Nepresol (Bula do profissional de saúde)
CRISTÁLIA PRODUTOS QUÍMICOS FARMACÊUTICOS LTDA.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nepresol®
cloridrato de hidralazina
Injetável 20 mg/mL
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução injetável
Embalagem com 25 e 50 ampolas de 1 mL
USO IM / IV / INFUSÃO IV
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada mL de Nepresol® injetável contém:
cloridrato de hidralazina | 20 mg |
veículo q.s.p. | 1 mL |
Veículo: propilenoglicol, água para injetáveis.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
Este medicamento é indicado para o tratamento de hipertensão2 essencial, isolada ou acompanhada. É utilizado concomitante, com outros anti-hipertensivos, como betabloqueadores e diuréticos3.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
O cloridrato de hidralazina é o fármaco4 de primeira escolha para o tratamento agudo5 da hipertensão arterial6 grave na gestação.
- Bourjeily G, Miller M. Obstetric disorders in the ICU.ClinChest Med. 2009;30(1):89–102
Cloridrato de hidralazina mostrou-se eficaz nos casos de pré-eclampsia7.
- Hebert CJ, Vidt DG. Hypertensive Crises.Prim Care. 2008;35(3):475-87.
- Roeder EC. Efeito sobre o traçado cardiotocográfico da hidralazina venosa utilizada como droga de escolha em gestante internadas com emergência8 hipertensiva [dissertação].Belo Horizonte (MG): Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais;2006. 55 p. Pós-Graduação.
- Secretaria de Políticas de Saúde1, Área Técnica da Saúde1 da Mulher.Urgências e Emergências Maternas: guia para diagnóstico9 e conduta em situações de risco de morte materna. 2 ed. Brasília: Ministério da Saúde1; 2000. p.36.
Doze portadores de hipertensão arterial6 sistêmica (HAS), idade media 45,3315,82 (21 a 66) anos com sintomas10 vários e PA sistólica (PAS) ≥ 180 e diastólica ≥ 126 mmHg, em ausência de emergência8 hipertensiva e de encefalopatia hipertensiva11, receberam HHC1-5 mg. No tempo médio de 24,5 ± 19,2 min, houve redução significativa (p < 0,001) da PAS (208 ± 19,4 para 176 ± 17,2) e da PAD (133 ± 11,3 para 112 ± 11,5) com aumento não significativo da FC (72 t 12,9 para 80 ± 15,5). Três (50%) pacientes apresentaram efeitos colaterais12 hipotensão13 postural após 15 mg de HHC1, dor precordial14 com modificações do segmento ST-T ao ECG, e eritema15 cutâneo16.
- Cesar LAM, Amato R, Pfeferman E, Serrano CV, Ramires JAF, Bellotti G, Pileggi F.Uso da hidralazina intravenosa para o tratamento da crise hipertensiva. ArqBrasCardiol. 1991;56(5):381-3.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Farmacodinâmica
A hidralazina exerce seu efeito vasodilatador periférico através de uma ação relaxante direta sobre a musculatura lisa vascular17, predominantemente nas arteríolas18. Os mecanismos molecularesque medeiam essa ação ainda não estão completamente elucidados. Na hipertensão2, este efeito resulta numa redução da pressão arterial19 (mais a diastólica do que a sistólica) e num aumento da frequência cardíaca, do volume de ejeção e do débito cardíaco20.
A dilatação das arteríolas18 atenua a hipotensão13 postural e promove um aumento do débito cardíaco20.
A vasodilatação periférica é difusa, mas não uniforme. O fluxo sanguíneo renal21, cerebral, coronariano e esplâncnico aumentam, a não ser que a queda da pressão arterial19 seja muito acentuada. A resistência vascular17 nos leitos cutâneos e muscular não é afetada de maneira considerável. Uma vez que a hidralazina não apresenta propriedades cardiodepressoras ou simpatolíticas, os mecanismos regulatórios reflexos produzem um aumento no volume de ejeção e da freqüência cardíaca. A taquicardia22 reflexa induzida, que pode ocorrer como um efeito paralelo pode ser controlado pelo tratamento concomitante com betabloqueador ou qualquer substância que iniba a função simpática. O uso da hidralazina pode ocasionar retenção de líquidos e sódio, produzindo edema23 e reduzindo o volume urinário. Estes efeitos indesejáveis podem ser prevenidos com a administração concomitante de um diurético24.
