Gynpro (Bula do profissional de saúde)
exeltis laboratorio farmaceutico ltda
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Gynpro
progesterona
Cápsulas 100 mg e 200 mg
Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Cápsula Mole
Embalagem contendo 15 ou 30 cápsulas
USO ORAL / VAGINAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada cápsula de Gynpro 100 mg contém:
progesterona micronizada | 100 mg |
excipiente q.s.p. | 1 cápsula |
Excipientes: óleo de amendoim, lecitina de soja. Componentes da cápsula: gelatina, glicerol, dióxido de titânio.
Cada cápsula de Gynpro 200 mg contém:
progesterona micronizada | 200 mg |
excipiente q.s.p. | 1 cápsula |
Excipientes: óleo de amendoim, lecitina de soja. Componentes da cápsula: gelatina, glicerol, dióxido de titânio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
Via oral
Gynpro é indicado para o tratamento de:
- Distúrbios da ovulação2 relacionados à deficiência de progesterona, como dor e outras alterações do ciclo menstrual, amenorreia3 secundária e alterações benignas da mama4;
- Insuficiência5 lútea;
- Estados de deficiência de progesterona, na pré-menopausa6 e na reposição hormonal da menopausa6 como complemento à terapia com estrogênio.
Via vaginal
Gynpro é indicado para:
- Suporte de progesterona durante a insuficiência5 ovariana ou carência ovariana completa de mulheres com diminuição da função ovariana (doação de oócitos);
- Suplementação7 da fase lútea durante ciclos de fertilização8 in vitro ou ICSI (Injeção9 Intracitoplasmática de Espermatozoides10);
- Suplementação7 da fase lútea durante ciclos espontâneos ou induzidos, em caso de subfertilidade ou infertilidade11 primária ou secundária devido à anovulação12;
- Ameaça de aborto precoce ou prevenção de aborto devido à insuficiência5 lútea durante o primeiro
- trimestre.
Em todas as indicações a via vaginal pode ser utilizada para substituir a via oral, em casos de eventos adversos da progesterona (sonolência ou sensação de vertigem13 após a absorção oral).
RESULTADOS DE EFICÁCIA
A progesterona está disponível há mais de 50 anos desde que foi sintetizada e comercializada pela primeira vez. Ela tem sido utilizada no tratamento de vários distúrbios ginecológicos, como hiperplasia endometrial14, disfunção do ciclo menstrual, fase lútea inadequada, síndrome15 pré-menstrual e síndrome15 da menopausa6. Um estudo1 comparativo dos níveis séricos de progesterona micronizada entre a administração oral e vaginal foi realizado em sessenta voluntárias. As voluntárias foram divididas em dois grupos para receber a droga, um por via oral e outro por via vaginal. Os resultados demonstraram que não houve diferença significativa nas características gerais basais entre estes dois grupos. As análises sanguíneas dos níveis de estrogênio e de progesterona foram realizadas em todas as voluntárias antes e após a administração da droga. Os dados recolhidos a partir da experiência revelaram que os níveis séricos de progesterona atingidos pela administração oral (5,06 + / - 2,95 ng/ml) diferem significativamente (p <0,001) daqueles atingidos pela administração vaginal (8,26 + / - 4,09 ng/ml). Os dados também revelaram que os níveis séricos de progesterona, na administração oral de um grupo (4,23 + / - 2,68 ng/ml) não diferiram significativamente (p = 0,925) do outro grupo (4,15 + / - 3,40 ng/ml) quando o nível sérico de estrogênio foi inferior a 30 pg/ml. Por outro lado, quando o nível sérico de estrogênio foi de pelo menos 30 pg/ml, houve uma diferença significativa (p <0,005) dos níveis séricos de progesterona entre estes dois grupos (6,32 + / - 2,99 ng/ml para a via oral e 9,76 + / - 3,23 ng/ml para a via vaginal).1
Em outro estudo2, que envolveu oito mulheres com ciclos menstruais com três meses de intervalo e com
suspeita de síndrome15 de ovário16 policístico, o uso da progesterona natural micronizada de 100 mg pela manhã e 200 mg a noite por um período de sete dias induziu fluxo menstrual adequado e não alterou significativamente os níveis basais androgênicos17 e de 17-hidroprogesterona.
