INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS LASILACTONA

Atualizado em 24/05/2016

Em pacientes sob tratamento concomitante com suplementos de potássio, substâncias poupadoras de potássio (ex.: cloreto de potássio, triamtereno, amilorida), antiinflamatórios não-esteróides (ex.: ácido acetil salicílico, indometacina) ou inibidores da enzima1 de conversão da angiotensina (ECA), pode existir um aumento acentuado nos níveis séricos de potássio. Uma interferência mútua nos efeitos da espironolactona e carbenoxolona (para tratamento de úlcera péptica2) pode ocorrer. Níveis de digoxina podem ser elevados quando a espironolactona é utilizada em combinação com glicosídeos cardíacos.

A furosemida pode, algumas vezes, atenuar os efeitos de outros fármacos (ex.: os efeitos de hipoglicemiantes3 e de aminas pressoras) ou potencializá-los (ex.: os efeitos de salicilatos, teofilina, lítio e relaxantes musculares tipo curare).

A ação de outros agentes anti-hipertensivos (ex.: inibidores da ECA, beta-bloqueadores) pode ser potencializada por LASILACTONA.
Agentes antiinflamatórios não-esteróides (ex.: indometacina, ácido acetil salicílico) podem atenuar o efeito de LASILACTONA e podem causar insuficiência renal4 nos casos de hipovolemia5 pré-existente.

A administração concomitante de LASILACTONA e sucralfato deve ser evitada pelo fato de o sucralfato reduzir a absorção do componente furosemida e, assim, diminuir o seu efeito.

A furosemida pode potencializar os efeitos nefrotóxicos de certos antibióticos (ex.: aminoglicosídeos). Assim sendo, a furosemida deverá ser utilizada com cautela em pacientes com insuficiência renal4 induzida por antibióticos.

Deve-se lembrar que a ototoxicidade6 dos antibióticos aminoglicosídicos (ex.: canamicina, gentamicina, tobramicina) pode ser potencializada pela administração concomitante da furosemida. As alterações resultantes na audição podem ser irreversíveis.
Conseqüentemente, o uso concomitante deve ser restrito a indicações vitais.

Nos casos de medicação concomitante com glicocorticóides ou abuso de laxantes7, LASILACTONA pode levar a uma aumento na perda de potássio. Na presença de deficiência de potássio, o efeito de glicosídeos cardíacos pode ser aumentado.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
2 Úlcera péptica: Lesão na mucosa do esôfago, estômago ou duodeno. Também chamada de úlcera gástrica ou duodenal. Pode ser provocada por excesso de ácido clorídrico produzido pelo próprio estômago ou por medicamentos como antiinflamatórios ou aspirina. É uma doença infecciosa, causada pela bactéria Helicobacter pylori em quase 100% dos casos. Os principais sintomas são: dor, má digestão, enjôo, queimação (azia), sensação de estômago vazio.
3 Hipoglicemiantes: Medicamentos que contribuem para manter a glicose sangüínea dentro dos limites normais, sendo capazes de diminuir níveis de glicose previamente elevados.
4 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
5 Hipovolemia: Diminuição do volume de sangue secundário a hemorragias, desidratação ou seqüestro de sangue para um terceiro espaço (p. ex. peritônio).
6 Ototoxicidade: Dano causado aos sistemas coclear e/ou vestibular resultante de exposição a substâncias químicas.
7 Laxantes: Medicamentos que tratam da constipação intestinal; purgantes, purgativos, solutivos.

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