PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS CARBOLITIUM CR

Atualizado em 25/05/2016

O LÍTIO PODE CAUSAR MÁ FORMAÇÃO FETAL QUANDO ADMINISTRADO À MULHERES GRÁVIDAS. HÁ RELATOS DO LÍTIO TER CAUSADO EFEITOS ADVERSOS NA FASE DE NIDAÇÃO1 EMBRIONÁRIA EM RATOS, VIABILIDADE EMBRIONÁRIA EM CAMUNDONGOS E NO METABOLISMO2 IN VITRO DOS TESTÍCULOS3 DE RATOS E ESPERMATOZÓIDES4 HUMANOS. ESTUDOS EM RATOS, COELHOS E MACACOS COMPROVAM O EFEITO TERATOGÊNICO5 DO LÍTIO. DADOS SUGEREM UM AUMENTO NO NÚMERO DE ANOMALIAS CARDÍACAS, ENTRE OUTRAS, AO NASCIMENTO, CAUSADAS PELO LÍTIO, ESPECIALMENTE A ANOMALIA DE EBSTEIN. SE A MULHER ENGRAVIDAR DURANTE O TRATAMENTO COM O LÍTIO, ELA DEVE ESTAR CIENTE DOS POTENCIAIS RISCOS PARA O FETO6. A LITIOTERAPIA DEVE SER RETIRADA DURANTE O PRIMEIRO TRIMESTRE DE GRAVIDEZ7, SE POSSÍVEL, A MENOS QUE ISSO DETERMINE UM SÉRIO DANO PARA A MULHER. UMA VEZ QUE O LÍTIO É EXCRETADO NO LEITE, TAMBÉM NÃO É ACONSELHÁVEL A AMAMENTAÇÃO8 NATURAL.
A TERAPIA CRÔNICA COM O LÍTIO PODE DETERMINAR A DIMINUÍÇÃO DA CAPACIDADE DE CONCENTRAÇÃO RENAL9, PRESENTE NA DIABETES INSIPIDUS10 LEVANDO A POLIÚRIA11 E POLIDIPSIA12. ESTES PACIENTES DEVEM SER MONITORADOS COM CUIDADO PARA EVITAR A DESIDRATAÇÃO13 E OS RISCOS DA INTOXICAÇÃO PELO LÍTIO. ESTA CONDIÇÃO GERALMENTE É REVERTIDA COM A RETIRADA DO LÍTO.
ALTERAÇÕES NA MORFOLOGIA DOS GLOMÉRULOS14, FIBROSE15 INTERSTICIAL16 E ATROFIA17 DOS NEFRONS18 SÃO OBSERVADAS DURANTE A TERAPIA CRÔNICA COM O LÍTIO. ESTAS ALTERAÇÕES TAMBÉM SÃO OBSERVADAS EM INDIVÍDUOS BIPOLARES QUE NUNCA FORAM EXPOSTOS AO TRATAMENTO COM O LÍTIO. A RELAÇÃO ENTRE FUNÇÃO RENAL9,
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS E A ASSOCIAÇÃO DESTAS COM A LITIOTERAPIA NÃO ESTÁ BEM ESTABELECIDA. O QUE SE SABE É QUE O CARBOLITIUM CR (CARBONATO DE LÍTIO), QUANDO EM DOSES TERAPÊUTICAS NÃO ESTÁ ASSOCIADO À DOENÇAS RENAIS TERMINAIS. PARA AVALIAR A FUNÇÃO RENAL9, ANÁLISES URINÁRIAS DE ROTINA DEVEM SER REALIZADAS ANTES DO INÍCIO DO TRATAMENTO E NA FASE DE MANUTENÇÃO.
PODE SE MONITORAR A FUNÇÃO TUBULAR ATRAVÉS DE TESTES DA CONCENTRAÇÃO URINÁRIA E A FUNÇÃO GLOMERULAR ATRAVÉS DA DOSAGEM DE CREATININA19.
ALTERAÇÕES SÚBITAS OU PROGRESSIVAS DA FUNÇÃO RENAL9, DURANTE O USO DO LÍTIO, DEVEM LEVAR A REAVALIAÇÃO DO TRATAMENTO.
A TOXICIDADE20 DO LÍTIO ESTÁ RELACIONADA COM OS SEUS NÍVEIS SÉRICOS E OCORRE PRÓXIMO ÀS DOSES TERAPÊUTICAS (VER POSOLOGIA).
O CARBOLITIUM CR (CARBONATO DE LÍTIO) É EXCRETADO QUASE QUE EXCLUSIVAMENTE ATRAVÉS DA URINA21 COM INSIGNIFICANTE ELIMINAÇÃO PELAS FEZES. A EXCREÇÃO RENAL9 DO LÍTIO É PROPORCIONAL À SUA CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA. A MEIA VIDA DE ELIMINAÇÃO DO LÍTIO É DE APROXIMADAMENTE 24 HORAS. O CARBOLITIUM CR (CARBONATO DE LÍTIO) DIMINUI A REABSORÇÃO DE SÓDIO NOS TÚBULOS RENAIS PODENDO LEVAR À DEPLEÇÃO22 DO SÓDIO. PORTANTO, É ESSENCIAL QUE O PACIENTE MANTENHA UMA DIETA NORMAL, INCLUINDO A INGESTA DE SAL E ADEQUADA INGESTÃO LÍQUIDA (2-3 L/DIA) PELO MENOS DURANTE O PERÍODO DE ESTABILIZAÇÃO DO TRATAMENTO. A DEPLEÇÃO22 DO CLORETO DE SÓDIO EM UMA DIETA BAIXA EM SAL
AUMENTA A TOXICIDADE20 DO LÍTIO. DIMINUIÇÃO DA TOLERÂNCIA AO LÍTIO PODE SER OCASIONADA POR QUADROS INFECCIOSOS COM TEMPERATURA ELEVADA, SUDORESE23 PROLONGADA OU DIARRÉIA24 E, CASO OCORRAM, DEVE-SE AUMENTAR A INGESTÃO DE LÍQUIDOS E SAL. UMA INTERRUPÇÃO TEMPORÁRIA DA LITIOTERAPIA PODE SER NECESSÁRIA.
DOENÇAS NA TIREÓIDE PRÉVIAS NÃO NECESSARIAMENTE CONSTITUEM UMA CONTRAINDICAÇÃO AO USO DO LÍTIO; EM CASOS DE HIPOTIREOIDISMO25, MONITORAÇÃO CUIDADOSA DA FUNÇÃO TIREOIDEANA DURANTE AS FASES DE ESTABILIZAÇÃO E DE MANUTENÇÃO DA LITIOTERAPIA, PERMITEM A CORREÇÃO DAS ALTERAÇÕES TIREOIDEANAS, QUANDO OCORREREM. SE O HIPOTIREOIDISMO25 OCORRER DURANTE A FASE DE ESTABILIZAÇÃO OU DE MANUTENÇÃO, HORMÔNIOS TIREOIDEANOS SUPLEMENTARES PODEM SER UTILIZADOS.
