POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO DIGOXINA

Atualizado em 20/09/2017
ADULTOS: DIGITALIZACAO RAPIDA: 1 - 1,5 MG/DIA; MANUTENCAO: 0,25 - 0,5 MG/DIA. CRIANCAS: DIGITALIZACAO: 0,04 MG/KG/DIA; MANUTENCAO: 20 30% DESTA DOSE. A DOSE DE DIGOXINA DEVE SER AJUSTADA INDIVIDUALMENTE POR PACIENTE, E AS DOSES SUGERIDAS DEVEM SER INTERPRETADAS SOMENTE COMO UMA DIRETRIZ INICIAL. ADULTOS E CRIANCAS COMO MAIS DE DEZ ANOS: DIGITALIZACAO RAPIDA: 0,75 A 1,5 MG EM DOSE UNICA. EM PACIENTES IDOSOS E QUANDO HA MENOS URGENCIA1 OU MAIOR RISCO DE TOXICIDADE2, UMA PEQUENA DOSE INICIAL DE 0,5 A 0,75 MG PODE SER ADMINISTRADA. DIGITALIZACAO LENTA ORAL: 0,25 A 0,75 MG DIARIAMENTE POR MAIS OU MENOS UMA SEMANA, SEGUIDOS DE DOSES DE MANUTENCAO APROPRIADAS. A MELHORA CLINICA NORMALMENTE E OBSERVADA ENTRE UMA E TRES SEMANAS. A ESCOLHA ENTRE UMA DIGITALIZACAO RAPIDA OU LENTA DEPENDE DA URGENCIA1 DAS INDICACOES CLINICAS. MANUTENCAO: 0,25 A 0,5 MG DIARIAMENTE, COMO FOR NECESSARIO, EM DOSES DIVIDIDAS, E A FAIXA EM PACIENTES COM FUNCAO RENAL3 RELATIVAMENTE NORMAL, MAS, NOS MAIS SENSIVEIS, A DOSE PODE SER DE 0,0625 MG DIARIAMENTE OU COM MENOR FREQUENCIA. CRIANCAS COM MENOS DE 10 ANOS: DIGITALIZACAO: 0,01 A 0,02 MG/KG DE PESO CORPORAL, REPETIDOS A CADA SEIS HORAS, ATE QUE O RESULTADO TERAPEUTICO SEJA OBTIDO, GERALMENTE, APOS ADMINISTRACAO DE 2 A 4 DOSES. MANUTENCAO: 0,01 A 0,02 MG/KG DE PESO CORPORAL DIARIAMENTE EM DOSES UNICAS. A FAIXA DE DOSE MAIS BAIXA APLICA-SE A RECEM-NASCIDOS. RECOMENDACOES DE DOSE NA PRESENCA DE DISTURBIOS RENAIS OU TRATAMENTO COM DIURETICOS4 (VER PRECAUCOES). RADIOIMUNOENSAIO: A ADEQUACAO DE DOSES PODE SER AVALIADA ATRAVES DA DETERMINACAO DA CONCENTRACAO SERICA OU PLASMATICA DA DIGOXINA, USANDO-SE RADIOIMUNOENSAIO. AS CONCENTRACOES PLASMATICAS OTIMAS, MAIS OU MENOS SEIS HORAS APOS A ADMINISTRACAO DAS DOSES, SAO DE 1,0 A 2,0 MG/ML. OS VALORES ACIMA DE 3,0 MG/ML SUGEREM TOXICIDADE2 DIGITALICA, NAO OBSTANTE CONCENTRACOES MAIS BAIXAS POSSAM SER TOXICAS EM HIPOCALEMIA5. - CONDUTA NA SUPERDOSAGEM: O TRATAMENTO DA TOXICIDADE2 DIGITALICA QUASE SEMPRE E BEM SUCEDIDO SE SE UTILIZAM MEIOS APROPRIADOS. O PACIENTE DEVE SER INTERNADO EM UNIDADE DE TRATAMENTO INTENSIVO E TER SEU ECG MONITORIZADO. NAO SE DEVE ADMINISTRAR DIGITAL ADICIONAL. OS DIURETICOS4 QUE PROVOCAM DEPLECAO6 DE POTASSIO DEVEM SER SUSPENSOS. SE HOUVER ARRITMIAS7 GRAVES, HA NECESSIDADE DE TRATAMENTO ADICIONAL, FENITOINA, LIDOCAINA E SAIS DE POTASSIO SAO AS DROGAS MAIS EFICAZES. A ADMINISTRACAO DE 40 A 80 MEQ K+ POR VIA ORAL OU INTRAVENOSA, REDUZ A LIGACAO DA DIGITAL AO CORACAO8 E ANTAGONIZA DIRETAMENTE CERTOS EFEITOS CARDIOTOXICOS DO GLICOSIDEO (3 A 6 G DE CLORETO DE POTASSIO, POR VIA IV EM UMA INJECAO9 DE DEXTROSE10 A 5% DILUIDO A UMA CONCENTRACAO DE 40 MEQ POR 500 ML, A UMA VELOCIDADE QUE NAO EXCEDA A 20 MEQ POR HORA). AS OUTRAS DROGAS ANTIARRITMICAS (QUINIDINA, PROCAINAMIDA E PROPRANOLOL) SAO EFICAZES AS VEZES, MAS ESTAO ASSOCIADAS A MAIOR PROBABILIDADE DE PRODUZIR NOVAS ARRITMIAS7.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Urgência: 1. Necessidade que requer solução imediata; pressa. 2. Situação crítica ou muito grave que tem prioridade sobre outras; emergência.
2 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
3 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
4 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
5 Hipocalemia: Concentração sérica de potássio inferior a 3,5 mEq/l. Pode ocorrer por alterações na distribuição de potássio (desvio do compartimento extracelular para intracelular) ou de reduções efetivas no conteúdo corporal de potássio por uma menor ingesta ou por perda aumentada. Fraqueza muscular e arritimias cardíacas são os sinais e sintomas mais comuns, podendo haver também poliúria, polidipsia e constipação. Pode ainda ser assintomática.
6 Depleção: 1. Em patologia, significa perda de elementos fundamentais do organismo, especialmente água, sangue e eletrólitos (sobretudo sódio e potássio). 2. Em medicina, é o ato ou processo de extração de um fluido (por exxemplo, sangue) 3. Estado ou condição de esgotamento provocado por excessiva perda de sangue. 4. Na eletrônica, em um material semicondutor, medição da densidade de portadores de carga abaixo do seu nível e do nível de dopagem em uma temperatura específica.
7 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
8 Coração: Órgão muscular oco localizado no tórax, sob o osso esterno, ligeiramente deslocado para a esquerda. Em um adulto, tem o tamanho aproximado de um punho fechado e pesa cerca de 400 gramas. O papel do coração é enviar sangue rico em oxigênio a todas as células do nosso organismo.
9 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
10 Dextrose: Também chamada de glicose. Açúcar encontrado no sangue que serve como principal fonte de energia do organismo.

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.