INFORMAÇÃO AO PACIENTE GLIBENCLAMIDA

Atualizado em 28/05/2016
O produto é indicado para diabetes mellitus1 não insulino-dependente (tipo II).O produto deve ser conservado à temperatura ambiente, entre 15 e 30ºC, protegido da luz e umidade.
O prazo de validade do produto é de 24 meses, a partir da data de fabricação impressa na embalagem. Não utilize medicamento vencido, pois pode ser prejudicial à saúde2.
Informe seu médico sobre a ocorrência de gravidez3 na vigência do tratamento ou após o seu término. Informar ao médico se está amamentando.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Tanto a administração como a suspensão do tratamento somente deverão ser feitas sob orientação de seu médico.
Informe seu médico sobre o aparecimento de reações desagradáveis como náusea4, vômito5, diarréia6, reações na pele7, distúrbios na visão8 e na fala, sensação de paralisia9.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANÇE DAS CRIANÇAS.
A base do tratamento de todos os casos de diabetes10 é a dieta, sob orientação médica. Ela deve ser seguida rigorosamente e em nenhuma circunstância a glibenclamida deve ser utilizada como substituto para a inobservância das instruções da dieta. Além da observação da dieta, a ingestão regular dos comprimidos é de fundamental importância para manter a eficácia do tratamento.
Quando não se atingiu um controle satisfatório da diabete, ou quando se está trocando de medicação antidiabética, o estado de alerta e o tempo de reação podem ser alterados, sendo recomendado que o paciente não dirija automóvel ou opere máquinas. O paciente deve evitar esforços físicos intensos.
O tratamento da diabete com glibenclamida requer cuidados pessoais e supervisão médica constante, para evitar alterações indesejáveis nos níveis de glicemia11, isto é, de açúcar12 no sangue13 (hiperglicemia14 ou hipoglicemia15).
Apesar de todos os cuidados de dieta e medicação, diversos fatores podem piorar transitoriamente o quadro da diabete, com aumento da taxa de açúcar12 no sangue13 (hiperglicemia14), com aumento da quantidade de urina16 na fase inicial e, se não for tratada, até mesmo quadros mais graves, com risco de vida. Dentre os fatores que causam essa piora temporária da diabete citam-se infecções17 ou outras doenças, tensão ou alteração do peso. Em condições excepcionais de grande tensão (estresse), por exemplo, cirurgia de emergência18, infecções17, febre19 e durante a gravidez3 e lactação20, uma troca temporária para insulina21, pode ser necessária.
O aumento da quantidade de urina16, com micção22 a intervalos mais freqüentes, emagrecimento acentuado, sede intensa, secura na boca23 e pele7 seca, são os primeiros quadros de alarme da piora da diabete.
Pode também ocorrer fenômeno oposto, de baixa acentuada do açúcar12 no sangue13 (hipoglicemia15), provocada por jejum prolongado, interação com outros medicamentos, grande esforço físico ou outras doenças, como por exemplo, distúrbios da glândula tireóide24.
Os sinais25 indicativos de níveis baixos de açúcar12 no sangue13 são fome intensa, sudorese26, tremor, agitação, irritabilidade, cefaléia27, distúrbios do sono e depressão do humor. Convém ter sempre em mente que a hipoglicemia15 causa confusão mental, de modo que o próprio paciente perde a capacidade de informar, sendo às vezes tratado como doente mental até que se descubra a verdadeira causa de seu estado, a baixa concentração de açúcar12 no sangue13.
A hipoglicemia15 pode sempre ser corrigida por administração de carboidratos (açúcar12 em várias formas, tais como suco de frutas adoçado, chá adoçado, açúcar12 puro). Os adoçantes artificiais não
são usados para esse propósito. Qualquer reação hipoglicêmica deve ser relatada ao médico assim que possível, que por sua vez, irá verificar se a dose de glibenclamida requer correção. Se medidas simples não funcionarem para aliviar de imediato a crise hipoglicêmica, deve-se chamar um médico imediatamente.
Observa-se, a propósito, que taxas altas de açúcar12, por curto período de tempo, não são prejudiciais ao paciente. O que leva ao coma28 diabético é a presença de produtos de degradação da glicose29 no organismo, os corpos cetônicos. Já a falta de açúcar12, se repetida, pode levar a dano permanente do raciocínio e outras funções cerebrais.
