POSOLOGIA CELESTONE COMPRIMIDOS 0,5MG E 2MG/GOTAS/ELIXIR

Atualizado em 24/05/2016

AS NECESSIDADES POSOLÓGICAS SÃO VARIÁVEIS E DEVEM SER INDIVIDUALIZADAS COM BASE NA DOENÇA ESPECÍFICA, NA GRAVIDADE E RESPOSTA DO PACIENTE.

A dose inicial de CELESTONE pode variar de 0,25 mg a 8 mg por dia, dependendo da doença específica em tratamento. Em casos de menor gravidade, doses baixas em geral serão suficientes, enquanto que em alguns pacientes poderão ser necessárias doses iniciais mais elevadas. A dose inicial deverá ser mantida ou ajustada até  que se observe uma resposta favorável.

Se após determinado período de tempo não ocorrer resposta clínica satisfatória, CELESTONE deverá ser descontinuado e o paciente deverá  receber outra medicação.

A dose pediátrica inicial normal varia de 0,017 mg a 0,25 mg por kg de peso corporal por dia, ou 0,5 mg a 7,5 mg por metro quadrado de superfície corporal por dia. As doses para lactentes1 e crianças devem ser adotadas com base nas mesmas considerações feitas aos adultos em relação à sua avaliação clínica.

Após a obtenção de resposta favorável, a dose de manutenção deverá ser atingida mediante redução gradativa da dose a intervalos apropriados para se conseguir a menor dose que atinja resposta clínica adequada.

Caso ocorrer remissão espontânea em condições crônicas, o tratamento deverá ser descontinuado.

A exposição do paciente a situações de estresse não relacionado com a doença em tratamento pode requerer aumento da dose de CELESTONE. Se o fármaco2 for descontinuado após terapia de longa duração, a dose deverá ser diminuída gradualmente.

A posologia recomendada em diferentes afecções3 é a seguinte:

Artrite reumatóide4 e outros distúrbios reumáticos   Uma dose inicial de 1 mg a 2,5 mg é  sugerida até  que uma boa resposta seja obtida, habitualmente dentro de 3 ou 4 dias ou por um período de até 7 dias. Apesar de geralmente não ser necessárias altas doses, elas podem eventualmente ser administradas para produzir a resposta inicial desejada. Se não houver resultado dentro de 7 dias, o diagnóstico5 deverá  ser reavaliado. Quando se obtiver resposta favorável, a dose deverá  ser reduzida em 0,25 mg a cada 2 ou 3 dias até  a dose de manutenção apropriada, habitualmente 0,5 mg a 1,5 mg diários. No tratamento de crises agudas de gota6, a terapia deveria  continuar por apenas alguns dias após a melhora dos sintomas7. A terapia corticosteróide em pacientes com artrite reumatóide4 não evita a necessidade de medidas de suporte quando indicadas.

Febre reumática8 aguda   A dose inicial diária é de 6 mg a 8 mg. Quando se alcançar o controle adequado, a dose diária total será reduzida em 0,25 mg a 0,5 mg diariamente, até  que uma dose de manutenção satisfatória seja alcançada. A terapia será então continuada por 4 a 8 semanas ou mais. Uma vez descontinuado, o tratamento deverá ser reinstituído se houver reativação da doença.

Bursite9   Inicialmente, a dose recomendada é de 1 mg a 2,5 mg diários em doses fracionadas. Observa-se geralmente resposta clínica satisfatória em 2 ou 3 dias, após o que a dose será reduzida gradualmente durante os próximos dias e, então, descontinuada. Normalmente é necessário um pequeno período de tratamento. No caso de recorrência10, um segundo tratamento pode ser indicado.

Estado de mal asmático   Dose de 3,5 mg a 4,5 mg  poderá ser necessária por 1 ou 2 dias para aliviar a crise. A dose será  então reduzida em 0,25 mg a 0,5 mg, a cada dois dias, até que a dose de manutenção seja alcançada ou a terapia descontinuada.

