

Síbus (Bula do profissional de saúde)
EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Síbus®
cloridrato de sibutramina monoidratado
Cápsulas 10 mg ou 15 mg
Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Cápsula dura
Embalagens com 30 ou 60 cápsulas
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada cápsula de Síbus 10 mg contém:
cloridrato de sibutramina monoidratado (equivalente a 8,37 mg de sibutramina) | 10 mg |
excipiente q.s.p. | 1 cápsula |
Excipientes: lactose1 monoidratada, dióxido de silício, estearato de magnésio, celulose microcristalina.
Cada cápsula de Síbus 15 mg contém:
cloridrato de sibutramina monoidratado (equivalente a 12,55 mg de sibutramina) | 15 mg |
excipiente q.s.p. | 1 cápsula |
Excipientes: lactose1 monoidratada, dióxido de silício, estearato de magnésio, celulose microcristalina.
Alerta: ler atentamente a bula para informações detalhadas.
Esse medicamento é contraindicado em pacientes com índice de massa corpórea (IMC2) menor que 30 kg/m2;
Esse medicamento é contraindicado em pacientes com história de doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca congestiva3, taquicardia4 (aumento da frequência cardíaca), doença arterial obstrutiva periférica, arritmia5 ou doença cerebrovascular6 e pacientes com histórico de diabetes mellitus7 tipo 2 com pelo menos um outro fator de risco8, mas sem histórico de doença de artérias9 coronarianas, doença cerebrovascular6, ou doença vascular periférica10 preexistente;
Em um estudo conduzido após aprovação do produto, com 10.744 pacientes com sobrepeso11 ou obesos, 55 anos de idade ou mais, com alto risco cardiovascular, tratados com sibutramina, observou-se aumento de 16% no risco de infarto do miocárdio12 não fatal, acidente vascular cerebral13 não fatal, parada cardíaca ou morte cardiovascular comparados com placebo14 [taxa de risco de 1,162 (IC95% 1,029, 1,311; p=0,015)].
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE15
INDICAÇÕES
Síbus® é indicado como terapia adjuvante como parte de um programa de gerenciamento de peso para pacientes16 obesos com um índice de massa corpórea (IMC2) maior ou igual a 30 kg/m2.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Em um estudo com duração de dois anos, avaliou-se a manutenção do peso em 605 pacientes com um IMC2 de 30–45 kg/m2, os quais receberam dieta com redução de calorias17, aconselhamento de exercícios físicos e modificação comportamental. Durante seis meses, em fase aberta, quando todos os pacientes receberam diariamente 10 mg de sibutramina, 94% dos pacientes conseguiram perda de peso ≥ 5%. A média de perda de peso foi 11,9 kg. Pacientes que conseguiram perda de peso ≥ 5% durante esta fase, foram randomizados para uma fase adicional de 18 meses de estudo duplo-cego18 e placebo14-controlado.
Durante esta fase, os médicos tiveram a opção de aumentar a dose de sibutramina ou placebo14 para 15 mg ou 20 mg se ocorresse a recuperação do peso.
Após 2 anos de tratamento, 69% dos pacientes tratados com sibutramina (comparados a 42% com placebo14) mantiveram pelo menos 5% de redução de peso, enquanto 46% dos pacientes tratados (comparados a 20% com placebo14) mantiveram pelo menos 10% de redução de peso. Também após 2 anos, cerca de 43% dos pacientes tratados com sibutramina mantiveram 80% ou mais de sua perda de peso original (i.e., sua perda de peso em 6 meses) comparado a 16% com placebo14. A perda de peso média foi de 11 kg para pacientes16 com sibutramina e 6 kg para pacientes16 com placebo14.
W Philip T James, et al. Effect of sibutramine on weight maintenance after weight loss: a randomized trial. STORM Study Group. Sibutramine Trial of Obesity Reduction and Maintenance. LANCET 2000;356: 2119-25.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
O cloridrato de sibutramina monoidratado) é administrado via oral para o tratamento da obesidade19 (E66), sendo identificado quimicamente como uma mistura racêmica20 dos enantiômeros (+) e (-) do cloridrato de 1-(4-clorofenil)-N,N-dimetil-α-(2-metilpropil)-ciclobutanometanomina monoidratado. Sua fórmula empírica é C17H29Cl2NO. Seu peso molecular é 334,33. É um pó cristalino21, branco a branco leitoso, com solubilidade 2,9 mg/mL em água com pH 5,2. Seu coeficiente de separação em octanol-água é de 30,9 em pH 5,0.
