DOENÇAS AUTO-IMUNES SANDIMMUN E SANDIMMUN NEORAL
Nota: As doses diárias de SANDIMMUN NEORAL devem sempre ser dadas em duas doses divididas.
2.1. Uveíte1 endógena
Uveíte1 intermediária ou posterior ativa que ameace a visão2, de etiologia3 não-infecciosa, quando a terapia convencional4 não der resultado ou causar efeitos colaterais5 inaceitáveis.
Uveíte1 de Behçet com crises inflamatórias repetidas envolvendo a retina6.
Para as "Recomendações práticas", "Contra-indicações", "Precauções", "Interações", "Efeitos colaterais5" e "Superdosagem", consulte as seções correspondentes em Transplantes.
Posologia
Para induzir a remissão, recomenda-se dose inicial de 5 mg/kg/dia administrada por via oral, em dose única ou dividida, até que se obtenha remissão da inflamação7 e melhora da acuidade visual8. Pode-se aumentar a dose para 7 mg/kg/dia nos casos refratários9, por um período de tempo limitado. SANDIMMUN NEORAL deve ser sempre dado em duas doses divididas.
Para alcançar remissão inicial, ou neutralizar crises inflamatórias oculares, pode-se acrescentar tratamento com corticosteróide sistêmico10, com doses diárias de 0,2 mg/kg a 0,6 mg/kg de prednisona ou equivalente, caso SANDIMMUN apenas não controle suficientemente a situação.
No tratamento de manutenção, deve-se reduzir a dose lentamente, até o nível eficaz mais baixo que, durante as fases de remissão, não deve exceder 5 mg/kg/dia.
Advertência
Como SANDIMMUN pode prejudicar a função renal11, somente os pacientes com função renal11 normal devem ser tratados. É necessário avaliar freqüentemente a função renal11 e reduzir a dose de SANDIMMUN em 25% a 50%, quando a creatinina12 sérica aumentar mais de 30% em relação ao valor inicial, em mais de uma medida. Essas recomendações se aplicam mesmo que os valores do paciente ainda estejam dentro dos limites normais do laboratório.
2.2. Síndrome nefrótica13
Síndrome nefrótica13 esteróide-dependente e esteróide-resistente, em adultos e crianças, causada por doenças glomerulares, como nefropatia14 de lesão15 mínima, glomeruloesclerose focal e segmentar ou glomerulonefrite16 membranosa.
SANDIMMUN pode ser utilizado para induzir remissões e para mantê-las. Também pode ser usado para manter remissão induzida pelo esteróide, permitindo a retirada dos esteróides.
Para as "Recomendações práticas", "Contra-indicações", "Precauções", "Interações", "Efeitos colaterais5" e "Superdosagem", consulte as seções correspondentes em Transplantes.
Posologia
Para induzir remissão, a dose diária recomendada, dada em 2 doses orais divididas, é de 5 mg/kg para adultos e de 6 mg/kg para crianças se, com exceção da proteinúria17, a função renal11 for normal. Em pacientes com função renal11 prejudicada, a dose inicial não deve exceder 2,5 mg/kg ao dia.
A combinação de SANDIMMUN com baixas doses de corticosteróides orais é recomendada se o efeito somente do SANDIMMUN não for satisfatório, especialmente em pacientes resistentes aos esteróides.
Na ausência de eficácia após 3 meses de terapia, o tratamento com SANDIMMUN deve ser abandonado.
As doses devem ser ajustadas individualmente, de acordo com a eficácia (proteinúria17) e a segurança (principalmente a creatinina12 sérica), mas não deve exceder 5 mg/kg/dia em adultos e 6 mg/kg/dia em crianças.
Para o tratamento de manutenção, a dose deve ser reduzida devagar, até a menor dose eficaz.
Advertência
Como SANDIMMUN pode alterar a função renal11, é necessário avaliar freqüentemente a função renal11 e reduzir a dose em 25% a 50% quando a creatinina12 sérica aumentar mais que 30% em relação ao valor inicial. Pacientes com função renal11 inicial anormal devem ser inicialmente tratados com 2,5 mg/kg/dia e devem ser controlados cuidadosamente.
Em alguns pacientes pode ser difícil detectar a disfunção renal11 induzida por SANDIMMUN, em virtude das alterações da função renal11 relacionadas com a própria síndrome nefrótica13. Isso explica por que, em ocasiões raras, foram observadas alterações renais estruturais associadas ao SANDIMMUN, sem aumentos da creatinina12 sérica. Deve-se considerar a realização de biópsia18 renal11 em pacientes com nefropatia14 de alteração mínima e esteróide-dependente se o tratamento com SANDIMMUN tiver sido mantido por mais de um ano.
Em pacientes com síndrome nefrótica13 tratados com imunossupressores (inclusive SANDIMMUN) tem sido relatada ocasionalmente a ocorrência de processos malignos (inclusive linfomas de Hodgkin).
2.3. Artrite reumatóide19
SANDIMMUN é indicado para o tratamento da artrite reumatóide19 ativa severa em pacientes para os quais os anti-reumáticos clássicos de ação lenta são inadequados ou ineficazes.
Para as "Recomendações práticas", "Contra-indicações", "Precauções", "Interações", "Efeitos colaterais5" e "Superdosagem", consulte as seções correspondentes em Transplantes.