No caso de troca de médico, ou por necessidade de tratamento simultâneo com dois ou mais médicos (por exemplo, admissão em hospital após acidente, doença em um feriado) o paciente deve dizer ao médico que é diabético. Se outras doenças surgirem durante o tratamento com glibenclamida, o médico que está orientando o tratamento deve ser imediatamente informado, pois a dose de manutenção da glibenclamida pode ser que deva ser modificada.
Erros de ingestão, como por exemplo, esquecimento de uma dose, não são corrigidas tomando-se posteriormente mais comprimidos.
Não ingerir bebidas alcoólicas juntamente com o medicamento, pois pode potencializar ou atenuar o seu efeito hipoglicêmico.
O alcoolismo crônico30 pode levar à deterioração do controle da diabete.
Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início ou durante o tratamento.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE2.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Diabetes mellitus: Distúrbio metabólico originado da incapacidade das células de incorporar glicose. De forma secundária, podem estar afetados o metabolismo de gorduras e proteínas.Este distúrbio é produzido por um déficit absoluto ou relativo de insulina. Suas principais características são aumento da glicose sangüínea (glicemia), poliúria, polidipsia (aumento da ingestão de líquidos) e polifagia (aumento da fome).
2 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
3 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
4 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
5 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
6 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
7 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
8 Visão: 1. Ato ou efeito de ver. 2. Percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista; sentido da vista. 3. Algo visto, percebido. 4. Imagem ou representação que aparece aos olhos ou ao espírito, causada por delírio, ilusão, sonho; fantasma, visagem. 5. No sentido figurado, concepção ou representação, em espírito, de situações, questões etc.; interpretação, ponto de vista. 6. Percepção de fatos futuros ou distantes, como profecia ou advertência divina.
9 Paralisia: Perda total da força muscular que produz incapacidade para realizar movimentos nos setores afetados. Pode ser produzida por doença neurológica, muscular, tóxica, metabólica ou ser uma combinação das mesmas.
10 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
11 Glicemia: Valor de concentração da glicose do sangue. Seus valores normais oscilam entre 70 e 110 miligramas por decilitro de sangue (mg/dl).
12 Açúcar: 1. Classe de carboidratos com sabor adocicado, incluindo glicose, frutose e sacarose. 2. Termo usado para se referir à glicemia sangüínea.
13 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
14 Hiperglicemia: Excesso de glicose no sangue. Hiperglicemia de jejum é o nível de glicose acima dos níveis considerados normais após jejum de 8 horas. Hiperglicemia pós-prandial acima de níveis considerados normais após 1 ou 2 horas após alimentação.
15 Hipoglicemia: Condição que ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de glicose, freqüentemente abaixo de 70 mg/dL, com aparecimento rápido de sintomas. Os sinais de hipoglicemia são: fome, fadiga, tremores, tontura, taquicardia, sudorese, palidez, pele fria e úmida, visão turva e confusão mental. Se não for tratada, pode levar ao coma. É tratada com o consumo de alimentos ricos em carboidratos como pastilhas ou sucos com glicose. Pode também ser tratada com uma injeção de glucagon caso a pessoa esteja inconsciente ou incapaz de engolir. Também chamada de reação à insulina.
16 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
17 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
18 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
19 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
20 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
21 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
22 Micção: Emissão natural de urina por esvaziamento da bexiga.
23 Boca: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
24 Glândula Tireóide: Glândula endócrina altamente vascularizada, constituída por dois lobos (um em cada lado da TRAQUÉIA) unidos por um feixe de tecido delgado. Secreta os HORMÔNIOS TIREOIDIANOS (produzidos pelas células foliculares) e CALCITONINA (produzida pelas células para-foliculares), que regulam o metabolismo e o nível de CÁLCIO no sangue, respectivamente. Sinônimos: Tireóide
25 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
26 Sudorese: Suor excessivo
27 Cefaleia: Sinônimo de dor de cabeça. Este termo engloba todas as dores de cabeça existentes, ou seja, enxaqueca ou migrânea, cefaleia ou dor de cabeça tensional, cefaleia cervicogênica, cefaleia em pontada, cefaleia secundária a sinusite, etc... são tipos dentro do grupo das cefaleias ou dores de cabeça. A cefaleia tipo tensional é a mais comum (acomete 78% da população), seguida da enxaqueca ou migrânea (16% da população).
28 Coma: 1. Alteração do estado normal de consciência caracterizado pela falta de abertura ocular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos. Pode ser reversível ou evoluir para a morte. 2. Presente do subjuntivo ou imperativo do verbo “comer.“
29 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
30 Crônico: Descreve algo que existe por longo período de tempo. O oposto de agudo.

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