Svudin (Bula do profissional de saúde)
CRISTÁLIA PRODUTOS QUÍMICOS FARMACÊUTICOS LTDA.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Svudin®
estavudina
Solução oral 1 mg/mL
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Pó para solução oral
Embalagem contendo 01 frasco plástico de 210 mL + copo dosador
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada mL da solução reconstituída de Svudin® contém:
estavudina | 1 mg |
veículo q.s.p. | 1 mL |
Veículo: carboximetilcelulose sódica, sacarose, metilparabeno, propilparabeno, dimeticona, aroma de tangerina.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÃO
Svudin® é indicado no tratamento de pacientes com infecção2 pelo HIV3-1, fazendo parte de regimes de tratamento antirretrovirais adequados, incluindo o uso associado com outros nucleosídeos análogos e não nucleosídeos análogos inibidores da transcriptase reversa ou inibidores de protease do HIV3.
RESULTADO DA EFICÁCIA
Terapia combinada4
O uso combinado da estavudina com outros agentes antirretrovirais é baseado nos resultados de estudos clínicos em pacientes infectados, utilizando regimes combinados com dois ou três agentes antirretrovirais. Um deles foi um estudo multicêntrico, randomizado5 e aberto comparando o uso da estavudina (40 mg duas vezes ao dia) associada à lamivudina e indinavir com a zidovudina associada à lamivudina e indinavir, em 202 pacientes que não haviam recebido estas medicações. Ambos os regimes resultaram em similar inibição dos níveis de RNA HIV3 e aumentaram a contagem de células6 CD4 após 48 semanas.
Monoterapia
A eficácia de estavudina foi demonstrada em um estudo randomizado7 e duplo-cego comparando a estavudina com a zidovudina em 822 pacientes com sintomas8 relacionados ao HIV3. Os achados em termos da progressão da infecção2 por HIV3 e morte foram similares para ambos os fármacos.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
O Svudin® contém a substância estavudina, a 2',3'-dideidro-3'-deoxitimidina, um nucleosídeo sintético análogo à timidina, ativo contra o vírus9 da imunodeficiência10 humana, o HIV3.
Mecanismo de Ação
A estavudina inibe a replicação in vitro do HIV3 em células6 humanas. É fosforilada pelas quinases celulares para trifosfato de estavudina, que inibe a transcriptase reversa do HIV3 através da competição com o substrato natural, o trifosfato de deoxitimidina.
Inibe também a síntese do DNA viral através da interrupção da cadeia de DNA devido à ausência do grupo 3'-hidroxila, o qual é necessário para a elongação do DNA. O trifosfato de estavudina inibe a beta e a gama polimerase do DNA celular e reduz acentuadamente a síntese de DNA mitocondrial.
Não foi ainda estabelecida à relação entre a sensibilidade in vitro do HIV3 à estavudina e a inibição da replicação do HIV3 em humanos.
Farmacodinâmica
A inclusão da estavudina em regimes de combinação tripla e dupla leva a um aumento na inibição de HIV3, baseado no aumento da contagem de CD4 e diminuição de RNA do HIV3. A supressão viral é geralmente mais durável no regime de combinação tripla do que no regime de combinação dupla.
Farmacocinética
Adultos
A estavudina é rapidamente absorvida após administração oral. A biodisponibilidade absoluta média é 86,4%. Os picos de concentração plasmática (Cmáx) ocorrem após 1 hora ou menos da administração e aumentam de maneira relacionada à dose. Não foi observado acúmulo de estavudina com administrações repetidas a cada 6, 8 ou 12 horas.
Um estudo em pacientes com infecção2 pelo HIV3, assintomáticos, demonstrou que a exposição sistêmica (área sob a curva de concentração plasmática x tempo) é similar se a estavudina for administrada sob condições de jejum ou após uma refeição padronizada rica em lipídeos.
O volume médio aparente de distribuição após doses orais unitárias é 66L, independente da dose e não tem relação com o peso corporal.
A ligação às proteínas11 séricas é desprezível. A estavudina é igualmente distribuída entre as hemácias12 e o plasma13. Após uma dose oral de 40 mg de estavudina administrada a pacientes sadios, a concentração média no líquido cefalorraquidiano14 foi de 63 ng/mL após 4 ou 5 horas da administração. A proporção entre a concentração no líquido cefalorraquidiano14 e concentração plasmática foi de 40%.
