hematoencefálica de forma significativa. A oximorfona é um potente agonista2 do receptor opioide mu, porém está presente em concentrações muito baixas após a administração de oxicodona. Dessa forma, nenhum desses metabólitos21 é conhecido por contribuir de modo significativo com o efeito analgésico3 da oxicodona.
Eliminação: a oxicodona e seus metabólitos21 são eliminados tanto na urina22 quanto nas fezes.
Populações especiais
Idosos: as concentrações de oxicodona no plasma5 são afetadas apenas parcialmente pela idade, sendo 15% superiores em idosos, quando comparadas aos indivíduos jovens.
Sexo: em média, as mulheres apresentam concentrações plasmáticas médias de oxicodona até 25% mais altas em relação aos homens, após o ajuste por peso corpóreo.
Insuficiência renal23: quando comparados a indivíduos normais, pacientes com disfunção renal24 moderada a severa podem apresentar concentrações plasmáticas mais elevadas de oxicodona e seus metabólitos21. Pode haver um aumento da meia-vida de eliminação da oxicodona, e isto pode ser acompanhado por um aumento nos efeitos do medicamento.
Insuficiência hepática25: quando comparados a indivíduos normais, pacientes com disfunção hepática26 moderada a severa podem apresentar concentrações plasmáticas maiores de oxicodona e noroxicodona, e concentrações plasmáticas mais baixas de oximorfona. Pode haver um aumento na meia-vida de eliminação da oxicodona, e isto pode ser acompanhado por um aumento nos efeitos do medicamento.
Dados de segurança pré-clínicos
Teratogenicidade: A oxicodona não apresentou efeito na fertilidade e no desenvolvimento embrionário inicial em ratos machos e fêmeas quando administrada em doses de até 8 mg/kg/dia. Também, a oxicodona não induziu nenhuma malformação27 em ratos em doses de até 8 mg/kg/dia ou em coelhos em doses de até 125 mg/kg/dia. Aumentos em variações no desenvolvimento relacionadas à dose (aumento da incidência28 de vértebra extra pré-sacral (27) e par extra de costelas29) foram observados em coelhos quando foram analisados os dados de fetos individuais. No entanto, quando os mesmos dados foram analisados utilizando ninhadas, ao invés de fetos individuais, não houve aumento relacionado à dose nas variações do desenvolvimento, embora a incidência28 de vértebra pré-sacral tenha permanecido significativamente maior no grupo que recebeu 125 mg/kg/dia quando comparado ao grupo de controle. Uma vez que esta dose foi associada a efeitos farmacotóxicos severos nas fêmeas prenhas, os achados nos fetos podem ter sido uma consequência secundária da toxicidade30 materna severa.
Em um estudo de desenvolvimento peri e pós-natal realizado em ratos, os parâmetros de peso materno e ingesta alimentar foram reduzidos em animais tratados com doses ≥ 2 mg/kg/dia quando comparados ao grupo de controle. Os pesos corporais foram menores na geração F1 de ratas incluídas no grupo de dose de 6 mg/kg/dia. Não houve efeitos nos parâmetros físicos, reflexológicos e de desenvolvimento sensorial ou no comportamento e índices reprodutivos dos filhotes da F1 (a NOEL para filhotes da F1 foi 2 mg/kg/dia baseado nos efeitos sobre o peso corpóreo observados com doses de 6 mg/kg/dia). Não houve efeitos na geração F2 em qualquer dose do estudo.
Carcinogenicidade: Não foram realizados estudos em animais para avaliar o potencial carcinogênico da oxicodona.
Mutagenicidade: Resultados de estudos in vitro e in vivo indicam que o risco genotóxico da oxicodona aos humanos é mínimo ou ausente nas concentrações sistêmicas obtidas terapeuticamente. A oxicodona não foi genotóxica em testes de mutagenicidade bacteriana ou em testes in vivo de micronúcleo em camundongos. A oxicodona produziu resposta positiva no teste in vitro de linfoma31 de camundongos na presença de ativação metabólica de fígado20 de rato S9 em doses maiores que 25 mcg/mL. Dois testes in vitro de aberração cromossômica foram realizados com linfócitos humanos. No primeiro teste, a oxicodona foi negativa quando não houve ativação metabólica, porém foi positiva quando houve ativação metabólica S9 no tempo 24 horas, mas não em 48 horas após a exposição. No segundo teste, a oxicodona não demonstrou qualquer clastogenicidade tanto com ativação metabólica quanto sem ativação metabólica em qualquer concentração ou tempo.