Mecanismo de ação:
A sibutramina exerce seus efeitos terapêuticos através da inibição da recaptação da noradrenalina22, serotonina e dopamina23. A sibutramina e seus principais metabólitos24 farmacologicamente ativos (M1 e M2) não agem através da liberação de monoaminas.
Farmacodinâmica:
A sibutramina exerce suas ações farmacológicas predominantemente através de seus metabólitos24 amino secundário (M1) e primário (M2), que são inibidores da recaptação de noradrenalina22, serotonina (5-hidroxitriptamina, 5-HT) e dopamina23. O composto de origem, a sibutramina, é um potente inibidor da recaptação de serotonina. Em tecido25 cerebral humano, M1 e M2 inibem também a recaptação de dopamina23 in vitro, mas com uma potência três vezes mais baixa do que a inibição da recaptação de serotonina ou noradrenalina22. Amostras plasmáticas obtidas de voluntários tratados com sibutramina causaram inibição significativa tanto da recaptação de noradrenalina22 (73%) quanto da recaptação de serotonina (54%), mas sem inibição significativa da recaptação da dopamina23 (16%).
A sibutramina e seus metabólitos24 (M1 e M2) não são agentes liberadores de monoaminas e também não são IMAOs. Eles não apresentam afinidade para um grande número de receptores de neurotransmissores, incluindo os receptores serotoninérgicos (5-HT1 , 5-HT1A, 5-HT1B, 5-HT2A, 5-HT2C), adrenérgicos26 (β1 , β2 , β3 , α1 e α2), dopaminérgicos (D1 e D2), muscarínicos, histaminérgicos (H1), benzodiazepínicos e glutamato (NMDA). Em modelos experimentais em animais utilizando ratos magros em crescimento e obesos, a sibutramina produziu uma redução no ganho de peso corporal. Acredita-se que isto tenha resultado de um impacto sobre a ingestão de alimentos, isto é, do aumento da saciedade, mas a termogênese aumentada também contribuiu para a perda de peso. Demonstrou-se que estes efeitos foram mediados pela inibição da recaptação de serotonina e noradrenalina22.
Farmacocinética:
A sibutramina é bem absorvida e sofre extenso metabolismo27 de primeira passagem. Os níveis plasmáticos máximos (Cmáx) foram obtidos 1,2 horas após uma única dose oral de 20 mg de cloridrato de sibutramina monoidratado, e a meia- vida do composto principal é de 1,1 horas.
Os metabólitos24 farmacologicamente ativos M1 e M2 atingem Cmáx em 3 horas, com meia-vida de eliminação de 14 e 16 horas, respectivamente.
Foi demonstrada uma cinética28 linear nas doses entre 10 a 30 mg, sem qualquer alteração dose-dependente na meia-vida de eliminação, mas com um aumento nas concentrações plasmáticas proporcional à dose.
Sob doses repetidas, as concentrações no estado de equilíbrio dos metabólitos24 M1 e M2 são alcançadas dentro de quatro dias, com um acúmulo de aproximadamente o dobro.
A farmacocinética da sibutramina e seus metabólitos24 em indivíduos obesos é semelhante àquela observada em indivíduos de peso normal.
O índice de ligação às proteínas29 plasmáticas da sibutramina e seus metabólitos24 M1 e M2 é de 97%, 94% e 94%, respectivamente. O metabolismo27 hepático é a principal via de eliminação da sibutramina e de seus metabólitos24 ativos M1 e M2.
