POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO AMPICILINA

Atualizado em 25/05/2016
INFECCOES1 DAS VIAS RESPIRATORIAS: 250-500 MG A CADA 6 HORAS PARA ADULTOS; 25-50 MG/KG/DIA EM DOSES IGUAIS A CADA 6 A 8 HORAS PARA CRIANCAS. INFECCOES1 DAS VIAS GENITURINARIAS: 500 MG A CADA 6 HORAS PARA ADULTOS; 50-100 MG/KG/DIA EM DOSES IGUAIS A CADA 6 A 8 HORAS PARA CRIANCAS. MENINGITE2 BACTERIAL: 8 A 14 G A CADA 24 HORAS PARA ADULTOS; 100 A 200 MG/KG/DIA PARA CRIANCAS. PODEM SER NECESSARIAS DOSES MAIORES PARA INFECCOES1 GRAVES. AS DOSES RECOMENDADAS PARA CRIANCAS DESTINAM-SE AQUELAS CUJO PESO NAO RESULTE EM DOSES MAIS ALTAS QUE PARA ADULTOS. DOSES MENORES QUE AS RECOMENDADAS ACIMA NAO DEVEM SER UTILIZADAS. EM INFECCOES1 GRAVES O TRATAMENTO PODERA TER QUE SE PROLONGAR POR VARIAS SEMANAS, E MESMO DOSES MAIS ELEVADAS PODERAO SER NECESSARIAS. OS PACIENTES DEVEM CONTINUAR O TRATAMENTO POR PELO MENOS 48 A 72 HORAS APOS CESSAREM TODOS OS SINTOMAS3 OU TORNAREM-SE NEGATIVAS AS CULTURAS. AS INFECCOES1 POR ESTREPTOCOCOS HEMOLITICOS REQUEREM UM MINIMO DE 10 DIAS DE TRATAMENTO PARA EVITAR MANIFESTACOES DE FEBRE REUMATICA4 OU GLOMERULONEFRITE5. NAS INFECCOES1 DAS VIAS GENITURINARIAS E GASTRINTESTINAIS, SAO NECESSARIAS FREQUENTES AVALIACOES BACTERIOLOGICAS E CLINICAS ASSIM COMO EXAMES POS-TRATAMENTO REPETIDOS POR VARIOS MESES PARA CONFIRMACAO DE CURA BACTERIOLOGICA. INFECCOES1 POR NEISSERIA GONORRHOEAE, INFECCOES1 URETRAIS, CERVICAIS, RETAIS E FARINGEANAS EM ADULTOS PODEM SER TRATADAS COM DOSE ORAL UNICA DE 3,5 G DE AMPICILINA ASSOCIADA A 1 G DE PROBENECIDE ADMINISTRADOS SIMULTANEAMENTE. DEVE-SE REALIZAR SEGUIMENTO POR MEIO DE CULTURAS DE 4 A 7 DIAS EM HOMENS E DE 7 A 14 DIAS EM MULHERES, APOS O TRATAMENTO. TODOS OS PACIENTES COM GONORREIA6 DEVERIAM TER TESTE SOROLOGICO PARA A SIFILIS7 NA EPOCA DO DIAGNOSTICO8. PACIENTES COM SOROLOGIA NEGATIVA, QUE APRESENTAM LESAO9 SUSPEITA DE SIFILIS7 DEVERIAM FAZER SEGUIMENTO DE CONTROLE SOROLOGICO MENSAL DURANTE 4 MESES PARA DETECTAR POSSIVEL SIFILIS7 MASCARADA PELO TRATAMENTO DA GONORREIA6. PACIENTES COM GONORREIA6 QUE APRESENTAM SIFILIS7 CONCOMITANTE DEVEM RECEBER TRATAMENTO ADICIONAL PARA SIFILIS7 DE ACORDO COM SEU ESTAGIO. - DOSAGEM: ADULTOS E CRIANCAS ACIMA DE 20 KG DE PESO: PARA INFECCOES1 GENITURINARIAS E DO TRATO GASTRINTESTINAL, TAMBEM PARA GONORREIA6 EM HOMENS E MULHERES A DOSE USUAL E DE 500 MG ADMINISTRADAS EM DOSES ESPACADAS, INFECCOES1 AGUDAS E CRONICAS REQUEREM DOSES MAIORES. O TRATAMENTO DA GONORREIA6 REQUER DOSES ORAIS DE 3,5 G DE AMPICILINA ADMINISTRADA SIMULTANEAMENTE COM 1 G DE PROBENECIDA. MEDICOS ADVERTEM SOBRE O USO DA DOSAGEM RECOMENDADA PARA O TRATAMENTO DA GONORREIA6. DEVEM SER FEITAS NOVAS CULTURAS NA SECRECAO APOS 7 E 14 DIAS APOS O TRATAMENTO. PARA INFECCOES1 DO TRATO RESPIRATORIO A DOSE USUAL E DE 250 MG ESPACADA. CRIANCAS PESANDO 20 KG OU MENOS: PARA INFECCOES1 GENITURINARIAS E NO TRATO GASTRINTESTINAL A DOSE USUAL E DE 100 MG/KG/DIA. PARA INFECCOES1 RESPIRATORIAS, A DOSE USUAL E DE 50 MG/KG/DIA DIVIDIDA EM 4 VEZES. PARA TODOS OS CASOS O TRATAMENTO DEVE CONTINUAR POR UM MINIMO DE 48 A 72 HORAS APOS O DESAPARECIMENTO DOS SINTOMAS3 PARA QUE A ERRADICACAO BACTERIANA SEJA EVIDENCIADA. AMPICILINA PROBENECIDE DEVE SER ADMINISTRADA EM DOSE UNICA. - CONDUTA NA SUPERDOSAGEM: AS PENICILINAS APRESENTAM TOXICIDADE10 MINIMA AO HOMEM. E IMPROVAVEL QUE EFEITOS TOXICOS GRAVES RESULTEM DE INGESTAO, MESMO QUE EM LARGAS DOSES. O PERIGO POTENCIAL ASSOCIADO A ADMINISTRACAO DE ALTAS DOSES POR VIA PARENTERAL E O POSSIVEL EFEITO IRRITANTE SOBRE O SISTEMA NERVOSO CENTRAL11 E PERIFERICO, PODENDO CAUSAR ATAQUE EPILEPTIFORME12. PACIENTES COM DISFUNCAO RENAL13 SAO MAIS SUSCEPTIVEIS A ALCANCAR NIVEIS SANGUINEOS TOXICOS. DESDE QUE NAO EXISTA ANTIDOTO14, O TRATAMENTO, SE NECESSARIO, DEVE SER DE SUPORTE. A AMPICILINA PODE SER REMOVIDA POR HEMODIALISE15, MAS NAO POR DIALISE PERITONEAL16.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
