PRECAUÇÕES ETOPOSIDO

Atualizado em 28/05/2016
o médico deverá avaliar a necessidade e o benefício da droga em função do risco de efeitos colaterais1. A maioria desses efeitos é reversível se detectados no início da ocorrência. Se ocorrerem efeitos graves, a dosagem da droga deve ser reduzida ou suspensa, tomando-se medidas corretivas adequadas a critério do médico. O restabelecimento da terapia com etoposido deverá ser efetuado com cautela, considerando-se posterior necessidade da droga, além da vigilância para possível reincidência2 de toxicidade3. Uso pediátrico: a segurança e a eficácia ainda não foram estabelecidas em crianças. Carcinogênese: devido ao seu mecanismo de ação, o Etoposido deve ser considerado um carcinogênico potencial. Mutagenicidade: Etoposido é mutagênico. Os pacientes recebendo Etoposido devem ser observados cuidadosamente com relação a possíveis reações anafilactóides ou hipotensivas. Equipamentos apropriados para a manutenção de uma ventilação4 adequada e outras medidas de suporte e agentes para o tratamento destas reações devem estar prontamente disponíveis sempre que a droga for administrada. Se durante a administração de Etoposido ocorrer hipotensão5, deve-se interromper a infusão e administrar fluidos IV ou, caso necessário, adotar outra terapia de suporte. Caso ocorrer reação anafilactóide durante a administração de Etoposido, a infusão deverá ser interrompida e terapia apropriada deve ser adotada, caso necessário (por exemplo: anti-histamínicos, adrenalina6, oxigênio, corticosteróides) deve ser instituída. Pode ocorrer mielossupressão severa com infecção7 resultante ou hemorragia8 nos pacientes recebendo a droga. O tratamento da toxicidade3 hematológica severa pode consistir de terapia de suporte, antibióticos para complicações infecciosas e transfusão9 sangüínea. - Advertências: o Etoposido só deverá ser utilizado sob supervisão constante de médicos com experiência em quimioterapia10 antineoplásica. A toxicidade3 mais significante associada à terapia com Etoposido é a depressão da medula óssea11 dose limitante. Os pacientes que estão sendo tratados com Etoposido devem ser cuidadosa e freqüentemente observados durante e após a terapia devido à ocorrência de mielodepressão. A toxicidade3 mais significativa associada à terapia com Etoposido é a depressão da medula óssea11 dose limitante. Conseqüentemente deverá ser feito um monitoramento no início do tratamento e antes de cada dose subseqüente de Etoposido quanto à contagem de plaquetas12, hemoglobina13, leucócitos14, contagem e diferencial de leucócitos14. Se a contagem de plaquetas12 for menor que 50.000/mm3 ou a contagem absoluta de neutrófilos15 menor que 500/mm3 é aconselhável descontinuar a terapia até que a contagem sangüínea se restabeleça. A dose do etoposido deverá ser reduzida quando o fármaco16 for administrado em combinação com outros agentes antineoplásicos que apresentam um efeito mielodepressor. O médico deverá ser advertido para a ocorrência de um possível tratamento de uma infecção7 grave e/ou um episódio hemorrágico17. Infecções18 bacterianas deverão ser controladas antes do início do tratamento com o Etoposido. Etoposido não deverá ser administrado por via subcutânea19 ou intramuscular. Deverá ser tomado um cuidado especial, ao administrar Etoposido injetável, para evitar o extravasamento. Etoposido é uma droga tóxica com um baixo índice terapêutico, portanto, não é provável que uma resposta terapêutica20 ocorra sem evidência de toxicidade3. - Interações medicamentosas: contato prolongado com qualquer solução de pH alcalino deverá ser evitado, pois poderá causar a hidrólise do medicamento. Etoposido não deverá ser misturado com heparina, pois pode formar um precipitado e não se recomenda que seja misturado com outros medicamentos quando administrado em associação. Vacinas à base de vírus21 mortos: devido ao fato de que os mecanismos normais de defesa possam estar suprimidos com a terapêutica20 com etoposido, a resposta do anticorpo22 à vacina23 pode estar diminuída. O intervalo entre a interrupção dos medicamentos que causam imunossupressão24 e a recuperação da capacidade do paciente de responder à vacina23 dependem da intensidade, do tipo de medicamento imunossupressor25 usado, da doença subjacente e de outros fatores e estima-se que varia de 3 meses a 1 ano. Vacinas à base de vírus21 vivos: devido ao fato de que os mecanismos normais de defesa podem estar suprimidos pela terapêutica20 com Etoposido, seu uso concomitante com uma vacina23 à base de vírus21 vivos pode potencializar a replicação do vírus21 da vacina23, pode aumentar os efeitos adversos da vacina23 e/ou diminuir a resposta do anticorpo22 do paciente à vacina23. A imunização26 destes pacientes deve ser feita somente com cuidados extremos e depois de uma atenciosa revisão do estado hematológico do paciente e apenas com o conhecimento e consentimento do médico responsável pela terapêutica20 com Etoposido. O intervalo entre a interrupção dos medicamentos que causam imunossupressão24 e a recuperação da capacidade do paciente de responder à vacina23 depende da intensidade e do tipo de medicamento imunossupressor25 usado, da doença subjacente e de outros fatores e estima-se que varia de 3 meses a 1 ano. Os pacientes com leucemia27 em remissão não devem receber vacinas à base de vírus21 vivos num período de até 3 meses, no mínimo, depois de sua última quimioterapia10. Além disso, a imunização26 com a vacina23 oral contra o vírus21 da pólio deve ser adiada nas pessoas que mantém contato direto com o paciente, especialmente membros da família.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