Outros metabólitos24 (inativos) M5 e M6 são excretados principalmente através da urina30, com urina30: fezes de 10:1. Estudos com microssomos hepáticos in vitro mostraram que o CYP3A4 é a principal isoenzima do sistema citocromo P450 responsável pelo metabolismo27 da sibutramina. ln vitro não houve indicação de uma afinidade com CYP2D6, que possui uma baixa capacidade enzimática, estando envolvido em interações farmacocinéticas com várias substâncias. Outros estudos in vitro mostraram que a sibutramina não apresenta efeito significativo sobre a atividade das principais isoenzimas P450, incluindo CYP3A4. Foi demonstrado que as enzimas do citocromo P450 envolvidas no posterior metabolismo27 do metabólito31 2 (in vitro) são CYP3A4 e CYP2C9. Embora não existam dados até o momento, é provável que o CYP3A4 também esteja envolvido no posterior metabolismo27 do metabólito31 M1 .
CONTRAINDICAÇÕES
Síbus® é contraindicado para uso por:
- Pacientes com histórico de diabetes mellitus7 tipo 2 com pelo menos 1 outro fator de risco8, isto é, hipertensão32 controlada por medicação, dislipidemia, prática atual do tabagismo ou nefropatia33 diabética com evidência de microalbuminúria34;
- Pacientes com história de doença arterial coronariana (angina35, história de infarto do miocárdio12), insuficiência cardíaca congestiva3, taquicardia4, doença arterial obstrutiva periférica, arritmia5 ou doença cerebrovascular6 (acidente vascular cerebral13 ou ataque isquêmico36 transitório - TIA);
- Pacientes com hipertensão32 controlada inadequadamente (> 145/90 mmHg) (ver item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES);
- Pacientes com história ou presença de transtornos alimentares, como bulimia37 e anorexia38;
- Pacientes recebendo outros medicamentos de ação central para a redução de peso ou tratamento de transtornos psiquiátricos;
- Pacientes recebendo inibidores da monoaminoxidase39 (IMAO40). É recomendado um intervalo de pelo menos duas semanas após a interrupção dos IMAOs antes de iniciar o tratamento com sibutramina (ver item 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS);
Síbus® é contraindicado a pacientes com índice de massa corpórea (IMC2) menor que 30 kg/m2.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com hipersensibilidade à sibutramina ou a qualquer outro componente da fórmula.
Este medicamento é contraindicado para uso por crianças, adolescentes e idosos acima de 65 anos.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Pressão Arterial41 e Frequência Cardíaca: A sibutramina aumenta substancialmente a pressão arterial41 e/ou frequência cardíaca em alguns pacientes. A monitorização da pressão arterial41 e frequência cardíaca é necessária durante o tratamento com sibutramina.
Nos primeiros 3 meses de tratamento, a pressão arterial41 e a frequência cardíaca devem ser verificadas a cada 2 semanas. Entre 4 e 6 meses estes parâmetros devem ser verificados uma vez por mês e em seguida, periodicamente, a intervalos máximos de 3 meses. O tratamento deve ser descontinuado em pacientes que tenham um aumento, após duas medições consecutivas, da frequência cardíaca de repouso de ≥ 10 bpm ou pressão arterial sistólica42/diastólica de ≥ 10 mmHg. Em pacientes hipertensos bem controlados, se a pressão arterial41 exceder a 145/90 mmHg em duas leituras consecutivas, o tratamento deve ser descontinuado (ver item 9. REAÇÕES ADVERSAS).
Em pacientes com a síndrome43 da apneia44 do sono, cuidados especiais devem ser tomados na monitorização da pressão arterial41.
Glaucoma45: A sibutramina deve ser utilizada com cautela por pacientes com glaucoma45.
Hipertensão32 Pulmonar: Embora a sibutramina não tenha sido associada à hipertensão32 pulmonar, determinados agentes redutores de peso de ação central que causam a liberação de serotonina nas terminações nervosas (mecanismo de ação diferente da sibutramina) foram associados à hipertensão32 pulmonar.
Distúrbios Psiquiátricos: Casos de psicose46, mania, ideação suicida e suicídio foram relatados em pacientes tomando sibutramina. Se estes eventos ocorrerem, o tratamento com sibutramina deve ser descontinuado.
Casos de depressão foram relatados em pacientes tomando sibutramina. Se este evento ocorrer durante o tratamento com sibutramina, a descontinuação deve ser considerada.
