INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE MENTALIV
Características farmacológicas:
Modo de Ação:
O óleo de menta apresenta uma pronunciada ação antiespasmódica, verificada em segmentos isolados de íleo1 de animais (coelhos e gatos), em diluições menores que 1:20.000. Esse efeito, reversível, é marcado por um declínio no número e na amplitude das contrações espontâneas, em alguns casos atingindo o ponto de paralisia2 completa. O óleo de menta antagoniza a ação espasmogênica do cloreto de bário e da fisostigmina. Ele relaxa o músculo íleo1 longitudinal, embora de maneira menos potente que a papaverina. O óleo de menta age competitivamente com a nifedipina e bloqueia os estímulos excitantes dos íons3 cálcio. Dessa forma, a ação antiespasmódica do óleo de menta é baseada em propriedades características de antagonistas de cálcio.
O óleo de menta apresenta também efeitos de relaxamento do esfíncter4 esofageano inferior, equilibrando a pressão intra-luminal entre o estômago5 e o esôfago6.
Farmacocinética:
a) Propriedades físico-químicas e farmacocinética
O óleo de menta é, de modo geral, absorvido rapidamente e eliminado principalmente pela bile7. O maior metabólito8 biliar é o mentol glicuronida que sofre ação da circulação9 enterohepática. Os metabólitos10 urinários resultam da hidroxilação do grupo metil C-7 à C-8 e C-9 do grupo funcional isopropila, formando uma série de mono e dihidroximentois e ácidos carboxílicos, como: p-mentana-3,8diol, p-mentana-3,9-diol, 3,8-oxi-p-mentana-7-ácido carboxílico, e 3,8-dihidroxi-p-mentana-7-ácido carboxílico, alguns dos quais são
excretados em parte como ácidos glicurônicos conjugados.
A meia-vida de eliminação plasmática é de 2 a 4 horas.