CONTRA-INDICAÇÕES LEVORIN INJETÁVEL
A leucovorina cálcica não está recomendada no tratamento da anemia perniciosa1, nem de outras anemias megaloblásticas secundárias de deficiência da vitamina2 B12
- PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS
Precauções
Gerais: a administração parenteral é preferível à oral, se houver possibilidade de vômitos3 ou absorção inadequada de leucovorina cálcica. A leucovorina cálcica não tem ação em outros efeitos tóxicos do metotrexato (MTX) como a nefrotoxicidade4 resultante da droga e/ou precipitação de metabólitos5 no rim6. Uma vez que a leucovorina cálcica aumenta a toxicidade7 da fluoruracila na terapia combinada8 (leucovorina cálcica/5-fluoruracila) para câncer9 colorretal avançado, o tratamento deve ser feito sob supervisão de médico experiente no uso de agentes antineoplásicos. O tratamento deve ser particularmente cuidadoso em pacientes idosos ou debilitados com câncer9 colorretal, tendo em vista o maior risco de efeitos tóxicos graves.
Testes laboratoriais: pacientes em tratamento com leucovorina cálcica/5-fluoruracila devem ter hemograma com diferencial e contagem de plaquetas10 antes do início de cada ciclo. Durante os dois primeiros ciclos estes exames deverão ser realizados semanalmente, e depois uma vez a cada ciclo. Eletrólitos11 e testes de função hepática12 devem ser avaliados antes de cada ciclo. Modificações na dose da fluoruracila devem ser instituídas de acordo com a gravidade dos efeitos tóxicos:
Diarréia13 e/ou Estomatite14 Leucócitos15/mm3 (Nadir) Plaquetas10/mm3 (Nadir) 5-FU Dose
Moderada 1000 - 1900 25 - 75000 redução de 20%
Severa < 1000 < 25000 redução de 30%
Se não ocorrer toxicidade7, a dose de 5-fluoruracila pode aumentar em 10%. O tratamento deve ser suspenso até que os leucócitos15 atinjam níveis de 4000/mm3 e as plaquetas10 130.000/mm3. Se as contagens sangüíneas não alcançarem estes níveis em 2 semanas, o tratamento deverá ser interrompido. Os pacientes devem ser acompanhados por exame físico antes de cada ciclo de tratamento e por exames radiológicos apropriados, quando necessário. O tratamento deve ser interrompido quando houver clara evidência de progressão tumoral.
Uso durante a gravidez16: efeitos teratogênicos17: não foram realizados estudos em animais de laboratório, não se sabendo se a leucovorina cálcica pode causar danos ao feto18 ou se pode afetar a capacidade de reprodução19. A leucovorina cálcica deve ser administrado a mulheres grávidas somente se absolutamente necessário.
Uso durante a lactação20: não se sabe se esta droga é excretada no leite humano. Em virtude de muitas drogas serem excretadas no leite materno, deve-se tomar cuidado quando a leucovorina cálcica for administrado durante a lactação20.
Uso pediátrico: Vide interações medicamentosas.
Advertências
No tratamento da superdose de antagonistas do ácido fólico, a leucovorina cálcica deve ser administrada o mais rápido possível, porque quanto maior for o intervalo de tempo menor será a eficácia da leucovorina cálcica. O monitoramento da concentração sérica do metotrexato (MTX) é essencial para se determinar a dose ideal e a duração do tratamento com a leucovorina cálcica. Retardo na excreção de MTX pode ser causado por acúmulo de fluido no terceiro espaço (ascite21, derrame22 pleural), insuficiência renal23 ou hidratação inadequada. Nessas circunstâncias, altas doses de leucovorina cálcica ou administração prolongada são indicadas. Doses superiores àquelas recomendadas para uso oral devem ser administradas por via endovenosa. Devido à presença do álcool benzílico em certos diluentes utilizados na leucovorina cálcica injetável, quando doses maiores do que 10 mg/m2 são administradas, a leucovorina cálcica injetável deve ser reconstituída com água estéril para injeção24, e usada imediatamente. Em virtude da presença de cálcio na solução de leucovorina cálcica, não mais do que 160 mg de leucovorina cálcica deve ser injetada por via endovenosa por minuto (16 ml de uma solução a 10 mg/ml ou 8 ml de uma solução a 20 mg/ml por minuto). A leucovorina cálcica pode aumentar a toxicidade7 da fluoruracila. Quando estas drogas são administradas concomitantemente na terapia paliativa do câncer9 colorretal avançado, a dose de 5-fluoruracila deve ser menor do que a habitualmente utilizada. Embora os efeitos tóxicos observados em pacientes tratados com leucovorina cálcica e 5-fluoruracila sejam qualitativamente semelhantes aos observados naqueles tratados apenas com 5-fluoruracila, a toxicidade7 gastrointestinal (particularmente estomatite14 e diarréia13) é mais freqüente e pode ser mais grave e/ou prolongada. No primeiro estudo controlado da Mayo/NCCTG, quanto à toxicidade7, principalmente gastrointestinal, observou-se necessidade de hospitalização em 7% dos pacientes tratados com 5-fluoruracila ou 5-fluoruracila combinada a 200 mg/m2 de leucovorina cálcica e 20% quando tratados com 5-fluoruracila combinada a 20 mg/m2 de leucovorina cálcica. No segundo estudo da Mayo/NCCTG observou-se, também, que as hospitalizações relacionadas à toxicidade7 do tratamento ocorreram mais freqüentemente naqueles tratados com dose baixa de leucovorina cálcica/5-fluoruracila do que no grupo tratado com dose alta (11% contra 3%). A terapia com leucovorina cálcica/5-fluoruracila não pode ser instituída ou continuada em pacientes com qualquer sintoma25 de toxicidade7 gastrointestinal, até sua completa remissão. Pacientes com diarréia13 devem ser cuidadosamente observados até a completa resolução do quadro clínico, uma vez que deterioração clínica rápida levando à morte pode ocorrer. Em outro estudo utilizando altas doses semanais de 5-FU e leucovorina cálcica, observou-se que os pacientes mais idosos e/ou debilitados apresentaram maior risco de toxicidade7 gastrointestinal grave.