Heptris
MYLAN LABORATORIOS LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Heptris®
enoxaparina sódica
Injetável 20 mg/0,2 mL; 40 mg/0,4 mL; 60 mg/0,6 mL; 80 mg/0,8 mL; 100 mg/1,0 mL
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução injetável
seringas preenchidas com e sem sistema de segurança
USO SUBCUTÂNEO1 OU INTRAVENOSO (a via de administração varia de acordo com a indicação do produto).
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada seringa2 de Heptris® 20 mg contém:
enoxaparina sódica | 20 mg |
água para injetáveis q.s.p. | 0,2 mL |
Cada seringa2 de Heptris® 40 mg contém
enoxaparina sódica | 40 mg |
água para injetáveis q.s.p. | 0,4 mL |
Cada seringa2 de Heptris® 60 mg contém
enoxaparina sódica | 60 mg |
água para injetáveis q.s.p. | 0,6 mL |
Cada seringa2 de Heptris® 80 mg contém
enoxaparina sódica | 80 mg |
água para injetáveis q.s.p. | 0,8 mL |
Cada seringa2 de Heptris® 100 mg contém
enoxaparina sódica | 100 mg |
água para injetáveis q.s.p. | 1,0 mL |
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Este medicamento é destinado para:
- tratamento da trombose venosa profunda3 (formação ou presença de um coágulo4 sanguíneo dentro de um vaso) com ou sem embolia5 pulmonar (presença de um coágulo4 em uma artéria6 do pulmão7);
- tratamento da angina8 instável (dor no peito9) e infarto do miocárdio10 sem elevação do segmento ST, administrado concomitantemente ao ácido acetilsalicílico;
- tratamento de infarto11 agudo12 do miocárdio13 (morte (necrose14) de parte do músculo cardíaco15 por falta de aporte adequado de nutrientes e oxigênio) com elevação do segmento ST, incluindo pacientes a serem tratados clinicamente ou com subsequente intervenção coronariana percutânea (cateterismo16 cardíaco);
- profilaxia do tromboembolismo17 venoso (prevenção da obstrução de um vaso sanguíneo por um coágulo4 de sangue18 na corrente sanguínea), em particular aqueles associados à cirurgia ortopédica ou à cirurgia geral;
- profilaxia do tromboembolismo17 venoso em pacientes acamados devido a doenças agudas incluindo insuficiência cardíaca19 (condição em que o coração20 é incapaz de bombear sangue18 suficiente para satisfazer as necessidades do corpo), falência respiratória, infecções21 severas e doenças reumáticas (doenças inflamatórias e degenerativas22 que afetam as articulações23);
- prevenção da formação de trombo24 na circulação25 extracorpórea durante a hemodiálise26 (método artificial para filtrar o sangue18).
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Heptris® diminui o risco de desenvolvimento de uma trombose venosa profunda3 e sua consequência mais grave, a embolia5 pulmonar. Heptris® previne e trata estas duas patologias, evitando sua progressão ou recorrência27, além de tratar angina8 instável e o infarto do miocárdio10. Também evita a coagulação28 do sangue18 no circuito de hemodiálise26. A duração do tratamento com Heptris® pode variar de um indivíduo para o outro.
A máxima atividade anti-Xa (antitrombótica) média no sangue18 é observada 3 a 5 horas após a administração subcutânea29.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Heptris® não deve ser utilizado nos seguintes casos:
- Hipersensibilidade (alergia30) à enoxaparina sódica, à heparina e seus derivados, inclusive outras heparinas de baixo peso molecular;
- História de trombocitopenia31 induzida por heparina mediada por imunidade32 (TIH) nos últimos 100 dias ou na presença de anticorpos33 circulantes;
- Hemorragias34 ativas de grande porte e condições com alto risco de desenvolvimento de hemorragia35 incontrolável, incluindo acidente vascular cerebral36 hemorrágico37 (derrame38 cerebral) recente, úlcera39 gastrointestinal, presença de neoplasia40 maligna com alto risco de sangramento cerebral recente, cirurgia espinhal ou oftálmica, varizes41 esofágicas conhecidas ou suspeitas, malformações42 arteriovenosas, aneurismas vasculares43 ou anomalias vasculares43 intra-espinhais ou intracerebrais importantes;
- Anestesia44 raquidiana ou epidural45 ou anestesia44 loco-regional quando a enoxaparina sódica é usada para tratamento nas 24 horas anteriores.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Heptris® não deve ser administrado por via intramuscular.
Hemorragia35 (sangramento)
Assim como com outros anticoagulantes46, pode ocorrer sangramento em qualquer local (vide item “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”). Se ocorrer sangramento, a origem da hemorragia35 deve ser investigada e tratamento apropriado deve ser instituído.
Heptris®, assim como qualquer outra terapia anticoagulante47, deve ser utilizado com cautela em condições com alto risco de hemorragia35, tais como:
- alterações na hemostasia48 (alteração nos mecanismos que controlam a formação e a dissolução de coágulos);
- histórico de úlcera péptica49 (úlcera39 no estômago50);
- derrame38 cerebral recente;
- hipertensão arterial51 (pressão alta) severa não controlada;
- retinopatia diabética52 (lesão53 na retina54 causada pelas complicações do diabetes55 mellitus);
- neurocirurgia ou cirurgia oftálmica (no olho56) recente;
- uso concomitante de medicamentos que afetem a hemostasia48 (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento? - Interações Medicamentosas”).
Monitoramento da contagem de plaquetas57 (elemento do sangue18 que participa da coagulação28 sanguínea) O risco de trombocitopenia31 (diminuição no número de plaquetas57) induzida por heparina também existe com heparinas de baixo peso molecular. Pode ocorrer trombocitopenia31 geralmente entre o 5º e 21º dia após o início do tratamento com enoxaparina sódica. Portanto, recomenda-se a realização de contagem plaquetária antes do início e regularmente durante o tratamento com Heptris®. Na prática, em caso de confirmação de diminuição significativa da contagem plaquetária (30 a 50% do valor inicial), o tratamento com Heptris® deve ser imediatamente interrompido e substituído por outra terapia.