Asma11 crônica de difícil tratamento   Inicialmente, administra-se a dose de 3,5 mg diariamente (podendo ser mais elevada, se necessário) até  a obtenção de uma resposta favorável ou por um período arbitrário de 7 dias. Então, reduz-se a dose em 0,25 mg a 0,5 mg por dia, até a obtenção de uma dose de manutenção satisfatória.

Enfisema12 pulmonar ou fibrose13   Habitualmente, o tratamento é iniciado com 2 mg a 3,5 mg diários, em doses fracionadas por vários dias, até que se observe a obtenção de melhora clínica. A dose diária é reduzida, então, em 0,5 mg a cada 2 ou 3 dias até que se alcance uma dose de manutenção (geralmente entre 1 mg e 2,5 mg).

Febre do feno14 de difícil tratamento   A terapia deve ser direcionada para um alívio sintomático15 durante a estação do ano de maior incidência16. No primeiro dia, devem-se administrar 1,5 mg a 2,5 mg em doses fracionadas, após o que se deve reduzir a dose total em 0,5 mg a cada dia, até a recorrência10 dos sintomas7. Então, deve-se ajustar e manter a dose durante a estação (não mais que 10 a 14 dias), e descontinuá-la após tal período. CELESTONE pode ser administrado como suplemento a outra terapia antialérgica somente quando necessário.

Lúpus17 eritematoso18 disseminado   Apesar de ser eventualmente necessárias altas doses para a obtenção de uma resposta satisfatória, geralmente de 1 mg a 1,5 mg administrado 3 vezes por dia, durante vários dias, é comumente adequado como terapia inicial. Reduz-se então a dose até a obtenção de uma dose de manutenção adequada (normalmente entre 1,5 mg e 3 mg por dia).

Afecções3 dermatológicas   A dose inicial varia entre 2,5 mg e 4,5 mg por dia, até se alcançar um controle satisfatório, após o que a dose diária é  reduzida em 0,25 mg a 0,5 mg a cada 2 ou 3 dias, até  se determinar uma dose de manutenção satisfatória.
Em pequenos distúrbios, a terapia habitualmente pode ser descontinuada sem recorrência10, após o processo ter sido controlado por vários dias. Para distúrbios que requeiram longos períodos de tratamento, as doses variam. Os médicos podem recorrer à  literatura para obter detalhes de programas de tratamento.

Doença inflamatória ocular (segmento posterior)   A terapia inicial é de 2,5 mg a 4,5 mg por dia em doses fracionadas, até se obter um controle satisfatório ou por um período de 7 dias, o que for menor. Reduz-se então a dose em 0,5 mg diário até a obtenção de uma dose de manutenção para os distúrbios crônicos que requeiram terapia contínua. Em patologias agudas, a terapia será descontinuada após intervalo apropriado.
Síndrome19 adrenogenital   A dose deve ser individualizada e ajustada a fim de se manter o nível urinário de 17-cetosteróide dentro dos níveis normais, considerando-se dose eficaz geralmente 1 mg a 1,5 mg por dia.

Terapia em dias alternados   Não se recomenda este corticosteróide para uso em dias alternados, porque a betametasona possui meia-vida longa (36 a 54 horas), com efeitos supressivos sobre o eixo Hipotálamo20-Hipófise21-Adrenal. Caso a terapia oral prolongada seja necessária, um regime de doses em dias alternados com um corticosteróide de ação intermediária (prednisona, prednisolona ou metilprednisolona) deverá ser considerado.

CELESTONE deve ser utilizado preferencialmente de manhã em dose única diária em regime de manutenção, aumentando a aderência do paciente ao tratamento.

MODO DE USAR (para a apresentação em gotas)

Fig. 1   Abrir o frasco, rompendo o lacre.

Fig. 2   Virar o frasco de modo que a abertura fique para baixo.

