PRECAUÇÕES DIGOXINA

Atualizado em 20/09/2017
A TOXICIDADE1 DA DIGOXINA PODE PRECIPITAR ARRITMIAS2, SENDO QUE ALGUMAS DELAS PODEM SER PARECIDAS COM ARRITMIAS2 PARA AS QUAIS A DROGA E INDICADA. POR EXEMPLO, A TAQUICARDIA3 ATRIAL COM BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR VARIAVEL REQUER CUIDADO ESPECIAL, UMA VEZ QUE, CLINICAMENTE, O RITMO PARECE-SE COM FIBRILACAO ATRIAL. EM ALGUNS CASOS DE DISTURBIO SINOATRIAL (POR EXEMPLO, SINDROME4 SINUSIAL), A DIGOXINA PODE CAUSAR OU EXACERBAR BRADICARDIA5 SINUSIAL OU CAUSAR BLOQUEIO SINOATRIAL. A DETERMINACAO DA CONCENTRACAO SERICA DA DIGOXINA PODE SER DE GRANDE AJUDA QUANTO A DECISAO DE SE CONTINUAR O TRATAMENTO COM A MESMA, MAS DOSES TOXICAS DE OUTROS GLICOSIDEOS PODEM APRESENTAR UMA REACAO CRUZADA NO ENSAIO E ERRONEAMENTE SUGERIR MEDIDAS APARENTEMENTE SATISFATORIAS. AS OBSERVACOES DURANTE A SUSPENSAO TEMPORARIA DE DIGOXINA PODEM SER MAIS APROPRIADAS. NOS CASOS EM QUE GLICOSIDEOS TENHAM SIDO ADMINISTRADOS NAS DUAS SEMANAS PRECEDENTES, AS RECOMENDACOES PARA AS DOSES INICIAIS DEVEM SER RECONSIDERADAS, E ACONSELHA-SE UMA REDUCAO DA DOSE. AS RECOMENDACOES DE DOSES DEVEM SER IGUALMENTE RECONSIDERADAS SE OS PACIENTES FOREM IDOSOS OU APRESENTAREM OUTRAS RAZOES PARA QUE O CLEARANCE RENAL6 SEJA REDUZIDO PARA A DIGOXINA, TAIS COMO, DOENCA RENAL6 OU COMPROMETIMENTO DA FUNCAO RENAL6 SECUNDARIO A DOENCA CARDIOVASCULAR. A EXCRECAO PROLONGADA NESTES CASOS IMPOE UMA REDUCAO TANTO NAS DOSES INICIAIS COMO NAS DE MANUTENCAO, ASSIM COMO MAIOR CONSCIENCIA COM RELACAO A POSSIBILIDADE DE INTOXICACAO. A HIPOCALEMIA7 SENSIBILIZA O MIOCARDIO8 PARA AS ACOES DE GLICOSIDEOS CARDIACOS. PODE OCORRER HIPOCALEMIA7 PELO TRATAMENTO COM CORTICOSTEROIDES, POR DIALISE PERITONEAL9 OU SANGUINEA, SUCCAO DE SECRECAO GASTRENTERICA, RESINAS DE SUBSTITUICAO DE IONS10 E TRATAMENTO COM CARBENOXOLONA. A HIPOCALEMIA7 PODE ACOMPANHAR DESNUTRICAO11, DIARREIA12, VOMITO13 E DOENCAS DESGASTANTES DE LONGA DURACAO. A HIPOMAGNESEMIA E HIPERCALCEMIA ACENTUADA AUMENTAM A SENSIBILIDADE DO MIOCARDIO8 A GLICOSIDEOS CARDIACOS. A ADMINISTRACAO DE DIGOXINA A PACIENTE COM DOENCA DA TIREOIDE14 REQUER CUIDADO. AS DOSES INICIAIS E DE MANUTENCAO DE DIGOXINA DEVEM SER REDUZIDAS QUANDO A FUNCAO DA TIREOIDE14 ESTIVER ABAIXO DO NORMAL. NO HIPERTIREOIDISMO15, HA CERTA RESISTENCIA A DIGOXINA, E PODE SER NECESSARIO UM AUMENTO DA DOSE. DURANTE O TRATAMENTO DA TIREOTOXICOSE, A DOSE DEVE SER REDUZIDA ASSIM QUE A MESMA ESTIVER SOB CONTROLE. OS PACIENTES COM SINDROME DE MA ABSORCAO16 OU RECONSTRUCOES GASTRINTESTINAIS PODEM NECESSITAR DE DOSES MAIS ALTAS DE DIGOXINA. CARDIOVERSAO DE CORRENTE DIRETA: O RISCO DE PROVOCAR ARRITMIAS2 PERIGOSAS COM A CARDIOVERSAO DE CORRENTE DIRETA E BASTANTE AUMENTADO NA PRESENCA DE TOXICIDADE1 POR DIGITALICOS E OCORRE PROPORCIONALMENTE A ENERGIA UTILIZADA NA CARDIOVERSAO. PARA CARDIOVERSAO DE CORRENTE DIRETA ELETIVA17 DE UM PACIENTE QUE ESTEJA TOMANDO DIGOXINA, A DROGA DEVE SER