POSOLOGIA CHORIOMON

Atualizado em 24/05/2016

Em mulheres:

*Amenorréia primária1, amenorréia secundária2 crônica, anovulação3 crônica:
Se os órgãos genitais estiverem subdesenvolvidos, é necessário começar com um tratamento preliminar com a duração de vários meses, com uma combinação de estrogênio e progestogênio, a fim de estimular o crescimento e vascularização do útero4, das trompas de Falópio e da vagina5.
A administração de Choriomon é feita em duas fases:

Primeira fase: injeção6 diária de gonadotrofina menopáusica (HMG) em doses de 75U.I., por 7-12 dias até que o aumento dos níveis de estrogênio, a ultrassonografia7 e as alterações no fator cervical indiquem a existência de um folículo8 maduro (estradiol plasmático 1,1 - 2,9 pmol/mL ou 300-800pg/mL; diâmetro do folículo8 principal 18-22, score cervical segundo Insler 8 pontos entre 12).

Segunda fase: para induzir a ovulação9, uma dose única de 5000 a 10000U.I. de Choriomon deve ser administrado de 24 a 48 horas após a última injeção6 de HMG (ou FSH). A ovulação9 ocorre geralmente após 32 a 48 horas. A paciente será orientada a manter relações sexuais todos os dias, desde o dia que antecede a administração do Choriomon até que ocorra a ovulação9.
Se não houver gravidez10, o tratamento pode ser repetido seguindo o mesmo método.

*Esterilidade11 decorrente do encurtamento da fase luteínica do ciclo:
Deve-se administrar 5000U.I. de Choriomon no 21º, 23º e 25º dias do ciclo.

Em crianças e homens:

*Criptorquidismo:
O tratamento deve ser administrado antes de dois anos de idade, já que, após essa idade, a posição fisiologicamente anormal do testículo12, pode provocar lesões13 irreversíveis que se agravam com o passar do tempo. Por outro lado, não é recomendado iniciar uma terapia hormonal em recém-nascidos antes dos três meses de idade, pois ainda é possível ocorrer a descida espontânea dos testículos14.
A duração preconizada15 do tratamento em crianças é de 5 semanas (10 injeções), conforme segue:

6 a 12 meses: 250U.I. duas vezes por semana.
1 a 6 anos: 500U.I. duas vezes por semana.
Acima de 6 anos: 1000U.I. duas vezes por semana.

Se o tratamento não obtiver bons resultados, ou obtiver resultados abaixo do esperado, o mesmo poderá ser repetido após 2 ou 3 meses.
Se não for obtido êxito total, após o segundo curso de tratamento, o problema deverá ser corrigido cirurgicamente.

*Puberdade tardia:
Se não houver o início da puberdade aos 15 anos, o processo de maturação das gônadas16 poderá ser estimulado com um curso de tratamento com Choriomon, que induz o início da puberdade e o desenvolvimento das características físicas da maturidade:
Administrar doses de 1000U.I. duas vezes por semana por 8-12 semanas.
Se necessário, o tratamento poderá ser repetido após 3 meses.

*Hipogonadismo hipogonadotrófico:
Geralmente o tratamento é iniciado com uma dosagem de 500 a 1000U.I. de Choriomon a cada dois dias, por 4 a 6 semanas, para que as células de Leydig17 amadureçam totalmente. Depois disso, 500U.I. de Choriomon são administradas simultaneamente com 75U.I. de FSH, duas ou três vezes por semana, por 3 meses ou mais.
Para monitorar a resposta ao tratamento, realiza-se um espermograma, pelo menos, uma vez por mês. Em alguns casos, assim que a espermatogênese for induzida, é possível continuar o tratamento apenas com o Choriomon, em doses de 5000U.I. semanais. Se for comprovada a esterilidade11 no caso de hipogonadismo secundário, recomenda-se recorrer a terapias alternativas com a administração de um androgênio para estabelecer e manter um hábito viril.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Amenorréia primária: É a ausência de menstruação em uma menina de 14 anos que não apresenta ainda desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários (mamas, pêlos, estirão do crescimento), ou a ausência de menstruação em uma menina de 16 anos que já apresenta caracteres sexuais secundários.
2 Amenorréia secundária: É a ausência de menstruação por um período maior do que três meses consecutivos em uma mulher que anteriormente já apresentou ciclos menstruais.
3 Anovulação: Alteração no funcionamento dos ovários, capaz de alterar a produção, maturação ou liberação normal de óvulos. Esta alteração pode ser intencional (como a induzida pelas pílulas anticoncepcionais) ou ser endógena. Pode ser uma causa de infertilidade.
4 Útero: Orgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
5 Vagina: Canal genital, na mulher, que se estende do ÚTERO à VULVA. (Tradução livre do original
6 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
7 Ultrassonografia: Ultrassonografia ou ecografia é um exame complementar que usa o eco produzido pelo som para observar em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas internas do organismo (órgãos internos). Os aparelhos de ultrassonografia utilizam uma frequência variada, indo de 2 até 14 MHz, emitindo através de uma fonte de cristal que fica em contato com a pele e recebendo os ecos gerados, os quais são interpretados através de computação gráfica.
8 Folículo: 1. Bolsa, cavidade em forma de saco. 2. Fruto simples, seco e unicarpelar, cuja deiscência se dá pela sutura que pode conter uma ou mais sementes (Ex.: fruto da magnólia).
9 Ovulação: Ovocitação, oocitação ou ovulação nos seres humanos, bem como na maioria dos mamíferos, é o processo que libera o ovócito II em metáfase II do ovário. (Em outras espécies em vez desta célula é liberado o óvulo.) Nos dias anteriores à ovocitação, o folículo secundário cresce rapidamente, sob a influência do FSH e do LH. Ao mesmo tempo que há o desenvolvimento final do folículo, há um aumento abrupto de LH, fazendo com que o ovócito I no seu interior complete a meiose I, e o folículo passe ao estágio de pré-ovocitação. A meiose II também é iniciada, mas é interrompida em metáfase II aproximadamente 3 horas antes da ovocitação, caracterizando a formação do ovócito II. A elevada concentração de LH provoca a digestão das fibras colágenas em torno do folículo, e os níveis mais altos de prostaglandinas causam contrações na parede ovariana, que provocam a extrusão do ovócito II.
10 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
11 Esterilidade: Incapacidade para conceber (ficar grávida) por meios naturais. Suas causas podem ser masculinas, femininas ou do casal.
12 Testículo: A gônada masculina contendo duas partes funcionais Sinônimos: Testículos
13 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
14 Testículos: Os testículos são as gônadas sexuais masculinas que produzem as células de fecundação ou espermatozóides. Nos mamíferos ocorrem aos pares e são protegidos fora do corpo por uma bolsa chamada escroto. Têm função de glândula produzindo hormônios masculinos.
15 Preconizada: Recomendada, aconselhada, pregada.
16 Gônadas: 1. Designação genérica das glândulas sexuais (ovário e testículo) que produzem os gametas (óvulos e espermatozoides). 2. Em embriologia, é a glândula embrionária antes de sua possível identificação morfológica como ovário ou testículo.
17 Células de Leydig: Células produtoras de esteróides no tecido intersticial do TESTÍCULO. São reguladas pelos HORMÔNIOS HIPOFISÁRIOS, pelo HORMÔNIO LUTEINIZANTE ou pelo hormônio estimulante das células intersticiais. Entre os ANDROGÊNIOS produzidos , o principal hormônio é a TESTOSTERONA.

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.