Farmacocinética
Absorção e concentrações plasmáticas: A hidralazina é rápida e completamente absorvida após sua administração por via oral. No plasma25, apenas pequenas quantidades do fármaco4 livre podem ser encontradas. A maior parte do fármaco4 circulante está sob a forma conjugada, principalmente como hidrazona do ácido pirúvico26. Apenas a chamada hidralazina "aparente", isto é, a soma da hidralazina livre e da hidralazina conjugada, pode ser determinada adequadamente. O pico das concentrações plasmáticas é alcançado dentro de uma hora, na maioria dos casos. A hidralazina administrada por via oral sofre um efeito de “primeira passagem” dose-dependente (biodisponibilidade sistêmica de 26 a 55%), que depende da capacidade acetiladora do organismo de cada indivíduo. Em resposta à mesma dose, uma capacidade acetiladora lenta apresenta níveis plasmáticos mais elevados de hidralazina “aparente” do que uma capacidade acetiladora rápida.
Após administração de hidralazinapor via intravenosa, não ocorre efeito de primeira passagem, portanto a acetilação não tem influência sobre os níveis plasmáticos.
Distribuição: A capacidade da hidralazina em ligar-se às proteínas27 plasmáticas situa-se entre 88 e 90%. A hidralazina é rapidamente distribuída no organismo e apresenta uma afinidade específica pelo tecido28 muscular das paredes arteriais. A hidralazina atravessa a barreira placentária e também é excretada através do leite materno.
Biotransformação: A metabolização sistêmica no fígado29 se dá por hidroxilação do anel e conjugação com o ácido glicurônico e a capacidade acetiladora não afeta a eliminação.
Eliminação: A meia-vida plasmática geralmente varia de 2 a 4 horas, porém em acetiladores rápidos é maiscurta, sendo em média de 45 minutos. Em pacientes com a função renal21 diminuída, a meia-vidaplasmática é prolongada até 16 horas com um clearance(depuração) de creatinina30 <20 mL/min.
A idade avançada não afeta nem a concentração sangüínea e nem o clearance(depuração)sistêmico31 do fármaco4. Contudo, a eliminação renal21 do fármaco4 pode ser afetada, em grande parte, pela função renal21 diminuída pela idade. A hidralazina e seus metabólitos32 são rapidamenteexcretados pelos rins33. Cerca de 24 horas após a dose oral, aproximadamente 80% da mesmapode ser recuperada na urina34. A maioria da hidralazina excretada está sob forma de metabólitosacetilados e hidroxilados, alguns dos quais conjugados com o ácido glicurônico. Cerca de 2 a 14% da dose é excretada como hidralazina “aparente”. Na administração intravenosa é parcialmente excretada através das fezes (aproximadamente 6%).
CONTRAINDICAÇÕES
Nepresol® é contraindicado em casos de hipersensibilidade ao cloridrato e derivados de hidralazina, dihidralazina ou aos componentes da fórmula, doença cardíaca reumática da válvula mitral, taquicardia22 severa ou com caso recente de infarto do miocárdio35, aneurisma36 dissecante da aorta37 e lúpus38 eritematoso39 sistêmico31 idiopático40 e doenças correlatas. Seu uso deve ser cauteloso em pacientes com histórico de distúrbios coronarianos ou sob tratamento com medicamentos antidepressivos.
Categoria de Risco na Gravidez41: C - não há estudos controlados em mulheres grávidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Os pacientes medicados com hidralazina devem usar com cuidado os inibidores da monoaminooxidase (IMAO42), bem como deve ser feita uma observação cuidadosa quando se usam conjuntamente outros anti-hipertensivos como o diazóxido, pois podem ocorrer episódios de hipotensão13 severa.
A administração deve ser feita com cautela em pacientes com distúrbios coronarianos e em presença de terapia simultânea com antidepressivos tricíclicos e inibidores da MAO43.
Alguns casos isolados de neurite44 periférica foram relatados. As referências publicadas sugerem um efeito antipiridoxina, que pode responder à administração de piridoxina ou à retirada do fármaco4.
