
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS AMPLICTIL
ASSOCIAÇÕES CONTRA-INDICADAS:
Levodopa: antagonismo recíproco da levodopa e dos neurolépticos1. Em caso de síndrome2 extrapiramidal induzida pelos neurolépticos1, não tratar o paciente com levodopa (os receptores dopaminérgicos são bloqueados pelos neurolépticos1), mas utilizar um anticolinérgico.
Nos parkinsonianos tratados pela levodopa, em caso de necessidade de tratamento por neurolépticos1, não é lógico continuar a terapia com levodopa, pois isso pode agravar as alterações psicóticas e a droga não pode agir sobre os receptores bloqueados pelos neurolépticos1.
ASSOCIAÇÕES DESACONSELHADAS:
Àlcool: os efeitos sedativos dos neurolépticos1 são acentuados pelo álcool. A alteração da vigilância pode se tornar perigosa na condução de veículos e operação de máquinas. Evitar o uso de bebidas alcoólicas e de medicamentos contendo álcool em sua composição.
Lítio: síndrome2 confusional, hipertonia3, hiper-reflexia provavelmente por causa do aumento rápido da litemia.
Sultoprida: risco aumentado de alterações do ritmo ventricular por adição dos efeitos eletrofisiológicos.
ASSOCIAÇÕES QUE NECESSITAM DE CUIDADOS:
Antidiabéticos: em doses elevadas (100 mg/dia de clorpromazina) pode ocorrer elevação da glicemia4 (diminuição da liberação de insulina5). Alertar o paciente e reforçar a autovigilância sangüínea e urinária. Eventualmente, adaptar a posologia do antidiabético durante o tratamento com neurolépticos1 e depois da sua interrupção.
Gastrointestinais de ação tópica (óxidos e hidróxidos de magnésio, de alumínio e de cálcio): diminuição da absorção gastrintestinal dos neurolépticos1 fenotiazínicos. Administrar os medicamentos gastrointestinais e neurolépticos1 com intervalo de mais de 2 horas entre eles.
ASSOCIAÇÕES A SEREM CONSIDERADAS:
Anti-hipertensivos: efeito hipotensor e aumento do risco de hipotensão6 ortostática (efeito aditivo).
Atropina e outras substâncias atropínicas: antidepressivos imipramínicos, anti-histamínicos H1 sedativos, antiparkinsonianos anticolinérgicos, antiespasmódicos atropínicos, disopiramida: adição dos efeitos indesejáveis atropínicos , como retenção urinária7, obstipação8 intestinal, secura da boca9.
Outros depressores do sistema nervoso central10: antidepressivos sedativos, derivados morfínicos (analgésicos11 e antitussigenos), anti-histamínicos H1 sedativos, barbitúricos, ansiolíticos, clonidina e compostos semelhantes, hipnóticos, metadona e talidomida: aumento da depressão central. A alteração da vigilância pode se tornar perigosa na condução de veículos e operação de máquinas.
Guanetidina: inibição do efeito anti-hipertensivo da guanetidina (inibição da penetração da droga no seu local de ação, a fibra simpática).