Advertências Gerais
As diferentes classes de heparinas de baixo peso molecular (HBPM), por exemplo, enoxaparina, dalteparina, bemiparina e nadroparina não devem ser intercambiáveis (unidade por unidade), pois existem diferenças entre elas quanto ao processo de fabricação, peso molecular, atividade anti-Xa específica, unidade e dosagem. Isto ocasiona diferenças em suas atividades farmacocinéticas e biológicas associadas (por exemplo, a atividade antitrombina e a interação plaquetária). Portanto, é necessário obedecer às instruções de uso de cada medicamento.
Anestesia44 espinhal/peridural58
Foram relatados casos de hematoma59 intraespinhal (acúmulo de sangue18 dentro da coluna espinhal) com o uso concomitante de enoxaparina sódica e anestesia44 espinhal/peridural58, resultando em paralisia60 prolongada ou permanente.
Estes eventos são raros com a administração de doses iguais ou inferiores a 40 mg/dia de enoxaparina sódica. O risco destes eventos pode ser aumentado com administração de doses maiores de enoxaparina sódica, uso de cateter epidural45 no pós-operatório ou em caso de administração concomitante de medicamentos que alteram a hemostasia48, tais como anti-inflamatórios não esteroidais (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento? - Interações Medicamentosas”). O risco parece também ser aumentado por traumatismo61 ou punções espinhais (na espinha) repetidas ou em pacientes com histórico de cirurgia ou deformidade espinhal.
Para reduzir o risco potencial de sangramento associado ao uso concomitante de enoxaparina sódica e anestesia44/analgesia peridural58 ou espinhal, deve-se considerar o perfil farmacocinético do fármaco62. A introdução e remoção do cateter devem ser realizadas quando o efeito anticoagulante47 de enoxaparina sódica estiver baixo, no entanto, o momento exato para chegar a um efeito anticoagulante47 suficientemente baixo em cada paciente não é conhecido.
A introdução ou remoção do cateter deve ser postergada por pelo menos 12 horas após a administração de doses baixas de enoxaparina sódica (20 mg uma vez ao dia, 30 mg uma ou duas vezes ao dia, ou 40 mg uma vez ao dia) e, pelo menos, 24 horas após a administração de doses mais elevadas de enoxaparina sódica (0,75 mg/kg, duas vezes ao dia, 1 mg/kg duas vezes ao dia, ou 1,5 mg/kg uma vez ao dia). Níveis de anti-Xa ainda são detectáveis neste momento, e estes atrasos não são uma garantia de que um hematoma59 neuroaxial (espinhal) será evitado. Pacientes recebendo a dose de 0,75 mg/kg duas vezes ao dia, ou a dose de 1 mg/kg duas vezes ao dia não devem receber a segunda dose de enoxaparina no regime de duas vezes ao dia para permitir um atraso maior antes da colocação ou remoção do cateter. Da mesma forma, apesar de uma recomendação específica para o intervalo da dose subsequente de enoxaparina após a remoção do cateter não poder ser feita, considerar adiar esta dose seguinte por pelo menos quatro horas, com base numa avaliação do risco-benefício considerando tanto o risco de trombose63 como o risco de sangramento no contexto do procedimento e dos fatores de risco do paciente. Para pacientes64 com clearance de creatinina65 < 30 mL/minuto, são necessárias considerações adicionais porque a eliminação de enoxaparina é mais prolongada; considerar a duplicação do tempo de remoção de um cateter, pelo menos, 24 horas para a menor dose prescrita de enoxaparina (30 mg uma vez ao dia) e, pelo menos, 48 horas para a dose mais elevada (1 mg/kg/dia).
Caso o médico decida administrar anticoagulantes46 durante o uso de anestesia44 peridural58/espinhal ou punção lombar, deve-se empregar o monitoramento frequente para detectar qualquer sinal66 ou sintoma67 de lesão53 neurológica, tais como, dor lombar, deficiências sensoriais e motoras (dormência68 ou fraqueza dos membros inferiores), alterações intestinais e/ou urinárias. Você deve informar imediatamente a seu médico caso apresente qualquer sintoma67 ou sinal66 descrito acima. Em caso de suspeita de sinais69 ou sintomas70 de hematoma59 intraespinhal, devem ser efetuados o diagnóstico71 e tratamento, incluindo descompressão72 da medula espinhal73, com urgência74.
Trombocitopenia31 induzida pela heparina
A utilização de enoxaparina sódica em pacientes com história de HIT mediada por imunidade32 nos últimos 100 dias ou na presença de anticorpos33 circulantes está contraindicada. Os anticorpos33 circulantes podem persistir vários anos.
A enoxaparina sódica deve ser usada com extrema cautela em pacientes com história (mais de 100 dias) de trombocitopenia31 induzida por heparina sem anticorpos33 circulantes. A decisão de utilizar enoxaparina sódica neste caso, deve ser feita apenas após uma cuidadosa avaliação do risco benefício e após terem sido considerados tratamentos alternativos sem heparina.
Procedimentos de revascularização coronariana percutânea
Para minimizar o risco de sangramento após a instrumentação vascular75 durante o tratamento da angina8 instável e do infarto do miocárdio10, devem-se respeitar precisamente os intervalos entre as doses recomendadas de enoxaparina sódica. É importante estabelecer a hemostasia48 no local da punção após a intervenção coronariana percutânea. Caso tenha sido utilizado um dispositivo de fechamento, a bainha de acesso vascular75 pode ser removida imediatamente. Caso tenha sido utilizado um método de compressão manual, a bainha deve ser removida 6 horas após a última administração intravenosa ou subcutânea29 de enoxaparina sódica. Se o tratamento com enoxaparina sódica continuar, a próxima dose programada de enoxaparina sódica não deve ser administrada antes de 6 a 8 horas após a remoção da bainha. Deve-se ter atenção especial ao local do procedimento para detecção de sinais69 de sangramento ou formação de hematoma59.
Gravidez76 e Lactação77
Estudos em animais não demonstraram qualquer evidência de fetotoxicidade ou teratogenicidade (capacidade de produzir dano ao embrião ou feto78 durante a gravidez76). Em ratas prenhes, a passagem de 35S-enoxaparina sódica através da placenta para o feto78 é mínima.
