PRECAUÇÕES METOTREXATO

Atualizado em 25/05/2016
O METOTREXATO TEM UM ELEVADA TOXICIDADE1 POTENCIAL, GERALMENTE RELACIONADA COM AS DOSES. O MEDICO DEVE ESTAR FAMILIARIZADO COM AS VARIAS CARACTERISTICAS DO MEDICAMENTO E SEU USO CLINICO ESTABELECIDO. OS PACIENTES EM TRATAMENTO DEVEM SUJEITAR-SE A UM CONTROLE APROPRIADO, PARA QUE OS SINAIS2 OU SINTOMAS3 DE POSSIVEIS EFEITOS TOXICOS OU REACOES ADVERSAS POSSAM SER DETECTADOS E AVALIADOS NUM PRAZO MINIMO. PRE-TRATAMENTO E ESTUDOS HEMATOLOGICOS PERIODICOS SAO ESSENCIAIS PARA O USO DO METOTREXATO EM QUIMIOTERAPIA4, DEVIDO AO SEU EFEITO COMUM DE DEPRESSAO HEMATOPOIETICA. ISSO PODE OCORRER ABRUPTAMENTE E COM DOSE APARENTEMENTE SEGURA E QUALQUER QUEDA PROFUNDA NA CONTAGEM DE GLOBULOS SANGUINEOS5 REQUER A INTERRUPCAO IMEDIATA DO MEDICAMENTO E UMA TERAPIA ADEQUADA. EM PACIENTES PORTADORES DE DOENCA MALIGNA COM APLASIA DA MEDULA OSSEA6 PREEXISTENTE, LEUCOPENIA7, TROMBOCITOPENIA8 OU ANEMIA9, O MEDICAMENTO DEVE SER USADO COM CUIDADO OU ABOLIDO. O METOTREXATO E EXCRETADO PRINCIPALMENTE PELOS RINS10. O SEU USO, NA PRESENCA DE FUNCAO RENAL11 PREJUDICADA, PODE RESULTAR NO ACUMULO DE QUANTIDADES TOXICAS OU AINDA, MAIORES DANOS RENAIS. AS CONDICOES RENAIS DO PACIENTE DEVEM SER DETERMINADAS ANTES E DURANTE O TRATAMENTO PELO METOTREXATO, E O DEVIDO CUIDADO DEVE SER TOMADO NO CASO DE SER REVELADA UMA AFECCAO12 RENAL11 SIGNIFICATIVA. AS DOSES DO MEDICAMENTO DEVEM SER REDUZIDAS OU INTERROMPIDAS ATE QUE A FUNCAO RENAL11 MELHORE OU SEJA RESTAURADA. EM GERAL, SAO RECOMENDADOS OS SEGUINTES TESTES DE LABORATORIO COMO PARTE DA AVALIACAO CLINICA ESSENCIAL E O DEVIDO CONTROLE DOS PACIENTES ESCOLHIDOS OU QUE RECEBEM O TRATAMENTO PELO METOTREXATO: HEMOGRAMA COMPLETO; HEMATOCRITO13; EXAME DE URINA14; TESTES DA FUNCAO RENAL11 E TESTES DA FUNCAO HEPATICA15. E TAMBEM RECOMENDADA A RADIOGRAFIA DO TORAX16. O PROPOSITO E PARA DETERMINAR QUALQUER DISFUNCAO ORGANICA JA EXISTENTE OU AFECCAO12 SISTEMICA. OS TESTES DEVEM SER REALIZADOS ANTES DO TRATAMENTO, EM PERIODOS APROPRIADOS DURANTE A TERAPIA E APOS O TERMINO DESTA. PODE SER UTIL OU IMPORTANTE FAZER A BIOPSIA17 DO FIGADO18 OU ESTUDOS DE ASPIRACAO DA MEDULA OSSEA6, ISSO QUANDO UMA TERAPIA COM ALTAS DOSES OU PROLONGADA ESTA SENDO SEGUIDA. O METOTREXATO SE LIGA PREDOMINANTEMENTE A ALBUMINA19 DO SORO20 APOS A INJECAO21 E A TOXICIDADE1 PODE SER AUMENTADA DEVIDO AO DESLOCAMENTO POR CERTAS DROGAS, TAIS COMO, SALICILATOS, SULFONAMIDAS, DIFENIL-HIDANTOINA, FENILBUTAZONA E ALGUNS AGENTES ANTIBACTERIANOS, TAIS COMO, TETRACICLINA, CLORANFENICOL E ACIDO PARAAMINOBENZOICO. ESTAS