PRECAUÇÕES ACCUPRIL

Atualizado em 28/05/2016
Disfunção renal1: como conseqüência da inibição do sistema renina-angiotensina-aldosterona, alterações na função renal1 podem ser antecipadas em indivíduos suscetíveis. Em pacientes com insuficiência cardíaca2 severa cuja função renal1 possa depender da atividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona, o tratamento com inibidores da ECA, incluindo Accupril, pode estar associado com oligúria3 e/ou azotemia progressiva e raramente insuficiência renal4 aguda e/ou morte. A meia-vida do quinaprilat é prolongada à medida em que o clearance de creatinina5 é reduzido. Pacientes com clearance de creatinina5 abaixo de 60 ml/min necessitam de doses iniciais menores de Accupril (vide Posologia e administração). A dosagem nestes pacientes deve ser aumentada de acordo com a resposta terapêutica6, e a função renal1 deve ser cuidadosamente monitorada, embora estudos iniciais não indiquem que Accupril produza deterioração da função renal1. Nos estudos clínicos em pacientes hipertensos com estenose7 uni ou bilateral da artéria renal8, foram observados em alguns pacientes, após o tratamento com inibidores da ECA, aumentos do nitrogênio uréico no sangue9 e da creatinina5 sérica, estas elevações foram quase sempre reversíveis após descontinuação do inibidor da ECA e/ou tratamento com diurético10. Nesses pacientes, a função renal1 deve ser monitorada durante as primeiras semanas de tratamento. Alguns pacientes com hipertensão11 ou insuficiência cardíaca2 sem preexistência aparente de doença vascular12 renal1 têm desenvolvido aumentos de uréia13 e creatinina5 séricas, geralmente leves e de caráter transitório, especialmente quando Accupril foi administrado concomitantemente com um diurético10. Isso tem maior probabilidade de ocorrer em pacientes com disfunção renal1 preexistente. Pode ser necessário reduzir a dose e/ou descontinuar o diurético10 e/ou Accupril. Os inibidores da ECA têm sido associados com hipoglicemia14 em pacientes diabéticos utilizando insulina15 ou agentes hipoglicemiantes orais16; pode ser necessário monitoramento restrito dos pacientes diabéticos. Hipercalemia17 e diuréticos18 poupadores de potássio: como ocorre com outros inibidores da ECA, pacientes que utilizam Accupril isoladamente podem ter seus níveis de potássio sérico aumentados. Quando administrados concomitantemente, Accupril pode reduzir a hipocalemia19 induzida pelos diuréticos18 tiazídicos. Accupril não foi estudado em tratamento concomitante com diuréticos18 poupadores de potássio. Devido ao risco de incrementos maiores no potássio sérico, aconselha-se iniciar o tratamento com precaução e monitorar cuidadosamente os níveis séricos de potássio do paciente, se a associação terapêutica6 com diuréticos18 poupadores de potássio for indicada (vide Interações medicamentosas). Cirurgia/anestesia20: Accupril deve ser empregado com precaução quando os pacientes forem submetidos a cirurgias de grande porte ou anestesia20, pois foi demonstrado que os inibidores da ECA podem bloquear a formação de angiotensina II, secundariamente à liberação compensatória de renina. Isto pode levar à hipotensão21, que pode ser corrigida por expansão de volume. - Interações medicamentosas: tetraciclina: a administração concomitante de Accupril com tetraciclina reduziu a absorção desta última em voluntários sadios em aproximadamente 28% a 37%. A diminuição deve-se à presença de carbonato de magnésio, usado como excipiente na formulação de Accupril. Assim, esta interação deve ser levada em consideração se Accupril e tetraciclina forem prescritos para uso concomitante. Lítio: foi relatado aumento dos níveis séricos de lítio e sintomas22 de toxicidade23 ao lítio em pacientes sob tratamento concomitante com lítio e inibidor da ECA, devido à perda de sódio promovida por esses agentes. Essas drogas devem ser co-administradas com precaução e são recomendados monitoramentos freqüentes dos níveis séricos de lítio. Se também for usado um diurético10, pode haver aumento do risco de toxicidade23 pelo lítio. Outros agentes: não ocorreram interações farmacocinéticas importantes quando Accupril foi administrado concomitantemente com propranolol, hidroclorotiazida, digoxina ou cimetidina. O efeito anticoagulante24 de uma dose única de varfarina (quantificado pelo tempo de protrombina25) não foi significativamente alterado pela co-administração de quinapril duas vezes ao dia. Terapia concomitante com diuréticos18: assim como com outros inibidores da