O metabolismo15 da estavudina no homem não foi elucidado. Após incubação16 em cortes histológicos17 de fígado18 humano da estavudina marcada com C14, por um período de 6 horas, 87% da radioatividade registrada pertencia ao composto de origem, 2% foi metabolizado para timina e 7% foi associado com compostos polares não identificados.
A meia-vida de eliminação terminal média é 1,44 horas, após doses orais únicas, independente da dose.
A eliminação renal19 é aproximadamente 40% do clearance total. O clearance renal19 médio é aproximadamente o dobro do clearance de creatinina20 endógena médio, indicando secreção tubular ativa além da filtração glomerular. Os 60% restantes do medicamento são presumidamente eliminados pelas vias endógenas.
Pacientes Pediátricos
Estudos em pacientes pediátricos com infecção2 por HIV3 demonstraram uma biodisponibilidade absoluta média de 76,9%. O perfil farmacocinético foi similar após a primeira dose e em estado de equilíbrio, sem acúmulo de estavudina com as doses empregadas.
O volume médio de distribuição é 0,74 L/kg após infusões intravenosas. As concentrações no líquido cefalorraquidiano14 correspondem a 16% a 125% das concentrações plasmáticas em amostras simultâneas. A meia-vida de eliminação terminal média após uma dose oral única é de aproximadamente 1 hora.
Insuficiência Renal21
O clearance de estavudina diminui à medida que se diminui o clearance de creatinina20. Portanto, é recomendável que a dose do produto seja ajustada em pacientes com clearance de creatinina20 reduzido e recebendo hemodiálise22 de manutenção.
Insuficiência Hepática23
A farmacocinética da estavudina em pacientes com insuficiência hepática23 é semelhante àquela em pacientes com função hepática24 normal. Desta forma, não é necessário um ajuste inicial da dose.
Pacientes Geriátricos
A farmacocinética da estavudina não foi especificamente pesquisada em pacientes com mais de 65 anos de idade.
CONTRAINDICAÇÕES
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com hipersensibilidade à estavudina ou a qualquer a um dos componentes da fórmula.
Gravidez25 – Categoria de Risco C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Acidose26 Láctica27/Hepatomegalia28 Grave com Esteatose29/Insuficiência Hepática23 Acidose26 láctica27 e hepatomegalia28 grave com esteatose29, incluindo casos fatais, foram relatados com o uso de análogos de nucleosídeos isolados ou em combinação, incluindo estavudina e outros agentes antirretrovirais.
Sexo feminino, obesidade30 e a exposição prolongada a nucleosídeos podem ser fatores de risco. Acidose26 láctica27 fatal foi relatada em mulheres grávidas que receberam a associação de estavudina e didanosina com outros agentes antirretrovirais.
A associação de estavudina e didanosina deve ser usada com cautela durante a gravidez25 e é recomendada apenas se o benefício superar claramente o risco potencial (ver Gravidez25).
Deve-se ter um cuidado especial quando da administração de Svudin® a qualquer paciente que apresente fatores de risco conhecidos para doença hepática24; contudo, casos de acidose26 láctica27 também foram relatados em pacientes sem fatores de risco conhecidos. Fadiga31 generalizada, sintomas8 digestivos (náusea32, vômitos33, dor abdominal, repentina perda de peso inexplicável); sintomas8 respiratórios (taquipneia34, dispneia35); ou sintomas8 neurológicos (incluindo fraqueza motora - ver Sintomas8 Neurológicos) podem ser indicativos do desenvolvimento de hiperlactemia sintomática36 ou síndrome37 da acidose26 láctica27.
Tratamento com Svudin® deve ser suspenso em qualquer paciente que desenvolva achados laboratoriais ou clínicos sugestivos de acidose26 láctica27 ou hepatotoxicidade38 pronunciada (as quais podem incluir hepatomegalia28 e esteatose29 mesmo na ausência de elevações das transaminases hepáticas39).