CONTRAINDICAÇÕES
Oxypynal é contraindicado nos seguintes casos:
- Pacientes com conhecida hipersensibilidade à oxicodona, ou a qualquer um dos excipientes da formulação.
- Em situações nas quais os opioides são contraindicados.
- Pacientes com asma32 brônquica severa.
- Pacientes com significativa depressão respiratória, com hipóxia33 e/ou hipercapnia34.
- Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica severa.
- Pacientes com cor pulmonale.
- Pacientes acometidos ou que apresentem suspeita de íleo paralítico35.
Categoria de risco na gravidez36: B
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres que estão amamentando sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Oxypynal destina-se à utilização em pacientes que requerem terapia oral com um analgésico3 opioide. Como ocorre com qualquer analgésico3 opioide, é necessário ajuste de doses de forma individual para cada paciente. A seleção de pacientes para o tratamento com cloridrato de oxicodona de liberação prolongada deve reger-se pelos mesmos princípios de uso de analgésicos4 opioides similares, de liberação prolongada. Os analgésicos4 opioides, administrados de acordo com um programa de dose fixa, têm índice terapêutico estreito em certas populações de pacientes, especialmente quando combinado a outras drogas; devem ser reservados aos casos nos quais os benefícios da analgesia opioide excedam os riscos conhecidos de depressão respiratória, estado mental alterado e hipotensão37 postural. Os médicos devem individualizar o tratamento em cada caso, usando analgésicos4 não opioides, opioides tipo “se necessário” e/ou produtos combinados, além de terapia opioide crônica com drogas tais como o cloridrato de oxicodona, em um plano progressivo de manejo da dor, conforme delineado por entidades como a OMS, a Agência de Diretrizes para os Cuidados à Saúde1 e Pesquisa, e a Sociedade Americana da Dor.
A segurança e eficácia da oxicodona em pacientes menores de 18 anos não foram estabelecidas.
Depressão respiratória: a depressão respiratória representa o principal risco de todos os medicamentos com ação agonista2 opioide.
Outras condições:
Deve-se ter cautela ao se prescrever oxicodona a pacientes idosos debilitados, pacientes com função pulmonar severamente comprometida, pacientes com função renal24 ou hepática26 comprometida, pacientes com mixedema38, hipotireoidismo39, doença de Addison, hipertrofia40 prostática, alcoolismo, psicose41 tóxica, delirium tremens42, pancreatite43, hipotensão37, lesão44 craniana (devido ao risco de aumento da pressão intracraniana) ou pacientes que estejam utilizando medicamentos benzodiazepínicos, outros depressores do sistema nervoso central14 (incluindo álcool) ou inibidores da MAO45.
Tolerância e dependência: Com o uso crônico46, os pacientes podem desenvolver tolerância à oxicodona, podendo ser necessário aumento progressivo de dose para manutenção do controle da dor. O uso prolongado deste medicamento pode levar à dependência física e pode ocorrer síndrome47 de retirada caso o tratamento seja interrompido abruptamente. Quando o paciente não necessitar mais do tratamento com oxicodona, é recomendável que a dose seja reduzida gradativamente, de modo a prevenir a ocorrência de sintomas48 da síndrome47 de retirada (abstinência). A síndrome47 de abstinência caracteriza-se pelos seguintes sintomas48: inquietude; lacrimejamento; rinorreia49; bocejamento; transpiração50; calafrios51; mialgia52 e midríase53. Outros sintomas48 também podem surgir, tais como: irritabilidade; ansiedade; dor nas costas54; dor articular; fraqueza; cólicas55 abdominais; insônia; náuseas56; anorexia57; vômitos58; diarreia59; elevações na pressão sanguínea, frequência respiratória ou cardíaca.
