POSOLOGIA CEFTRAT

Atualizado em 28/05/2016
Administração intramuscular:
O conteúdo do frasco-ampola deve ser dissolvido em 3ml de água para injeção1 (água bidestilada, estéril e apirogênica). Agitar o frasco-ampola até total dissolução do pó.
A cefazolina reconstituída deverá ser injetada profundamente no músculo glúteo. É pouco frequente a ocorrência de dor no momento da injeção1.
Administração intravenosa direta:
O conteúdo do frasco-ampola de 1g deve ser dissolvido em, no mínimo 10 ml de água para injeção1 (água bidestilada,estéril e apirogênica). Agitar o frasco-ampola até total dissolução do pó, e injetar a solução diretamente na veia ou através de tubo, lentamente, no prazo de 3 a 5 minutos. Não injetar em menos de 3 minutos.
Administração por infusão intravenosa intermitente2:
A cefazolina pode ser administrada junto com líquidos intravenosos por meio de um dispositivo para controle de volume (infusão contínua), separadamente ou com um frasco secundário para administração intravenosa (infusão intermitente2).
As soluções devem ser reconstituídas com 10ml de água para injeção1 (água bidestilada estéril e apirogênica) e após, diluídas em 50 a 100ml das seguintes soluções intravenosas:
. Cloreto de sódio a 0,9%
. Glicose3 5% ou 10%
. Glicose3 5% em Ringer lactato4
. Glicose3 5% em cloreto de sódio a 0,9% (Solução glicofisiológica)
. Ringer lactato4
. Frutose5 5% e 10%
. Solução de Ringer
Estabilidade das soluções após reconstituição:
. Quando reconstituída e diluída com cloreto de sódio a 0,9%, glicose3 5% e 10%, as soluções são estáveis por 24 horas em temperatura ambiente ou 96 horas (4 dias) a 5oC ou por 12 semanas quando congeladas imediatamente após a reconstituição no frasco original e armazenada a -20oC. Uma vez descongelada, essa solução é estável por 24 horas em temperatura ambiente ou 4 dias sob refrigeração. Não poderá ser recongelada.
.  Quando reconstituída e diluída nas demais soluções intravenosas indicadas, deve ser usada dentro de 24 horas após a diluição se conservada sob refrigeração. O produto diluído com essas soluções não pode ser congelado.
. Antes da administração, inspecionar visualmente quanto à existência de partículas e descoloração.
Dose usual para adultos:
 
