PRECAUÇÕES DIABINESE
Gerais
Hipoglicemia1: todas as sulfoniluréias2 são capazes de produzir hipoglicemia1 severa. Seleção de pacientes, posologia e administração adequada são importantes para evitar casos de hipoglicemia1.
Insuficiência renal3 ou hepática4 pode causar níveis sanguíneos elevados de clorpropamida5, sendo que esta também diminui a capacidade de gliconeogênese6, podendo aumentar ainda o risco de sérias reações hipoglicêmicas. Pacientes idosos, debilitados ou desnutridos, e aqueles com insuficiência7 supra-renal8 ou pituitária, são particularmente suscetíveis à ação hipoglicêmica das drogas redutoras de glicose9. A hipoglicemia1 pode ser difícil de ser reconhecida em idosos e em pessoas sob drogas bloqueadoras beta-adrenérgicas. A hipoglicemia1 comumente ocorre quando da deficiência de ingestão calórica, após exercícios intensos e prolongados, durante ingestão alcoólica ou quando for administrada mais de uma droga redutora de glicose9.
Devido à longa meia-vida da clorpropamida5, pacientes que se tornam hipoglicêmicos durante o tratamento com Diabinese® precisam de uma cuidadosa supervisão da posologia e intervalos curtos de alimentação no mínimo por três a cinco dias. Hospitalização e glicose9 intravenosa podem ser necessárias.
Perda do controle da glicemia10: quando um paciente diabético estabilizado sob qualquer tratamento expuser-se a condições tais como febre11, trauma, infecção12 ou cirurgia, poderá haver perda do controle da glicemia10. Em tais casos será necessário interromper o uso de Diabinese® e administrar insulina13.
Com o passar do tempo, a eficácia de qualquer hipoglicemiante14 oral diminui em muitos pacientes, inclusive com Diabinese®, o que pode ser devido à progressão da doença ou diminuição de resposta à droga. Esse fenômeno é considerado como falha secundária para diferenciá-lo da falha primária, na qual a droga é ineficaz num paciente individual quando a mesma é administrada pela primeira vez.
Informação ao Paciente: O paciente deve ser informado dos potenciais riscos e vantagens de Diabinese® e tratamentos alternativos. Deve ser também orientado sobre a importância da dieta, dos exercícios regulares e dos exames de dosagem de açúcar15 no sangue16 e urina17. O risco de hipoglicemia1, seus sintomas18 e tratamento, e condições que predispõem ao seu desenvolvimento, devem ser explicados ao paciente e responsáveis familiares. As falhas primária e secundária devem também ser informadas. O paciente deve ser instruído a procurar imediatamente seu médico se houver quaisquer sintomas18 de hipoglicemia1 ou outras reações adversas.
Efeitos sobre a Habilidade para Dirigir e Operar Máquinas
O efeito de Diabinse® sobre a habilidade de dirigir e operar máquinas não foi estudado.
Entretanto, não há evidência que sugira que Diabenese® possa afetar essas habilidades.
Testes Laboratoriais
Exames de açúcar15 no sangue16 e urina17 devem ser feitos periodicamente. A dosagem de hemoglobina glicosilada19 pode ser útil.
Carcinogênese, mutagênese, distúrbios de fertilidade
Estudos de toxicidade20 crônica foram realizados em cães e ratos. Os cães foram tratados por seis, treze ou vinte meses com doses de Diabinese® vinte vezes maiores do que para humanos, não tendo apresentado grandes alterações histológicas21 ou patológicas. Após o tratamento com 100mg/kg de Diabinese®, por vinte meses, um cão não apresentou alterações histopatológicas hepáticas22. Os ratos, tratados continuamente por seis a doze meses, apresentaram vários graus de inibição de espermatogênese, em altas doses (até 125mg/kg). O grau de inibição pareceu ocorrer logo após o retardo no crescimento, quando se administraram doses altas de Diabinese® em ratos por tempo prolongado.
Uso na gravidez23
Efeitos teratogênicos24: Não foram realizados estudos de reprodução25 animal com Diabinese®.
Também não se sabe quando Diabinese® pode causar distúrbio fetal quando administrado na gravidez23, ou se pode afetar a capacidade de reprodução25. Diabinese® só deve ser administrado durante a gestação se for realmente necessário. Uma vez que informações recentes sugerem que os níveis de alteração de açúcar15 no sangue16 durante a gravidez23 estão associados a uma maior incidência26 de irregularidades congênitas27, muitos especialistas recomendam o uso da insulina13 durante a gravidez23 para manter os níveis glicêmicos tão próximos do normal quanto possível.
Efeitos não teratogênicos24: Hipoglicemia1 severa prolongada (4 a 10 dias) tem sido relatada em recém-nascidos de mães que receberam sulfoniluréias2 na época do parto. Isto tem sido mais frequentemente relatado com o uso de agentes com meia-vidas prolongadas. Se Diabinese® for usado durante a gravidez23, o mesmo deverá ser descontinuado pelo menos um mês antes da data esperada do parto.
Uso em lactantes28
Uma análise da composição de duas amostras de leite materno, tiradas cinco horas após ingestão de 500mg de clorpropamida5 por uma paciente, revelou uma concentração de 5 mcg/ml. Para referência, o pico sanguíneo normal após a ingestão de uma única dose de 250mg de clorpropamida5 é de 30 mcg/ml. Portanto, não se recomenda que a mulher amamente enquanto estiver tomando a medicação.
Uso em crianças
Ainda não foram estabelecidas eficácia e segurança de Diabinese® em crianças.