Em humanos, não existe evidência da passagem da enoxaparina sódica através da placenta durante o segundo trimestre da gravidez76. Ainda não existem informações disponíveis a este respeito durante o primeiro e terceiro trimestres da gravidez76.
Como não foram realizados estudos adequados e bem controlados em gestantes e uma vez que os estudos realizados em animais nem sempre são bons indicativos da resposta humana, deve-se utilizar enoxaparina sódica durante a gravidez76 somente se o médico considerar como estritamente necessário.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Em ratas lactantes79, a concentração de 35S-enoxaparina sódica ou de seus metabólitos80 marcados no leite é muito baixa. Não se sabe se a enoxaparina sódica inalterada é excretada no leite humano. A absorção oral da enoxaparina sódica é improvável, porém, como precaução, não se deve amamentar durante o tratamento com enoxaparina sódica.
Gestantes com próteses mecânicas valvulares cardíacas: Não foram realizados estudos adequados para avaliar a utilização de enoxaparina sódica na tromboprofilaxia (prevenção de formação de coágulos) em gestantes com próteses mecânicas valvulares cardíacas. Em um estudo clínico em gestantes com próteses mecânicas valvulares cardíacas, administrou- se enoxaparina (1 mg/kg duas vezes ao dia) para redução do risco de tromboembolismo17, 2 de 8 gestantes desenvolveram coágulos resultando em bloqueio da válvula, levando a óbitos materno e fetal. Houve relatos isolados pós-comercialização de trombose63 da valva em gestantes com próteses mecânicas valvulares cardíacas enquanto eram medicadas com enoxaparina para tromboprofilaxia. Gestantes com próteses mecânicas valvulares cardíacas podem apresentar maior risco de tromboembolismo17 (obstrução de um vaso sanguíneo por um coágulo4 de sangue18 na corrente sanguínea) (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento? - Advertências e Precauções - Próteses mecânicas valvulares cardíacas”).
Populações especiais
Pacientes idosos: não foi observado aumento na tendência de hemorragia35 em idosos com doses profiláticas. Porém, pacientes idosos (especialmente pacientes com idade igual ou maior a 80 anos) podem ter um aumento no risco de complicações hemorrágicas81 com doses terapêuticas. Portanto, aconselha-se um monitoramento clínico cuidadoso (vide item “6. Como devo usar este medicamento?”).
Pacientes idosos podem apresentar retardo na eliminação de enoxaparina sódica (vide item “6. Como devo usar este medicamento?”).
Crianças: a segurança e eficácia de enoxaparina sódica em crianças ainda não foram estabelecidas.
Próteses mecânicas valvulares cardíacas: o uso de enoxaparina sódica não foi adequadamente estudado para casos de tromboprofilaxia em pacientes com próteses mecânicas valvulares cardíacas. Foram relatados casos isolados de trombose63 com próteses valvulares cardíacas em pacientes com próteses mecânicas valvulares cardíacas que receberam enoxaparina sódica para tromboprofilaxia. A avaliação destes casos é limitada devido aos fatores causais serem confusos, incluindo doenças anteriores e dados clínicos insuficientes. Alguns destes casos foram em gestantes nas quais a trombose63 resultou em óbitos materno e fetal. Gestantes com próteses mecânicas valvulares cardíacas podem apresentar maior risco para tromboembolismo17 (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento? - Advertências e Precauções - Gestantes com próteses mecânicas valvulares cardíacas”).
Insuficiência renal82 (nos rins83): em pacientes com insuficiência renal82, existe aumento da exposição ao enoxaparina sódica, aumentando também o risco de hemorragia35. Como a exposição à enoxaparina sódica aumenta significativamente em pacientes com insuficiência renal82 severa (clearance de creatinina65 < 30 mL/min), o ajuste posológico é recomendado para dosagens terapêuticas e profiláticas. Embora não seja recomendado ajuste posológico em pacientes com insuficiência renal82 moderada (clearance de creatinina65 30-50 mL/min) e leve (clearance de creatinina65 50-80 mL/min), é aconselhável realizar um monitoramento clínico cuidadoso (vide item “6. Como devo usar este medicamento?”).
Peso baixo: um aumento na exposição à enoxaparina sódica em doses profiláticas (não ajustadas ao peso) tem sido observado em mulheres e homens com baixo peso (< 45 kg e < 57 kg, respectivamente), que pode resultar em maior risco de hemorragia35. Portanto, é aconselhável realizar um monitoramento clínico cuidadoso nestes pacientes.
Pacientes obesos: pacientes obesos apresentam risco aumentado de tromboembolismo17. A segurança e a eficácia de doses profiláticas em pacientes obesos (IMC84 > 30 kg/m2) não foram totalmente determinadas e não há consenso para ajuste de dose. Estes pacientes devem ser observados cuidadosamente quanto aos sinais69 e sintomas70 de tromboembolismo17.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
A utilização de enoxaparina sódica não afeta a habilidade de dirigir ou operar máquinas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Medicamento-medicamento
Recomenda-se a interrupção do uso de medicamentos que afetam a hemostasia48 antes do início do tratamento com Heptris®, a menos que seu uso seja estritamente indicado. Tais medicamentos incluem:
- salicilatos sistêmicos85, ácido acetilsalicílico e outros anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs), incluindo o cetorolaco;
- dextrana 40, ticlopidina e clopidogrel;
- glicocorticoides sistêmicos85;
- agentes trombolíticos e anticoagulantes46;
- outros agentes antiplaquetários, incluindo os antagonistas de glicoproteína IIb/IIIa;
- medicamentos que aumentam os níveis de potássio.
Em caso de indicação do uso de qualquer uma destas associações, deve-se utilizar Heptris® sob cuidadoso monitoramento clínico e laboratorial, quando apropriado.
Medicamento-exame laboratorial
Nas doses utilizadas na profilaxia do tromboembolismo17 venoso, Heptris® não influencia significativamente o tempo de sangramento e os testes de coagulação28 sanguínea global, nem afeta a agregação plaquetária ou a ligação do fibrinogênio86 às plaquetas57.
