PRECAUÇÕES GERAIS ETOPUL
Durante o tratamento com Etopul, a equipe médica deve avaliar os benefícios com o uso de Etopósido frente ao risco em potencial de reações adversas. A maioria das reações adversas são reversíveis se diagnosticadas precocemente. Se reações muito graves ocorrerem, a dose deve ser reduzida ou ainda suspensa a terapia. Nestes casos, o reinício da terapia com Etopul deve ser feito com cautela.
A depressão de medula óssea1 é o efeito tóxico mais importante no tratamento com Etopul. Assim, recomenda-se que sejam feitas, no início da terapia e antes de cada ciclo, contagens sangüíneas de plaquetas2, hemoglobina3, leucócitos4 total e diferencial. Se a contagem de plaquetas2 estiver abaixo de 50.000/mm3 ou de neutrófilos5 abaixo de 500/mm3, a terapia deve ser suspensa até que os valores de contagem sangüínea estejam recuperados. A mielossupressão está relacionada à dose e é limitada também pela dose, com o nadir (o ponto mais baixo, onde ocorre a maior depressão) de granulócitos6 ocorrendo em 7 a 14 dias após a administração da droga, e o nadir de plaquetas2, em 9 a 16 dias. A recuperação costuma ocorrer em 20 dias após a administração da dose, e não é cumulativa.
A ocorrência de leucemia7 aguda, com ou sem uma fase pré-leucêmica, foi relatada, porém com baixa freqüência, em pacientes tratados com Etopul em associação a outros agentes antineoplásicos.
Náuseas8 e vômitos9 são os principais sintomas10 da toxicidade11 gastrintestinal. A intensidade destes sintomas10 varia de fraca a moderada, sendo que em 1 dos pacientes foi necessário interromper a terapia. Esses sintomas10 podem ser controlados com terapias antieméticas tradicionais.
Hipotensão12 breve, após administração intravenosa rápida, foi relatada em 1 a 2 dos pacientes. Essa hipotensão12 não está associada à toxicidade11 cardíaca ou alterações no ECG. Para que não ocorra hipotensão12, recomenda-se que Etopul seja administrado por infusão intravenosa lenta, por um período de 30 a 60 minutos. Se ainda assim ocorrer hipotensão12, deve-se interromper a infusão, administrar fluidos ou outra terapia de suporte adequada. Geralmente a pressão sangüínea13 normaliza-se em algumas horas após a interrupção da infusão. Após a normalização, retomar a infusão, porém com velocidade mais lenta.
Reações alérgicas como calafrios14, febre15, flushing, taquicardia16, broncospasmo, dispnéia17 e/ou hipotensão12 foram observados em 0,7 a 2,0 dos pacientes que receberam Etopul por via intravenosa e em menos de 1,0 dos pacientes que receberam Etopósido por via oral. Essas reações costumam melhorar com a interrupção da infusão e administração de agentes vasoconstritores, corticosteróides, anti-histamínicos e expansores de volume apropriados. Contudo, essas reações podem ser fatais.
Inchaço18 facial ou da língua19, tosse, diaforese20, cianose21, estreitamento na garganta22, laringospasmo, dor na nuca e/ou perda da consciência ocorreram algumas vezes em associação aos sintomas10 já descritos. Além disso, apnéia23 aparentemente associada à hipersensibilidade foi observada, porém com pouca freqüência.
"Rash24", urticária25 e/ou pruridos quase não são observados com as doses recomendadas. Em doses experimentais, foi relatada a ocorrência de "rash24" maculopapular26 eritematoso27 generalizado juntamente com perivasculite.
Alopecia28 foi relatada em 66 dos pacientes sob terapia com Etopul.
Efeitos Adversos da Droga Porcentagem de
Incidências Registradas
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Toxicidade11 Hematológica
Leucopenia29
(menos que 1.000 leucócitos4/mm3) 3 a 17
Leucopenia29
(menos que 4.000 plaquetas2/mm3) 60 a 91
Trombocitopenia30
(menos que 50.000 plaquetas2/mm3) 1 a 20
Trombocitopenia30
(menos que 100.000 plaquetas2/mm3) 22 a 41
Anemia31 0 a 33
Toxicidade11 Gastrintestinal
Náuseas8 e vômitos9 31 a 43
Dores abdominais 0 a 2
Anorexia32 10 a 13
Diarréia33 1 a 13
Distúrbios hepáticos 0 a 3
Alopecia28 8 a 66
Neurotoxicidade periférica 1 a 2
Hipotensão12 1 a 2
Reações alérgicas 1 a 2
Uso na gravidez34 e lactação35:
Etopul está classificado na categoria "D", do FDA. Etopul pode causar danos fetais quando administrado à mulheres grávidas. Etopul mostrou ser teratogênico36 em ratos e camundongos. Assim, Etopul não deve ser administrado à gestantes.
Não existem dados confirmando que Etopul é excretado no leite materno. Contudo, devido ao fato de várias drogas serem excretadas no leite materno e o risco em potencial de efeitos adversos no lactente37, não é recomendada a amamentação38 no período sob terapia com Etopul.
Deve ser considerado que a droga é potencialmente carcinogênica, mutagênica e esterilizante.
Uso em crianças:
A segurança e eficácia de Etopul ainda não foram estabelecidas.
Etopul contém polissorbato 80 e álcool benzílico.
Em bebês39 prematuros, uma síndrome40, que representa risco de vida, manifesta-se por insuficiência renal41 e hepática42, degeneração43 pulmonar, trombocitopenia30 e ascite44, pode estar associada à administração de vitamina45 E injetável que contém polissorbato 80.
Há evidências não-confirmadas de que a administração de injeções contendo álcool benzílico em recém-nascidos pode acarretar toxicidade11.
Assim, o uso de Etopul em crianças não é recomendado.
Uso em idosos:
O uso de Etopul em idosos não requer ajuste de dose.