Recomenda-se a realização de uma contagem sanguínea total e uma titulação dos fatores antinucleares (FAN) antes e periodicamente durante a terapia prolongada com hidralazina, mesmo se o paciente forassintomático. Esses exames são também indicados se os pacientes desenvolverem artralgia45, febre46, dor no peito47, mal-estar persistente ou outros sinais48 e sintomas10 inexplicados. Um título positivo dos fatores antinucleares exigirá que o médico faça uma avaliação cuidadosa das implicações dos resultados em relação aos benefícios da terapia prolongada com hidralazina.
Efeitos hematológicos adversos, como por exemplo, redução nos níveis de hemoglobina49 e na contagem de células50 vermelhas, leucopenia51, agranulocitose52 e púrpura53, foram relatadas em alguns poucos casos. Se ocorrer desenvolvimento dessas anormalidades, o tratamento deve ser descontinuado.
A hidralazina pode provocar ataques anginosos e alterações no ECG indicativos de isquemia54 do miocárdio55. Portanto, deve-se ter cautela em pacientes com suspeita de doença arterial coronariana ou doenças cerebrovasculares agudas, uma vez que pode ocorrer aumento da isquemia54.
Em pacientes com disfunção renal21 moderada a grave (clearance(depuração) de creatinina30 < 30mL/min ou concentração sérica de creatinina30 >2,5mg/100mL ou 221mcmol/L) ou disfunção hepática56, a dose ou o intervalo de dose devem ser adaptados de acordo com a resposta clínica para evitar acúmulo da substância ativa "aparente".
Quando submetidos a cirurgias, os pacientes tratados com hidralazina poderão apresentar uma queda na pressão arterial19. Nestes casos, não se deve empregar adrenalina57 para corrigir a hipotensão13, uma vez que ela aumenta os efeitos de aceleração cardíaca da hidralazina. Deve-se dar atenção especial ao paciente quando se tratar de terapia inicial para a insuficiência cardíaca58.
O paciente deve ser mantido sob cuidadosa vigilância e/ou monitorização hemodinâmica59 para adetecção precoce de uma hipotensão13 postural ou taquicardia22. Quando for indicada a interrupçãoda terapia na insuficiência cardíaca58, a hidralazina deve ser retirada gradualmente (exceto emsituações graves, tais como, na síndrome60 similar ao lúpus38 eritematoso39 sistêmicoou discrasiasanguínea) a fim de evitar aprecipitação e/ou exacerbação da insuficiência cardíaca58.
O estado geral da circulação61 induzido pela hidralazina pode acentuar certas condições clínicas. Aestimulação do miocárdio55 pode provocar ou agravar a angina62 pectorisnão controlada ou semtratamento. Portanto, a hidralazina somente deve ser administrada a pacientes portadores dedoença arterial coronariana suspeita ou conhecida, que estejam sob tratamento combetabloquadores ou em combinação com agentes simpatolíticos adequados. É importante que aadministração do agente betabloqueador seja iniciada alguns dias antes do início do tratamentocom a hidralazina.
Os pacientes que sofreram infarto do miocárdio35 não deverão receber a hidralazina até queatinjam a fase de estabilização pós-infarto63.
O tratamento prolongado com a hidralazina (usualmente tratamentos com mais de 6 meses de duração) pode provocar o aparecimento de uma síndrome60 similar ao lúpus38 eritematoso39 sistêmico31, especialmente quando a posologia prescrita exceder os 100mg diários. Em sua forma moderada, esta síndrome60 lembra a artrite reumatoide64 (artralgia45, algumas vezes associada à febre46, anemia65, leucopenia51, trombocitopenia66 e rash67cutâneo16), sendo comprovadamente reversível após a descontinuação do tratamento. Em sua forma mais grave, esta síndrome60 assemelha-se ao lúpus38 eritematoso39 sistêmico31 agudo5 (manifestações similares à forma mais leve, pleurite, derrames pleurais e pericardite68, sendo que o sistema nervoso69 e o comprometimento renal21 são mais raros no lúpus38 idiopático40), podendo-se utilizar tratamento prolongado com corticosteroides para reverter completamente esta síndrome60. Em particular, os sintomas10 renais são menos freqüentes que a síndrome60 do lúpus38 eritematoso39 idiopático40 sendo os sintomas10 pleuro- pulmonares e a pericardite68 mais frequentes.