Pode ocorrer aumento do tempo de tromboplastina87 parcial ativada (TTPa) e do tempo de coagulação28 ativada (TCA) com a administração de doses mais altas. Aumentos no TTPa e TCA não estão linearmente correlacionados ao aumento da atividade antitrombótica de Heptris®, sendo, portanto, inadequados e inseguros para monitoramento da atividade de Heptris®.
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde88.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
Heptris® deve ser mantido em temperatura ambiente (15–30°C).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Solução transparente, incolor ou amarela clara.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
MODO DE USAR
A via de administração de Heptris® varia dependendo da indicação do produto. Abaixo estão descritas as técnicas de injeção subcutânea89 e bolus90 intravenoso.
Em caso de autoinjeção, um profissional da saúde88 irá informar como administrar suas injeções. É essencial que você siga exatamente estas instruções. Caso você tenha dúvidas, solicite ao profissional da saúde88 mais explicações.
A injeção subcutânea89 aplicada corretamente (no tecido subcutâneo91, abaixo da pele92) é essencial para reduzir a dor e ferimento no local da injeção93.
Para evitar ferimentos acidentais com a agulha após a injeção93, as apresentações de seringas preenchidas com dispositivo de segurança são providas de um dispositivo de segurança automático.
Preparo do local para injeção93:
O local recomendado para injeção93 é na gordura94 da parte inferior do abdômen, pelo menos 5 centímetros de distância do umbigo95 para fora e em ambos os lados.
Antes da injeção93, lavar as mãos96. Limpar (não esfregar) com álcool o local selecionado para injeção93. Você deve selecionar um local diferente do abdômen inferior a cada aplicação.
Preparo da seringa2 antes da injeção93:
Verifique se a seringa2 não está danificada e se o medicamento dentro está como uma solução límpida, sem partículas. Se a seringa2 estiver danificada ou o medicamento não for límpido, utilizar outra seringa2.
Técnica de injeção subcutânea89 de seringas preenchidas sem sistema de segurança:
- Retirar cuidadosamente a capa protetora da agulha.
- Não pressionar o êmbolo97 antes de injetar para expelir bolhas de ar. Isso pode levar à perda da medicação. Depois de remover a tampa, não permitir que a agulha toque em nada de modo a garantir que a agulha permaneça estéril.
- As seringas com doses de 20 mg e 40 mg estão prontas para uso. Para as seringas com doses de 60 mg, 80 mg e 100 mg, ajustar a dose a ser injetada, se necessário. A quantidade do medicamento a ser injetada deve ser ajustada dependendo do peso corpóreo do paciente; consequentemente qualquer excesso do medicamento deve ser expelido antes da injeção93. Segure a seringa2 apontando para baixo (para manter a bolha98 de ar na seringa2) e expelindo o excesso do medicamento em um recipiente adequado.
- A injeção93 deve ser administrada por injeção subcutânea89 profunda, no tecido subcutâneo91 da parede abdominal99, com o paciente deitado ou sentado em posição confortável, alternando entre os lados esquerdo e direito a cada aplicação.
- A agulha deve ser introduzida perpendicularmente na espessura de uma prega cutânea100 feita entre os dedos polegar e indicador (verticalmente em um ângulo de 90º). Insira toda a extensão da agulha na dobra da pele92. Pressionar o êmbolo97 para aplicar a injeção93. A prega deve ser mantida durante todo o período da injeção93.
- Remover a agulha.
- Não esfregar o local da injeção93 após a administração.
Técnica de injeção subcutânea89 de seringas preenchidas com sistema de segurança:
Para as doses de 20 mg e 40 mg:
- Retire a capa protetora da agulha.
- Uma gota101 pode aparecer na ponta da agulha. Caso isto ocorra, remova-a antes de injetar o medicamento através de batidas suaves no corpo da seringa2 com a agulha apontada para baixo. Não expelir qualquer bolha98 de ar da seringa2 antes de administrar a injeção93.
Para as doses de 60 mg, 80 mg e 100 mg:
- Retire a capa protetora da agulha.
- Ajuste a dose a ser injetada (se necessário): A quantidade do medicamento a ser injetada deve ser ajustada dependendo do peso corpóreo do paciente; consequentemente qualquer excesso do medicamento deve ser expelido antes da injeção93. Segure a seringa2 apontando para baixo (para manter a bolha98 de ar na seringa2) e expelindo o excesso do medicamento em um recipiente adequado.
Nota: caso o excesso de medicamento não seja expelido antes da aplicação, o dispositivo de segurança não será ativado ao final da injeção93.
Quando não houver a necessidade de ajuste da dose, a seringa2 preenchida está pronta para o uso. Não expelir qualquer bolha98 de ar da seringa2 antes de administrar a injeção93.
Uma gota101 pode aparecer na ponta da agulha. Se isso ocorrer, remova a gota101 antes da administração através de batidas no corpo da seringa2 com a agulha apontada para baixo.
Administração da injeção93:
- A seringa2 preenchida (20 mg/0,2 mL e 40 mg/0,4 mL) já está pronta para uso. Para evitar a perda da medicação, não pressione o êmbolo97 para expelir qualquer bolha98 de ar antes de administrar a injeção93.
- A injeção93 deve ser administrada por injeção subcutânea89 profunda, no tecido subcutâneo91 da parede abdominal99, com o paciente deitado ou sentado em posição confortável, alternando entre os lados esquerdo e direito a cada aplicação.
- A agulha deve ser introduzida perpendicularmente na espessura de uma prega cutânea100 feita entre os dedos polegar e indicador. A prega deve ser mantida durante todo o período da injeção93. Não esfregue o local da injeção93 após a administração.
- O dispositivo de segurança é automaticamente ativado, quando o êmbolo97 é pressionado até o final, deste modo protegendo completamente a agulha usada e sem causar desconforto ao paciente. A ativação do dispositivo de segurança só é possível se o êmbolo97 for completamente abaixado.
Nota: o dispositivo de segurança somente poderá ser ativado com a seringa2 completamente vazia.