Epilepsia47: Síbus® deve ser utilizado com cautela por pacientes com epilepsia47.
Disfunção Renal48: A sibutramina deve ser utilizada com cautela em pacientes com insuficiência renal49 leve a moderada. A sibutramina não deve ser utilizada em pacientes com insuficiência renal49 grave, incluindo pacientes com insuficiência renal49 em estágio avançado e que realizam diálise50 (ver item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS - Farmacocinética).
Disfunção Hepática51: Síbus® deve ser usado com cautela em pacientes com disfunção hepática51 leve a moderada. A sibutramina não deve ser usada em pacientes com disfunção hepática51 grave.
Distúrbios Hemorrágicos52: Em comum com outros agentes que inibem a recaptação de serotonina (por exemplo, sertralina e fluoxetina), existe um risco potencial no aumento de hemorragias53 em pacientes tomando sibutramina.
A sibutramina deve ser usada com cautela em pacientes com predisposição a hemorragias53 e aqueles que tomam concomitantemente medicamentos conhecidos por afetar a hemostasia54 e função plaquetária.
Interferência com o Desempenho Motor e Cognitivo55: Embora a sibutramina não afete o desempenho psicomotor56 e cognitivo55 em voluntários sadios, qualquer medicamento de ação no SNC57 pode prejudicar julgamentos, pensamentos ou habilidade motora.
Outras: Causas orgânicas de obesidade19 (como por exemplo, hipotireoidismo58 não tratado) devem ser excluídas antes da prescrição de Síbus®.
Abuso: Embora os dados clínicos disponíveis não tenham evidenciado abuso com a sibutramina, os pacientes devem ser monitorados cuidadosamente quanto a antecedentes de abuso de drogas e observados quanto a sinais59 de uso inadequado ou abuso.
Cuidados e advertências para populações especiais
Sexo: Os dados disponíveis até o momento são relativamente limitados e não fornecem evidências de uma diferença clinicamente relevante na farmacocinética em homens e mulheres.
Uso em Crianças: A sibutramina não deve ser usada em crianças e adolescentes (ver item 4.CONTRAINDICAÇÕES).
Pacientes idosos: Embora o perfil farmacocinético observado em indivíduos idosos sadios (idades entre 61 a 77 anos) não mostre diferenças que possam ser de relevância clínica em comparação ao observado em indivíduos sadios mais jovens, Síbus® é contraindicado em pacientes com idade superior a 65 anos (ver item 4. CONTRAINDICAÇÕES).
Insuficiência Renal49: Estudou-se a distribuição dos metabólitos24 de sibutramina M1, M2, M5 e M6 em pacientes com diferentes graus de insuficiência renal49. Este procedimento não foi realizado para a sibutramina.
A área sobre a curva (ASC) dos metabólitos24 ativos M1 e M2, em geral, não foi afetada pela presença de disfunção renal48. Em pacientes com insuficiência renal49 avançada que realizam diálise50, a ASC do metabólito31 M2 era metade da apresentada por pacientes normais (CLcr ≥ 80 mL/min). A ASC dos metabólitos24 inativos M5 e M6 aumentou 2 a 3 vezes na presença de disfunção moderada (30 mL/min ≤ CLcr ≤ 60 mL/min), 8 a 11 vezes em pacientes com disfunção grave (CLcr ≤ 30 mL/min) e 22 a 33 vezes em pacientes com disfunção renal48 em estágio avançado e que realizam diálise50, quando comparados com indivíduos sadios. Aproximadamente 1% da dose oral é encontrada no dialisado, associado aos metabólitos24 M5 e M6 durante o processo de hemodiálise60. Os metabólitos24 M1 e M2 não são encontrados no dialisado.
A sibutramina deve ser utilizada com cautela em pacientes com insuficiência renal49 leve a moderada. A sibutramina não deve ser usada em pacientes com insuficiência renal49 grave, incluindo pacientes em estágio avançado e que realizam diálise50.
Insuficiência Hepática61: Em indivíduos com insuficiência hepática61 moderada, a biodisponibilidade dos metabólitos24 ativos foi 24% mais elevada após dose única de sibutramina.