ECA, pacientes que estejam fazendo uso de diuréticos18, especialmente aqueles em que a terapia diurética tenha sido instituída recentemente, podem ocasionalmente sofrer uma redução excessiva da pressão arterial26 após o início da terapia com Accupril. Efeitos hipotensivos após a primeira dose de Accupril podem ser minimizados descontinuando-se o diurético10 por alguns dias antes de se iniciar o tratamento. Se não for possível descontinuar o diurético10, a dose inicial de Accupril deve ser reduzida. Em pacientes nos quais o diurético10 for mantido, o médico deverá observar o paciente por até duas horas após a dose inicial de Accupril (vide Advertências e Posologia). Agentes que aumentam o potássio sérico: se for indicada a terapia concomitante de Accupril com diuréticos18 poupadores de potássio (como, por exemplo, a espironolactona, o triantereno ou a amilorida), suplementações de potássio ou substitutos do sal que contenham potássio, estes devem ser usados com cuidado e com monitoração apropriada do potássio sérico.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
2 Insuficiência Cardíaca: É uma condição na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do organismo. Refere-se à diminuição da capacidade do coração suportar a carga de trabalho.
3 Oligúria: Clinicamente, a oligúria é o débito urinário menor de 400 ml/24 horas ou menor de 30 ml/hora.
4 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
5 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
6 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
7 Estenose: Estreitamento patológico de um conduto, canal ou orifício.
8 Artéria Renal: Ramo da aorta abdominal que irriga os rins, glândulas adrenais e ureteres.
9 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
10 Diurético: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
11 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
12 Vascular: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
13 Ureia: 1. Resíduo tóxico produzido pelo organismo, resulta da quebra de proteínas pelo fígado. É normalmente removida do organismo pelos rins e excretada na urina. 2. Substância azotada. Composto orgânico cristalino, incolor, de fórmula CO(NH2)2 (ou CH4N2O), com um ponto de fusão de 132,7 °C.
14 Hipoglicemia: Condição que ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de glicose, freqüentemente abaixo de 70 mg/dL, com aparecimento rápido de sintomas. Os sinais de hipoglicemia são: fome, fadiga, tremores, tontura, taquicardia, sudorese, palidez, pele fria e úmida, visão turva e confusão mental. Se não for tratada, pode levar ao coma. É tratada com o consumo de alimentos ricos em carboidratos como pastilhas ou sucos com glicose. Pode também ser tratada com uma injeção de glucagon caso a pessoa esteja inconsciente ou incapaz de engolir. Também chamada de reação à insulina.
15 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
16 Hipoglicemiantes orais: Medicamentos usados por via oral em pessoas com diabetes tipo 2 para manter os níves de glicose próximos ao normal. As classes de hipoglicemiantes são: inibidores da alfaglicosidase, biguanidas, derivados da fenilalanina, meglitinides, sulfoniluréias e thiazolidinediones.
17 Hipercalemia: É a concentração de potássio sérico maior que 5.5 mmol/L (mEq/L). Uma concentração acima de 6.5 mmol/L (mEq/L) é considerada crítica.
18 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
19 Hipocalemia: Concentração sérica de potássio inferior a 3,5 mEq/l. Pode ocorrer por alterações na distribuição de potássio (desvio do compartimento extracelular para intracelular) ou de reduções efetivas no conteúdo corporal de potássio por uma menor ingesta ou por perda aumentada. Fraqueza muscular e arritimias cardíacas são os sinais e sintomas mais comuns, podendo haver também poliúria, polidipsia e constipação. Pode ainda ser assintomática.
20 Anestesia: Diminuição parcial ou total da sensibilidade dolorosa. Pode ser induzida por diferentes medicamentos ou ser parte de uma doença neurológica.
21 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
22 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
23 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
24 Anticoagulante: Substância ou medicamento que evita a coagulação, especialmente do sangue.
25 Protrombina: Proteína plasmática inativa, é a precursora da trombina e essencial para a coagulação sanguínea.
26 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.

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