Técnica de injeção93 intravenosa (bolus90)
Apenas para a indicação de tratamento de infarto11 agudo12 do miocárdio13 com elevação do segmento ST
Heptris® deve ser administrado através de uma linha intravenosa e não deve ser misturado ou coadministrado com outros medicamentos. Para evitar a possibilidade de mistura de Heptris® com outros medicamentos, o acesso intravenoso escolhido deve ser lavado com quantidade suficiente de solução salina ou solução dextrose102 antes e imediatamente após a administração do bolus90 intravenoso de Heptris® para limpar o dispositivo de acesso do medicamento. Heptris® pode ser utilizado com segurança com solução salina normal 0,9% ou dextrose102 a 5% em água.
Bolus90 intravenoso inicial de 30 mg: utiliza-se uma seringa2 preenchida de Heptris® graduada e despreza-se o excesso do volume, obtendo apenas 30 mg (0,3 mL) na seringa2. Injeta-se, então, a dose de 30 mg diretamente na linha intravenosa.
Bolus90 adicional para pacientes64 submetidos à intervenção coronariana percutânea quando a última dose subcutânea29 de Heptris® foi administrada há mais de 8 horas antes de o balão ser inflado: para pacientes64 submetidos à intervenção coronariana percutânea, um bolus90 intravenoso adicional de 0,3 mg/kg deve ser administrado se a última dose subcutânea29 de Heptris® foi administrada há mais de 8 horas antes de o balão ser inflado (vide item “6. Como devo usar este medicamento? - Posologia - Tratamento do infarto11 agudo12 do miocárdio13 com elevação do segmento ST”).
Para assegurar a precisão do pequeno volume a ser injetado, recomenda-se a diluição do medicamento para uma solução de 3 mg/mL.
Para obter uma solução a 3 mg/mL utilizando uma seringa2 preenchida de 60 mg de Heptris®, recomenda-se usar uma bolsa de infusão de 50 mL (contendo, por exemplo, solução salina normal 0,9% ou dextrose102 a 5% em água). Com o auxílio de uma seringa2, retira-se 30 mL da solução contida na bolsa e despreza-se este volume. Aos 20 mL restantes na bolsa de infusão, injeta-se o conteúdo total de uma seringa2 preenchida graduada de 60 mg. Mistura-se gentilmente a solução final.
Retira-se com uma seringa2 o volume requerido da solução para administração na linha intravenosa. Recomenda-se que esta solução seja preparada imediatamente antes de sua utilização.
Após finalizada a diluição, o volume a ser injetado na linha intravenosa deve ser calculado utilizando-se a seguinte fórmula: [volume da solução diluída (mL) = peso do paciente (kg) x 0,1] ou utilizando a tabela abaixo.
Volume de solução a 3 mg/mL a ser injetado na linha intravenosa |
||
Peso do paciente |
Dose Requerida (0,3 mg/Kg) |
Volume a ser injetado (mL) após ser diluído para a concentração final de 3 mg/mL |
45 |
13,5 |
4,5 |
50 |
15 |
5 |
55 |
16,5 |
5,5 |
60 |
18 |
6 |
65 |
19,5 |
6,5 |
70 |
21 |
7 |
75 |
22,5 |
7,5 |
80 |
24 |
8 |
85 |
25,5 |
8,5 |
90 |
27 |
9 |
95 |
28,5 |
9,5 |
100 |
30 |
10 |
POSOLOGIA
A posologia de Heptris® é determinada pela predisposição individual de ocorrer o tromboembolismo17 venoso em situações desencadeantes como cirurgia, imobilização prolongada e trauma, entre outras. Dessa maneira, são considerados com risco moderado os indivíduos que apresentem os seguintes fatores predisponentes: idade superior a 40 anos, obesidade103, varizes41 dos membros inferiores, neoplasia40, doença pulmonar ou cardíaca crônica, estrogenioterapia, puerpério104, infecções21 sistêmicas, entre outros. São considerados com alto risco os indivíduos com histórico de tromboembolismo17 venoso prévio, neoplasia40 abdominal ou pélvica105, cirurgia ortopédica de grande porte dos membros inferiores, entre outros.
Profilaxia do tromboembolismo17 venoso em pacientes cirúrgicos
A duração e a dose do tratamento com Heptris® baseiam-se no risco do paciente. O risco do paciente sofrer o evento tromboembólico pode ser estimado através de modelos de estratificação de risco validados.
Em pacientes que apresentam risco moderado de tromboembolismo17, a dose recomendada de Heptris® é de 20 mg ou 40 mg uma vez ao dia por via subcutânea29. Na cirurgia geral, a primeira injeção93 deve ser administrada 2 horas antes da intervenção cirúrgica.
O tratamento com Heptris® é geralmente prescrito por um período médio de 7 a 10 dias. Um tratamento mais prolongado pode ser apropriado em alguns pacientes e deve ser continuado enquanto houver risco de tromboembolismo17 venoso e até que o paciente seja ambulatorial.
Em pacientes com alto risco de tromboembolismo17, a dose recomendada de Heptris® administrada por via subcutânea29 é de 40 mg uma vez ao dia, iniciada 12 horas antes da cirurgia, ou de 30 mg, duas vezes ao dia, iniciada 12 a 24 horas após a cirurgia.
- Para os pacientes que se submetem à cirurgia ortopédica de grande porte com um risco elevado de tromboembolismo17 venoso, uma tromboprofilaxia (prevenção de trombose63) de até 5 semanas é recomendada.
- Para pacientes64 submetidos à cirurgia oncológica com risco elevado de tromboembolismo17 venoso, recomenda-se uma tromboprofilaxia (prevenção de trombose63) de até 4 semanas.
Para recomendações especiais sobre o intervalo entre as dosagens para anestesia44 espinhal/peridural58 e procedimentos de revascularização coronária percutânea vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”.
Profilaxia do tromboembolismo17 venoso em pacientes clínicos
A dose recomendada para pacientes64 clínicos é de 40 mg de Heptris®, uma vez ao dia, administrada por via subcutânea29. A duração do tratamento deve ser de no mínimo, 6 dias, devendo ser continuado até que o paciente recupere a capacidade plena de se locomover, por um período máximo de 14 dias.