Durante tratamentos prolongados com a hidralazina, é aconselhável a determinação dos fatores antinucleares (FAN) e a realização deexames de urina34 com intervalos regulares de aproximadamente 6 meses. A ocorrência demicrohematúria e/ou proteinúria70, em particular associada a títulos positivos dos fatoresantinucleares, pode indicar sinais48 iniciais de uma glomerulonefrite71 por imunocomplexos72 associadaà síndrome60 similar ao lúpus38 eritematoso39 sistêmico31. Na ocorrência de um clarodesenvolvimento de sintomas10 e sinais48 clínicos, omedicamento deverá ser descontinuado imediatamente.
Populações especiais
Idosos: podem ser mais sensíveis aos efeitos hipotensores. Além disso, o risco de hipotermia73 induzida por hidralazina pode ser aumentado em pacientes idosos.
Crianças: embora haja alguma experiência com o uso de hidralazina em crianças, ensaios clínicos74 controlados para estabelecer a segurança e a eficácia nessa faixa etária não foram realizados.
Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas
A hidralazina, especialmente no início do tratamento, poderá prejudicar os reflexos do paciente, por exemplo, ao dirigir veículos e/ou operar máquinas.
Gravidez41 e Lactação75
Embora a experiência clínica no terceiro trimestre de gravidez41 seja extensa, não têm sido observados efeitos adversos graves devido ao uso da hidralazina na gravidez41 humana. Entretanto, experimentos com animais têm demonstrado um potencial teratogênico76 em camundongos, mas não em outras espécies animais. A hidralazina atravessa a placenta. O uso de hidralazina na gravidez41, antes do terceiro trimestre deve ser evitado, porém o medicamento pode ser empregado no final da gravidez41 se não existir outra alternativa mais segura, ou quando adoença determinar sérios riscos para a mãe e/ou parao recém nascido, como por exemplo, nos casos de pré-eclampsia7 e/ou eclampsia7. A hidralazina é excretada através do leite materno, porém os dados disponíveis não relatam efeito adverso sobre o recém-nascido. As mães sob tratamento com hidralazina podem amamentar seus filhos, desde que se observe cuidadosamente a possível ocorrência de efeitos adversos inesperados.
Embora a experiência clínica não inclua qualquer evidência positiva de efeitos adversos no feto77 humano, hidralazina deve ser utilizado durante a gravidez41 somente se claramente o benefício justificar o risco potencial.
Categoria de Risco na Gravidez41: C: não há estudos controlados em mulheres grávidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Os anestésicos em geral aumentam o efeito da hidralazina. Outros fármacoshipotensores, tais como o diazóxido, quando utilizadosem combinação com a hidralazina podem provocar hipotensão13 severa. O tratamento com hidralazina contraindica a administração simultânea de barbitúricos, sulfas e isoniazida.
O tratamento concomitante com outros vasodilatadores, antagonistas de cálcio, inibidores da ECA, diuréticos3, anti-hipertensivos, antidepressivos tricíclicos e tranquilizantes maiores, assim como o consumo de álcool, podem potencializar o efeito redutor da pressão arterial19 de hidralazina.
Os anti-inflamatórios não esteroides como: ácido mefenâmico, ácido tiaprofênico, cetoprofeno, cetorolaco, celecoxibe, diclofenaco, fenoprofeno, iburprofeno, indometacina, meloxicam, piroxicam, naproxeno, oxaprozina, rofecoxibe, valdecoxibepodem diminuir o efeito anti-hipertensivo da hidralazina.
Fitoterápicos com propriedades hipertensivas como alcaçuz, gengibre, ginseng(americano), pimenta de caiena podem diminuir o efeito anti-hipertensivo dos anti-hipertensivos.
Fitoterápicos com propriedades hipotensivas como quinina, vinca, visco podem aumentar o efeito hipotensivo dos anti-hipertensivos.
