

Hemofol
CRISTÁLIA PRODUTOS QUÍMICOS FARMACÊUTICOS LTDA.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Hemofol®
heparina sódica
Solução injetável 5.000 UI/mL e 5.000 UI/ 0,25mL
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO
Hemofol® 5.000 UI/mL: solução injetável para administração IV – Caixas contendo 25 frascos-ampola com 5 mL
Hemofol® 5.000 UI/0,25 mL: solução injetável para administração SC – Caixas contendo 25 ampolas com 0,25 mL
VIA INTRAVENOSA (5.000 UI/mL)
VIASUBCUTÂNEA (5.000 UI/0,25 mL)
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola de Hemofol® Solução IV contém:
heparina sódica | 5. 000 UI |
veículo estéril | q.s.p. 1 mL |
Veículo: cloreto de sódio, álcool benzílico, água para injetáveis
Cada ampola de Hemofol® Solução SC contém:
heparina sódica | 5.000 UI |
veículo estéril | 0,25 mL |
Veículo: água para injetáveis.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
A heparina é um anticoagulante1 utilizado para prevenir a formação de coágulos de sangue2 (trombos3) que podem se formar no circuito do aparelho de hemodiálise4.
Os trombos3, quando são formados, podem se desprender do local e serem levados através da circulação5 sanguínea e causar o que chamamos de embolia6, ou seja, uma obstrução do fluxo de sangue2 no local onde o coágulo7 foi levado. A embolia6 pode ocorrer em pacientes com insuficiência renal8 e que estão em programa de hemodiálise4, e é por isso que é indicado o uso de heparina.
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
A heparina é um agente natural, encontrado em tecido9 animal, com ação anticoagulante1, uma vez que age inibindo a formação do coágulo7 a partir da inativação dos fatores de coagulação10 presentes no sangue2.
A administração intravenosa apresenta efeito imediato enquanto a administração subcutânea11 produz efeito mais prolongado, com inicio de ação entre 20-30 minutos e concentração sanguínea máxima após 2-4 horas.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
A heparina não deve ser utilizada em pacientes que apresentam hipersensibilidade à heparina, trombocitopenia12 (redução do número de plaquetas13 no sangue2) severa, endocardite14 bacteriana subaguda15 (infecção16 que ocorre na válvula cardíaca17 ou no tecido9 do coração18), suspeita de hemorragia19 intracraniana, hemorragia19 ativa incontrolável (exceto quando associada à coagulação10 intravascular20 disseminada), hemofilia21, retinopatia (doenças degenerativas22 não inflamatórias da retina23 do olho24), quando não houver condições para realização de teste de coagulação10 (avalia o tempo que o sangue2 demora a coagular25. Esse exame permitirá ajustar a dose e monitorar os efeitos da heparina) em intervalos adequados (esta contraindicação refere-se a dose total de heparina, geralmente não há necessidade de monitorar parâmetros de coagulação10 em pacientes que recebem baixa dose de heparina) e nas desordens que implicam em danos ao sistema vascular26 (ex. úlcera27 gastrintestinal, hipertensão28 diastólica maior que 105 mm Hg).
Também é contraindicado nas diáteses hemorrágicas29 (sangramento espontâneo sem causa aparente ou sangramento mais intenso devido a um traumatismo30 local), cirurgias de medula espinhal31 (aumento do risco de hemorragias32 secundárias), aborto iminente, coagulopatias graves (doenças de coagulação10), na insuficiência hepática33 (insuficiência34 do fígado35) e renal36 (rim37) grave, em presença de tumores malignos com permeabilidade38 capilar39 elevada do aparelho digestivo40 e, algumas púrpuras41 vasculares42.
Pacientes com histórico de trombocitopenia12 induzida por heparina e trombose43.
Gestantes, lactantes44 ou neonatos45 não devem utilizar a apresentação de heparina contendo álcool benzílico. É recomendável o uso de heparina isenta de conservantes.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Hemofol® não é indicado para administração intramuscular.
A heparina é um produto de origem animal e deve ser utilizada com cautela em pacientes alérgicos. A menstruação46 normal não é contraindicação para o seu uso.
