INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS GARAMICINA INJETÁVEL ADULTO
GARAMICINA não deve ser administrado em combinação com outras substâncias potencialmente ototóxicas ou nefrotóxicas.
Deve-se evitar o uso tópico1 concomitante e/ou seqüencial de outros antibióticos potencialmente neurotóxicos e/ou nefrotóxicos, como cisplatina, cefaloridina, canamicina, amicacina, neomicina, polimixina B, colistina, paromomicina, estreptomicina, tobramicina, vancomicina e viomicina. Também aumentam o risco de toxicidade2 a idade avançada e a desidratação3.
O uso concomitante de GARAMICINA com potentes diuréticos4, como o ácido etacrínico ou a furosemida, deve ser evitado, já que os diuréticos4 por si só podem provocar ototoxicidade5. Além disso, quando administrados por via intravenosa, os diuréticos4 podem aumentar a toxicidade2 dos aminoglicosídeos, alterando sua concentração no soro6 e nos tecidos.
Os antibióticos neuro e nefrotóxicos podem ser absorvidos através da pele7 e de irrigações tópicas. Deve-se avaliar o efeito tóxico potencial quando estes antibióticos são administrados concomitantemente.
Há casos de aumento da nefrotoxicidade8 após o uso concomitante de aminoglicosídeos e certas cefalosporinas.
Relataram-se bloqueio muscular e paralisia9 respiratória em animais que receberam altas doses (40 mg/kg) de gentamicina. A possibilidade de ocorrer tais fenômenos no homem deve ser considerada quando aminoglicosídeos são administrados a pacientes que receberam anestésicos, agentes bloqueadores neuromusculares como succinilcolina, tubocurarina ou decametônio ou transfusões volumosas de sangue10 citratado. Se ocorrer bloqueio neuromuscular, este efeito será antagonizado pelos sais de cálcio.
Apesar de, in vitro, a associação de gentamicina e carbenicilina resultar em rápida e significativa inativação da gentamicina, esta interação não ocorre em pacientes com função renal11 normal e que recebem ambas as drogas separadamente.
Há relatos de alergia12 cruzada entre os aminoglicosídeos.
Os pacientes idosos podem apresentar certo grau de insuficiência renal13 verificada mediante exames laboratoriais de rotina. A observação da função renal11 durante tratamento com a gentamicina, como com outros aminoglicosídeos, é particularmente importante nesses pacientes.
A associação in vitro de um aminoglicosídeo com antibióticos betalactâmicos (penicilinas ou cefalosporinas) pode ocasionar inativação mútua. Ao administrar-se o aminoglicosídeo e o composto penicilínico separadamente e através de vias distintas, há, segundo relatos, reduções dos níveis séricos e da meia-vida sérica do aminoglicosídeo em pacientes com insuficiência renal13 e em alguns com função renal11 normal. Redução da meia-vida sérica da gentamicina foi relatada em pacientes com insuficiência renal13 grave que receberam carbenicilina concomitantemente com gentamicina. Geralmente, tal inativação do aminoglicosídeo é clinicamente significativa somente em indivíduos com insuficiência renal13 grave.