INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE MENTALIV

Atualizado em 28/05/2016

Características farmacológicas:
Modo de Ação:

O óleo de menta apresenta uma pronunciada ação antiespasmódica, verificada em segmentos isolados de íleo1 de animais (coelhos e gatos), em diluições menores que 1:20.000. Esse efeito, reversível, é marcado por um declínio no número e na amplitude das contrações espontâneas, em alguns casos atingindo o ponto de paralisia2 completa. O óleo de menta antagoniza a ação espasmogênica do cloreto de bário e da fisostigmina. Ele relaxa o músculo íleo1 longitudinal, embora de maneira menos potente que a papaverina. O óleo de menta age competitivamente com a nifedipina e bloqueia os estímulos excitantes dos íons3 cálcio. Dessa forma, a ação antiespasmódica do óleo de menta é baseada em propriedades características de antagonistas de cálcio.
O óleo de menta apresenta também efeitos de relaxamento do esfíncter4 esofageano inferior, equilibrando a pressão intra-luminal entre o estômago5 e o esôfago6.

Farmacocinética:
a) Propriedades físico-químicas e farmacocinética
O óleo de menta é, de modo geral, absorvido rapidamente e eliminado principalmente pela bile7. O maior metabólito8 biliar é o mentol glicuronida que sofre ação da circulação9 enterohepática. Os metabólitos10 urinários resultam da hidroxilação do grupo metil C-7 à C-8 e C-9 do grupo funcional isopropila, formando uma série de mono e dihidroximentois e ácidos carboxílicos, como: p-mentana-3,8diol, p-mentana-3,9-diol, 3,8-oxi-p-mentana-7-ácido carboxílico, e 3,8-dihidroxi-p-mentana-7-ácido carboxílico, alguns dos quais são
excretados em parte como ácidos glicurônicos conjugados.
A meia-vida de eliminação plasmática é de 2 a 4 horas.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Íleo: A porção distal and mais estreita do INTESTINO DELGADO, entre o JEJUNO e a VALVA ILEOCECAL do INTESTINO GROSSO. Sinônimos: Ileum
2 Paralisia: Perda total da força muscular que produz incapacidade para realizar movimentos nos setores afetados. Pode ser produzida por doença neurológica, muscular, tóxica, metabólica ou ser uma combinação das mesmas.
3 Íons: Átomos ou grupos atômicos eletricamente carregados.
4 Esfíncter: Estrutura muscular que contorna um orifício ou canal natural, permitindo sua abertura ou fechamento, podendo ser constituído de fibras musculares lisas e/ou estriadas.
5 Estômago: Órgão da digestão, localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o final do ESÔFAGO e o início do DUODENO.
6 Esôfago: Segmento muscular membranoso (entre a FARINGE e o ESTÔMAGO), no TRATO GASTRINTESTINAL SUPERIOR.
7 Bile: Agente emulsificador produzido no FÍGADO e secretado para dentro do DUODENO. Sua composição é formada por s ÁCIDOS E SAIS BILIARES, COLESTEROL e ELETRÓLITOS. A bile auxilia a DIGESTÃO das gorduras no duodeno.
8 Metabólito: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
9 Circulação: 1. Ato ou efeito de circular. 2. Facilidade de se mover usando as vias de comunicação; giro, curso, trânsito. 3. Movimento do sangue, fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos do corpo e do coração.
10 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.

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