Tratamento da trombose venosa profunda3 com ou sem embolismo106 pulmonar
A posologia de Heptris® recomendada para o tratamento da trombose venosa profunda3 é de 1,5 mg/kg, uma vez ao dia ou 1 mg/kg, duas vezes ao dia, administrado por via subcutânea29. Em pacientes com distúrbios tromboembólicos complicados, recomenda-se a administração da dose de 1 mg/kg, duas vezes ao dia.
O tratamento com Heptris® é geralmente prescrito por um período médio de 10 dias. A terapia anticoagulante47 oral deve ser iniciada quando apropriada e o tratamento com Heptris® deve ser mantido até que o efeito terapêutico do anticoagulante47 tenha sido atingido.
Prevenção da formação de trombo24 na circulação25 extracorpórea durante a hemodiálise26
A dose recomendada é de 1 mg/Kg de Heptris®.
Em pacientes com alto risco hemorrágico37, a dose deve ser reduzida para 0,5 mg/kg quando o acesso vascular75 for duplo ou 0,75 mg/Kg quando o acesso vascular75 for simples.
Durante a hemodiálise26, Heptris® deve ser introduzido na linha arterial do circuito, no início da sessão de hemodiálise26. O efeito desta dose geralmente é suficiente para uma sessão com duração de 4 horas, entretanto, caso haja aparecimento de anéis de fibrina107, por exemplo, após uma sessão mais longa que o normal, pode ser administrada dose complementar de 0,5 a 1,0 mg/Kg de Heptris®.
Tratamento de angina8 instável e infarto do miocárdio10 sem elevação do segmento ST
A dose de Heptris® recomendada é de 1 mg/kg a cada 12 horas, por via subcutânea29, administrada concomitantemente com ácido acetilsalicílico oral (100 a 325 mg, uma vez ao dia).
Nestes pacientes, o tratamento com Heptris® deve ser prescrito por no mínimo 2 dias e mantido até estabilização clínica. A duração normal do tratamento é de 2 a 8 dias.
Tratamento do infarto11 agudo12 do miocárdio13 com elevação do segmento ST
A dose recomendada de Heptris® é de um bolus90 intravenoso único de 30 mg acompanhado de uma dose de 1 mg/kg por via subcutânea29, seguido por 1 mg/kg por via subcutânea29 a cada 12 horas (as duas primeiras doses subcutâneas devem ser de no máximo 100 mg cada dose e as demais doses 1 mg/kg por via subcutânea29). Para pacientes64 com 75 anos de idade ou mais, verifique instruções específicas descritas abaixo em “Populações Especiais – Idosos”.
Quando administrado em conjunto com um trombolítico (específico para fibrina107 ou não), Heptris® deve ser administrado entre 15 minutos antes e 30 minutos depois do início da terapia fibrinolítica. Todos os pacientes devem receber ácido acetilsalicílico tão logo seja diagnosticado o infarto11 agudo12 do miocárdio13 com elevação do segmento ST. Esta medicação deve ser mantida com dosagem de 75 a 325 mg uma vez ao dia, a menos que haja contraindicação para o seu uso.
A duração recomendada do tratamento com Heptris® é de 8 dias ou até que o paciente receba alta do hospital, considerando-se o que ocorrer primeiro.
Para pacientes64 submetidos à intervenção coronariana percutânea: se a última dose subcutânea29 de Heptris® foi administrada há menos de 8 horas antes de o balão ser inflado, não é necessária dose adicional deste medicamento. Entretanto, caso a última dose subcutânea29 tenha sido administrada há mais de 8 horas antes de o balão ser inflado, uma dose adicional de 0,3 mg/kg de Heptris® deve ser administrada através de bolus90 intravenoso.
Risco de uso por via de administração não recomendada
Não há estudos dos efeitos de Heptris® administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via intravenosa ou subcutânea29 (dependendo da indicação terapêutica108), conforme recomendado pelo médico.
Populações Especiais
Idosos: Para o tratamento do infarto11 agudo12 do miocárdio13 com elevação do segmento ST em pacientes idosos (com idade igual ou maior a 75 anos), não deve ser administrado o bolus90 intravenoso inicial. A dose inicial é de 0,75 mg/Kg por via subcutânea29 a cada 12 horas (as duas primeiras doses subcutâneas devem ser de no máximo 75 mg cada dose e as demais 0,75 mg/Kg por via subcutânea29).
Para as demais indicações do produto, não é necessário realizar ajuste posológico em idosos, a menos que a função renal109 (dos rins83) esteja prejudicada (vide itens “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?” e “6. Como devo usar este medicamento? - Posologia - Insuficiência110 renal”).
Insuficiência renal82 (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”):
- Insuficiência renal82 severa: é necessário realizar ajuste posológico em pacientes com insuficiência renal82 severa (clearance de creatinina65 < 30 mL/min), de acordo com as tabelas a seguir, uma vez que a exposição ao Heptris® é significativamente aumentada nesta população de pacientes.
Para uso terapêutico, os seguintes ajustes posológicos são recomendados:
Dose padrão |
Insuficiência renal82 severa |
1 mg/kg por via subcutânea29, duas vezes ao dia |
1 mg/kg por via subcutânea29, uma vez ao dia |
1,5 mg/kg por via subcutânea29, uma vez ao dia |
1 mg/kg por via subcutânea29, uma vez ao dia |
Tratamento do infarto11 agudo12 do miocárdio13 com elevação do segmento ST em pacientes com idade inferior a 75 anos |
|
30 mg em bolus90 intravenoso único acompanhado de uma dose de 1 mg/kg por via subcutânea29, seguido de 1 mg/kg por via subcutânea29 duas vezes ao dia (as duas primeiras doses subcutâneas devem ser de no máximo 100 mg cada) |
30 mg em bolus90 intravenoso único acompanhado de uma dose de 1 mg/kg por via subcutânea29, seguido de 1 mg/kg por via subcutânea29 uma vez ao dia (a primeira dose subcutânea29 deve ser de no máximo 100 mg) |
Tratamento do infarto11 agudo12 do miocárdio13 com elevação do segmento ST em pacientes idosos com idade maior ou igual a 75 anos |
|
0,75 mg/kg por via subcutânea29 duas vezes ao dia SEM bolus90 intravenoso inicial (as duas primeiras doses subcutâneas devem ser de no máximo 75 mg cada) |
1 mg/kg por via subcutânea29 uma vez ao dia SEM bolus90 intravenoso inicial (a primeira dose subcutânea29 deve ser de no máximo 100 mg) |
Para uso profilático, os seguintes ajustes posológicos são recomendados:
Dose padrão |
Insuficiência renal82 severa |
40 mg por via subcutânea29, uma vez ao dia |
20 mg por via subcutânea29, uma vez ao dia |
20 mg por via subcutânea29, uma vez ao dia |
20 mg por via subcutânea29, uma vez ao dia |
Estes ajustes posológicos não se aplicam à indicação em hemodiálise26.