Simpaticomiméticos, tais como a cocaína, dobutamina, dopamina78, noradrenalina79, adrenalina57, metaraminol, metoxamina, fenilefrina, fenilpropanolamina, efedrina e efedrina, podem antagonizar os efeitos anti-hipertensivos de hidralazina, quando administrado concomitantemente.
Ao contrário, hidralazina pode antagonizar a resposta pressora à adrenalina57.
A administração de estrógenos pode aumentar a retenção de líquidos, o que aumenta a pressão arterial19 antagonizando assim o efeito anti-hipertensivos da hidralazina.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar em temperatura ambiente controlada, entre 15° e 25°C, protegido da luz.
O prazo de validade é de 18 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem.Não deve ser utilizado fora deste prazo sob risco de ineficiência terapêutica80.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
“Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.
O Nepresol® solução injetável apresenta-se como uma solução límpida, incolor a amarelada, essencialmente livre de partículas visíveis.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Nepresol®destina-se ao uso intramuscular, intravenoso lento e infusão intravenosa.
A dose deve ser sempre individualizada e ajustada de acordo com a pressão arterial19 do paciente.A administração parenteral de hidralazina deve ser sempre realizada com cautela e sob rigorosa supervisão médica.
A pressão arterial19 e a freqüência cardíaca devem ser verificadas frequentemente (a cada 5 minutos). Os níveis de pressão arterial19 podem começar a cair em poucos minutos após a injeção81, com uma diminuição média máxima ocorrendo em 10 a 80 minutos. A resposta satisfatória pode ser definida como uma diminuição na pressão arterial diastólica82 para 90–100mmHg.
Posologia
Doses iniciais de 1 a 10mg, por injeção81 intravenosa lenta, que pode ser repetida, se necessário, após um intervalo de 20 a 30 minutos (para evitar diminuição brusca na pressão arterial19, com redução crítica da perfusão cerebral ou útero83-placentária).
Em crises hipertensivas, exceto pré-eclampsia7/eclampsia7, doses de até 40mg têm sido utilizadas.
A hidralazina pode ser administrada por infusão intravenosa contínua, iniciando com uma velocidade de fluxo de 200 a 300mcg/min. A velocidade de manutenção do fluxo deve ser determinada individualmente e, em geral, situa-sedentro da faixa de 50 a 150mcg/min.
Dosagens especiais
Insuficiência renal84: pacientes com insuficiência renal84 pode exigir uma dose inferior. Em casos em que há um aumento previamente existente na pressão intra-craniana, diminuição da pressão arterial19 pode aumentar a isquemia54 cerebral.
Idosos: Pacientes idosos podem ser mais sensíveis aos efeitos das doses usuais para adultos.
Crianças:
- Emergência8 hipertensiva: dose usual entre 0,1 a 0,5mg/kg, a cada quatro ou seis horas, IM/IV. Não exceder uma dose inicial de 20mg.
- Injeção81 intravenosa lenta: 0,1 a 0,5mg/kg, a cada quatro ou seis horas, se necessário (não exceder 3mg/kg/dia ou 60mg/dia). Pacientes pediátricos com 12 anos ou mais, doses de 1 a 10mg, repetidas a cada quatro ou seis horas, se necessário.
- Infusão intravenosa contínua: 0,0125 a 0,05mg/kg/hora (não exceder 3mg/kg/dia). Pacientes pediátricos com 12 anos ou mais, doses de 3 a 9mg/hora (não exceder 3mg/kg/dia).
Diluição e Administração
Cada ampola apresenta 20mg. Dilui-se o conteúdo de uma ampola em 9mL de solução de cloreto de sódio 0,9%injetável para concentração de 2mg/mL.
Para adultos, adose inicial recomendada é de 1 a 5mg por via intravenosa, seguida por um período de 20 minutos de observação. Se não for obtido controle da pressão arterial19 (queda de 20% dos níveis iniciais ou PAD entre 90 e 100 mmHg) pode-se se administrar de 5mg a 10mg em intervalos de 20 minutos até uma dose cumulativa máxima de 40 mg. A ausência de resposta deve ser considerada como hipertensão2 refratária. O efeito hipotensor dura entre duas a seis horas.