Alguns pacientes que recebem heparina podem desenvolver coágulos de sangue2 (trombos3) em associação com trombocitopenia12 (redução do número de plaquetas13 no sangue2), também chamada de “Síndrome do Trombo47 Branco”.
A anestesia48 epidural49 ou punção na medula óssea50 deve ser evitada devido ao risco de hematoma51 espinhal, resultando em paralisia52.
Sangramento da gengiva pode ser um sintoma53 de sobredose da heparina. O uso de heparina aumenta o risco de hemorragia19 local durante e após procedimentos cirúrgicos orais (na boca54).
Hipersensibilidade
Em casos muito raros, observaram-se reações de hipersensibilidade (eritema55, asma56 brônquica, febre57 medicamentosa, colapso58, espasmos59 vasculares42). Quando se suspeita de hipersensibilidade ao medicamento, o médico pode administrar uma pequena quantidade antes de injetar a primeira dose. A alopecia60 que pode surgir depois do tratamento pela heparina é espontaneamente reversível.
Hemorragia19
Evitar usar heparina na presença de hemorragia19 severa, exceto quando os benefícios da terapia com heparina superarem os riscos potenciais.
Usar heparina com precaução na presença de fatores de risco que podem causar hemorragias32, incluindo pacientes acima de 60 anos de idade (principalmente mulheres), úlcera péptica61, permeabilidade38 capilar39 aumentada, menstruação46, hemofilia21, trombocitopenia12, purpuras41 vasculares42, disfunção renal36 hepática62 ou biliar, pacientes em choque63 ou hipotensão64 severa, pacientes com cateter de retenção, indivíduos com alcoolismo crônico65, pacientes com endocardite14 bacteriana subaguda15, durante e imediatamente após a anestesia48 espinhal ou cirurgias envolvendo cérebro66, medula espinhal31 ou olho24 e pacientes com deficiência hereditária de antitrombina III que recebem terapia concomitante de antitrombina III.
Trombocitopenia12 Induzida por Heparina (TIH) e Trombocitopenia12 e Trombose43 Induzidas por Heparina (TTIH)
A trombocitopenia12 induzida por heparina é uma reação grave mediada por anticorpos67 que pode progredir para o desenvolvimento de tromboses68 venosas e arteriais, denominada Trombocitopenia12 e Trombose43 Induzidas por Heparina. Estes graves eventos tromboembólicos incluem trombose venosa profunda69, embolia6 pulmonar, trombose43 da veia cerebral, isquemia70 dos membros, acidente vascular cerebral71, infarto do miocárdio72, trombose43 mesentérica73, trombose43 arterial renal36, necrose74 da pele75, gangrena76 das extremidades que podem levar a amputação77 e possivelmente a morte. Se você tiver com o número de plaquetas13 muito baixo ou desenvolver trombose43 recorrente, o médico irá interromper o uso de heparina e avaliar TIH e TTIH.
Testes laboratoriais e Monitoramento
É essencial a realização de testes laboratoriais para monitorar os efeitos da heparina. A determinação do tempo parcial de ativação de tromboplastina78 é a técnica mais amplamente empregada. Efetuar periodicamente contagens de plaquetas13, hematócrito79 e pesquisa de sangue2 oculto nas fezes. Interromper imediatamente o tratamento aos primeiros sinais80 de sangramento.
Pacientes com diabete melito ou insuficiência renal8 são mais susceptíveis ao hipoaldosteronismo e hipercalemia81 induzidos pela heparina e, por isso, deve-se monitorar constantemente os níveis de potássio sérico destes indivíduos durante a terapia. Pacientes que recebem mais de 22.500 unidades/dia devem evitar lesões82 traumáticas.
Resistência à heparina
Casos em que há necessidade de utilização de doses crescentes de heparina, não se observa alteração no tempo de tromboplastina78 parcial ativado - TTPA (exame utilizado para triagem da coagulação10). A resistência à heparina pode ser manifestada por meio de sintomas83 como febre57, trombose43, tromboflebite84, infecções85 com tendências trombóticas86, infarto do miocárdio72, câncer87, em pacientes pós-operatórios e pacientes com deficiência de antitrombina III. É recomendado um monitoramento rigoroso dos testes de coagulação10 nestes casos. Deve-se ajustar as doses de heparina com base nos níveis de antifator Xa.
