PRECAUÇÕES GLIBENCLAMIDA

Atualizado em 28/05/2016
A base do tratamento de todos os casos de diabete é a dieta, seguida rigorosamente. Em nenhuma circunstância deve ser utilizada a glibenclamida como substituto para inobservância das instruções da dieta.O tratamento da diabete com glibenclamida requer supervisão constante. Além da observação da dieta, a ingestão regular dos comprimidos é de importância fundamental para manter a eficácia do tratamento e evitar alterações indesejáveis nos níveis de glicemia1 (hiperglicemia2 ou hipoglicemia3).
É necessário controlar periodicamente os níveis de glicose4 na sangue5 e na urina6.
Sinais7 de hiperglicemia2 são sede intensa, secura na boca8, pele9 seca e diurese10 freqüente. Sinais7 de hipoglicemia3 são fome intensa, sudorese11, tremor, agitação, irritabilidade, cefaléia12, distúrbios do sono, depressão do humor e distúrbios neurológicos transitórios como alterações na fala, visão13 e sensação de paralisia14.
A ausência de sintomas15, ou sintomas15 leves de hipoglicemia3 podem ocorrer, como por exemplo, em pacientes com neuropatia autonômica16 ou que estejam em tratamento com betabloqueadores, clonidina, reserpina, guanetidina, ou outros fármacos simpaticolíticos. Os pacientes alérgicos aos derivados da sulfonamida também podem desenvolver reações alérgicas à glibenclamida.
A hiperglicemia2 pode ser de caráter permanente, por piora da diabete, ou pode ser temporária, por exemplo causada por infecções17 ou outras doenças, tensão ou alteração do peso.
Em condições excepcionais de estresse (por exemplo, cirurgia de emergência18, infecções17, febre19) e durante a amamentação20, uma troca temporária para insulina21 pode ser necessária.
As reações hipoglicêmicas podem ser devido à superdosagem de glibenclamida, interações com medicamento, erros de dieta (jejuns prolongados), grande esforço físico, distúrbios não compensados do sistema endócrino22 que influenciam o metabolismo23 dos carboidratos por exemplo, distúrbios da glândula tireóide24) e que influenciam a auto-regulação da hipoglicemia3 (por exemplo, insuficiência25 adrenocortical).
A superdosagem pode ser conseqüência de uma extensão do tempo de meia-vida da presença de defeito genético.
Quando não se atingiu um controle satisfatório da diabete, ou quando se está trocando de medicação antidiabética, o estado de alerta e o tempo de reação podem ser alterados, sendo recomendado que o paciente não dirija automóvel ou opere máquinas. O paciente deve evitar esforços físicos intensos.
A glibenclamida pode provocar hipoglicemia3, com risco de vida se não forem tomadas as providências necessárias.
Aumenta o risco de letalidade por patologias cardiovasculares.
Gravidez26 e Amamentação20: A glibenclamida não deve ser administrada.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Glicemia: Valor de concentração da glicose do sangue. Seus valores normais oscilam entre 70 e 110 miligramas por decilitro de sangue (mg/dl).
2 Hiperglicemia: Excesso de glicose no sangue. Hiperglicemia de jejum é o nível de glicose acima dos níveis considerados normais após jejum de 8 horas. Hiperglicemia pós-prandial acima de níveis considerados normais após 1 ou 2 horas após alimentação.
3 Hipoglicemia: Condição que ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de glicose, freqüentemente abaixo de 70 mg/dL, com aparecimento rápido de sintomas. Os sinais de hipoglicemia são: fome, fadiga, tremores, tontura, taquicardia, sudorese, palidez, pele fria e úmida, visão turva e confusão mental. Se não for tratada, pode levar ao coma. É tratada com o consumo de alimentos ricos em carboidratos como pastilhas ou sucos com glicose. Pode também ser tratada com uma injeção de glucagon caso a pessoa esteja inconsciente ou incapaz de engolir. Também chamada de reação à insulina.
4 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
5 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
6 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
7 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
8 Boca: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
9 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
10 Diurese: Diurese é excreção de urina, fenômeno que se dá nos rins. É impróprio usar esse termo na acepção de urina, micção, freqüência miccional ou volume urinário. Um paciente com retenção urinária aguda pode, inicialmente, ter diurese normal.
11 Sudorese: Suor excessivo
12 Cefaleia: Sinônimo de dor de cabeça. Este termo engloba todas as dores de cabeça existentes, ou seja, enxaqueca ou migrânea, cefaleia ou dor de cabeça tensional, cefaleia cervicogênica, cefaleia em pontada, cefaleia secundária a sinusite, etc... são tipos dentro do grupo das cefaleias ou dores de cabeça. A cefaleia tipo tensional é a mais comum (acomete 78% da população), seguida da enxaqueca ou migrânea (16% da população).
13 Visão: 1. Ato ou efeito de ver. 2. Percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista; sentido da vista. 3. Algo visto, percebido. 4. Imagem ou representação que aparece aos olhos ou ao espírito, causada por delírio, ilusão, sonho; fantasma, visagem. 5. No sentido figurado, concepção ou representação, em espírito, de situações, questões etc.; interpretação, ponto de vista. 6. Percepção de fatos futuros ou distantes, como profecia ou advertência divina.
14 Paralisia: Perda total da força muscular que produz incapacidade para realizar movimentos nos setores afetados. Pode ser produzida por doença neurológica, muscular, tóxica, metabólica ou ser uma combinação das mesmas.
15 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
16 Neuropatia autonômica: Tipo de neuropatia que afeta pulmões, coração, estômago, intestino, bexiga e órgãos genitais.
17 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
18 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
19 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
20 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
21 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
22 Sistema Endócrino: Sistema de glândulas que liberam sua secreção (hormônios) diretamente no sistema circulatório. Em adição às GLÂNDULAS ENDÓCRINAS, o SISTEMA CROMAFIM e os SISTEMAS NEUROSSECRETORES estão inclusos.
23 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
24 Glândula Tireóide: Glândula endócrina altamente vascularizada, constituída por dois lobos (um em cada lado da TRAQUÉIA) unidos por um feixe de tecido delgado. Secreta os HORMÔNIOS TIREOIDIANOS (produzidos pelas células foliculares) e CALCITONINA (produzida pelas células para-foliculares), que regulam o metabolismo e o nível de CÁLCIO no sangue, respectivamente. Sinônimos: Tireóide
25 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
26 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.

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