Toxicidade40 Hepática24
Relatou-se ocorrência de hepatite41 ou insuficiência hepática23, as quais foram fatais em alguns casos, com estavudina. Em pacientes com disfunção hepática24 pré-existente, deve ser considerada a interrupção do tratamento com quaisquer análogos de nucleosídeos quando ocorrer a piora da doença hepática24.
Sintomas8 Neurológicos
Fraqueza motora foi raramente relatada em pacientes recebendo combinação de terapia antiretroviral incluindo a estavudina. A maioria dos casos ocorreu no início da hiperlactemia sintomática36 ou síndrome37 da acidose26 láctica27. A evolução da fraqueza motora pode simular uma apresentação clínica da síndrome37 de Guillain-Barré (incluindo insuficiência respiratória42). Sintomas8 podem continuar ou piorar após descontinuação da terapia.
Neuropatia periférica43 é uma importante toxicidade40 da estavudina, que está relacionada à dose e ocorre mais frequentemente nos pacientes com infecção2 pelo HIV3 em estágio avançado, com um histórico de neuropatia44, ou terapia concomitante com fármaco45 neurotóxico, incluindo didanosina. A neuropatia periférica43 é manifestada por dormência46, formigamento, ou dor nas mãos47 ou pés (ver Reações adversas).
Pancreatite48
Durante a terapia ocorreu pancreatite48 fatal e não fatal quando a estavudina fez parte de um regime combinado que incluiu didanosina em pacientes virgens de tratamento e já tratados, independentemente do grau de imunodepressão. A associação de Svudin® e didanosina e qualquer outro agente tóxico ao pâncreas49 deve ser suspensa em pacientes com suspeita de pancreatite48. A reintrodução de Svudin® após a confirmação do diagnóstico50 de pancreatite48 deve ser feita com cuidado e estreito monitoramento do paciente. O novo regime não deve conter didanosina ou hidroxiureia.
Redistribuição de Gordura51
Redistribuição/acúmulo de gordura51 corporal, incluindo obesidade30 central, aumento dorsocervical de gordura51 (corcunda de búfalo), desperdício periférico, perda de gordura51 facial, aumento de mama52, e "aparência cushingoide" foram observados em pacientes que recebem terapia antirretroviral.
Em ensaios clínicos53 randomizados de pacientes não tratados previamente, a lipoatrofia54 ou lipodistrofia55 clínicas desenvolveram-se em maior proporção de pacientes tratados com estavudina em comparação com outros nucleosídeos (tenofovir ou abacavir). Foi demonstrado perda total de gordura51 de membro em pacientes tratados com estavudina em comparação com ganho de gordura51 de membro ou nenhum ganho em pacientes tratados com outros nucleosídeos (abacavir, tenofovir ou zidovudina). A incidência56 e a gravidade da lipoatrofia54 ou lipodistrofia55 são acumulativas ao longo do tempo com regimes contendo estavudina. Em ensaios clínicos53, a mudança da estavudina para outros nucleosídeos (tenofovir ou abacavir) resultou em aumentos na gordura51 dos membros com pouca ou nenhuma melhoria na lipoatrofia54 clínica. Os pacientes que recebem estavudina devem ser monitorizados quanto a sintomas8 ou sinais57 de lipoatrofia54 ou lipodistrofia55 e questionados sobre alterações no corpo relacionadas a estes sintomas8. Dado os potenciais riscos do uso de estavudina, deve ser feita uma avaliação benefício-risco para cada paciente e deve ser considerado o uso de um antirretroviral alternativo.
Síndrome37 da Reconstituição Imune
Foi relatada síndrome37 de reconstituição imune em pacientes tratados com terapêutica58 antirretroviral combinada, incluindo estavudina. Durante a fase inicial do tratamento antirretroviral combinado, os pacientes cujo sistema imunológico59 respondem, podem desenvolver uma resposta inflamatória a infecções60 oportunistas indolentes ou residuais [como infecção2 por Mycobacterium avium, citomegalovírus61, Pneumocystis jiroveci pneumonia62 (PCP) ou tuberculose63], as quais podem necessitar de avaliação e tratamento.
Os distúrbios auto-imunes (tais como a doença de Graves, a polimiosite e a síndrome37 de Guillain-Barré) também ocorreram na reconstituição imune; no entanto, o tempo de início é mais variável, podendo ocorrer muitos meses após o início do tratamento.