Insuficiência renal82 leve e moderada: embora não seja recomendado realizar ajuste posológico em pacientes com insuficiência renal82 moderada (clearance de creatinina65 30-50 mL/min) e leve (clearance de creatinina65 50-80 mL/min), é aconselhável que se faça um monitoramento clínico cuidadoso.
Insuficiência hepática111 (do fígado112): em decorrência da ausência de estudos clínicos, recomenda-se cautela em pacientes com insuficiência110 do fígado112.
Anestesia44 espinhal/peridural58: para pacientes64 que recebendo anestesia44 espinhal/peridural58 vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento? - Anestesia44 espinhal/peridural”.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível, no entanto, se estiver próximo do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
A enoxaparina foi avaliada em mais de 15000 pacientes que receberam o medicamento em estudos clínicos. Estes estudos incluíram 1776 pacientes para profilaxia de trombose venosa profunda3 seguida de cirurgia ortopédica ou abdominal em pacientes com risco de complicações tromboembólicas, 1169 para profilaxia de trombose venosa profunda3 em pacientes intensamente doentes com mobilidade severamente restrita, 559 para tratamento de trombose venosa profunda3 com ou sem embolismo106 pulmonar, 1578 para tratamento de angina8 instável e infarto do miocárdio10 sem elevação do segmento ST e 10176 para tratamento de infarto11 agudo12 do miocárdio13 com elevação do segmento ST.
O regime de enoxaparina sódica administrado durante estes estudos clínicos varia dependendo da indicação. A dose de enoxaparina sódica foi de 40 mg por via subcutânea29 uma vez ao dia para profilaxia de trombose venosa profunda3 seguida de cirurgia ou em pacientes intensamente doentes com mobilidade severamente restrita. No tratamento da trombose venosa profunda3 com ou sem embolismo106 pulmonar, pacientes recebendo enoxaparina sódica foram tratados também com uma dose de 1 mg/kg por via subcutânea29 a cada 12 horas ou uma dose de 1,5 mg/kg por via subcutânea29 uma vez ao dia. Nos estudos clínicos para o tratamento de angina8 instável e infarto do miocárdio10 sem elevação do segmento ST, as doses foram de 1 mg/kg por via subcutânea29 a cada 12 horas e no estudo clinico para tratamento de infarto11 agudo12 do miocárdio13 com elevação do segmento ST, o regime de enoxaparina sódica foi de 30 mg por via intravenosa em bolus90 seguida de 1 mg/kg por via subcutânea29 a cada 12 horas.
As reações adversas observadas nestes estudos clínicos e reportadas na experiência pós-comercialização estão detalhadas abaixo:
As reações podem ser classificadas em:
Categoria |
Frequência |
Muito comum |
≥ 10% |
Comum |
≥ 1% e < 10% |
Incomum |
≥ 0,1% e < 1% |
Raro |
≥ 0,01% e < 0,1% |
Muito raro |
< 0,01% |
Desconhecida |
Não pode ser estimada pelos dados disponíveis |
Hemorragias34
Em estudos clínicos, hemorragias34 foram as reações mais comumente reportadas. Estas incluem hemorragias34 de grande porte, reportadas no máximo em 4,2% dos pacientes (pacientes cirúrgicos**). Alguns destes casos foram fatais.
Assim como com outros anticoagulantes46, pode ocorrer hemorragia35 na presença de fatores de risco associados, tais como: lesões113 orgânicas suscetíveis a sangramento, procedimentos invasivos ou uso concomitante de medicamentos que afetam a hemostasia48 (conjunto de mecanismos que o organismo emprega para evitar hemorragia35) (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento? - Interações Medicamentosas”).
Distúrbios vasculares43
Profilaxia (prevenção) em pacientes cirúrgicos:
- Muito comum: hemorragia35* (sangramento)
- Rara: hemorragia35 retroperitoneal114 (espaço anatômico atrás da cavidade abdominal115)
Profilaxia em pacientes sob tratamento médico:
- Comum: hemorragia35*
Tratamento em pacientes com trombose venosa profunda3 com ou sem embolismo106 pulmonar:
- Muito comum: hemorragia35*
- Incomum: hemorragia35 intracraniana (dentro do crânio116), hemorragia35 retroperitoneal114
Tratamento em pacientes com angina8 instável e infarto do miocárdio10 sem elevação do segmento ST:
- Comum: hemorragia35*
- Rara: hemorragia35 retroperitoneal114
Tratamento em pacientes com infarto11 agudo12 do miocárdio13 com elevação do segmento ST:
- Comum: hemorragia35*
- Incomum: hemorragia35 intracraniana, hemorragia35 retroperitoneal114
*como hematoma59 (acúmulo de sangue18 fora dos vasos sanguíneos117), outras equimoses118 (extravasamento de sangue18 na pele92) além do local da injeção93, ferimento com hematoma59, hematúria119 (sangue18 na urina120), epistaxe121 (sangramento no nariz122) e hemorragia35 gastrintestinal.