2 Meningite: Inflamação das meninges, aguda ou crônica, quase sempre de origem infecciosa, com ou sem reação purulenta do líquido cefalorraquidiano. As meninges são três membranas superpostas (dura-máter, aracnoide e pia-máter) que envolvem o encéfalo e a medula espinhal.
3 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
4 Febre reumática: Doença inflamatória produzida como efeito inflamatório anormal secundário a infecções repetidas por uma bactéria chamada estreptococo beta-hemolítico do grupo A. Caracteriza-se por inflamação das articulações, febre, inflamação de uma ou mais de uma estrutura cardíaca, alterações neurológicas, eritema cutâneo. Com o tratamento mais intensivo da faringite estreptocócica, a freqüência desta doença foi consideravelmente reduzida.
5 Glomerulonefrite: Inflamação do glomérulo renal, produzida por diferentes mecanismos imunológicos. Pode produzir uma lesão irreversível do funcionamento renal, causando insuficiência renal crônica.
6 Gonorreia: Infecção bacteriana que compromete o trato genital, produzida por uma bactéria chamada Neisseria gonorrhoeae. Produz uma secreção branca amarelada que sai pela uretra juntamente com ardor ao urinar. É uma causa de infertilidade masculina.Em mulheres, a infecção pode não ser aparente. Se passar despercebida, pode se tornar crônica e ascender, atingindo os anexos uterinos (trompas, útero, ovários) e causar Doença Inflamatória Pélvica e mesmo infertilidade feminina.
7 Sífilis: Doença transmitida pelo contato sexual, causada por uma bactéria de forma espiralada chamada Treponema pallidum. Produz diferentes sintomas de acordo com a etapa da doença. Primeiro surge uma úlcera na zona de contato com inflamação dos gânglios linfáticos regionais. Após um período a lesão inicial cura-se espontaneamente e aparecem lesões secundárias (rash cutâneo, goma sifilítica, etc.). Em suas fases tardias pode causar transtorno neurológico sério e irreversível, que felizmente após o advento do tratamento com antibióticos tem se tornado de ocorrência rara. Pode ser causa de infertilidade e abortos espontâneos repetidos.
8 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
9 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
10 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
11 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
12 Epileptiforme: Semelhante à epilepsia, a seus sintomas ou às suas manifestações.
13 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
14 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.
15 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
16 Diálise peritoneal: Ao invés de utilizar um filtro artificial para “limpar“ o sangue, é utilizado o peritônio, que é uma membrana localizada dentro do abdômen e que reveste os órgãos internos. Através da colocação de um catéter flexível no abdômen, é feita a infusão de um líquido semelhante a um soro na cavidade abdominal. Este líquido, que chamamos de banho de diálise, vai entrar em contato com o peritônio, e por ele será feita a retirada das substâncias tóxicas do sangue. Após um período de permanência do banho de diálise na cavidade abdominal, este fica saturado de substâncias tóxicas e é então retirado, sendo feita em seguida a infusão de novo banho de diálise. Esse processo é realizado de uma forma contínua e é conhecido por CAPD, sigla em inglês que significa diálise peritoneal ambulatorial contínua. A diálise peritoneal é uma forma segura de tratamento realizada atualmente por mais de 100.000 pacientes no mundo todo.

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.