Referências bibliográficas:
- Choavaratana R, Manoch D. Efficacy of Oral Micronized Progesterone When Applied Via Vaginal Route. J. Med. Assoc. Thai 2004; 87(5): 455-8.
- Woods, Kelie S, et al. Effect of Oral Micronized Progesterone on Androgen Levels in Women with Polycystic Ovary Syndrome. Clinical Obstetrics and Gynecology, 1995; 38(4): 902-914.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Progesterona (G03DA04: sistema urogenital18 e hormônios sexuais).
Farmacodinâmica
As propriedades de Gynpro são similares às da progesterona endógena natural de modo especial: efeitos de gestágeno, antiestrogênio e antiandrogênio leve e antialdosterona.
Farmacocinética
– Via oral
Absorção: A progesterona micronizada é absorvida no trato gastrointestinal.
Os níveis de progesterona sanguínea aumentam a partir da primeira hora e picos plasmáticos são obtidos em uma a três horas após a administração.
Estudos farmacocinéticos realizados em voluntários demonstraram que, após a ingestão simultânea de duas cápsulas de 100 mg de progesterona, níveis médios plasmáticos de progesterona aumentaram de 0,13 ng/ml para 4,25 ng/ml após uma hora, para 11,75 ng/ml em duas horas, para 8,37 ng/ml em quatro horas, para 2 ng/ml em seis horas e para 1,64 ng/ml em oito horas.
De acordo com o tempo de distribuição do hormônio19 para os tecidos, a dosagem diária deveria ser dividida em duas doses com um intervalo de doze horas, para manter níveis efetivos e estáveis nas vinte e quatro horas do dia.
Há variações consideráveis entre indivíduos, ainda que um mesmo sujeito conserve as mesmas características farmacocinéticas durante um período de alguns meses, permitindo um bom ajuste de dosagem individual.
Metabolismo20: Os metabólitos21 plasmáticos principais são 20-hidroxi, 4-pregnenolona e 5-di hidroprogesterona.
Na urina22, 95% do produto é eliminado na forma de seus metabólitos21 glicuroconjugados incluindo o metabólito23 principal 3,5-pregnanodiol (pregnandiol). Os metabólitos21 plasmáticos e urinários são idênticos àqueles encontrados durante a secreção fisiológica24 do corpo lúteo ovariano.
– Via vaginal
Absorção: Após inserção vaginal, a progesterona é rapidamente absorvida pela mucosa25 vaginal, como mostrado pelo aumento nos níveis da progesterona plasmática a partir da primeira hora após a administração. Concentrações de pico de progesterona plasmática são alcançadas em duas a seis horas após aplicação e são obtidas concentrações médias durante 24 horas de 0,97 ng/mL após administração de 100 mg pela manhã e pela noite.
Esta dosagem média recomendada, consequentemente, induz concentrações plasmáticas fisiológicas26 estáveis de progesterona, similares àquelas observadas durante a fase lútea de um ciclo menstrual ovulatório normal. Pequenas variações nos níveis de progesterona entre indivíduos tornam possível predizer o efeito obtido com uma dose padrão.
Nas doses superiores a 200 mg por dia, são obtidas concentrações de progesterona similares às descritas durante o primeiro trimestre de gravidez27.
Metabolismo20: A concentração plasmática de 5-pregnenolona não é aumentada. A eliminação urinária é feita principalmente na forma de 3,5-pregnanodiol (pregnandiol) como mostrado pelo aumento progressivo em sua concentração (para uma concentração de pico de 142 ng/ml em seis horas).
Dados de segurança pré-clínica
Os dados provenientes de estudos pré-clínicos de segurança e toxicidade28 não revelaram qualquer risco para os humanos.
CONTRAINDICAÇÕES
- Câncer29 de mama4 ou dos órgãos genitais
- Sangramento genital não diagnosticado
- Acidente vascular cerebral30
- Doenças do fígado31
- Aborto incompleto
- Câncer29 do fígado31
- Doenças tromboembólicas
- Tromboflebite32 (formação ou presença de um coágulo33 sanguíneo)
- Porfiria34
- Hipersensibilidade e/ou alergia35 a qualquer um dos componentes da fórmula
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
- Este medicamento não trata todas as causas de aborto espontâneo precoce e, particularmente, não tem ação sobre abortos provenientes de transtornos genéticos (que correspondem a mais da metade das causas de aborto).
