POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO SANDIMMUN E SANDIMMUN NEORAL

Atualizado em 25/05/2016

Nota: As doses diárias de SANDIMMUN NEORAL devem ser sempre administradas em duas doses divididas.

PosologiaOs limites de dose fornecidos abaixo para a administração oral e intravenosa servem apenas como guia. A dose recomendada de SANDIMMUN concentrado para infusão i.v. é de aproximadamente um terço da dose oral adequada. É necessário o controle rotineiro dos níveis sanguíneos da ciclosporina; esse controle pode ser realizado por meio de um método RIA baseado em anticorpos1 monoclonais. Os resultados obtidos servirão como guia para a determinação da posologia real requerida por determinado paciente, a fim de alcançar as concentrações desejadas (veja "Precauções"). Informações mais detalhadas sobre o controle com SANDIMMUN, a pedido.

Transplante de órgão sólido
Inicialmente, deve-se administrar dose oral de 10 a 15 mg/kg, 4 a 12 horas antes da cirurgia. Essa dose diária deve ser mantida durante uma a duas semanas após a cirurgia e, em seguida, deve ser reduzida gradativamente, de acordo com os níveis sanguíneos, até que se atinja uma dose de manutenção de cerca de 2 a 6 mg/kg. Quando SANDIMMUN é dado com outros imunossupressores (por exemplo, com corticosteróides ou como parte de uma terapia medicamentosa tripla ou quádrupla), doses diárias menores (por exemplo, 3 a 6 mg/kg por via oral para o tratamento inicial) podem ser usadas. SANDIMMUN NEORAL  deve sempre ser dado em duas doses divididas. Se for usado SANDIMMUN concentrado para infusão i.v., a dose recomendada é de aproximadamente um terço da dose oral adequada e se recomenda que os pacientes passem para a terapia oral tão logo quanto possível.


Transplante de medula óssea2
A dose inicial deve ser dada na véspera do transplante. Na maioria das vezes, prefere-se a infusão i.v. para essa finalidade; recomenda-se dose de 3 a 5 mg/kg/dia. Continua-se com infusão nessa dose durante o período imediato pós-transplante, de até 2 semanas, antes de se mudar para a terapia oral de manutenção, em dose de cerca de 12,5 mg/kg/dia. A terapia de manutenção deve continuar durante pelo menos 3 meses (de preferência por 6 meses) antes de se diminuir a dose gradativamente até zero, por volta de um ano após o transplante. Se for usado tratamento oral no início da terapia, a dose recomendada é de 12,5 a 15 mg/kg/dia, iniciando-se na véspera do transplante. SANDIMMUN NEORAL deve sempre ser administrado em duas doses divididas.
Doses orais mais elevadas ou a administração de tratamento i.v. podem ser necessárias na presença de distúrbios grastrointestinais que possam diminuir a absorção do fármaco3.
Em alguns pacientes ocorre GVHD após a interrupção do tratamento com SANDIMMUN. Esses casos geralmente respondem favoravelmente à reintrodução da terapia. Devem-se usar doses baixas para tratar GVHD crônico4 de natureza leve.

Administração
Os tipos de frascos adequados para a solução de infusão são apresentados na seção "Recomendações Práticas".
Em virtude do risco de anafilaxia5, SANDIMMUN concentrado para infusão i.v. deve ser reservado aos pacientes que são incapazes de tomar o medicamento por via oral. Nesses casos, recomenda-se mudar para a administração oral, logo que possível (veja também "Precauções").
O concentrado deve ser diluído de 1:20 a 1:100 em solução salina normal ou glicose6 a 5% e administrado como infusão intravenosa lenta, por aproximadamente 2 a 6 horas. As soluções para infusão diluídas devem ser desprezadas após  48 horas.
As formas orais de SANDIMMUN podem ser dadas como dose diária única, ou de preferência em duas doses divididas. SANDIMMUN NEORAL deve sempre ser administrado em duas doses divididas.
Quando o blister é aberto, nota-se um odor característico. Isso é normal e não significa que exista algo errado com a cápsula.
As cápsulas devem ser deglutidas inteiras (veja também "Recomendações Práticas").
Nota: A experiência com SANDIMMUN em crianças ainda é limitada. No entanto, crianças a partir de 1 ano de idade receberam SANDIMMUN na posologia padrão, sem problemas particulares. Em diversos estudos, os pacientes pediátricos necessitaram e toleraram doses maiores de SANDIMMUN, por kg de peso corporal, do que as usadas nos adultos.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Anticorpos: Proteínas produzidas pelo organismo para se proteger de substâncias estranhas como bactérias ou vírus. As pessoas que têm diabetes tipo 1 produzem anticorpos que destroem as células beta produtoras de insulina do próprio organismo.
2 Medula Óssea: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
3 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
4 Crônico: Descreve algo que existe por longo período de tempo. O oposto de agudo.
5 Anafilaxia: É um tipo de reação alérgica sistêmica aguda. Esta reação ocorre quando a pessoa foi sensibilizada (ou seja, quando o sistema imune foi condicionado a reconhecer uma substância como uma ameaça ao organismo). Na segunda exposição ou nas exposições subseqüentes, ocorre uma reação alérgica. Essa reação é repentina, grave e abrange o corpo todo. O sistema imune libera anticorpos. Os tecidos liberam histamina e outras substâncias. Esse mecanismo causa contrações musculares, constrição das vias respiratórias, dificuldade respiratória, dor abdominal, cãimbras, vômitos e diarréia. A histamina leva à dilatação dos vasos sangüíneos (que abaixa a pressão sangüínea) e o vazamento de líquidos da corrente sangüínea para os tecidos (que reduzem o volume de sangue) o que provoca o choque. Ocorrem com freqüência a urticária e o angioedema - este angioedema pode resultar na obstrução das vias respiratórias. Uma anafilaxia prolongada pode causar arritmia cardíaca.
6 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.

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