O LÍTIO NÃO PROVOCA OU LEVA À DEPENDÊNCIA.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Nidação: Implantação.
2 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
3 Testículos: Os testículos são as gônadas sexuais masculinas que produzem as células de fecundação ou espermatozóides. Nos mamíferos ocorrem aos pares e são protegidos fora do corpo por uma bolsa chamada escroto. Têm função de glândula produzindo hormônios masculinos.
4 Espermatozóides: Células reprodutivas masculinas.
5 Teratogênico: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
6 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
7 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
8 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
9 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
10 Diabetes insipidus: Condição caracterizada por micções freqüentes e volumosas, sede excessiva e sensação de fraqueza. Esta condição pode ser causada por um defeito na glândula pituitária ou no rim. Na diabetes insipidus os níveis de glicose estão normais.
11 Poliúria: Diurese excessiva, pode ser um sinal de diabetes.
12 Polidipsia: Sede intensa, pode ser um sinal de diabetes.
13 Desidratação: Perda de líquidos do organismo pelo aumento importante da freqüência urinária, sudorese excessiva, diarréia ou vômito.
14 Glomérulos: 1. Pequeno tufo ou novelo de fibras nervosas ou vasos sanguíneos, especialmente de capilares. 2. Rede de capilares recoberta por células epiteliais nos rins, é o local onde o sangue é filtrado e os produtos de excreção são removidos. 3. Inflorescência cimosa na qual as flores são subsésseis e muito próximas entre si, formando um aglomerado de aspecto globoso.
15 Fibrose: 1. Aumento das fibras de um tecido. 2. Formação ou desenvolvimento de tecido conjuntivo em determinado órgão ou tecido como parte de um processo de cicatrização ou de degenerescência fibroide.
16 Intersticial: Relativo a ou situado em interstícios, que são pequenos espaços entre as partes de um todo ou entre duas coisas contíguas (por exemplo, entre moléculas, células, etc.). Na anatomia geral, diz-se de tecido de sustentação localizado nos interstícios de um órgão, especialmente de vasos sanguíneos e tecido conjuntivo.
17 Atrofia: 1. Em biologia, é a falta de desenvolvimento de corpo, órgão, tecido ou membro. 2. Em patologia, é a diminuição de peso e volume de órgão, tecido ou membro por nutrição insuficiente das células ou imobilização. 3. No sentido figurado, é uma debilitação ou perda de alguma faculdade mental ou de um dos sentidos, por exemplo, da memória em idosos.
18 Néfrons: Unidades funcionais do rim formadas pelos glomérulos renais e seus respectivos túbulos.
19 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
20 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
21 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
22 Depleção: 1. Em patologia, significa perda de elementos fundamentais do organismo, especialmente água, sangue e eletrólitos (sobretudo sódio e potássio). 2. Em medicina, é o ato ou processo de extração de um fluido (por exxemplo, sangue) 3. Estado ou condição de esgotamento provocado por excessiva perda de sangue. 4. Na eletrônica, em um material semicondutor, medição da densidade de portadores de carga abaixo do seu nível e do nível de dopagem em uma temperatura específica.
23 Sudorese: Suor excessivo
24 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
25 Hipotireoidismo: Distúrbio caracterizado por uma diminuição da atividade ou concentração dos hormônios tireoidianos. Manifesta-se por engrossamento da voz, aumento de peso, diminuição da atividade, depressão.

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.