DROGAS, ESPECIALMENTE SALICILATOS, FENILBUTAZONA E SULFONAMIDAS, QUER ANTIBACTERIANAS, HIPOGLICEMICAS OU DIURETICAS, NAO DEVEM SER DADAS CONCOMITANTEMENTE ATE QUE O SIGNIFICADO DESSES ACHADOS SEJA ESTABELECIDO. OS PREPARADOS VITAMINICOS CONTENDO ACIDO FOLICO OU SEUS DERIVADOS PODEM ALTERAR AS RESPOSTAS AO METOTREXATO. O METOTREXATO DEVE SER USADO COM EXTREMO CUIDADO NA PRESENCA DE INFECCAO22, ULCERA PEPTICA23, COLITE24 ULCERATIVA, FRAQUEZA E OS EXTREMOS DA INFANCIA OU VELHICE. SE HOUVER LEUCOPENIA7 PROFUNDA DURANTE A TERAPIA, PODE OCORRER INFECCAO22 BACTERIANA, QUE PODE SE TORNAR UMA AMEACA. NESSE CASO, E GERALMENTE INDICADA A CESSACAO DO MEDICAMENTO E UMA TERAPIA ANTIBIOTICA APROPRIADA. NA DEPRESSAO GRAVE DA MEDULA OSSEA6, PODEM SER NECESSARIAS TRANSFUSOES DE SANGUE25 OU DE PLAQUETAS26. DESDE QUE ESTA RELATADO QUE METOTREXATO PODE TER UMA ACAO IMUNOSSUPRESSORA, ESTE FATOR DEVE SER LEVADO EM CONSIDERACAO NA AVALIACAO DO USO DA DROGA, NOS CASOS EM QUE AS RESPOSTAS IMUNES DE UM PACIENTE PODEM SER IMPORTANTES OU ESSENCIAIS. CARCINOGENESE, MUTAGENESE E PREJUIZO DA FERTILIDADE: COMO A MAIORIA DOS AGENTES ANTICANCER, O METOTREXATO PODE APRESENTAR POTENCIAL CARCINOGENICO (VER ADVERTENCIAS). USO NA GRAVIDEZ27: O METOTREXATO TEM CAUSADO MORTES DE FETOS E/OU ANOMALIAS CONGENITAS28 NAO SENDO PORTANTO, RECOMENDADO PARA MULHERES COM POTENCIAL PARA ENGRAVIDAR A MENOS QUE HAJA EVIDENCIA MEDICA APROPRIADA DE QUE OS BENEFICIOS ESPERADOS PARA A MAE SOBREPUJEM OS RISCOS CONSIDERADOS AO FETO29. AS PACIENTES PSORIATICAS GRAVIDAS NAO DEVEM RECEBER O METOTREXATO (VER ADVERTENCIAS). - USO NA LACTACAO30: DEVIDO AO POTENCIAL DO METOTREXATO CAUSAR REACOES ADVERSAS GRAVES EM LACTENTES31, DEVE-SE TOMAR A DECISAO DE DESCONTINUAR A AMAMENTACAO32 OU A DROGA, LEVANDO EM CONSIDERACAO A IMPORTANCIA DA DROGA PARA A MAE. EM TODOS OS CASOS EM QUE O USO DO METOTREXATO E CONSIDERADO PARA A QUIMIOTERAPIA4, O MEDICO DEVE AVALIAR A NECESSIDADE E UTILIDADE DO MEDICAMENTO CONTRA OS RISCOS DE EFEITOS TOXICOS OU REACOES ADVERSAS. A MAIORIA DESSAS REACOES ADVERSAS SAO REVERSIVEIS SE DETECTADAS PRECOCEMENTE. QUANDO TAIS EFEITOS OU REACOES OCORREM, O MEDICAMENTO DEVE TER SUA DOSAGEM REDUZIDA OU INTERROMPIDA E DEVEM SER TOMADAS AS MEDIDAS CORRETIVAS APROPRIADAS, DE ACORDO COM A OPINIAO CLINICA DO MEDICO. A RETOMADA DO TRATAMENTO PELO METOTREXATO DEVE SER FEITA COM CUIDADO, ESTUDANDO-SE ADEQUADAMENTE SE HA NECESSIDADE DE CONTINUAR COM O MEDICAMENTO E FICANDO ALERTA QUANTO A POSSIVEL VOLTA DA TOXICIDADE1.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