** em pacientes cirúrgicos as complicações hemorrágicas81 foram consideradas de grande porte: (1) se a hemorragia35 causou um evento clínico significativo, ou (2) se acompanhado por uma diminuição da hemoglobina123 ? 2 g/dL ou transfusão124 de 2 ou mais unidades de produto sanguíneo. As hemorragias34 retroperitoneal114 e intracraniana foram sempre consideradas de grande porte.
- Trombocitopenia31 e trombocitose125
Distúrbios do sangue18 e sistema linfático126
Profilaxia em pacientes cirúrgicos
- Muito comum: trombocitose125 (aumento de plaquetas57 > 400.000/mm3)
- Comum: trombocitopenia31 (diminuição no número de plaquetas57 sanguíneas)
Profilaxia em pacientes sob tratamento médico
- Incomum: trombocitopenia31
Tratamento em pacientes com trombose venosa profunda3 com ou sem embolismo106 pulmonar
- Muito comum: trombocitose125
- Comum: trombocitopenia31
Tratamento em pacientes com angina8 instável e infarto do miocárdio10 sem elevação do segmento ST
- Incomum: trombocitopenia31
Tratamento em pacientes com infarto11 agudo12 do miocárdio13 com elevação do segmento ST
- Comum: trombocitose125, trombocitopenia31
- Muito rara: trombocitopenia31 imunoalérgica
Outras reações adversas clinicamente relevantes
Estas reações estão apresentadas abaixo, qualquer que sejam as indicações, por sistema órgão classe, frequência e ordem decrescente de gravidade.
Doenças do sistema imune127:
- Comum: reação alérgica128
- Rara: reações anafiláticas129/anafilactóides (tipo de reação alérgica128) - ver também experiência pós- comercialização
Distúrbios hepatobiliares130 (do fígado112):
- Muito comum: aumento das enzimas do fígado112 (principalmente transaminases com níveis > 3 vezes o limite superior da normalidade)
Doenças da pele92 e do tecido subcutâneo91:
- Comum: urticária131 (erupção132 na pele92 com coceira), prurido133 (coceira e/ou ardência), eritema134 (vermelhidão)
- Incomum: dermatite135 bolhosa (tipo de reação alérgica128 na pele92)
Distúrbios gerais no local de administração:
- Comum: hematoma59, dor e outras reações no local da injeção93 (como edema136, hemorragia35, hipersensibilidade, inflamação137, tumoração (inchaço138), dor ou reação não especificada)
- Incomum: irritação local, necrose14 da pele92 no local da injeção93
Investigação:
- Rara: hiperpotassemia (aumento do potássio no sangue18)
Experiência pós-comercialização
As reações adversas a seguir foram identificadas durante o período após a aprovação do uso do medicamento comparador CLEXANE. As reações adversas são derivadas de relatos espontâneos e, portanto, a frequência é desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados).
Distúrbios do sistema imune127:
- Reação anafilática139/anafilactóide incluindo choque140
Distúrbios do sistema nervoso141:
- Dor de cabeça142
Distúrbios vasculares43:
- Foram relatados casos de hematoma59 espinhal (ou hematoma59 neuroaxial) com o uso concomitante de enoxaparina sódica e anestesia44 espinhal/peridural58 ou punção espinhal. Estas reações resultaram em graus variados de lesão53 neurológica, incluindo paralisia60 por tempo prolongado ou permanente (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Doenças do sangue18 e do sistema linfático126:
- Anemia143 hemorrágica144
- Casos de trombocitopenia31 imuno-alérgica com trombose63; em alguns deles, a trombose63 foi complicada por infarto11 orgânico ou isquemia145 de extremidade (irrigação deficiente de sangue18 nas extremidades devido à constrição146 ou obstrução dos vasos sanguíneos117) (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?)
- Eosinofilia147 (aumento de um tipo de leucócito no sangue18 chamado eosinófilo148)
Distúrbios da pele92 e do tecido subcutâneo91:
- Vasculite149 cutânea100 (inflamação137 da parede de um vaso), necrose14 cutânea100 (morte das células150 da pele92) geralmente ocorrendo no local da administração, (estes fenômenos são geralmente precedidos por púrpura151 (manchas arroxeadas na pele92 e nas mucosas152) ou placas153 eritematosas154 (com vermelhidão, infiltradas e dolorosas), devendo-se interromper o tratamento com enoxaparina sódica.
- Nódulos no local de injeção93 (nódulos inflamatórios que não são inclusões císticas de enoxaparina) que desaparecem após alguns dias e não devem ser motivo para interrupção do tratamento
- Alopecia155
Doenças hepatobiliares130:
- Lesão53 hepatocelular (lesão53 das células150 do fígado112)
- Lesão53 colestática (lesão53 causada pelo acúmulo de bile156, devido à redução/obstrução do fluxo de bile156)
Distúrbios musculoesqueléticos, do tecido conjuntivo157 e ósseos
- Osteoporose158 (doença que atinge os ossos) na terapia prolongada (acima de 3 meses)
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Sintomas70 e severidade: a superdose acidental após administração intravenosa, extracorporal ou subcutânea29 de Heptris® pode causar complicações hemorrágicas81. A absorção de Heptris® após a administração oral, mesmo em altas doses, é improvável.
Tratamento e antídoto159: os efeitos anticoagulantes46 podem ser em grande parte, neutralizados pela administração intravenosa lenta de protamina. A dose de protamina depende da dose de Heptris®administrada, ou seja, 1 mg de protamina neutraliza o efeito anticoagulante47 de 1 mg de Heptris®, se Heptris® foi administrado nas primeiras 8 horas. Uma infusão de 0,5 mg de protamina para 1 mg de Heptris® pode ser administrado se Heptris® foi administrado há mais de 8 horas antes da administração da protamina, ou se tiver sido determinado que uma segunda dose de protamina seja necessária. Após 12 horas da injeção93 de Heptris®, a administração da protamina pode não ser necessária. Entretanto, mesmo com doses elevadas de protamina, a atividade anti-Xa de Heptris®nunca é completamente neutralizada (máximo de aproximadamente 60%).
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico eleve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
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MS - 1.8830.0076
Farm. Resp.: Dra. Marcia Yoshie Hacimoto - CRF-RJ: 13.349
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