A sibutramina deve ser utilizada com cautela em pacientes com insuficiência hepática61 leve a moderada. A sibutramina não deve ser usada em pacientes com insuficiência hepática61 grave.
Este medicamento pode causar doping.
Gravidez62 e Lactação63
Embora os estudos em animais tenham mostrado que a sibutramina não é teratogênica64, a segurança do seu uso durante a gestação humana não foi estabelecida e, por esta razão, o emprego de Síbus® durante a gestação não é recomendado.
Mulheres com potencial para engravidar devem empregar medidas de contracepção65 adequadas durante o tratamento com Síbus®. As pacientes devem ser advertidas a notificar o médico se engravidarem ou se pretenderem engravidar durante o tratamento.
Categoria de risco na gravidez62: C – Não há estudos adequados em mulheres. Em experiências animais ocorreram alguns efeitos colaterais66 no feto67, mas o benefício do produto pode justificar o risco potencial durante a gravidez62.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Amamentação68: Não é conhecido se a sibutramina ou seus metabólitos24 são excretados no leite materno, portanto, o emprego de Síbus® durante a lactação63 não é recomendado. A paciente deverá notificar seu médico se estiver amamentando.
Estudo SCOUT:
SCOUT foi um estudo randomizado69, duplo cego, controlado por placebo14, com fase cega inicial pré-randomização (período introdutório ou de lead in). O estudo foi conduzido após a aprovação da sibutramina, como um compromisso assumido frente às autoridades regulatórias europeias.
No estudo foram incluídos 10.744 pacientes (dos quais foram randomizados 9.805) com sobrepeso11 ou obesos, 55 anos de idade ou mais, com alto risco de eventos cardiovasculares (sendo a maioria contraindicados a receber o tratamento com sibutramina). No estudo, pacientes com alto risco cardiovascular foram tratados com sibutramina apesar da perda de peso inadequada, o que é inconsistente com as instruções de uso.
Os pacientes incluídos no estudo foram agrupados em 1 de 3 grupos de risco cardiovascular segundo as seguintes definições:
- “Diabetes Mellitus7 (DM) Apenas" - participantes com histórico de DM Tipo 2 com pelo menos 1 outro fator de risco8 (i.e., hipertensão32 controlada por medicação, dislipidemia, prática atual do tabagismo, nefropatia33 diabética com evidência de microalbuminúria34), mas sem histórico de doença de artérias9 coronarianas, doença cerebrovascular6, ou doença vascular periférica10 preexistente;
- “CV Apenas” - participantes com um histórico de doença de artérias9 coronarianas, doença cerebrovascular6, ou doença oclusiva arterial periférica preexistentes, mas sem histórico de diabetes mellitus7 tipo 2 com pelo menos um outro fator de risco8;
- “CV + DM” - participantes com um histórico preexistente de doença de artérias9 coronarianas, doença cerebrovascular6, ou doença arterial oclusiva periférica, e histórico de diabetes mellitus7 tipo 2 com pelo menos um outro fator de risco8.
Nos indivíduos tratados com sibutramina, observou-se aumento de 16% no risco de infarto do miocárdio12 não fatal, acidente vascular cerebral13 não fatal, parada cardíaca ou morte cardiovascular (561/4906, 11,4%), comparados com indivíduos tratados com placebo14 (490/4898, 10,0%) [taxa de risco 1,162 (IC 95% 1,029, 1,311); p=0,015]. Não houve diferença significativa na incidência70 de morte CV ou mortalidade71 por todas as outras causas entre os grupos de tratamento.
Os resultados de segurança do estudo SCOUT estão disponíveis na seguinte referência bibliográfica: Data Information Package For: Sibutramine Cardiovascular OUTcomes (SCOUT) Study.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Substâncias de ação sobre o SNC57: o uso de Síbus® é contraindicado em pacientes que usam concomitantemente outras drogas de ação no SNC57 para redução de peso ou tratamento de distúrbios psiquiátricos (ver item 4. CONTRAINDICAÇÕES).