Gravidez88
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
A segurança no uso durante a gravidez88 ainda não está bem estabelecida. A sua utilização neste período tem sido associada a uma série de efeitos indesejáveis, incluindo nascimento prematuro e natimortalidade. Ainda assim, é o anticoagulante1 de escolha em mulheres grávidas (menor risco que os anticoagulantes89 cumarínicos). Deve-se ter cautela principalmente no último trimestre e no puerpério90 (fase pós-parto). A administração pela via subcutânea11 deve ser evitada por período prolongado.
A heparina parece não causar defeitos ou problemas de hemorragia19 no feto91.
Se disponível, recomenda-se a injeção92 da formulação de heparina sem conservante quando for necessário seu uso durante a gravidez88. Não há efeitos adversos conhecidos associados à exposição fetal ao conservante álcool benzílico através da administração materna de fármacos; no entanto, este conservante pode causar efeitos adversos graves e risco de óbito93 quando administrado por via intravenosa a neonatos45 e lactentes94.
Antes de usar heparina, considerar os benefícios e riscos do medicamento para a mãe e possíveis riscos para o feto91.
Lactação95
A heparina não é secretada no leite materno. Entretanto, a heparina pode raramente causar problemas ósseos (como osteoporose96 e colapso58 vertebral) em mulheres após o parto. Este efeito tem ocorrido quando a heparina é administrada por 2 semanas ou mais.
Monitoramento da paciente e atenção à dose são recomendados durante a gravidez88. O requerimento de heparina pode aumentar, por causa da expansão do volume sanguíneo da paciente na gravidez88. O ajuste da dose de heparina pode ser necessário. Recomenda-se o uso de heparina isenta de conservantes quando for necessário o uso do medicamento durante a lactação95. O álcool benzílico presente no soro97 materno pode ser secretado pelo leite e absorvido por via oral por um lactente98.
Insuficiência Renal8, Hepática62 ou da Coagulação10
Não é necessário ajuste de dose de heparina na insuficiência renal8, e hepática62 ou da coagulação10, porém o tratamento com a heparina deve ser monitorado pelo médico através de exames laboratoriais de coagulação10 sanguínea.
Crianças
Estudos apropriados foram realizados, não demonstrando problemas específicos, que pudessem limitar a utilização de heparina na população pediátrica.
Deve-se ter cautela na administração de heparina em crianças, devido a diferenças fisiológicas99 e patológicas dependentes da idade na hemostasia100 que influenciam a atividade da heparina (ver item “6. Como devo usar este medicamento?”).
Toxicidade101 ao álcool benzílico
Uma das apresentações do produto contém álcool benzílico como conservante, podendo causar toxicidade101 fatal a recém- nascidos, em concentrações maiores de 100 mg/kg/dia (síndrome102 de gasping), sendo recomendável o uso de heparina isenta de conservantes.
Idosos
É recomendável que a dose de heparina seja reduzida e monitorada em idosos.
Existe alta incidência103 de sangramento em pacientes idosos, particularmente mulheres acima de 60 anos. O médico precisará reduzir a dose de heparina nestes casos.
Interações medicamentosas
Medicamentos interagem e aumentam o efeito da heparina: ácido acetilsalicílico, ácido valpróico, anti-inflamatórios não esteroidais, anticoagulantes89 orais (ex: dicumarol, varfarina), antagonistas de vitamina104 K, dextrano, antiplaquetários, estreptoquinase, algumas penicilinas e cefalosporinas de uso parenteral, anti-histamínicos, tetraciclinas, nicotina e digitálicos. Em tratamento prolongado com heparina o uso com corticoides deve ser evitado.
Medicamentos que interagem e diminuem o efeito da heparina: nitroglicerina.
Inibidores plaquetários
Fármacos como os anti-inflamatórios não esteroidais – AINEs (incluindo ácido salicílico, ibuprofeno, indometacina e celecoxibe), dextrano, fenilbutazona, tienopiridinas, dipiridamol, hidroxicloroquina, antagonistas da glicoproteína IIb / IIIa (incluindo abciximabe, eptifibatide e tirofiban) e outros que interferem em reações de agregação plaquetária podem induzir sangramento e devem ser usados com precaução em pacientes que recebem heparina. Para reduzir o risco de sangramento, recomenda-se uma redução na dose do agente antiplaquetário ou de heparina.