- O tratamento com Gynpro, por recomendação, não é um contraceptivo.
- Monitorar pacientes que apresentem alguma condição que possa ser agravada pela retenção de líquidos (distúrbios cardíacos ou renais), epilepsia36, depressão, diabetes37, cisto ovariano, disfunção hepática38, asma39 brônquica, intolerância a glicose40 ou enxaqueca41.
- Não é recomendável dirigir ou operar máquinas após a administração deste medicamento.
- A ingestão concomitante do medicamento com alimentos pode aumentar a biodisponibilidade da progesterona. Gynpro não deve ser administrado com alimentos.
Gravidez27 e Lactação42
Categoria de risco gestacional: A – Não há evidência de risco em mulheres. Estudos bem controlados não revelam problemas no primeiro trimestre de gravidez27 e não há evidências de problemas nos segundo e terceiro trimestres.
Em estudos controlados em mulheres grávidas, o fármaco43 não demonstrou risco para o feto44 no primeiro trimestre de gravidez27. Não há evidências de risco nos trimestres posteriores, sendo remota a possibilidade de dano fetal.
Este medicamento pode ser utilizado durante a gravidez27 desde que sob prescrição médica.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
O efeito da progesterona pode ser diminuído pelo uso concomitante de barbitúricos, carbamazepina, hidantoína ou rifampicina.
Gynpro pode aumentar os efeitos dos betabloqueadores, teofilina ou ciclosporina.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO
Cuidados de conservação
Gynpro deve ser conservado em temperatura ambiente (15°C a 30°C), em sua embalagem original.
Prazo de validade: 36 meses após a data de fabricação impressa no cartucho. Número do lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Depois de aberto, este medicamento pode ser utilizado dentro do prazo de validade estipulado. Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
- Gynpro 100 mg: cápsula mole oval, de coloração esbranquiçada, de odor característico.
- Gynpro 200 mg: cápsula mole oval, de coloração esbranquiçada, de odor característico.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
– Via oral
Recomenda-se que a administração seja feita com um copo d’água, longe das refeições (com o estômago45 vazio), preferencialmente à noite, antes de dormir.
- Na insuficiência5 de progesterona, a dose média é de 200 a 300 mg de progesterona micronizada por dia.
- Na insuficiência5 lútea (síndrome15 pré-menstrual, doença mamária benigna, menstruação46 irregular e pré- menopausa6) o regime de tratamento usual é de 10 dias por ciclo, habitualmente do 16º ao 25º dia, devendo ser usados 200 a 300 mg por dia, do seguinte modo:
- 200 mg em dose única antes de dormir;
- 300 mg divididos em duas doses, 100 mg duas horas após o desjejum e 200 mg à noite, ao deitar-se.
- Em terapia de reposição hormonal para menopausa6, a terapia estrogênica isolada não é recomendada pelo maior risco de hiperplasia endometrial14 (proliferação benigna do endométrio47 no útero48). Consequentemente, a progesterona é combinada em dose de 100 a 200 mg por dia, da seguinte forma:
- dose única de 100 mg à noite antes de dormir, de 25 a 30 dias por mês (neste caso, a maioria das pacientes pode não apresentar sangramento) ou;
- divididos em duas doses de 100 mg, 12 a 14 dias por mês, ou nas últimas duas semanas de cada sequência do tratamento ou;
- dose única de 200 mg à noite, antes de dormir, de 12 a 14 dias por mês, ou nas últimas duas semanas de cada sequência do tratamento.
Na dose de 200 mg é comum observar um sangramento de privação após o uso da progesterona.
Em todas as indicações, a via vaginal pode ser utilizada, nas mesmas dosagens da via oral, em casos de efeitos colaterais49 pelo uso da progesterona (sonolência após absorção oral).
– Via vaginal
Cada cápsula mole deve ser introduzida profundamente na vagina50.
- Suporte de progesterona durante a insuficiência5 ovariana ou carência ovariana completa de mulheres com diminuição da função ovariana (doação de oócitos).
