POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO DOLOXENE-A CÁPSULAS

Atualizado em 24/05/2016
o napsilato de propoxifeno é administrado por via oral. A dose usual de napsilato de propoxifeno para adultos é de 1 cápsula de 4 em 4 horas. A dose diária máxima recomendada é de 600 mg de napsilato de propoxifeno. Superdosagem: as providências iniciais a serem tomadas referem-se aos efeitos sobre o SNC1. Medidas de ressuscitamento devem ser tomadas com urgência2. Propoxifeno: sintomas3: a manifestação de superdosagem aguda com napsilato de propoxifeno é semelhante à observada com narcótico. O paciente geralmente fica sonolento, mas pode entrar em torpor4 ou coma5 e também ter convulsões. A depressão respiratória é característica. O índice de ventilação6 e o volume de ar circulante diminuem, o que pode resultar em cianose7 e hipoxia8. As pupilas, inicialmente fechadas, podem tornar-se dilatadas à medida que a hipoxia8 aumenta. Pode ocorrer respiração Cheyne-Stokes e apnéia9. A pressão sangüínea10 e a freqüência cardíaca, geralmente normais no início, vão se deteriorando, resultando finalmente em edema pulmonar11 e colapso12 circulatório, a menos que a depressão respiratória seja corrigida e ventilação6 adequada seja restabelecida prontamente. Arritmia13 e atraso na condução, acidose14 associada com problemas respiratórios, devido à retenção de CO2 (hipercapnia15) e ao ácido lático formado durante a glicólise anaeróbica podem ocorrer. A acidose14 poderá ser grave se grandes quantidades de salicilato forem ingeridas, podendo ocorrer morte. Tratamento: atenção deve ser voltada primeiramente para o restabelecimento da permeabilidade16 das vias aéreas e restabelecimento da ventilação6. Pode ser necessária a ventilação6 mecânica assistida, com ou sem oxigênio e respiração com pressão positiva, se houver edema pulmonar11. O antagonista17 de narcótico, naloxano, pode reduzir muito o grau de depressão respiratória e deve ser administrado prontamente 0,4 a 2,0 mg, de preferência por via intravenosa. Se não for obtida melhora na função respiratória, o naloxano deve ser repetido a intervalos de 2 a 3 minutos. A duração de ação do antagonista17 pode ser breve. Se não for observada nenhuma resposta após a administração de 10 mg de naloxano, o diagnóstico18 de intoxicação por propoxifeno deve ser questionado. O naloxano pode ser administrado também por infusão intravenosa contínua. Tratamento em crianças: a dose inicial de naloxano para crianças é de 0,01 mg/kg de peso corporal, administrada por via intravenosa. Se essa dose não der o resultado desejado, uma dose subseqüente de 0,1 mg/kg de peso corporal deve ser administrada. Se não for possível a via intravenosa, o naloxano pode ser administrado por via intramuscular ou subcutânea19 em doses divididas. Se for necessário, o naloxano pode ser diluído em água destilada. Os gases sangüíneos, pH e eletrólitos20 devem ser monitorados para que a acidose14 e qualquer anormalidade eletrolítica existente possam ser corrigidas prontamente. Acidose14, hipoxia8 e depressão generalizada do SNC1 predispõem ao desenvolvimento de arritmia13. Fibrilação ventricular ou parada cardíaca podem ocorrer e necessitam de medidas de ressuscitação cardiopulmonar. A acidose14 respiratória desaparece rapidamente quando a ventilação6 é restabelecida e a hipercapnia15 é eliminada, mas a acidose14 lática21 pode requerer administração de bicarbonato por via intravenosa para pronta correção. A monitoração eletrocardiográfica é essencial. A pronta correção da hipoxia8, acidose14 e distúrbios eletrolíticos (quando presentes) ajudará a evitar essas complicações cardíacas e aumentará a eficácia das drogas administradas em restabelecer a função cardíaca normal. Em adição ao uso de antagonista17 a narcóticos, o paciente pode requerer um tratamento cuidadoso com um anticonvulsivante para controlar possíveis convulsões. Drogas analépticas (por ex.: cafeína ou anfetamina) não devem ser usadas devido à sua tendência em precipitar convulsões. Medidas gerais de suporte, em adição ao oxigênio, incluem, quando necessário, aplicações de líquidos intravenosos, compostos inotrópicos vasopressores e quando existir infecção22 usar drogas antiinfecciosas. A lavagem gástrica23 pode ser útil e carvão ativado pode absorver uma quantidade significante de napsilato de propoxifeno ingerido. A diálise24 é de pouco valor em intoxicação devida ao propoxifeno. Devem ser feitos esforços para determinar se outras substâncias, tais como, álcool, barbitúricos, tranqüilizantes ou outros depressores do SNC1, foram também ingeridas, uma vez que podem aumentar a depressão, bem como causarem efeitos tóxicos específicos. Salicilatos: sintomas3: os sintomas3 incluem náuseas25 e vômitos26, tinitus e surdez, vertigem27 e dor de cabeça28, embotamento29 e confusão, diaforese30, pulso rápido e aumento na respiração e alcalose31 respiratória. Tratamento: o tratamento da intoxicação aguda por salicilatos inclui diminuição da absorção da droga, estimulação da eliminação pelos rins32 e correção de distúrbios metabólicos que afetem a temperatura do corpo, hidratação, equilíbrio acidobásico e eletrolítico. A técnica a ser empregada para eliminação do salicilato da corrente sangüínea depende do grau de intoxicação. Se o paciente for tratado dentro das quatro horas de ingestão, o estômago33 deve ser esvaziado induzindo o vômito34 ou por lavagem gástrica23 o mais rápido possível. Exsanguinotransfusão é mais factível para crianças muito pequenas. Diálise24 intraperitoneal intermitente35 é útil em casos de gravidade moderada em adultos. Líquidos intravenosos alcalinizados pela adição de bicarbonato de sódio ou citrato de potássio são úteis. A hemodiálise36 com rim37 artificial é o meio mais eficaz para remover os salicilatos e é indicada para os casos muito graves de intoxicação.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 SNC: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
2 Urgência: 1. Necessidade que requer solução imediata; pressa. 2. Situação crítica ou muito grave que tem prioridade sobre outras; emergência.