Insuficiência Renal21
O clearance de estavudina diminui à medida que o clearance de creatinina20 diminui; portanto é recomendado o ajuste da dose de Svudin® em pacientes com a função renal19 reduzida (clearance de creatinina20 ≤50 mL/min.; ver POSOLOGIA).
Gravidez25 e Lactação64
Não há estudos adequados e bem controlados de estavudina envolvendo mulheres grávidas. A estavudina deve ser usada durante a gravidez25 somente se o benefício justificar o risco potencial. Foram relatados casos de acidose26 láctica27 fatal em mulheres grávidas que receberam a associação de estavudina e didanosina com outros agentes antirretrovirais. Não se sabe se a gravidez25 aumenta o risco de síndrome37 de acidose26 láctica27/esteatose hepática65 relatadas em mulheres não grávidas recebendo análogos de nucleosídeos. A associação de estavudina e didanosina deve ser usada com cautela durante a gravidez25 e é recomendada apenas se o benefício superar claramente o risco potencial.
Profissionais de saúde1 devem estar alertas quanto ao diagnóstico50 precoce da síndrome37 de acidose26 lática66/esteatose hepática65 em pacientes grávidas infectadas pelo HIV3 recebendo estavudina.
Este medicamento não deve ser utilizado durante a gravidez25 e a amamentação67, exceto sob orientação médica. Informe ao seu médico se ocorrer gravidez25 ou iniciar amamentação67 durante o uso deste medicamento.
Categoria de risco na gravidez25: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Lactação64: Não se sabe se a estavudina é excretada no leite humano. Como muitos fármacos são excretados no leite humano e devido ao potencial da estavudina em provocar reações adversas em lactentes68, as mães devem ser instruídas a suspender a amamentação67 se estiverem recebendo Svudin®.
Populações especiais
Uso pediátrico: O uso de estavudina em pacientes pediátricos desde o nascimento até a adolescência é fundamentado por evidências de estudos adequados e bem controlados de estavudina em adultos com dados farmacocinéticos e de segurança adicionais em pacientes pediátricos.
Uso geriátrico: Estudos clínicos de estavudina não incluíram um número suficiente de pacientes com 65 anos ou mais para determinar se eles respondem de forma diferente comparado com os pacientes mais jovens. Não se pode descartar maior sensibilidade de alguns indivíduos idosos aos efeitos da estavudina.
Sabe-se que a estavudina é substancialmente excretada pelo rim69, e o risco de reações tóxicas a este fármaco45 pode ser maior em pacientes com insuficiência renal21. Como os pacientes idosos são mais propensos a ter uma função renal19 diminuída, pode ser útil monitorar a função renal19. Recomenda-se o ajuste da dose em pacientes com insuficiência renal21.
Informações importantes sobre um dos componentes do medicamento
Atenção diabéticos: contém AÇÚCAR70.
ATENÇÃO: O USO INCORRETO CAUSA RESISTÊNCIA DO VÍRUS9 DA AIDS E FALHA NO TRATAMENTO
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
A estavudina não inibe a maioria das isoformas do citocromo P450: CYP1A2, CYP2C19, CY2D6 e CYP3A4. É improvável que interações entre fármacos clinicamente significantes irão ocorrer com fármacos metabolizados através destas vias.
A estavudina não se liga as proteínas11 plasmáticas e não é esperado que afete a farmacocinética dos fármacos que se ligam a estas proteínas11.
Embora não tenham sido realizados estudos sobre interações de fármacos específicos com inibidores da transcriptase reversa não nucleosídicos, tais como efavirenz ou nevirapina, interações clinicamente significativas não se esperam uma vez que a estavudina é metabolizado por outra via e seria improvável competir pelas mesmas enzimas metabólicas e vias de eliminação.
A zidovudina inibe competitivamente a fosforilação intracelular da estavudina. Portanto, o uso de zidovudina em combinação com estavudina deve ser evitado.
Deve-se ter cautela com o uso concomitante de estavudina com ribavirina e doxorrubicina.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO
Cuidados de conservação
Svudin® pó para solução deve ser conservado à temperatura ambiente (15–30°C), protegido da luz e da umidade.
