REAÇÕES ADVERSAS BLENOXANE
Pulmonares
A toxicidade1 pulmonar é potencialmente o efeito colateral2 mais sério de BLENOXANE . Devido à falta de especificidade da síndrome3 clínica, a identificação dos pacientes portadores de toxicidade1 pulmonar devido ao BLENOXANE é extremamente difícil. O primeiro sintoma4 associado com a toxicidade1 pulmonar é a dispnéia5 e os primeiros sinais6 são os estertores finos.
Radiograficamente, a pneumonite7 induzida pelo BLENOXANE produz opacidades não-específicas, geralmente dos campos pulmonares inferiores. As alterações mais comuns dos testes da função pulmonar são a diminuição do volume pulmonar total e diminuição da capacidade vital8. Estas alterações não são fatores indicativos do desenvolvimento de fibrose9 pulmonar.
As alterações microscópicas dos tecidos devidas à toxicidade1 do BLENOXANE , incluem metaplasia escamosa10 bronquiolar, macrófagos11 reativos, células12 atípicas do epitélio13 alveolar, edema14 fibrinoso e fibrose9 intersticial15. O estágio agudo16 pode envolver alterações capilares17 e subseqüente exsudação18 fibrinosa para os alvéolos19 produzindo uma alteração semelhante à formação da membrana hialina e progredindo para uma fibrose9 intersticial15 difusa, semelhante à síndrome3 de Hamman-Rich.
Estas observações microscópicas não são específicas; alterações similares são observadas em pneumonites por irradiação ou por pneumocisto e outras condições.
Recomenda-se tirar radiografia do tórax20 a cada 1 a 2 semanas para a monitorização da toxicidade1 pulmonar. Se alterações pulmonares forem observadas, o tratamento deve ser suspenso até que se defina se têm correlação com a droga. Estudos recentes sugerem que a medida seqüencial da capacidade de difusão pulmonar do monóxido de carbono21 (DL CO
Pacientes tratados com BLENOXANE apresentam maior risco de desenvolver toxicidade1 pulmonar quando o oxigênio é administrado na intervenção cirúrgica. Embora saiba-se que a exposição prolongada a altas concentrações de oxigênio após a administração de BLENOXANE cause danos aos pulmões22, isto pode ocorrer em concentrações mais baixas que usualmente seriam consideradas como seguras. As medidas sugeridas como preventivas são as seguintes :
1. Manter o Fi O 2 em concentrações próximas ao ar ambiental (25%), durante a cirurgia e no período pós-operatório.
2. Monitorizar cuidadosamente a infusão de fluidos, concentrando-se mais na administração de colóides do que na de cristalóides.
O aparecimento repentino de uma síndrome3 de dor toráxica aguda, sugerindo uma pleuro-pericardite23, foi raramente relatada durante as infusões de
Reações adversas pulmonares são raramente relatadas após administração intrapleural de BLENOXANE .
Reações idiossincrásicas
Aproximadamente 1% dos pacientes portadores de linfoma24 tratados com
BLENOXANE apresentam reações idiossincrásicas clinicamente similares à anafilaxia25. A reação pode ser imediata ou retardada por várias horas, e ocorre geralmente após a primeira ou segunda dose. Consiste de hipotensão26, confusão mental, febre27, calafrios28 e chiados. O tratamento é sintomático29, incluindo expansão de volume, agentes pressóricos, anti-histamínicos e corticosteróides.Pele30 e membranas mucosas31
Reações cutâneas32 são as mais freqüentes, ocorrendo em aproximadamente 50% dos pacientes tratados. A toxicidade1 cutânea33 é uma manifestação relativamente tardia. Normalmente, se desenvolvem na segunda ou terceira semana de tratamento após administração de 150 e 200 unidades de
BLENOXANE. A toxicidade1 cutânea33 parece estar relacionada com dose cumulativa. As reações cutâneas32 consistem de eritema34, erupções, estrias, vesiculação, hiperpigmentação e flacidez da pele30. Relata-se também hiperqueratose35, alterações das unhas36, alopécia37, prurido38 e estomatite39. Foi necessário suspender o tratamento com BLENOXANE em 2% dos pacientes tratados devido a estas toxicidades.Outras
As toxicidades vasculares40 coincidentes com o uso de
BLENOXANE em associação com outros agentes antineoplásicos foram esporadicamente relatados. Os eventos são clinicamente heterogêneos e podem incluir infarto do miocárdio41, acidente cerebrovascular, microangiopatia trombótica42 (síndrome3 hemolítico-urêmica) ou arterite cerebrovascular.Existem relatos da ocorrência do fenômeno de Raynaud43 em pacientes tratados com BLENOXANE e sulfato de vimblastina com ou sem cisplatina ou, em alguns casos, com o BLENOXANE isolado. Não se sabe se a causa do fenômeno de Raynaud43 nestes casos é devido à doença, ao comprometimento vascular44 básico, ao BLENOXANE , ao sulfato de vimblastina, à hipomagnesemia ou à combinação de qualquer destes fatores.
Febre27, calafrios28 e vômitos45 são efeitos colaterais46 freqüentemente observados. Anorexia47 e perda de peso são comuns e podem persistir por um longo tempo após o término do tratamento com o produto. Dor no local do tumor48, flebite49 e outras reações locais são relatadas com pouca freqüência.
A administração intrapleural de
Relata-se, com freqüência rara, hipotensão26 com possível necessidade de tratamento sintomático29. O óbito50 associado à administração intrapleural de BLENOXANE é de ocorrência muito rara em pacientes gravemente enfermos.