A oxicodona possui um perfil de abuso similar ao de outros agonistas opioides fortes. A oxicodona pode ser utilizada de forma indevida por pacientes com tendência a vícios. Existe potencial de desenvolvimento de dependência psicológica a analgésicos4 opioides, incluindo oxicodona. Oxypynal deve ser usado com cautela em pacientes com histórico de abuso de álcool e drogas.
Em altas doses, pode ocorrer hiperalgesia60, sem resposta a aumento adicional na dose de oxicodona. Uma redução na dose de oxicodona ou troca do opioide pode ser necessária.
Convulsões: A oxicodona, assim como todos os opioides, pode agravar as convulsões em pacientes com transtornos convulsivos.
Pessoas com dificuldade de deglutição61: Oxypynal não deve ser diluído ou umedecido antes de ser colocado na boca62, e deve-se tomar um comprimido por vez, com água suficiente para garantir a sua imediata deglutição61. Deve-se ter especial cautela ao se prescrever Oxypynal a pacientes que apresentem dificuldade de deglutição61 ou que apresentem distúrbios gastrointestinais que possam predispor à obstrução.
Utilização em doenças do trato gastrointestinal: pacientes com distúrbios de trato gastrointestinal, tais como câncer12 de esôfago63 ou câncer12 de cólon64, com lúmen65 gastrointestinal reduzido apresentam maior risco de desenvolverem complicações (obstrução intestinal, ou exacerbação de diverticulite66, situações que podem requerer intervenção médica para remoção do comprimido).
Utilização em doenças do trato pancreático/biliar: a oxicodona pode causar espasmo67 do esfíncter de Oddi17, devendo ser usada com cautela em pacientes com doenças do trato biliar68, inclusive pancreatite43 aguda. Os opioides, inclusive a oxicodona, podem elevar o nível de amilase sérica.
Abdômen agudo69: em pacientes com quadros de abdômen agudo69, a administração de qualquer analgésico3 opioide, dentre eles a oxicodona, pode mascarar o diagnóstico70 ou o curso clínico.
Utilização no pré e pós-operatório: não é aconselhável a utilização para uso pré-operatório nem no manejo da dor no período pós- cirúrgico imediato (nas primeiras 12 a 24 horas após a cirurgia).
Quanto aos pacientes que já estavam recebendo comprimidos de Oxypynal como parte de uma terapia analgésica estabelecida, pode-se manter com segurança a administração do fármaco71, contanto que tenham sido feitos os ajustes de dose necessários, levando em consideração fatores tais como o procedimento, as outras drogas administradas, e as alterações fisiológicas72 temporárias provocadas pela própria intervenção cirúrgica (veja as seções 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS e 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR).
Efeitos no sistema endócrino15: Os opioides, assim como a oxicodona, podem influenciar os eixos hipotalâmico-pituitário-adrenal ou gonadal. Algumas alterações que podem ser observadas incluem um aumento da prolactina73 sérica e redução no cortisol e testosterona plasmáticos. Devido a essas alterações hormonais, sintomas48 clínicos podem se manifestar.
Gravidez36 e Lactação74
A oxicodona atravessa a barreira placentária e pode ser encontrada no leite materno.
Recém-nascidos cujas mães estejam recebendo oxicodona de forma crônica podem apresentar depressão respiratória e/ou outros sintomas48 de abstinência, após o nascimento ou durante a lactação74. Podem ocorrer sintomas48 de abstinência em lactentes75, após a suspensão abrupta de qualquer analgésico3 opioide à mãe.
Oxypynal não é recomendado para uso em mulheres imediatamente antes ou durante o trabalho de parto e parto, já que o uso de opioides orais pelas mães pode causar depressão respiratória nos recém-nascidos.
Categoria de risco na gravidez36: B – Não há estudos adequados em mulheres. Em experiência em animais não foram encontrados riscos, mas foram encontrados efeitos colaterais76 que não foram confirmados nas mulheres, especialmente durante o último trimestre de gravidez36.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres que estão amamentando sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem ser prejudicadas.