2 Reincidência: 1. Ato ou efeito de reincidir ou repetir. 2. Obstinação, insistência, teimosia.
3 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
4 Ventilação: 1. Ação ou efeito de ventilar, passagem contínua de ar fresco e renovado, num espaço ou recinto. 2. Agitação ou movimentação do ar, natural ou provocada para estabelecer sua circulação dentro de um ambiente. 3. Em fisiologia, é o movimento de ar nos pulmões. Perfusão Em medicina, é a introdução de substância líquida nos tecidos por meio de injeção em vasos sanguíneos.
5 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
6 Adrenalina: 1. Hormônio secretado pela medula das glândulas suprarrenais. Atua no mecanismo da elevação da pressão sanguínea, é importante na produção de respostas fisiológicas rápidas do organismo aos estímulos externos. Usualmente utilizado como estimulante cardíaco, como vasoconstritor nas hemorragias da pele, para prolongar os efeitos de anestésicos locais e como relaxante muscular na asma brônquica. 2. No sentido informal significa disposição física, emocional e mental na realização de tarefas, projetos, etc. Energia, força, vigor.
7 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
8 Hemorragia: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
9 Transfusão: Introdução na corrente sangüínea de sangue ou algum de seus componentes. Podem ser transfundidos separadamente glóbulos vermelhos, plaquetas, plasma, fatores de coagulação, etc.
10 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
11 Medula Óssea: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
12 Plaquetas: Elemento do sangue (não é uma célula porque não apresenta núcleo) produzido na medula óssea, cuja principal função é participar da coagulação do sangue através da formação de conglomerados que tamponam o escape do sangue por uma lesão em um vaso sangüíneo.
13 Hemoglobina: Proteína encarregada de transportar o oxigênio desde os pulmões até os tecidos do corpo. Encontra-se em altas concentrações nos glóbulos vermelhos.
14 Leucócitos: Células sangüíneas brancas. Compreendem tanto os leucócitos granulócitos (BASÓFILOS, EOSINÓFILOS e NEUTRÓFILOS) como os não granulócitos (LINFÓCITOS e MONÓCITOS). Sinônimos: Células Brancas do Sangue; Corpúsculos Sanguíneos Brancos; Corpúsculos Brancos Sanguíneos; Corpúsculos Brancos do Sangue; Células Sanguíneas Brancas
15 Neutrófilos: Leucócitos granulares que apresentam um núcleo composto de três a cinco lóbulos conectados por filamenos delgados de cromatina. O citoplasma contém grânulos finos e inconspícuos que coram-se com corantes neutros.
16 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
17 Hemorrágico: Relativo à hemorragia, ou seja, ao escoamento de sangue para fora dos vasos sanguíneos.
18 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
19 Subcutânea: Feita ou situada sob a pele; hipodérmica.
20 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
21 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
22 Anticorpo: Proteína circulante liberada pelos linfócitos em reação à presença no organismo de uma substância estranha (antígeno).
23 Vacina: Tratamento à base de bactérias, vírus vivos atenuados ou seus produtos celulares, que têm o objetivo de produzir uma imunização ativa no organismo para uma determinada infecção.
24 Imunossupressão: Supressão das reações imunitárias do organismo, induzida por medicamentos (corticosteroides, ciclosporina A, etc.) ou agentes imunoterápicos (anticorpos monoclonais, por exemplo); que é utilizada em alergias, doenças autoimunes, etc. A imunossupressão é impropriamente tomada por alguns como sinônimo de imunodepressão.
25 Imunossupressor: Medicamento que suprime a resposta imune natural do organismo. Os imunossupressores são dados aos pacientes transplantados para evitar a rejeição de órgãos ou para pacientes com doenças autoimunes.
26 Imunização: Processo mediante o qual se adquire, de forma natural ou artificial, a capacidade de defender-se perante uma determinada agressão bacteriana, viral ou parasitária. O exemplo mais comum de imunização é a vacinação contra diversas doenças (sarampo, coqueluche, gripe, etc.).
27 Leucemia: Doença maligna caracterizada pela proliferação anormal de elementos celulares que originam os glóbulos brancos (leucócitos). Como resultado, produz-se a substituição do tecido normal por células cancerosas, com conseqüente diminuição da capacidade imunológica, anemia, distúrbios da função plaquetária, etc.

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