CONTRA-INDICAÇÕES SYNTOCINON
Hipersensibilidade ao fármaco1.Hipertonia2 das contrações uterinas, sofrimento fetal quando a expulsão não é eminente.
Qualquer estado em que, por razões fetais ou maternas, se desaconselha ou está contra-indicado o parto por via natural, ou seja, o parto vaginal; por exemplo, desproporção céfalo-pélvica3 significativa, má apresentação fetal; placenta prévia e vasos prévios, abrupção da placenta, apresentação ou prolapso4 do cordão umbilical5; distensão uterina excessiva ou diminuição da resistência do útero6 à ruptura, como por exemplo, em multíparas7, poli-hidrâmnios8, grande multiparidade e na presença de cicatriz9 uterina resultante de intervenções cirúrgicas importantes, inclusive da operação cesárea clássica.
Syntocinon não deve ser usado por períodos prolongados em pacientes com inércia uterina resistentes à oxitocina10, toxemia11 pré-eclâmpsia12 grave ou transtornos cardiovasculares severos.
- Precauções
A indução do parto por meio da oxitocina10 somente deverá ser efetuada quando estiver estritamente indicada por razões médicas e não por conveniência. A administração deve ser feita somente em condições hospitalares e sob controle médico qualificado. Quando administrado para a indução e estímulo do parto, Syntocinon somente deve ser administrado como perfusão intravenosa gota13-a-gota13 e nunca por injeção14 rápida subcutânea15, intramuscular ou intravenosa. É importante uma vigilância prudente da freqüência cardíaca fetal e da motilidade uterina (freqüência, intensidade e duração das contrações) a fim de poder adaptar a dose à resposta individual.
Quando Syntocinon é administrado para a indução do parto ou estímulo das contrações, requer-se atenção particular em presença de desproporção céfalo-pélvica3 limite, de inércia uterina secundária, de graus leves ou moderados de hipertensão16 induzida por gravidez17 ou cardiopatias, assim como em pacientes com mais de 35 anos de idade ou com antecedentes de operação cesárea do segmento uterino inferior.
No caso de morte fetal intra-uterina e/ou em presença de mecônio18 no líquido amniótico19, deve-se evitar um trabalho de parto agitado, pois pode provocar embolia20 por líquido amniótico19.
Como a oxitocina10 possui uma leve atividade antidiurética, a sua administração intravenosa prolongada em doses altas, junto com grandes volumes de líquido, como pode ocorrer no tratamento do aborto inevitável ou falho com feto21 morto, ou no tratamento da hemorragia22 pós-parto, pode provocar intoxicação associada a hiponatremia23. A fim de evitar essa complicação rara, deverão ser observadas as seguintes precauções sempre que se administrar altas doses de oxitocina10 durante tempo prolongado: deve-se utilizar um diluente que contenha eletrólitos24 (não a glicose25); o volume do líquido perfundido deve ser mantido reduzido (perfundindo-se a oxitocina10 em uma concentração mais alta que a recomendada para a indução do parto ou o estímulo das contrações); a ingestão oral de líquidos deve ser restringida; deve-se manter um controle do equilíbrio de líquidos e se deve determinar os eletrólitos24 séricos quando se suspeita de um desequilíbrio eletrolítico.
Quando se administra Syntocinon para a prevenção ou tratamento da hemorragia22 uterina deve-se evitar uma injeção14 intravenosa rápida, já que pode prococar uma queda aguda, de curta duração, da pressão arterial26.
- Interações
As prostaglandinas27 podem potencializar o efeito uterotônico da oxitocina10 e vice-versa; portanto, sua administração concomitante requer um controle muito cuidadoso.
Alguns anestésicos por inalação, como por exemplo, o ciclopropano ou o halotano, podem acentuar o efeito hipotensor da oxiticina e reduzir sua ação oxitócica. Também se observou que seu uso simultâneo com a oxitocina10 pode causar distúrbios do ritmo cardiaco.
Quando administrada durante ou após a anestesia28 epidural29, a oxitocina10 pode potencializar o efeito pressor dos agentes vasoconstritores simpaticomiméticos.