CARACTERÍSTICAS FULCIN

Atualizado em 28/05/2016

Propriedades Farmacodinâmicas A griseofulvina inibe a mitose da célula1 fúngica2 através do rompimento da estrutura do fuso mitótico impedindo a metáfase da divisão celular. A griseofulvina é depositada em graus variantes nas células3 precursoras da queratina da pele4, cabelos e unhas5 tornando a queratina resistente à invasão fúngica2. Quando a queratina infectada é liberada, ela é substituída por tecido6 saudável.
FULCIN não é efetivo em infecções7 causadas por albicans (monilia), , furfur (Pitiríase versicolor) e sp.

Propriedades Farmacocinéticas
Após a administração oral, a griseofulvina é absorvida principalmente no duodeno8. Os picos de concentração plasmática da droga (aproximadamente 1-2 µg/ml) ocorrem aproximadamente quatro horas após sua administração. Concentrações de aproximadamente 12-25 µg/g são mantidas na pele4 durante administração a longo prazo, enquanto os níveis séricos permanecem em níveis de 1-2 µg/ml. Quando a droga é descontinuada, ela não é detectável na pele4 após dois dias e no plasma9, após quatro dias. A droga apresenta uma meia-vida de eliminação de 9-24 horas e é metabolizada no fígado10. O principal metabólito11 é a 6-dimetil-griseofulvina que é microbiologicamente inativa. Os metabólitos12 são excretados principalmente na urina13, enquanto a griseofulvina inalterada é excretada principalmente nas fezes. A griseofulvina é também excretada pela transpiração14.

Dados de segurança pré-clínica
A griseofulvina pode induzir aneuploidia15 e atraso na meiose de oócitos em camundongo. Esses efeitos foram demonstrados 17 horas após a administração oral de altas doses de griseofulvina. A administração de altas doses de griseofulvina em ratas prenhas foi associada à fetotoxicidade e deformidades na cauda. Tem sido reportado que a administração a longo prazo de altas doses de griseofulvina com alimentos induz hepatomas em camundongos e tumores na tireóide em ratos mas não em hamsters. Os efeitos em camundongos pode estar associado a efeitos específicos da espécie no metabolismo16 de porfirina.
Esta possível desruptura pela griseofulvina pode estar associada a anormal segregação da divisão celular. Estudos de genotoxicidade in vitro vivo demonstrado que a griseofulvina causa aberrações cromossômicas estrutural e numericamente, incluindo aneuploidia15.

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Complementos

1 Célula: Unidade funcional básica de todo tecido, capaz de se duplicar (porém algumas células muito especializadas, como os neurônios, não conseguem se duplicar), trocar substâncias com o meio externo à célula, etc. Possui subestruturas (organelas) distintas como núcleo, parede celular, membrana celular, mitocôndrias, etc. que são as responsáveis pela sobrevivência da mesma.
2 Fúngica: Relativa à ou produzida por fungo.
3 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
4 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
5 Unhas: São anexos cutâneos formados por células corneificadas (queratina) que formam lâminas de consistência endurecida. Esta consistência dura, confere proteção à extremidade dos dedos das mãos e dos pés. As unhas têm também função estética. Apresentam crescimento contínuo e recebem estímulos hormonais e nutricionais diversos.
6 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
7 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
8 Duodeno: Parte inicial do intestino delgado que se estende do piloro até o jejuno.
9 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
10 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
11 Metabólito: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
12 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
13 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
14 Transpiração: 1. Ato ou efeito de transpirar. 2. Em fisiologia, é a eliminação do suor pelas glândulas sudoríparas da pele; sudação. Ou o fluido segregado pelas glândulas sudoríparas; suor. 3. Em botânica, é a perda de água por evaporação que ocorre na superfície de uma planta, principalmente através dos estômatos, mas também pelas lenticelas e, diretamente, pelas células epidérmicas.
15 Aneuploidia: Aneuplóide é a celula que teve o seu material genético alterado, sendo portadora de um número cromossômico diferente do normal da espécie. Podendo ter uma diminuição ou um aumento do número de pares de cromossomos, porém não de todos. As mais comuns são: trissomia (três cromossomos ao invés de dois) ou monossomia (um cromossomo ao invés de dois).
16 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.

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