PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS DEPO-PROVERA 50 MG
O acetato de medroxiprogesterona (acetato de 17a-hidroxi-6a-metilprogesterona) é umprogestágeno derivado da progesterona.
Mecanismo de Ação
O acetato de medroxiprogesterona é uma molécula progestínica sintética estruturalmente relacionado ao hormônio1 progesterona endógeno) que demonstrou possuir várias ações farmacológicas sobre o sistema endócrino2:
• Inibição das gonadotrofinas pituitárias (FSH e LH);
• Diminuição dos níveis sangüíneos de ACTH e de hidrocortisona;
• Diminuição da testosterona circulante;
• Diminuição dos níveis de estrogênio circulante (como resultado da inibição de FSH e
indução enzimática de redutase hepática3, resultando em aumento do clearance de
testosterona e conseqüente redução de conversão de androgênios para estrogênios).
Todas essas ações resultam em um número de efeitos farmacológicos descritos a seguir.
O acetato de medroxiprogesterona na dose recomendada, administrado por via oral ou
parenteral, a mulheres com estrogênio endógeno adequado, transforma o endométrio4
proliferativo em secretório. Notou-se efeitos androgênicos5 e anabólicos, mas o fármaco6 é
aparentemente livre de atividade estrogênica significativa. Quando o acetato de
medroxiprogesterona é administrado parenteralmente, ocorre inibição da produção de
gonadotrofina, que por sua vez previne a maturação folicular e ovulação7; dados disponíveis indicam que isto não ocorre quando a dose oral geralmente recomendada é administrada em doses únicas diárias.
Estudos Clínicos
Estudos de Densidade Mineral Óssea
Alterações da Densidade Mineral Óssea em Mulheres Adultas
Em um estudo clínico controlado em mulheres adultas usando acetato de
medroxiprogesterona injetável (150 mg IM) por até 5 anos para contracepção8, mostrou uma diminuição média de 5-6% da densidade mineral óssea na coluna lombar e no quadril, comparado à mudança não significativa da densidade mineral óssea no grupo controle. A redução na densidade mineral óssea foi mais pronunciada durante os dois primeiros anos de uso, com declínios menores nos anos subseqüentes. Foram observadas alterações médias na densidade mineral óssea da coluna lombar de menos 2,86%, menos 4,11%, menos 4,89%, menos 4,93% e menos 5,38% após 1, 2, 3, 4 e 5 anos, respectivamente. As reduções médias na densidade mineral óssea do quadril total, colo femoral9 foram semelhantes.
Após a interrupção do uso de acetato de medroxiprogesterona injetável (150 mg IM), houve recuperação parcial da densidade mineral óssea em relação aos valores basais durante o período de 2 anos pós-tratamento. Um tratamento de maior duração foi associado a uma taxa mais lenta de recuperação da densidade mineral óssea (vide "Advertências e Precauções - Perda da Densidade Mineral Óssea").
Alterações da Densidade Mineral Óssea em Meninas Adolescentes (12-18 anos de idade)
Os resultados preliminares de um estudo clínico aberto em andamento em meninas
adolescentes (12-18 anos) usando acetato de medroxiprogesterona injetável (150 mg IM a cada 12 semanas por até 5 anos) para contracepção8, também mostraram que o uso de
acetato de medroxiprogesterona intramuscular está associado a um declínio significativo na densidade mineral óssea em relação ao basal. A diminuição média da densidade mineral óssea na coluna lombar foi de 4,2% após 5 anos, a diminuição média no quadril total e colo femoral9 foi de 6,9% e 6,1%, respectivamente. Em contraste, muitas adolescentes terão aumento significativo na densidade mineral óssea durante este período de crescimento após a menarca10. Informações preliminares de um pequeno número de adolescentes mostraram recuperação parcial da densidade mineral óssea durante o período de acompanhamento de 2 anos (vide "Advertências e Precauções Especiais - Perda da Densidade Mineral Óssea").