SUSPENSA 24 HORAS ANTES QUE A CARDIOVERSAO SEJA REALIZADA. EM CASO DE EMERGENCIA18, TAIS COMO, PARADAS CARDIACAS, AO SE TENTAR A CARDIOVERSAO, DEVE-SE APLICAR A CARGA MINIMA EFICAZ. A CARDIOVERSAO DE CORRENTE DIRETA E INADEQUADA PARA TRATAMENTO DE ARRITMIAS2 QUE SAO SUPOSTAMENTE OCASIONADAS POR GLICOSIDEOS CARDIACOS. MUITOS EFEITOS BENEFICOS DE DIGOXINA SOBRE ARRITMIAS2 RESULTAM DE UM GRAU DE BLOQUEIO DE CONDUCAO ATRIOVENTRICULAR. ENTRETANTO, QUANDO JA EXISTE BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR INCOMPLETO, OS EFEITOS DE UMA RAPIDA PROGRESSAO NO BLOQUEIO DEVEM SER PREVISTOS. NO BLOQUEIO COMPLETO, O RITMO DE ESCAPE IDIOVENTRICULAR PODE SER SUPRIMIDO. A ADMINISTRACAO DE DIGOXINA NO PERIODO IMEDIATAMENTE APOS UM INFARTO DO MIOCARDIO19 NAO E CONTRA-INDICADA. ENTRETANTO, DEVE-SE TER EM MENTE A POSSIBILIDADE DE APARECIMENTO DE ARRITMIAS2 EM PACIENTES QUE POSSAM ESTAR HIPOCALEMICOS APOS UM INFARTO DO MIOCARDIO19 E QUE PROVAVELMENTE ESTEJAM CARDIOLOGICAMENTE INSTAVEIS. AS LIMITACOES IMPOSTAS A PARTIR DAI SOBRE A CARDIOVERSAO DE CORRENTE DIRETA DEVEM SER TAMBEM LEMBRADAS. NAO OBSTANTE MUITO PACIENTES COM INSUFICIENCIA CARDIACA CONGESTIVA20 CRONICA POSSAM SE BENEFICIAR DA ADMINISTRACAO AGUDA DE DIGOXINA, HA ALGUNS NOS QUAIS ELA NAO CONDUZ A UMA MELHORA HEMODINAMICA21 CONSTANTE, ACENTUADA OU DURADOURA. POR ESTA RAZAO, E IMPORTANTE QUE SE AVALIE A RESPOSTA DE CADA PACIENTE INDIVIDUALMENTE QUANDO A DIGOXINA E ADMINISTRADA A LONGO PRAZO. OS PACIENTES COM DOENCA RESPIRATORIA GRAVE PODEM APRESENTAR UM AUMENTO NA SENSIBILIDADE DO MIOCARDIO8 AOS GLICOSIDEOS DIGITALICOS. MUTAGENICIDADE, CARCINOGENICIDADE E TERATOGENICIDADE: NAO HA DISPONIBILIDADE DE DADOS SOBRE A POSSIBILIDADE DA DIGOXINA APRESENTAR EFEITOS MUTAGENICOS, CARCINOGENICOS OU TERATOGENICOS22; ENTRETANTO, A DIGOXINA ADMINISTRADA A MAE TEM SIDO USADA PARA TRATAR TAQUICARDIA3 E INSUFICIENCIA CARDIACA CONGESTIVA20 FETAIS. FERTILIDADE: NAO HA DADOS DISPONIVEIS SOBRE O EFEITO DA DIGOXINA SOBRE A FERTILIDADE HUMANA. GRAVIDEZ23 E LACTACAO24: O USO DE DIGOXINA NA GRAVIDEZ23 NAO E CONTRA-INDICADO, NAO OBSTANTE A DOSE SEJA MENOS PREVISIVEL NAS GESTANTES DO QUE NAS MULHERES QUE NAO ESTEJAM GRAVIDAS, SENDO QUE ALGUMAS NECESSITAM DE UMA DOSE MAIS ALTA DE DIGOXINA DURANTE A GRAVIDEZ23. COMO OCORRE COM TODAS AS DROGAS, O USO DEVE SER CONSIDERADO APENAS QUANDO OS BENEFICIOS CLINICOS ESPERADOS COM O TRATAMENTO PARA A MAE SUPEREM QUALQUER RISCO POSSIVEL AO FETO25 EM DESENVOLVIMENTO. NAO OBSTANTE A DIGOXINA SEJA EXCRETADA NO LEITE MATERNO, AS QUANTIDADES SAO MINIMAS, E A AMAMENTACAO26 E CONTRA-INDICADA.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
2 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
3 Taquicardia: Aumento da frequência cardíaca. Pode ser devido a causas fisiológicas (durante o exercício físico ou gravidez) ou por diversas doenças como sepse, hipertireoidismo e anemia. Pode ser assintomática ou provocar palpitações.