Este medicamento pode causar doping.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Pode haver um aumento do efeito depressor sobre o SNC77, o qual pode levar a sedação78 profunda, depressão respiratória, coma79 e morte, durante tratamento concomitante com benzodiazepínicos ou outras drogas que também afetem o SNC77, como álcool, outros opioides, sedativos não benzodiazepínicos, hipnóticos, antidepressivos, fenotiazinas e drogas neurolépticas, etc.
Os analgésicos4 opioides, inclusive Oxypynal, podem potencializar a ação de bloqueio neuromuscular dos relaxantes musculoesqueléticos, aumentando o grau de depressão respiratória.
A administração concomitante de oxicodona com anticolinérgicos ou medicamentos com atividade anticolinérgica (por exemplo, antidepressivos tricíclicos, anti-histamínicos, antipsicóticos, relaxantes musculares, medicamentos anti-Parkinson) podem resultar em aumento dos efeitos adversos anticolinérgicos.
A oxicodona é metabolizada principalmente pela CYP3A4 com contribuição da CYP2D6. A atividade dessas vias metabólicas pode ser bloqueada ou induzida por uma variedade de drogas ou elementos da dieta. Pode ser necessário ajuste da dose da oxicodona.
Inibidores da CYP3A4, como antibióticos macrolídeos (por exemplo, claritromicina), agentes antifúngicos azólicos (por exemplo, cetoconazol), inibidores de protease (por exemplo, ritonavir), e suco de toranja (grapefruit)podem causar redução da depuração de oxicodona, o que pode levar a um aumento das concentrações de oxicodona plasmática.
Indutores de CYP3A4, como rifampicina, carbamazepina, fenitoína e erva de São João podem induzir o metabolismo19 da oxicodona e causar um aumento da depuração da droga, resultando em uma redução das concentrações plasmáticas de oxicodona.
Drogas que inibem a atividade da CYP2D6 como paroxetina e quinidina, podem causar redução da depuração de oxicodona, o que pode levar a um aumento nas concentrações plasmáticas da substância.
Efeitos dos alimentos: em contraste às fórmulas de liberação imediata, os alimentos não têm efeito significativo sobre a absorção de Oxypynal. A liberação de Oxypynal é independente do pH.
Suco de toranja (grapefruit) e erva de São João podem apresentar efeitos no metabolismo19 da oxicodona.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
O Oxypynal deve ser conservado em temperatura ambiente (15–30°C), protegido da luz e umidade. Quando mantido nessas condições, possui prazo de validade de 24 meses a partir de sua data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
- Oxypynal 10 mg: comprimidos revestidos na cor branca, circulares, biconvexos e lisos.
- Oxypynal 20 mg: comprimidos revestidos na cor rosa claro, oblongos, biconvexos e lisos.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
No tratamento da dor é fundamental a avaliação sistemática do paciente. Ademais, a terapia deverá ser revisada regularmente, sendo ajustada baseando-se nas informações do próprio paciente referente à dor e eventos adversos, bem como na avaliação clínica do profissional.
A natureza da liberação prolongada da formulação permite que o cloridrato de oxicodona de liberação prolongada comprimidos seja administrado a cada 12 horas (veja seção 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS). Embora a dosagem simétrica, doses iguais (matinal e vespertina) a cada 12 horas seja adequada para a maioria dos pacientes, alguns deles poderão beneficiar-se de uma dosagem assimétrica (com a dose da manhã diferindo da dose da tarde), ajustada ao caso. Normalmente é adequado o tratamento com um único opioide, usando-se terapia de 24 horas.
Início da terapia
É impreterível que o regime de dosagem seja iniciado individualmente para cada paciente, considerando-se o tratamento prévio do paciente, com analgésicos4 opioides ou não-opioides. Entre os fatores a serem considerados, estão os seguintes:
- A condição geral e o estado médico do paciente.
- A dose diária, a potência e o(s) tipo(s) do(s) analgésico3(s) de uso anterior.
- A confiabilidade da estimativa de conversão, utilizada para calcular a dose de oxicodona.
- A exposição do paciente a opioides e sua tolerância aos mesmos.
- O equilíbrio entre o controle da dor e as reações adversas.