Antitrombina III: o efeito anticoagulante1 da heparina é aumentado na administração concomitante com antitrombina III. Para reduzir o risco de sangramento, recomenda-se uma dose reduzida de heparina durante o tratamento com antitrombina III.
Podem ocorrer interferências em testes diagnósticos. Avise o seu médico sobre o uso de heparina, se você pretende fazer testes diagnósticos.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde105.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
Conservar o produto em sua embalagem original, em temperatura ambiente, entre 15 e 30ºC, protegido da luz. O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Hemofol® é incolor ou levemente amarelado. Pequenas variações de cor não afetam a sua eficácia terapêutica106.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto do medicamento, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Hemofol® SC
O Hemofol® 5.000 UI/0,25 mL solução injetável para administração subcutânea11 profunda deve ser injetado no tecido subcutâneo107 (abaixo da pele75) da região abdominal por meio de agulha fina. Para prevenir o desenvolvimento de hematoma51, cada injeção92 deve ser administrada em um local diferente.
Hemofol® IV
Quando a heparina for adicionada a uma solução de infusão, a bolsa ou frasco contendo a solução deve ser vertido por pelo menos seis vezes. Este procedimento assegura a homogeneização adequada da heparina na solução.
As soluções mais adequadas para preparar uma solução de infusão são: glicose108 a 5% e a 10%, e a solução de Ringer. Se possível, não misturar Hemofol® (heparina sódica) com outros medicamentos.
Vias de administração
Hemofol® IV e Hemofol® SC devem ser administrados por via intravenosa em injeções diretas ou em infusão por via subcutânea11, respectivamente. Durante procedimentos dialíticos, a medicação deve ser administrada na linha arterial do circuito de diálise109.
Posologia
A posologia do produto deve ser individualizada e sempre ajustada às circunstâncias especiais de cada caso (tipo de evolução da patologia110, peso corpóreo e idade do paciente, efeitos secundários, etc.). Especial atenção deve ser dada à dose pois, com uma posologia muito baixa, o processo trombótico111 pode continuar a progredir com o risco de uma embolia6 mortal. A posologia deve ser estabelecida baseando-se nos resultados das provas de coagulação10 (tempo de trombina112, tempo parcial de tromboplastina78, tempo parcial de tromboplastina78 ativada) que permitem também determinar a hora da próxima dose de heparina, quando esta for administrada por via intravenosa e de forma repetida, ou segundo um esquema posológico. A experiência clínica demonstrou que a posologia de heparina pode variar, segundo as indicações. Em pacientes com insuficiência renal8, hepática62 ou da coagulação10, o tratamento com a heparina deve ser instituído levando-se em consideração as provas de coagulação10.
A heparina é administrada por vias parenterais em dois níveis de dose. O primeiro - esquema de doses plenas - utiliza de 24000 a 32000 UI em 24 horas, administradas preferencialmente por infusão intravenosa contínua, mas podendo ser utilizada injeção92 intravenosa intermitente113. O segundo - esquema de minidoses - utiliza de 10.000 a 15.000 UI, por dia, por via subcutânea11 profunda. Usam-se doses plenas em tratamento de doenças tromboembólicas instaladas (como embolia6 pulmonar, oclusão arterial periférica aguda) e em profilaxia de sua recorrência114. Minidoses servem para
prevenção primária de trombose43 venosa.
Para a prevenção de trombos3 nos circuitos dialíticos, a dose recomendada é de 150 UI/kg, administradas na linha arterial do circuito dialítico.
Via Intravenosa
Tratamento da trombose43 e embolia6
Na trombose43 venosa, na embolia6 pulmonar e no infarto do miocárdio72 as doses usuais variam de acordo com o tipo de administração:
- Infusão (método de eleição): injeção92 de uma dose inicial de 5.000 - 10.000 UI e, em seguida, infusão de 20.000 a 30.000 UI/dia.
- Injeções intravenosas repetidas: a dose diária habitual é de 40.000 - 50.000 UI, divididas em quatro a seis injeções. Estas diretrizes posológicas têm somente caráter de orientação. Na embolia6 pulmonar, com choque63 simultâneo, deve-se aumentar a dose diária do primeiro dia de tratamento (por exemplo, infusão de 40.000 a 50.000 UI) em função dos resultados das provas laboratoriais.