3 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
4 Torpor: 1. Sentimento de mal-estar caracterizado pela diminuição da sensibilidade e do movimento; entorpecimento, estupor, insensibilidade. 2. Indiferença ou apatia moral; indolência, prostração. 3. Na medicina, ausência de reação a estímulos de intensidade normal.
5 Coma: 1. Alteração do estado normal de consciência caracterizado pela falta de abertura ocular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos. Pode ser reversível ou evoluir para a morte. 2. Presente do subjuntivo ou imperativo do verbo “comer.“
6 Ventilação: 1. Ação ou efeito de ventilar, passagem contínua de ar fresco e renovado, num espaço ou recinto. 2. Agitação ou movimentação do ar, natural ou provocada para estabelecer sua circulação dentro de um ambiente. 3. Em fisiologia, é o movimento de ar nos pulmões. Perfusão Em medicina, é a introdução de substância líquida nos tecidos por meio de injeção em vasos sanguíneos.
7 Cianose: Coloração azulada da pele e mucosas. Pode significar uma falta de oxigenação nos tecidos.
8 Hipóxia: Estado de baixo teor de oxigênio nos tecidos orgânicos que pode ocorrer por diversos fatores, tais como mudança repentina para um ambiente com ar rarefeito (locais de grande altitude) ou por uma alteração em qualquer mecanismo de transporte de oxigênio, desde as vias respiratórias superiores até os tecidos orgânicos.
9 Apnéia: É uma parada respiratória provocada pelo colabamento total das paredes da faringe que ocorre principalmente enquanto a pessoa está dormindo e roncando. No adulto, considera-se apnéia após 10 segundos de parada respiratória. Como a criança tem uma reserva menor, às vezes, depois de dois ou três segundos, o sangue já se empobrece de oxigênio.
10 Pressão sangüínea: Força exercida pelo sangue arterial por unidade de área da parede arterial. É expressa como uma razão (Exemplo: 120/80, lê-se 120 por 80). O primeiro número é a pressão sistólica ou pressão máxima. E o segundo número é a presão diastólica ou mínima.
11 Edema pulmonar: Acúmulo anormal de líquidos nos pulmões. Pode levar a dificuldades nas trocas gasosas e dificuldade respiratória.
12 Colapso: 1. Em patologia, é um estado semelhante ao choque, caracterizado por prostração extrema, grande perda de líquido, acompanhado geralmente de insuficiência cardíaca. 2. Em medicina, é o achatamento conjunto das paredes de uma estrutura. 3. No sentido figurado, é uma diminuição súbita de eficiência, de poder. Derrocada, desmoronamento, ruína. 4. Em botânica, é a perda da turgescência de tecido vegetal.
13 Arritmia: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
14 Acidose: Desequilíbrio do meio interno caracterizado por uma maior concentração de íons hidrogênio no organismo. Pode ser produzida pelo ganho de substâncias ácidas ou perda de substâncias alcalinas (básicas).
15 Hipercapnia: É a presença de doses excessivas de dióxido de carbono no sangue.
16 Permeabilidade: Qualidade dos corpos que deixam passar através de seus poros outros corpos (fluidos, líquidos, gases, etc.).
17 Antagonista: 1. Opositor. 2. Adversário. 3. Em anatomia geral, que ou o que, numa mesma região anatômica ou função fisiológica, trabalha em sentido contrário (diz-se de músculo). 4. Em medicina, que realiza movimento contrário ou oposto a outro (diz-se de músculo). 5. Em farmácia, que ou o que tende a anular a ação de outro agente (diz-se de agente, medicamento etc.). Agem como bloqueadores de receptores. 6. Em odontologia, que se articula em oposição (diz-se de ou qualquer dente em relação ao da maxila oposta).
18 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
19 Subcutânea: Feita ou situada sob a pele; hipodérmica.
20 Eletrólitos: Em eletricidade, é um condutor elétrico de natureza líquida ou sólida, no qual cargas são transportadas por meio de íons. Em química, é uma substância que dissolvida em água se torna condutora de corrente elétrica.
21 Lática: Diz-se de ou ácido usado como acidulante e intermediário químico; láctica.
22 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
23 Lavagem gástrica: É a introdução, através de sonda nasogástrica, de líquido na cavidade gástrica, seguida de sua remoção.
24 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
25 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
26 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
27 Vertigem: Alucinação de movimento. Pode ser devido à doença do sistema de equilíbrio, reação a drogas, etc.
28 Cabeça:
29 Embotamento: Ato ou efeito de perder ou tirar o vigor ou a sensibilidade; enfraquecer-se.
30 Diaforese: Sudação, transpiração intensa.
31 Alcalose: Desequilíbrio do meio interno, produzido por uma diminuição na concentração de íons hidrogênio ou aumento da concentração de bases orgânicas nos líquidos corporais.
32 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
33 Estômago: Órgão da digestão, localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o final do ESÔFAGO e o início do DUODENO.
34 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
35 Intermitente: Nos quais ou em que ocorrem interrupções; que cessa e recomeça por intervalos; intervalado, descontínuo. Em medicina, diz-se de episódios de febre alta que se alternam com intervalos de temperatura normal ou cujas pulsações têm intervalos desiguais entre si.
36 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
37 Rim: Os rins são órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.

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