Devem-se tomar precauções no sentido de administrarem-se inicialmente doses baixas de Oxypynal em pacientes que ainda não tenham desenvolvido tolerância aos opioides, especialmente no caso de pacientes que concomitantemente estejam recebendo um tratamento com relaxantes musculares, sedativos ou outros medicamentos que atuem sobre o SNC77 (veja seção 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Pacientes que ainda não estejam utilizando opioides: os ensaios clínicos80 demonstraram que em tais pacientes a terapia analgésica poderá ser iniciada com cloridrato de oxicodona de liberação prolongada. Para a maioria dos pacientes nessa categoria, uma dose inicial razoável consistiria em 10 mg a cada 12 horas. Caso esteja sendo administrado um analgésico3 não-opioide (aspirina, paracetamol ou uma droga anti-inflamatória não esteroide), este não-opioide poderá ser continuado concomitantemente ao tratamento com oxicodona. Se for descontinuado, é possível que a dose de cloridrato de oxicodona de liberação prolongada tenha que ser aumentada.
Pacientes tratados com terapia opioide: se o paciente já estiver recebendo medicamentos contendo opioides, antes da terapia com Oxypynal, a dose diária total (24 horas) dos outros opioides deverá ser determinada da seguinte forma:
Utilizando os fatores de conversão da Tabela 2, multiplicar as doses (em mg/dia) dos opioides prévios pelo respectivo fator, obtendo- se assim a dose diária total equivalente em termos de oxicodona.
Dividir pela metade a dose para 24 horas assim obtida, para determinar a dose de Oxypynal a ser administrada 2 vezes ao dia (cada 12 horas).
Ajustando para baixo, calcular a dosagem correta em termos das potências existentes de comprimidos de Oxypynal (10 mg, 20 mg).
Ao iniciar a terapia com Oxypynal comprimidos descontinuar dentro de 24 horas a administração de todos os outros medicamentos opioides.
É provável que nenhuma conversão fixa se revele satisfatória para a totalidade dos pacientes, especialmente com os que já estejam recebendo altas doses de opioides. As dosagens recomendadas na Tabela 2 representam somente um ponto de partida, sendo necessárias cuidadosas observações e frequentes titulações, a fim de garantir que os pacientes cheguem a uma nova terapia estável.
Tabela 2. Fatores de multiplicação para converter as doses diárias de opioides prévios para a dose diária de oxicodona oral* (mg/dia de opioide prévio x fator = mg/dia de oxicodona oral)
Opioide prévio |
Fator para opioide prévio oral |
Fator para opioide prévio parenteral |
Oxicodona |
1 |
- |
Codeína |
0,15 |
- |
Fentanil transdérmico |
veja abaixo |
veja abaixo |
Hidrocodona |
0,9 |
- |
Hidromorfona |
4 |
20 |
Levofarnol |
7,5 |
15 |
Meperidina |
0,1 |
0,4 |
Metadona |
1,5 |
3 |
Morfina |
0,5 |
1,5 |
*Esse cálculo81 somente deve ser usado para converter à oxicodona oral. No caso de pacientes que estejam recebendo altas doses de opioides parenterais, aconselha-se uma conversão mais conservadora. Assim, no caso de altas doses de morfina parenteral, deve-se usar um fator de conversão igual a 1,5.
Em todos os casos deve-se dispor de uma analgesia suplementar (veja mais abaixo), sob forma de um analgésico3 apropriado do tipo curta ação.
Conversão de fentanil transdérmico para comprimidos de cloridrato de oxicodona de liberação prolongada: 18 horas após a eliminação do adesivo transdérmico de fentanil, pode-se iniciar o tratamento com cloridrato de oxicodona. Cada 25 mcg de fentanil transdérmico corresponde a 10 mg de cloridrato de oxicodona de liberação prolongada. Deve-se manter vigilância estrita sobre o paciente, com referência à titulação precoce, já que a experiência clínica com esta conversão é muito limitada.
Manejo de prováveis reações adversas com opioides: a maioria dos pacientes tratados com opioides – especialmente pacientes que nunca utilizaram opioides anteriormente - sofrerá reações adversas.