2 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
3 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
4 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
5 Glóbulos Sanguíneos: Células encontradas no líquido corpóreo circulando por toda parte do SISTEMA CARDIOVASCULAR.
6 Medula Óssea: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
7 Leucopenia: Redução no número de leucócitos no sangue. Os leucócitos são responsáveis pelas defesas do organismo, são os glóbulos brancos. Quando a quantidade de leucócitos no sangue é inferior a 6000 leucócitos por milímetro cúbico, diz-se que o indivíduo apresenta leucopenia.
8 Trombocitopenia: É a redução do número de plaquetas no sangue. Contrário de trombocitose. Quando a quantidade de plaquetas no sangue é inferior a 150.000/mm³, diz-se que o indivíduo apresenta trombocitopenia (ou plaquetopenia). As pessoas com trombocitopenia apresentam tendência de sofrer hemorragias.
9 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
10 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
11 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
12 Afecção: Qualquer alteração patológica do corpo. Em psicologia, estado de morbidez, de anormalidade psíquica.
13 Hematócrito: Exame de laboratório que expressa a concentração de glóbulos vermelhos no sangue.
14 Exame de urina: Também chamado de urinálise, o teste de urina é feito através de uma amostra de urina e pode diagnosticar doenças do sistema urinário e outros sistemas do organismo. Alguns testes são feitos em uma amostra simples e outros pela coleta da urina durante 24 horas. Pode ser feita uma cultura da urina para verificar o crescimento de bactérias na urina.
15 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
16 Tórax:
17 Biópsia: 1. Retirada de material celular ou de um fragmento de tecido de um ser vivo para determinação de um diagnóstico. 2. Exame histológico e histoquímico. 3. Por metonímia, é o próprio material retirado para exame.
18 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
19 Albumina: Proteína encontrada no plasma, com importantes funções, como equilíbrio osmótico, transporte de substâncias, etc.
20 Soro: Chama-se assim qualquer líquido de características cristalinas e incolor.
21 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
22 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
23 Úlcera péptica: Lesão na mucosa do esôfago, estômago ou duodeno. Também chamada de úlcera gástrica ou duodenal. Pode ser provocada por excesso de ácido clorídrico produzido pelo próprio estômago ou por medicamentos como antiinflamatórios ou aspirina. É uma doença infecciosa, causada pela bactéria Helicobacter pylori em quase 100% dos casos. Os principais sintomas são: dor, má digestão, enjôo, queimação (azia), sensação de estômago vazio.
24 Colite: Inflamação da porção terminal do cólon (intestino grosso). Pode ser devido a infecções intestinais (a causa mais freqüente), ou a processos inflamatórios diversos (colite ulcerativa, colite isquêmica, colite por radiação, etc.).
25 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
26 Plaquetas: Elemento do sangue (não é uma célula porque não apresenta núcleo) produzido na medula óssea, cuja principal função é participar da coagulação do sangue através da formação de conglomerados que tamponam o escape do sangue por uma lesão em um vaso sangüíneo.
27 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
28 Congênitas: 1. Em biologia, o que é característico do indivíduo desde o nascimento ou antes do nascimento; conato. 2. Que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso. 3. Que combina bem com; apropriado, adequado. 4. Em termos jurídicos, é o que foi adquirido durante a vida fetal ou embrionária; nascido com o indivíduo. Por exemplo, um defeito congênito.
29 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
30 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
31 Lactentes: Que ou aqueles que mamam, bebês. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
32 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.

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