Secretaria de Políticas de Saúde1, Área Técnica da Saúde1 da Mulher.Urgências e Emergências Maternas: guia para diagnóstico9 e conduta em situações de risco de morte materna. 2 ed. Brasília: Ministério da Saúde1; 2000. p.36.
Estudos demonstraram compatibilidade de cloridrato de hidralazina com solução de cloreto de sódio 0,9% na concentração de 200 a 400mg/L.
Trissel LA. Handbook on Injectable Drugs. 16 ed. Bethesda (MD): ASHP; 2011. p.836.
REAÇÕES ADVERSAS
As reações podem ser classificadas em:
Categoria |
Frequência |
Muito comum |
≥ 10% |
Comum |
≥ 1% e < 10% |
Incomum |
≥ 0,1% e < 1% |
Raro |
≥ 0,01% e < 0,1% |
Muito raro |
< 0,01% |
Desconhecida |
Não pode ser estimada pelos dados disponíveis |
Sistema cardiovascular85
- Muito comuns: taquicardia22, palpitação86.
- Comuns: flushing(rubor), hipotensão13, sintomas10 de angina62. Incomuns: edema23, insuficiência cardíaca congestiva87.
- Muito raras: respostas pressóricas paradoxais.
Sistema nervoso central88 e periférico
- Muito comum: cefaleia89.
- Incomum: vertigens90.
- Muito raras: neurites91 periféricas, polineurites, parestesia92 (os mesmos podem ser revertidos pela administração de piridoxina) e tremor.
Sistema músculoesquelético
- Comuns: artralgia45, mialgia93, edema23 articular, cãibras.
Pele94 e anexos95
- Incomum: rash67(erupção96 cutânea97).
Sistema urogenital98
- Incomuns: proteinúria70, creatinina30 plasmática aumentada, hematúria99, algumas vezes associada à glomerulonefrite71.
- Muito raras: insuficiência renal84 aguda, retenção urinária100.
Trato gastrintestinal
- Comuns: distúrbios gastrintestinais, diarreia101, náusea102, vômitos103.
- Incomuns: icterícia104, hepatomegalia105, função hepática56 anormal, algumas vezes associada à hepatite106.
- Muito rara: íleo paralítico107.
Sangue108
- Incomuns: anemia65, leucopenia51, neutropenia109, trombocitopenia66 com ou sem púrpura53.
- Muito raras: anemia hemolítica110, leucocitose111, linfadenopatia, pancitopenia112, esplenomegalia113, agranulocitose52.
Efeitos psicossomáticos
- Incomuns: agitação, anorexia114, ansiedade.
- Muito raras: depressão, alucinações115.
Órgãos do sentido
- Incomuns: aumento do lacrimejamento, conjuntivite116, congestão nasal.
Reações de hipersensibilidade
- Incomuns: síndrome60 similar ao lúpus38 eritematoso39 sistêmico31, reações de hipersensibilidade tais como prurido117, urticária118, vasculite119, eosinofilia120, hepatite106.
Trato respiratório
- Incomum: dispneia121, dor pleural.
Outros
- Incomuns: febre46, perda de peso, mal-estar, turgência122 vascular17 difusa.
- Muito rara: exoftalmia.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Sintomas10 frequentes na superdose são a hipotensão13, taquicardia22 e rubor cutâneo16 generalizado, isquemia54 miocárdica e arritmia123 cardíaca também podem ocorrer. Superdose severa pode resultar em choque124 profundo. Tratamento: a assistência ao sistema cardiovascular85 é a primeira providência a ser tomada. O choque124 deve ser tratado com expansores de volume, se possível sem recorrer a vasopressores. Caso um vasopressor seja necessário, deve ser usado aquele com menor possibilidade de produzir ou agravar uma arritmia123 cardíaca. Digitalização pode ser necessária. A função renal21 deve ser monitorizada e assistida conforme a exigência do caso.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.
DIZERES LEGAIS
USO RESTRITO A HOSPITAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS n.º 1.0298.0089
Farm. Resp.:
Dr. José Carlos Módolo – CRF-SP N.º 10.446
Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
Rodovia Itapira-Lindóia, km 14 - Itapira-SP
CNPJ N.º 44.734.671/0001-51
Indústria Brasileira
SAC 0800 701 19 18