As reações adversas causadas pelo cloridrato de oxicodona de liberação prolongada comprimidos são frequentemente transitórias, mas poderão necessitar de avaliação e manejo. A constipação82, reação adversa muito comum, deve ser tratada profilaticamente, com um laxante83 estimulante e/ou um amaciante de fezes. Habitualmente, os pacientes não se tornam tolerantes aos efeitos constipantes dos opioides.
Outras reações adversas dos opioides, tais como a sedação78 e as náuseas56, são geralmente autolimitadas, e frequentemente não persistem além dos primeiros dias. Caso as náuseas56 persistam de forma inaceitável ao paciente, deve-se considerar o tratamento com antieméticos84 ou outras medidas capazes de aliviar esses sintomas48.
Às vezes, os pacientes tratados com cloridrato de oxicodona de liberação prolongada notam a passagem de uma matriz de comprimido, intacta, nas fezes ou via colostomia85. Essas matrizes contêm pouca ou nenhuma oxicodona residual e, portanto, não têm importância clínica.
Individualização da dose: uma vez iniciada a terapia, devem-se avaliar frequentemente o alívio da dor e os outros efeitos dos opioides. As doses dos pacientes devem ser fixadas de forma a produzirem efeito adequado (geralmente dor leve ou ausente, com a administração regular de, no máximo, 2 doses de analgesia suplementar durante 24 horas). Deve estar à disposição uma medicação "resgate" (maiores detalhes em “Analgesia suplementar”). Uma vez que as concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio são alcançadas em aproximadamente 24 a 36 horas, a dose poderá ser ajustada a cada 1 ou 2 dias. O mais adequado é aumentar a dose administrada a cada 12 horas, e não a frequência da dosagem, pois não existem informações clínicas sobre intervalos entre administrações menores que 12 horas. A dose diária total de oxicodona em uso poderá ser elevada em 25% a 50% em cada aumento de dose.
Em caso de sinais86 de reações adversas excessivas relacionadas ao opioide, a próxima dose poderá ser reduzida. Se, por sua vez, esse ajuste levar a uma analgesia inadequada, poderá se administrar uma dose suplementar de oxicodona de liberação imediata. Alternativamente, podem-se utilizar adjuvantes analgésicos4 não-opioides. Devem ser efetuados os ajustes de dose necessários para obter o equilíbrio adequado entre o alívio da dor e as reações adversas relacionadas ao opioide.
Caso ocorram reações adversas significativas antes de se chegar à meta terapêutica87 (dor leve ou nenhuma dor), tais eventos deverão ser tratados de forma agressiva. Uma vez controladas as reações adversas, deve-se continuar com a titulação ascendente, até a obtenção de um nível aceitável de controle da dor. Durante as fases de mudanças nas necessidades analgésicas - inclusive a titulação inicial - recomenda-se manter frequentes contatos entre o médico, os outros membros da equipe médica, o paciente e sua família.
Analgesia suplementar: é possível que a maioria dos pacientes que recebem terapia 24 horas por dia com opioides de liberação controlada precise ter à sua disposição medicamentos de liberação imediata tipo "resgate”. Estes medicamentos devem estar disponíveis para lidar com exacerbações da dor ou para prevenir a dor que ocorre previsivelmente durante certas atividades do paciente (dor incidental).
Manutenção da terapia: o objetivo da fase de titulação é determinar a dose necessária para analgesia durante as 12 horas, a qual é específica para o paciente, e que manterá uma analgesia adequada com efeitos colaterais76 aceitáveis durante todo o tempo necessário para o alívio da dor.
Se a dor surgir novamente, a dose poderá ser aumentada, a fim de restabelecer o controle da dor. Durante a terapia crônica – especialmente em casos de síndromes de dor não-oncológicas – a necessidade contínua de terapia opioide durante 24 horas deverá ser reconfirmada periodicamente (isto é, cada 6 a 12 meses), conforme apropriado a cada caso.
Suspensão da terapia: quando o paciente não mais necessitar de terapia com Oxypynal, as doses deverão ser diminuídas gradualmente, evitando-se sinais86 e sintomas48 de abstinência.
Conversão de comprimidos de Oxypynal para opioides parenterais: a fim de evitar superdose, devem-se usar índices de conversão de dose conservadores.