Após a reconstituição, a solução de Svudin® deve ser armazenada em frasco bem fechado sob refrigeração (entre 2–8°C). Descartar a porção não usada após 30 dias.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Pó branco a quase branco, livre de partículas estranhas. O aspecto da solução reconstituída é de uma solução ligeiramente viscosa, levemente turva, isenta de partículas estranhas. O odor é de tangerina.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Svudin® pode ser administrado sem levar em conta as refeições.
Modo de preparo:
Pó para solução Oral 1 mg/mL
Para obter a eficácia adequada do produto, a reconstituição deve ser feita exclusivamente em farmácias hospitalares ou de manipulação.
- Adicionar 202 mL de água purificada no frasco.
- Agitar bem ate o pó estar completamente dissolvido. A solução pode tornar-se levemente turva.
- Administrar a solução com auxilio do copo dosador.
- Agitar bem o frasco antes de cada dose e manter o frasco bem fechado, conservando-o em refrigerador, entre 2 e 8°C. A porção remanescente no frasco, que não tenha sido usada, deve ser descartada após 30 dias da preparação.
Posologia
A dose inicial recomendada baseada no peso corporal é a seguinte:
Adultos (12 anos ou mais):
- 40 mg cada 12 horas para pacientes71 ≥ 60 kg
- 30 mg cada 12 horas para pacientes71 < 60 kg
Pacientes Pediátricos
- 1 mg/kg cada 12 horas para pacientes71 < 30 kg
- 30 mg cada 12 horas para pacientes71 ≥30 kg a < 60 kg
- 40 mg cada 12 horas para pacientes71 ≥60 kg
Ajuste de Dose
Neuropatia periférica43
Os pacientes devem ser monitorizados com relação ao desenvolvimento de neuropatia periférica43. Caso desenvolvam sintomas8, o tratamento com o Svudin® deve ser imediatamente interrompido.
Adultos: Os sintomas8 podem desaparecer caso a terapia seja prontamente retirada. Alguns pacientes podem passar por uma piora temporária dos sintomas8 após a descontinuação da terapia. Se os sintomas8 forem satisfatoriamente resolvidos, o retorno ao tratamento com o Svudin® pode ser considerado, usando-se o seguinte esquema posológico:
- 20 mg cada 12 horas para pacientes71 ≥ 60 kg
- 15 mg cada 12 horas para pacientes71 < 60 kg
Pacientes Pediátricos: Os dados com relação à retomada do tratamento ou ajuste de dose da estavudina nestes pacientes são insuficientes.
Insuficiência hepática23
Não é necessário ajuste inicial da dose. Elevações clinicamente significativas das transaminases hepáticas39 TGP(ALT)/TGO(AST) > 5 vezes o limite superior normal devem ser controladas da mesma maneira como para a neuropatia periférica43.
Insuficiência renal21
Adultos: Svudin® pode ser administrado para pacientes71 adultos com insuficiência renal21. As seguintes doses são recomendadas:
Clearance de creatinina20 |
Dose recomendada de Svudin® por peso |
|
≥ 60kg |
< 60kg |
|
> 50* |
40 mg a cada 12 horas |
30 mg a cada 12 horas |
26-50 |
20 mg a cada 12 horas |
15 mg a cada 12 horas |
< 25** |
20 mg a cada 24 horas |
15 mg a cada 24 horas |
* Dose normal, sem necessidade de ajuste.
** Para pacientes71 em hemodiálise22, a dose diária de Svudin® deve ser administrada após a conclusão da sessão. Em dias que não há diálise72, o Svudin® deve ser administrado no mesmo período do dia em que foi administrado nos dias de diálise72.
Pacientes Pediátricos: visto que a excreção urinária é também uma importante via de eliminação da estavudina em pacientes pediátricos, o “clearance” de estavudina pode ser alterado nos pacientes pediátricos com disfunção renal19. Embora os dados sejam insuficientes para recomendar um ajuste na dose da estavudina, uma redução na dose de Svudin® e/ou um aumento nos intervalos entre elas pode ser considerado.
REAÇOES ADVERSAS
Reação comum (> 1/100 e <1/10): rash73, diarreia74, náuseas75, vômitos33, macrocitose sem anemia76, cefaleia77 e neuropatia periférica43.