Inibidores da monoaminoxidase39 (IMAOs): o uso concomitante de Síbus® com inibidores da monoaminoxidase39 (IMAOs) é contraindicado. Deve haver um intervalo mínimo de 2 semanas após interrupção dos IMAOs antes de iniciar o tratamento com sibutramina (ver item 4. CONTRAINDICAÇÕES).
Síndrome serotoninérgica72: o uso simultâneo de várias drogas que aumentam os níveis de serotonina no cérebro73, pode originar a síndrome43 de serotonina. A síndrome43 de serotonina ocorre raramente em casos com utilização simultânea de um inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS) com certas drogas indicadas para o tratamento de migrânea74, com certos opioides ou em casos de uso simultâneo de dois ISRS.
Como a sibutramina inibe a recaptação de serotonina, não deve ser usada concomitantemente com outras drogas que também aumentem os níveis de serotonina no cérebro73.
Substâncias que podem aumentar a pressão arterial41 e/ou a frequência cardíaca: o uso concomitante de sibutramina e outros agentes que podem aumentar a pressão arterial41 e/ou a frequência cardíaca não foi sistematicamente avaliado. Esses agentes incluem determinados medicamentos descongestionantes, antitussígenos, antigripais e antialérgicos que contêm substâncias como a efedrina ou pseudoefedrina.
Deve-se ter cautela quando prescrever Síbus® a pacientes que utilizam esses medicamentos.
Substâncias inibidoras do metabolismo27 do citocromo P450 (3A4): a administração concomitante de inibidores enzimáticos tais como o cetoconazol, a eritromicina e a cimetidina podem aumentar as concentrações plasmáticas da sibutramina. Recomenda-se cautela na administração concomitante da sibutramina com outros inibidores enzimáticos CYP3A4.
Álcool: a administração concomitante de dose única de sibutramina com álcool não resultou em interações com alterações adicionais do desempenho psicomotor56 ou funções cognitivas. Entretanto, o uso concomitante de álcool com Síbus® não é recomendado.
Contraceptivos orais: a sibutramina não afeta a eficácia dos contraceptivos orais.
Alterações laboratoriais: aumentos reversíveis das enzimas hepáticas75.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar em temperatura ambiente (15–30°C). Proteger da umidade.
O prazo de validade deste medicamento é de 24 meses a partir da data da fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Síbus® 10 mg: cápsula gelatinosa de cor azul e creme contendo pó branco a levemente creme, isento de partículas estranhas.
Síbus® 15 mg: Cápsula gelatinosa de cor azul e branca contendo pó branco a levemente creme, isento de partículas estranhas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
A dose inicial recomendada é de 1 cápsula de 10 mg por dia, administrada por via oral, pela manhã, com ou sem alimentação, engolida por inteiro com líquido (um copo de água).
Se o paciente não perder pelo menos 2 kg nas primeiras 4 semanas de tratamento, deve-se considerar a reavaliação do tratamento, que pode incluir um aumento da dose para 15 mg ou a descontinuação da sibutramina.
O tratamento deve ser descontinuado em pacientes que não responderem a terapia de perda de peso após 4 semanas de tratamento com dose diária de 15 mg (definido como menos que 2 kg).
No caso de titulação da dose, deve-se levar em consideração os índices de variação da frequência cardíaca e da pressão arterial41 (ver item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Doses acima de 15 mg ao dia não são recomendadas.
A sibutramina deve ser somente administrada por período de até 2 anos.
O tratamento deve ser descontinuado em pacientes que não atingirem a perda de peso adequada, por exemplo, aqueles cuja a perda de peso se estabiliza em menos de 5% do peso inicial ou cuja a perda de peso após 3 meses do início da terapia for menos que 5% do peso inicial.
O tratamento deve ser descontinuado em pacientes que readquirirem 3 kg ou mais após a perda de peso adquirida anteriormente.