Pacientes com comprometimento renal24 ou hepático: A dose inicial deve seguir uma estratégia conservadora nesses pacientes. A dose inicial recomendada para adultos deve ser reduzida a 50% (por exemplo, uma dose total diária oral de 10 mg em pacientes que ainda não utilizaram opioides), e a titulação de dose para adequado controle da dor deve ser realizada de acordo com a situação clínica do paciente.
REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas apresentadas na tabela abaixo estão classificadas por sistema corpóreo e sua incidência28. As frequências são dadas conforme definido abaixo:
Muito comum: ≥ 1/10.
Comum: ≥ 1/100 a < 1/10.
Incomum: ≥ 1/1.000 a < 1/100.
Rara: ≥ 1/10.000 a < 1/1.000.
Muito rara: < 1/10.000.
Não conhecida: Não pode ser estimada pelos dados disponíveis.
Sistema corpóreo |
Muito comum |
Comum |
Incomum |
Rara |
Muito rara |
Não conhecida |
Sistema imunológico18 |
|
|
Hipersensibilidade |
|
|
Reação anafilática88 ou anafilactoide89 |
Metabolismo19 e nutricional |
|
Diminuição do apetite |
Desidratação90 |
|
|
|
Psiquiátrico |
|
Ansiedade, confusão, insônia, nervosismo, pensamento anormal, depressão |
Labilidade emocional, agitação, humor eufórico, alucinação91, diminuição da libido92, dependência |
|
|
Agressão |
Sistema nervoso93 |
Tontura94, cefaleia95, sonolência |
Tremor, letargia96 |
Amnésia97, convulsão98, hipertonia99, hipoestesia100, contrações musculares involuntárias, parestesia101, distúrbio da fala, síncope102, disgeusia103 |
|
|
Hiperalgesia60 |
Olhos104 |
|
|
Miose105, comprometimento Visual |
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|
|
Ouvido e labirinto106 |
|
|
Vertigem107 |
|
|
|
Cardíaco |
|
|
Palpitações108 (no contexto da síndrome47 de retirada) |
|
|
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Vascular109 |
|
|
Vasodilatação |
Hipotensão37, hipotensão37 ortostática |
|
|
Respiratório, torácico e mediastinal |
|
Dispneia110 |
Depressão respiratória, asfixia111 |
|
|
|
Gastrointestinal |
Constipação82, náusea112, vômito113 |
Dor abdominal, diarreia59, boca62 seca, dispepsia114 |
Disfagia115 (dificuldade para engolir o comprimido), regurgitação116, ânsia de vômito113, eructação117, flatulência, íleo paralítico35 |
|
|
Cáries118 dentais |
Hepatobiliar119 |
|
|
Aumento das enzimas hepáticas120 |
|
|
Colestase121 |
Pele e tecido Subcutâneo122 |
Prurido123 |
Hiperidrose124, rash125 |
Pele126 seca |
Urticária127 |
|
|
Renal24 e Urinário |
|
|
Retenção urinária128 |
|
|
|
Reprodutivo e mama129 |
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Disfunção erétil, Hipogonadismo |
|
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Amenorreia130 |
Gerais e local de administração |
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Astenia131, fadiga132 |
Calafrios51, síndrome47 de retirada, edema133, edema133 periférico, mal-estar, sede, tolerância à droga |
|
|
Síndrome47 de retirada neonatal |
Lesões134, intoxicações e complicações |
|
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Medicamento preso na garganta135 |
|
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Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
SUPERDOSE
Superdose aguda de oxicodona pode manifestar-se por depressão respiratória, sonolência progressiva até o estupor ou o coma79, hipotonia136, miose105, bradicardia137, hipotensão37, edema pulmonar138 e morte.
No tratamento da superdose de oxicodona, deve-se atentar inicialmente ao restabelecimento das vias respiratórias.
Os antagonistas opioides puros, tais como a naloxona, são antídotos específicos contra os sintomas48 provocados por superdose de opioide. Outras medidas de suporte devem ser utilizadas, se necessário.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
MS n° 1.2214.0111
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Fabricado por:
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Indústria Brasileira
SAC 0800 016 6575