Controlando o tratamento (de quatro a seis horas após a injeção92 IV) mediante exames laboratoriais (tempo de trombina112, tempo parcial de tromboplastina78, tempo parcial de tromboplastina78 ativada) a posologia pode ser ajustada segundo as necessidades individuais. A duração do tratamento depende da resposta do paciente à medicação. Geralmente, o tratamento com heparina é continuado até a estabilização ou a regressão do processo tromboembólico. A inibição posterior da coagulação10 com anticoagulantes89 orais (p. ex. femprocumona) pode ser continuada (os primeiros dias com heparina) durante várias semanas ou meses.
Após uma trombólise115, por exemplo, produzida pela estreptoquinase, a heparina sódica deve ser administrada sob forma de infusão de 20.000 UI/dia. É indispensável que o tratamento deva ser acompanhado através da realização de exames laboratoriais.
Hemofol®, quando usado para prevenção de trombos3 no circuito de diálise109, deve ser administrado na dose de 150 UI/kg, na linha arterial do circuito, no início da sessão. O objetivo é manter níveis de TTPa entre 1,5 e 2 vezes o valor normal. Habitualmente, a dose recomendada é suficiente para a anticoagulação eficaz durante o tempo da sessão de hemodiálise4 (4 horas). Incrementos nesta dose devem ser realizados para que os níveis de TTPa se situem dentro da faixa ideal.
Profilaxia das enfermidades tromboembólicas: Profilaxia com doses convencionais: este procedimento está indicado em casos em que se suspeite ou haja um risco elevado de trombose43 ou embolia6 pulmonar. Devem ser empregadas as mesmas doses que as indicadas para o tratamento. Devido ao risco de hemorragias32 pós-operatórias, a heparina sódica somente deve ser administrada após dois ou quatro dias de uma intervenção cirúrgica.
Via Subcutânea11
A profilaxia pela heparina em doses baixas: Deve ser instituída antes da cirurgia, o que não vem a elevar sensivelmente o risco de hemorragia19, durante ou após o ato cirúrgico. Duas horas antes da intervenção cirúrgica, administrar por via subcutânea11 uma ampola de Hemofol® 5.000 UI/0,25 mL. Em seguida, repetir a administração desta dose a intervalos de 8 a 12 horas durante 7 a 10 dias. Não são necessários controles de laboratório durante o tratamento profilático.
Ajuste de dose
Não é necessário reajuste de dosagem na insuficiência renal8, entretanto, em pacientes com insuficiência renal8, hepática62 ou da coagulação10, o tratamento com a heparina deve ser instituído levando-se em consideração as provas de coagulação10. Não requer reajustes durante a hemodiálise4 ou diálise peritoneal116.
Uso pediátrico
A dose de heparina em crianças pode diferir dos adultos devido a diferenças fisiológicas99 e patológicas dependentes da idade na hemostasia100 que influenciam a atividade da heparina. Dessa forma, é recomendado que a dose seja individualizada e ajustada às condições específicas de cada paciente (tipo de evolução da patologia110, peso corpóreo e idade do paciente, efeitos secundários, etc.).
Muitos pacientes pediátricos que necessitam de terapia com heparina apresentam concentrações plasmáticas significativamente diminuídas de antitrombina que refletem fatores fisiológicos, congênitos117 e / ou etiologias adquiridas. A posologia deve ser estabelecida baseando-se nos resultados das provas de coagulação10 (tempo de trombina112, tempo parcial de tromboplastina78, tempo parcial de tromboplastina78 ativada) que permitem também determinar a hora da próxima dose de heparina, quando esta for administrada por via intravenosa e de forma repetida, ou segundo um esquema posológico.
Ressalta-se que uma das apresentações do produto contém álcool benzílico como conservante, podendo causar toxicidade101 fatal a recém-nascidos, em concentrações maiores de 100 mg/kg/dia (síndrome102 de gasping), sendo recomendável o uso de heparina isenta de conservantes nestes pacientes.
Uso em Idosos
É recomendável que a dose de heparina seja reduzida e monitorada em idosos.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Caso haja esquecimento de dose, proceder da seguinte forma:
- administrar a dose o mais cedo possível.