Em pacientes com condições de comorbidade76 associada, é recomendado que o tratamento com sibutramina somente seja mantido se a indução da perda de peso estiver associada com outros benefícios clínicos.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
REAÇÕES ADVERSAS
Reações Durante Estudos Clínicos
A maior parte dos efeitos adversos relatados ocorreu no início do tratamento com sibutramina (durante as primeiras quatro semanas). Sua gravidade e frequência diminuíram no decorrer do tempo. Os efeitos, em geral, não foram graves, não levaram a descontinuação do tratamento e foram reversíveis. Os efeitos adversos observados nos estudos clínicos de Fase II/III conduzidos com sibutramina são relacionados a seguir (muito comuns > 1/10; comuns > 1/100 e ≤ 1/10):
Reação muito comum (>1/10): constipação77, boca78 seca e insônia.
Reação comum (> 1/100 e ≤ 1/10): taquicardia4, palpitações79, aumento da pressão arterial41/hipertensão32, vasodilatação (ondas de calor), náuseas80, piora da hemorroida, delírios/tonturas81, parestesia82, cefaleia83, ansiedade, sudorese84 e alterações do paladar85.
Aumento da Pressão Arterial41 e Frequência Cardíaca em Estudos Clínicos Pré-comercialização
Foram observados um aumento médio da pressão arterial sistólica42 e diastólica de repouso na variação entre 2 a 3 mmHg e aumento médio na frequência cardíaca de 3 a 7 batimentos por minuto. Aumento superior da pressão arterial41 e da frequência cardíaca foi observado em alguns pacientes.
Aumentos clinicamente relevantes na pressão sanguínea e frequência cardíaca tendem a ocorrer no início do tratamento (nas primeiras 4 a 12 semanas). A terapia deve ser descontinuada nestes casos (ver item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Reações Observadas nos Estudos de Fase IV ou na Farmacovigilância Pós-Comercialização
Os eventos adversos clinicamente relevantes observados nos estudos clínicos e de obesidade19 durante o período pós-comercialização são listados abaixo:
- Sistema hematológico e linfático86: trombocitopenia87.
- Sistema imunológico88: foram relatadas reações de hipersensibilidade alérgica variando desde leves erupções cutâneas89 e urticária90 até angioedema91 e anafilaxia92.
- Transtornos psiquiátricos: foram relatados casos de psicose46, mania, ideias suicidas e suicídio em pacientes tratados com sibutramina. Se algum destes eventos ocorrer com o tratamento de sibutramina, o medicamento deverá ser descontinuado.
Casos de depressão foram observados em pacientes tratados com sibutramina. Se este evento ocorrer durante o tratamento com sibutramina, deve-se considerar a descontinuação do tratamento.
- Sistema nervoso93: convulsões e alteração transitória de memória recente.
- Distúrbios oculares: turvação visual.
- Distúrbios cardíacos: fibrilação atrial.
- Sistema gastrintestinal: diarreia94 e vômitos95.
- Pele e tecido subcutâneo96: alopécia97, erupções cutâneas89 e urticária90.
- Rins98/Alterações urinárias: retenção urinária99 e nefrite100 intersticial101 aguda.
- Sistema reprodutor: ejaculação102 anormal (orgasmo), impotência103, distúrbios do ciclo menstrual, metrorragia104.
- Alterações Laboratoriais: aumentos reversíveis das enzimas hepáticas75.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa"
SUPERDOSE
A experiência de superdose com sibutramina é limitada.
Os efeitos adversos comumente associados à superdose são taquicardia4, hipertensão32, cefaleia83 e tontura105.
O tratamento deve consistir no emprego de medidas gerais para o manuseio da superdose: monitorização respiratória (caso haja necessidade), monitorização cardíaca e dos sinais vitais106, além das medidas gerais de suporte.
Os estudos realizados em pacientes com insuficiência renal49 em estágio avançado e que realizam diálise50 demonstraram que a hemodiálise60 não altera significativamente a quantidade eliminada de metabólitos24 da sibutramina.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações de como proceder.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
O ABUSO DESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR DEPENDÊNCIA
M.S.: 1.0043.0983
Farm. Resp. Subst: Dra. Ivanete A. Dias Assi - CRF-SP 41.116
Fabricado por:
EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A.
Rod. Pres. Castello Branco, Km 35,6 - Itapevi - SP
Registrado por:
EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A.
Av. Vereador José Diniz, 3.465 - São Paulo - SP
CNPJ: 61.190.096/0001-92
Indústria Brasileira
SAC 0800 734 3876
