POSOLOGIA E MODO DE ADMINISTRAÇÃO GLUCANTIME
A prescrição deve ser baseada na administração de antimônio pentavalente. Cada ampolade 5 mL corresponde a 405 mg de antimônio pentavalente. Cada mL contém 81 mg/mL de
antimônio pentavalente.
O cálculo1 de dosagem é realizado em mg/Kg/dia/Sb+5: recomenda-se não ultrapassar 3
ampolas. Em situações especiais que seja necessário a utilização de uma dose maior, o
tratamento deve ser realizado em serviços especializados (Centros de Referência).
• Leishmaniose visceral:
Administração parenteral (intravenosa ou intramuscular) de 20 mg/Kg/dia de antimônio
pentavalente (Sb+5) durante 20 dias consecutivos.
Em caso de recorrência2, a critério médico, o tratamento pode ser reiniciado imediatamente
com a mesma dose diária.
Persistindo os sintomas3, é necessário encaminhar o paciente para serviços especializados
(Centros de Referência).
• Leishmaniose tegumentar:
Lesões4 Cutâneas5:
Nas formas cutânea6 localizada e disseminada, a dose recomendada varia entre 10 a 20 mg
de Sb+5/Kg/dia. Sugere-se 15 mg de Sb+5/Kg/dia tanto para o adulto quanto para crianças
durante 20 dias consecutivos. Se não houver cicatrização completa no período de três
meses (12 semanas) do término do tratamento, o esquema deverá ser repetido,
prolongando-se, desta vez, a duração da série para 30 dias. Em caso de não resposta,
utilizar uma das drogas de segunda escolha.
Na forma difusa, a dose é de 20 mg de Sb+5/Kg/dia durante 20 dias consecutivos. São
freqüentes as múltiplas recidivas7, sendo necessário encaminhar o paciente para serviços
especializados.
Lesões4 Mucosas8:
Em todas as formas de acometimento mucoso, a dose recomendada é de 20 mg de
Sb+5/Kg/dia durante 30 dias consecutivos, de preferência em ambiente hospitalar. Se não
houver cicatrização completa no período de três meses (12 semanas) do término do
tratamento, o esquema deverá ser repetido apenas uma vez. Em caso de não resposta,
utilizar uma das drogas de segunda escolha.
Modo de aplicação:
As aplicações devem ser feitas por via parenteral (intravenosa ou intramuscular). Evitar
atividades físicas intensas durante o tratamento.
A via intramuscular pode apresentar o inconveniente da dor local. Sugere-se, então,
alternância dos locais de aplicação9, preferindo-se a região glútea10.
Por via intravenosa, não há necessidade de diluição e a aplicação, com agulha fina (calibre
25x8), deve ser lenta (duração de 5 minutos). Esta é a melhor via, pois permite a aplicação
de doses mais adequadas e não tem o inconveniente da dor local.