O regime de tratamento (como um complemento para a terapia adequada de estrogênio) é o seguinte:- 200 mg de progesterona micronizada do 15º ao 25º dia do ciclo, em uma única dose ou divididos em duas doses de 100 mg e, em seguida;
- A partir do 26º dia do ciclo ou no caso de gravidez27, esta dose pode ser elevada para o máximo de 600 mg por dia divididos em 3 doses. Esta dosagem deverá ser continuada até o 60º dia e, portanto, não deve ser administrada após a 12ª semana de gravidez27.
- Suplementação7 da fase lútea durante ciclos de fertilização8 in vitro ou ICSI. A dosagem recomendada é de 600 a 800 mg por dia, divididos em três ou quatro doses (a cada 6h ou 8h), iniciados no dia da captação ou no dia da transferência, até a 12ª semana de gravidez27.
- Suplementação7 da fase lútea durante ciclos espontâneos ou induzidos, em caso de subfertilidade ou infertilidade11 primária ou secundária particularmente devido à anovulação12. A dosagem recomendada é de 200 a 300 mg por dia, divididos em duas doses, a partir do 16º dia do ciclo, durante 10 dias.
O tratamento será rapidamente reiniciado se a menstruação46 não ocorrer novamente e, sendo diagnosticada uma gravidez27, até a 12ª semana desta. - Ameaça de aborto precoce ou prevenção de aborto devido à insuficiência5 lútea.
A dose recomendada é de 200 a 400 mg por dia divididos em duas doses até a 12ª semana de gravidez27.
Este medicamento não pode ser partido, aberto ou mastigado.
REAÇÕES ADVERSAS
Reações muito comuns (> 1/10): fadiga51, edema52, dor de cabeça53, alterações no peso, alterações no apetite (diminuição ou perda), metrorragia54 (sangramento vaginal intenso), inchaço55 abdominal e período menstrual irregular. Sonolência pode ocorrer de 1 a 3 horas após a ingestão deste produto.
Nesse caso, a dose por ingestão deve ser reduzida ou readaptada (por exemplo, para uma dose diária de 200 mg, tomar os 200 mg em única ingestão ao dormir, longe das refeições), ou a via vaginal deve ser utilizada.
Reações incomuns (> 1/1.000 e ≤ 1/100): irritabilidade. Tontura56 pode ocorrer de 1 a 3 horas após a ingestão deste produto. Nesse caso, a dose por ingestão deve ser reduzida ou readaptada (por exemplo, para uma dose diária de 200 mg, tomar os 200 mg em única ingestão ao dormir, longe das refeições), ou a via vaginal deve ser utilizada.
Reações raras (> 1/10.000 e ≤ 1/1.000): náuseas57, hepatite58, insônia, depressão, cistite59, galactorreia60 (lactação42 excessiva ou inadequada), dor nas mamas61, acne62, aumento ou diminuição dos pelos corporais, cloasma63 (manchas escuras na face64), dor nas costas65, dor torácica, alterações visuais, dor nas pernas, e tromboflebite32. Reações alérgicas podem ocorrer devido à presença de óleo de amendoim e lecitina de soja (ex.: urticária66, reação alérgica67 generalizada).
Estudos clínicos não relataram a ocorrência de intolerâncias locais no uso vaginal.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema Vigimed, disponível no Portal da ANVISA.
SUPERDOSE
Não se dispõe até o momento de dados acerca da superdose.
Em caso de superdose, recomenda-se suspender o uso, tratamento sintomático68 e medidas de suporte e controle das funções vitais.
Em algumas pacientes a posologia habitual pode se revelar excessiva, seja devido à persistência ou ao reaparecimento de uma secreção endógena instável de progesterona, seja por uma sensibilidade particular ao produto. Nestes casos é conveniente avaliar a necessidade de diminuir a dose e/ou modificar o ritmo da administração de Gynpro.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS – 1.3564.0008
Farm. Resp.: Dra. Fernanda Cruvinel de Abreu - CRF/GO: 7199
Fabricado por:
Laboratórios León Farma S.A.
Polígono Industrial Navatejera c/ La Vallina, s/n 24008 Navatejera León, Espanha
Importado por:
Exeltis Laboratório Farmacêutico Ltda.
Rua 1015 nº 775 – St. Pedro Ludovico
CEP:74820-285 – Goiânia / GO
CNPJ: 19.136.432/0001-52
SAC 0800 607 5556