4 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
5 Bradicardia: Diminuição da freqüência cardíaca a menos de 60 batimentos por minuto. Pode estar associada a distúrbios da condução cardíaca, ao efeito de alguns medicamentos ou a causas fisiológicas (bradicardia do desportista).
6 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
7 Hipocalemia: Concentração sérica de potássio inferior a 3,5 mEq/l. Pode ocorrer por alterações na distribuição de potássio (desvio do compartimento extracelular para intracelular) ou de reduções efetivas no conteúdo corporal de potássio por uma menor ingesta ou por perda aumentada. Fraqueza muscular e arritimias cardíacas são os sinais e sintomas mais comuns, podendo haver também poliúria, polidipsia e constipação. Pode ainda ser assintomática.
8 Miocárdio: Tecido muscular do CORAÇÃO. Composto de células musculares estriadas e involuntárias (MIÓCITOS CARDÍACOS) conectadas, que formam a bomba contrátil geradora do fluxo sangüíneo. Sinônimos: Músculo Cardíaco; Músculo do Coração
9 Diálise peritoneal: Ao invés de utilizar um filtro artificial para “limpar“ o sangue, é utilizado o peritônio, que é uma membrana localizada dentro do abdômen e que reveste os órgãos internos. Através da colocação de um catéter flexível no abdômen, é feita a infusão de um líquido semelhante a um soro na cavidade abdominal. Este líquido, que chamamos de banho de diálise, vai entrar em contato com o peritônio, e por ele será feita a retirada das substâncias tóxicas do sangue. Após um período de permanência do banho de diálise na cavidade abdominal, este fica saturado de substâncias tóxicas e é então retirado, sendo feita em seguida a infusão de novo banho de diálise. Esse processo é realizado de uma forma contínua e é conhecido por CAPD, sigla em inglês que significa diálise peritoneal ambulatorial contínua. A diálise peritoneal é uma forma segura de tratamento realizada atualmente por mais de 100.000 pacientes no mundo todo.
10 Íons: Átomos ou grupos atômicos eletricamente carregados.
11 Desnutrição: Estado carencial produzido por ingestão insuficiente de calorias, proteínas ou ambos. Manifesta-se por distúrbios do desenvolvimento (na infância), atrofia de tecidos músculo-esqueléticos e caquexia.
12 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
13 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
14 Tireoide: Glândula endócrina altamente vascularizada, constituída por dois lobos (um em cada lado da TRAQUÉIA) unidos por um feixe de tecido delgado. Secreta os HORMÔNIOS TIREOIDIANOS (produzidos pelas células foliculares) e CALCITONINA (produzida pelas células para-foliculares), que regulam o metabolismo e o nível de CÁLCIO no sangue, respectivamente.
15 Hipertireoidismo: Doença caracterizada por um aumento anormal da atividade dos hormônios tireoidianos. Pode ser produzido pela administração externa de hormônios tireoidianos (hipertireoidismo iatrogênico) ou pelo aumento de uma produção destes nas glândulas tireóideas. Seus sintomas, entre outros, são taquicardia, tremores finos, perda de peso, hiperatividade, exoftalmia.
16 Síndrome de má absorção: Doença do tubo digestivo caracterizada por absorção insuficiente de nutrientes através da mucosa intestinal. Os sintomas principais são perda de peso, diarréia, desnutrição, eliminação de matéria fecal abundante em gorduras, etc.
17 Eletiva: 1. Relativo à eleição, escolha, preferência. 2. Em medicina, sujeito à opção por parte do médico ou do paciente. Por exemplo, uma cirurgia eletiva é indicada ao paciente, mas não é urgente. 3. Cujo preenchimento depende de eleição (diz-se de cargo). 4. Em bioquímica ou farmácia, aquilo que tende a se combinar com ou agir sobre determinada substância mais do que com ou sobre outra.
18 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
19 Infarto do miocárdio: Interrupção do suprimento sangüíneo para o coração por estreitamento dos vasos ou bloqueio do fluxo. Também conhecido por ataque cardíaco.
20 Insuficiência Cardíaca Congestiva: É uma incapacidade do coração para efetuar as suas funções de forma adequada como conseqüência de enfermidades do próprio coração ou de outros órgãos. O músculo cardíaco vai diminuindo sua força para bombear o sangue para todo o organismo.
21 Hemodinâmica: Ramo da fisiologia que estuda as leis reguladoras da circulação do sangue nos vasos sanguíneos tais como velocidade, pressão etc.
22 Teratogênicos: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
23 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
24 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
25 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
26 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.

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