Reações com frequência desconhecida: acidose26 lática66, enzimas pancreáticas acima dos valores de referência, pancreatite48, anemia76, neutropenia78, trombocitopenia79, hepatomegalia28, testes de função hepática24 anormais, esteatose hepática65 e fraqueza muscular neurológica.
As principais reações adversas observadas durante estudos comparativos entre doses de 40 mg duas vezes ao dia de estavudina e doses de 200 mg de zidovudina, três vezes ao dia, em pacientes com doença por HIV3 menos avançada, foram respectivamente:
Neuropatia periférica43: Svudin® pode ser associado com neuropatia periférica43, a qual está relacionada à dose e ocorre mais frequentemente nos pacientes com infecção2 avançada pelo HIV3 ou com histórico de neuropatia periférica43 ou terapia concomitantemente com fármaco45 neurotóxico, incluindo didanosina. Os pacientes devem ser monitorados com relação ao desenvolvimento de neuropatia periférica43, a qual, em geral, se caracteriza por dormência46, formigamento ou dor nos pés ou nas mãos47. A neuropatia periférica43 relacionada à estavudina pode ser solucionada com a imediata descontinuação da terapia. Em alguns casos, os sintomas8 podem apresentar uma piora temporária após a descontinuação da terapia. O reinicio do tratamento com Svudin® pode ser considerado, caso os sintomas8 sejam completamente removidos. Caso uma redução de dose seja segura, recomenda-se usar metade da dose (ver posologia/ ajuste de dose neuropatia periférica43).
Pancreatite48: a pancreatite48 foi, em geral, atribuída ao estágio avançado da doença ou ao tratamento prévio ou concomitantemente com didanosina (com ou sem hidroxiuréia). As ocorrências não foram relacionadas à dose, sendo ocasionalmente fatais. Pacientes com histórico de pancreatite48 apresentaram maior risco de recidiva80 (ver advertências e preocupações).
Acidose26 láctica27: como ocorre com outros análogos de nucleosídeos, relatou-se após a comercialização do produto raras ocorrências de acidose26 láctica27, as quais foram fatais em alguns casos e em geral estavam associadas com esteatose hepática65 grave (ver advertências).
Fraqueza muscular: tratamento com estavudina tem sido raramente associada com fraqueza muscular, ocorrendo predominantemente no envolvimento da hiperactemia sintomática36 ou síndrome37 da acidose26 lática66. Se fraqueza motora for desenvolvida, Svudin® deve ser descontinuado.
Anormalidades laboratoriais
Estes eventos foram incluídos devido à sua gravidade, frequência de relato, relação causal com estavudina ou uma combinação destes fatores:
- Distúrbios hematológicos: trombocitopenia79.
- Fígado18: hiperlactatemia sintomática36 / acidose26 lática66 e esteatose hepática65, hepatite41 e insuficiência hepática23.
- Sistema nervoso81: insônia, fraqueza motora grave (a maioria geralmente relatada envolvendo hiperlactemia sintomática36 ou síndrome37 da acidose26 lática66 - ver advertências e precauções).
Pacientes pediátricos
Os eventos adversos e as anormalidades laboratoriais foram, em geral, similares àquelas observadas em adultos. Como os relatos de neuropatia periférica43 são menos frequentes nos pacientes pediátricos, pode haver dificuldade na identificação de seus sintomas8 nesta população de pacientes.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos – VIGIMED, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Experiências com adultos tratados com 12 a 24 vezes a dose diária recomendada de estavudina não mostraram toxicidade40 aguda. A estavudina pode ser removida por hemodiálise22 sendo o desvio padrão médio do clearance de estavudina de 120 ± 18 mL/min. Não se tem conhecimento se a estavudina é eliminada por diálise peritoneal82.
Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
USO SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
VENDA PROIBIDA AO COMÉRCIO
Reg. MS Nº 1.0298.0233
Farm. Resp.: Dr. José Carlos Módolo – CRF-SP N.º 10.446
CRISTÁLIA Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
Rod. Itapira-Lindóia, km 14 – Itapira – SP
CNPJ nº: 44.734.671/0001-51
Indústria Brasileira
SAC 0800 701 1918