- Se estiver quase no período da próxima dose, não administre a dose esquecida, e não duplique a próxima dose. Duplicando a dose, pode ocorrer hemorragia19. Volte a utilizar o medicamento de acordo com o tratamento indicado.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião dentista.
QUAIS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
As frequências das reações adversas estão listadas a seguir de acordo com a seguinte convenção:
As reações podem ser classificadas em:
Categoria |
Frequência |
Muito comum |
≥ 10% |
Comum |
≥ 1% e < 10% |
Incomum |
≥ 0,1% e < 1% |
Raro |
≥ 0,01% e < 0,1% |
Muito raro |
< 0,01% |
Desconhecida |
Não pode ser estimada pelos dados disponíveis |
Reação muito comum (>1/10): hemorragia19, trombocitopenia12 induzida por heparina, trombocitopenia12.
Reação rara (>1/10.000 e <1/1.000): vasoespasmo, apoplexia118 pituitária, trombocitopenia12 induzida por heparina com trombose43, reação de hipersensibilidade (choque anafilático119).
Reações adversas com frequências desconhecidas:
Sem informações detalhadas: hipotensão64, alopecia60, disestesia120 no pé, equimose121, eczema122, eritema55, eritrodermia, dor no local de aplicação, púrpura123, síndrome102 de resposta inflamatória sistêmica, necrose74 tecidual, deficiência de aldosterona, hipercalemia81, aumento do nível do hormônio124 da tireóide, lipídeos anormais, hiperlipidemia125 de rebote com interrupção do tratamento, coagulação10 intravascular20 disseminada, hematoma51, aumento de agregação plaquetária, hepatotoxicidade126, aumento do nível de aminotransferase hepática62, osteoporose96, amnésia127, hemorragia19 cerebral, hematoma51 intracraniano extradural, hematoma51 subdural não-traumático, hemorragia19 ventricular, conjuntivite128 (reação alérgica129), priaprismo, broncoespasmo130, hemopneumotorax, edema pulmonar131, febre57, trombose43 (com interrupção prematura do fármaco132), dor no peito133, choque63 hemorrágico134, cefaleia135, calafrios136, urticária137, náusea138, vômito139, constipação140, hematêmese141, ereção142 frequente ou persistente, neuropatia periférica143, asma56 e rinite144.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Se ocorrer reação de hipersensibilidade, administrar imediatamente epinefrina 1:1000, 0,5 mL, por via subcutânea11.
O sangramento é o principal sintoma53 de superdose de heparina.
Em caso de superdose, as medidas a serem tomadas caso ocorra hemorragia19 consistem em: redução da dose, interrupção do tratamento e, em casos graves, neutralização com cloridrato de protamina 1.000 UI/mL. Cada 1 mL de protamina inativa 1.000 UI de heparina sódica. A quantidade necessária de protamina depende da concentração de heparina circulante no sangue2, isto é, da dose administrada e do tempo transcorrido após a administração. Se essa já foi administrada há algum tempo, tendo sido parcialmente depurada, deve-se diminuir a dose de protamina, pois seu excesso também tem efeito anticoagulante1. Caso a concentração de heparina não seja conhecida, recomenda-se inicialmente não administrar mais que 1 mL de protamina 1.000 UI, injetando-se lentamente por via intravenosa.
Assim que for atingida a atividade de protrombina145 terapeuticamente desejada, descontinuar o uso de heparina e continuar o tratamento com anticoagulantes89 orais. É comum a continuidade do uso de heparina após o início do tratamento com varfarina, com o propósito de assegurar a anticoagulação e proteger contra uma possível hipercoagulabilidade146 de transição.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
USO RESTRITO A HOSPITAIS
MS N.º 1.0298.0371
Farm. Resp.: José Carlos Módolo - CRF-SP N.º 10.446
Registrado por:
Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda
Rodovia Itapira-Lindoia, km 14 – Itapira – SP
CNPJ n.º 44.734.671/0001-51
Indústria Brasileira
Fabricado por:
Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
Av. Nossa Senhora da Assunção, 574 - Butantã - São Paulo - SP
CNPJ nº 44.734.671/0008-28
SAC 0800 7011918