Fig. 3   Manter o frasco na posição vertical, com a abertura para baixo. Caso não comece o gotejamento, bater levemente com o dedo no fundo do frasco.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Lactentes: Que ou aqueles que mamam, bebês. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
2 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
3 Afecções: Quaisquer alterações patológicas do corpo. Em psicologia, estado de morbidez, de anormalidade psíquica.
4 Artrite reumatóide: Doença auto-imune de etiologia desconhecida, caracterizada por poliartrite periférica, simétrica, que leva à deformidade e à destruição das articulações por erosão do osso e cartilagem. Afeta mulheres duas vezes mais do que os homens e sua incidência aumenta com a idade. Em geral, acomete grandes e pequenas articulações em associação com manifestações sistêmicas como rigidez matinal, fadiga e perda de peso. Quando envolve outros órgãos, a morbidade e a gravidade da doença são maiores, podendo diminuir a expectativa de vida em cinco a dez anos.
5 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
6 Gota: 1. Distúrbio metabólico produzido pelo aumento na concentração de ácido úrico no sangue. Manifesta-se pela formação de cálculos renais, inflamação articular e depósito de cristais de ácido úrico no tecido celular subcutâneo. A inflamação articular é muito dolorosa e ataca em crises. 2. Pingo de qualquer líquido.
7 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
8 Febre reumática: Doença inflamatória produzida como efeito inflamatório anormal secundário a infecções repetidas por uma bactéria chamada estreptococo beta-hemolítico do grupo A. Caracteriza-se por inflamação das articulações, febre, inflamação de uma ou mais de uma estrutura cardíaca, alterações neurológicas, eritema cutâneo. Com o tratamento mais intensivo da faringite estreptocócica, a freqüência desta doença foi consideravelmente reduzida.
9 Bursite: Doença ortopédica caracterizada pela inflamação da bursa, uma bolsa cheia de líquido, existente no interior das articulações, cuja finalidade é amortecer o atrito entre ossos, tendões e músculos. A bursite pode acontecer em qualquer articulação (joelhos, cotovelos, quadris, etc.), mas é mais comum no ombro.
10 Recorrência: 1. Retorno, repetição. 2. Em medicina, é o reaparecimento dos sintomas característicos de uma doença, após a sua completa remissão. 3. Em informática, é a repetição continuada da mesma operação ou grupo de operações. 4. Em psicologia, é a volta à memória.
11 Asma: Doença das vias aéreas inferiores (brônquios), caracterizada por uma diminuição aguda do calibre bronquial em resposta a um estímulo ambiental. Isto produz obstrução e dificuldade respiratória que pode ser revertida de forma espontânea ou com tratamento médico.
12 Enfisema: Doença respiratória caracterizada por destruição das paredes que separam um alvéolo de outro, com conseqüente perda da retração pulmonar normal. É produzida pelo hábito de fumar e, em algumas pessoas, pela deficiência de uma proteína chamada Antitripsina.
13 Fibrose: 1. Aumento das fibras de um tecido. 2. Formação ou desenvolvimento de tecido conjuntivo em determinado órgão ou tecido como parte de um processo de cicatrização ou de degenerescência fibroide.
14 Febre do Feno: Doença polínica, polinose, rinite alérgica estacional ou febre do feno. Deve-se à sensibilização aos componentes de polens, sendo que os alérgenos de pólen provocam sintomas clínicos quando em contato com a mucosa do aparelho respiratório e a conjuntiva de indivíduos previamente sensibilizados.
15 Sintomático: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
16 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
17 Lúpus: 1. É uma inflamação crônica da pele, caracterizada por ulcerações ou manchas, conforme o tipo específico. 2. Doença autoimune rara, mais frequente nas mulheres, provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico. Nesta patologia, a defesa imunológica do indivíduo se vira contra os tecidos do próprio organismo como pele, articulações, fígado, coração, pulmão, rins e cérebro. Essas múltiplas formas de manifestação clínica, às vezes, podem confundir e retardar o diagnóstico. Lúpus exige tratamento cuidadoso por médicos especializados no assunto.
18 Eritematoso: Relativo a ou próprio de eritema. Que apresenta eritema. Eritema é uma vermelhidão da pele, devido à vasodilatação dos capilares cutâneos.
19 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
20 Hipotálamo: Parte ventral do diencéfalo extendendo-se da região do quiasma óptico à borda caudal dos corpos mamilares, formando as paredes lateral e inferior do terceiro ventrículo.
21 Hipófise:

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