                               Pacientes com função renal6 reduzida:
. Pacientes com um clearance de creatinina7 > 55ml/min ou uma creatinina7 sérica < 1,5mg% podem receber doses totais;
. Pacientes com um clearance de creatinina7 de 35 a 54ml/min ou creatinina7 sérica de 1,6 a 3,0mg%, podem receber doses totais com intervalo de pelo menos 8 horas;
. Pacientes com clearance de creatinina7 de 11 a 34ml/min ou creatinina7 sérica de 3,1 a 4,5mg%, devem receber a metade da dose usual a cada 12 horas;
. Pacientes com clearance de creatinina7 < 10ml/min ou creatinina7 sérica >4,6mg% devem receber a metade da dose usual a cada 18 a 24 horas.
. Todas as recomendações de redução de doses devem ser aplicadas após uma dose inicial de reforço apropriada à gravidade da infecção8.
Pacientes submetidos a diálise peritoneal9 (2 litros/hora):
Os níveis séricos da cefazolina foram aproximadamente de 10 a 30mcg/ml, após 24 horas de instilação de uma solução da diálise10 contendo 50mg/l e 150mg/l, respectivamente. A média dos níveis séricos máximos foi de 29mcg/ml (variação de 13 a 44mcg/ml) com 50mg/l (3 pacientes) e 72mcg/ml (variação de 26 a 142mcg/ml) com 150mg/l (6 pacientes).
Dose usual para crianças:
A dose diária total de 25 a 50mg/kg de peso corporal, dividida em 3 ou 4 doses iguais, é eficaz para a maioria das infecções11 leves a moderadamente graves. A dose total diária pode ser aumentada para 100mg/kg de peso corporal em infecções11 graves.
Em crianças com insuficiência renal12 leve a moderada (clearance de creatinina7 de 70 - 40ml/min), 60% da dose diária normal administrada em doses divididas a cada 12 horas deverá ser suficiente. Em crianças com insuficiência13 moderada (clearance de 40 - 20ml/min), 25% da dose diária normal em doses divididas a cada 12 horas deverá ser suficiente. Em crianças com insuficiência renal12 grave (clearance de creatinina7 de 20 - 5ml/min), 10% da dose total administrada a cada 24 horas deverá ser adequada.
Todas as recomendações para doses se aplicam após uma dose inicial de reforço.
Uso profilático:
. Para prevenir infecções11 pós-operatórias em cirurgias contaminadas ou potencialmente contaminadas, as doses recomendadas são as seguintes:
a) 1g IV ou IM administrados 30 e 60 minutos antes do início de cirurgia;
b) Para cirurgias prolongadas (por ex: 2 horas ou mais) 0,5 a 1g IV ou IM durante a cirurgia (a administração pode ser modificada dependendo da duração da cirurgia);
c) 0,5 a 1g IV ou IM cada 6 ou 8 horas após a cirurgia.
É importante que:
. a dose pré-operatória seja administrada 30 a 60 minutos antes do início da cirurgia, de maneira que níveis adequados de antibiótico estejam presentes no soro14 e tecidos no momento da incisão15 inicial;
. a cefazolina será administrada se necessário, em intervalos apropriados durante a cirurgia, para proporcionar níveis de antibiótico suficientes nos momentos previstos de maior exposição aos microrganismos infectantes. Na cirurgia em que a ocorrência de infecção8 representa um grave risco (por ex: cirurgia cardíaca a céu aberto e artroplastia com prótese16), a administração profilática pode ser prolongada por 3 a 5 dias após a cirurgia.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
2 Intermitente: Nos quais ou em que ocorrem interrupções; que cessa e recomeça por intervalos; intervalado, descontínuo. Em medicina, diz-se de episódios de febre alta que se alternam com intervalos de temperatura normal ou cujas pulsações têm intervalos desiguais entre si.
3 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
4 Lactato: Sal ou éster do ácido láctico ou ânion dele derivado.
5 Frutose: Açúcar encontrado naturalmente em frutas e mel. A frutose encontrada em alimentos processados é derivada do milho. Contém quatro calorias por grama.
6 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
7 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
8 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
9 Diálise peritoneal: Ao invés de utilizar um filtro artificial para “limpar“ o sangue, é utilizado o peritônio, que é uma membrana localizada dentro do abdômen e que reveste os órgãos internos. Através da colocação de um catéter flexível no abdômen, é feita a infusão de um líquido semelhante a um soro na cavidade abdominal. Este líquido, que chamamos de banho de diálise, vai entrar em contato com o peritônio, e por ele será feita a retirada das substâncias tóxicas do sangue. Após um período de permanência do banho de diálise na cavidade abdominal, este fica saturado de substâncias tóxicas e é então retirado, sendo feita em seguida a infusão de novo banho de diálise. Esse processo é realizado de uma forma contínua e é conhecido por CAPD, sigla em inglês que significa diálise peritoneal ambulatorial contínua. A diálise peritoneal é uma forma segura de tratamento realizada atualmente por mais de 100.000 pacientes no mundo todo.
10 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
11 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
12 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
13 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
14 Soro: Chama-se assim qualquer líquido de características cristalinas e incolor.
15 Incisão: 1. Corte ou golpe com instrumento cortante; talho. 2. Em cirurgia, intervenção cirúrgica em um tecido efetuada com instrumento cortante (bisturi ou bisturi elétrico); incisura.
16 Prótese: Elemento artificial implantado para substituir a função de um órgão alterado. Existem próteses de quadril, de rótula, próteses dentárias, etc.

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