Posologia
Durante as 6 primeiras semanas de tratamento, a dose recomendada é de 3 mg/kg/dia administrados por via oral em duas doses divididas. Se o efeito for insuficiente, a dose diária pode então ser aumentada gradativamente, conforme a tolerabilidade permitir (veja "Advertência"), mas não deve exceder 5 mg/kg. Para atingir eficácia plena, são necessárias até 12 semanas de terapia com SANDIMMUN.
Para o tratamento de manutenção, a dose deve ser ajustada individualmente de acordo com a tolerabilidade.
SANDIMMUN pode ser dado em combinação com corticosteróides em baixas doses e/ou com antiinflamatórios não-esteróides.
Advertência
Pacientes com função renal11 prejudicada, hipertensão20 não controlada, infecções21 não controladas ou qualquer tipo de malignidade não devem receber SANDIMMUN.
Como SANDIMMUN pode alterar a função renal11, deve-se estabelecer um nível inicial confiável da creatinina12 sérica, fazendo-se pelo menos duas determinações antes do tratamento, e a creatinina12 sérica deve ser monitorizada a intervalos de 2 semanas durante os 3 primeiros meses de tratamento. A partir de então, as determinações podem ser feitas a cada 4 semanas, mas são necessários testes freqüentes quando a dose de SANDIMMUN for aumentada ou o tratamento concomitante com antiinflamatórios não-esteróides for iniciado ou sua posologia for aumentada.
Ajuste da dose com base nos valores da creatinina12: se a creatinina12 sérica permanecer aumentada em mais de 30% acima do valor inicial, em mais de uma determinação, a posologia de SANDIMMUN deve ser reduzida. Se a creatinina12 sérica aumentar mais de 50%, é obrigatória a redução da posologia em 50%. Essas recomendações se aplicam mesmo que os valores do paciente estejam dentro dos limites normais do laboratório. Se a redução da dose não tiver sucesso na redução dos níveis em um mês, o tratamento com SANDIMMUN deve ser interrompido.
A interrupção do tratamento pode também se tornar necessária se a hipertensão20 desenvolvida durante o tratamento com SANDIMMUN não puder ser controlada por terapia anti-hipertensiva adequada.
Como ocorre com outros tratamentos imunossupressores prolongados, deve-se ter em mente o aumento do risco de doenças linfoproliferativas.
2.4. Psoríase22
SANDIMMUN é indicado em pacientes com psoríase22 severa, nos quais a terapia convencional4 é ineficaz ou inadequada.
Para as "Recomendações práticas", "Contra-indicações", "Precauções", "Interações", "Efeitos colaterais5" e "Superdosagem", consulte as seções correspondentes em Transplantes.
Posologia
Para induzir a remissão, a dose inicial recomendada é de 2,5 mg/kg/dia em duas doses orais divididas. Se não há melhora após um mês, a dose diária pode ser aumentada gradativamente, mas não deve exceder 5 mg/kg. O tratamento deve ser interrompido em pacientes que não obtenham resposta suficiente das lesões23 psoriáticas no prazo de 6 semanas, na posologia de 5 mg/kg/dia, ou quando a dose eficaz não for compatível com as normas de segurança abaixo (veja "Advertência").
Doses iniciais de 5 mg/kg/dia são justificadas em pacientes cuja afecção24 requer melhora rápida.
Para o tratamento de manutenção, as doses devem ser tituladas individualmente no nível eficaz mais baixo e não devem exceder 5 mg/kg/dia.
Advertência
Pacientes com função renal11 anormal, hipertensão20 não controlada, infecções21 não controladas ou qualquer tipo de malignidade excluída a de pele25 (veja abaixo) não devem receber SANDIMMUN. Requer-se cautela em pacientes com hiperuricemia ou hiperpotassemia.
Como SANDIMMUN pode prejudicar a função renal11, deve-se estabelecer um nível inicial confiável da creatinina12 sérica através de pelo menos duas determinações antes do tratamento e deve-se controlar a creatinina12 sérica a intervalos de 2 semanas, durante os 3 primeiros meses de terapia. Posteriormente, se a creatinina12 permanecer estável, as determinações deverão ser realizadas a cada 2 meses, em pacientes que estão na dose de 2,5 mg/kg/dia e, mensalmente, nos pacientes que requerem doses maiores. A dose de SANDIMMUN deverá ser reduzida em 25% a 50% se a creatinina12 sérica permanecer aumentada em mais de 30% em relação ao valor inicial. Essas recomendações se aplicam mesmo que os valores do paciente ainda estejam dentro dos limites normais do laboratório. Se a redução da dose não tiver êxito dentro de um mês, o tratamento com SANDIMMUN deverá ser descontinuado.
Recomenda-se igualmente a cessação da terapia com SANDIMMUN em caso de se desenvolver hipertensão20 durante o tratamento com SANDIMMUN que não possa ser controlada com terapia adequada.
Tem-se relatado o desenvolvimento de processos malignos (em particular na pele25) em pacientes psoriáticos em tratamento com SANDIMMUN, assim como com outros tratamentos convencionais. As lesões23 cutâneas26 não típicas da psoríase22, mas suspeitas de serem malignas ou pré-malignas, devem ser submetidas a biópsia18, antes de se iniciar o tratamento com SANDIMMUN. Pacientes com alterações malignas ou pré-malignas de pele25 devem ser tratados com SANDIMMUN somente após tratamento adequado dessas lesões23 e se não houver outra opção para uma terapia bem-sucedida.
Em alguns pacientes psoriáticos tratados com SANDIMMUN ocorreram distúrbios linfoproliferativos. Esses responderam à imediata descontinuação do medicamento. (Veja também a seção "Efeitos colaterais5" em Transplantes.)
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.