INFORMAÇÔES TÉCNICAS BEXTRA

Atualizado em 28/05/2016
Características químicas e farmacológicasO valdecoxib é um pó cristalino1 branco; seu nome químico é 4-(5-metil-3-fenil-4-isoxazolil)
benzenosulfonamida. Seu peso molecular é 314,36 e sua fórmula molecular é C 16H14N2O3S.
É um inibidor específico da cicloxigenase-2 (COX-2), membro da classe dos fármacos
antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs), que, em modelos animais, apresenta atividades
antiinflamatória, analgésica e antipirética. Nos seres humanos, mediante concentrações plasmáticas
terapêuticas (40 mg duas vezes ao dia C máx @ 1,33 mg/mL), valdecoxib não inibe a cicloxigenase-1
(COX-1). Acredita-se que o mecanismo de ação de valdecoxib seja a inibição da síntese de
prostaglandina2 mediada pela COX-2. Valdecoxib inibe a produção tanto de prostaglandinas3
periféricas quanto centrais pela COX-2, reduzindo, assim, os níveis destes importantes mediadores
de dor e inflamação4. Em modelos animais, a atividade analgésica de valdecoxib não é revertida pela
naloxona e, em estudos in vitro, valdecoxib não compete com os receptores opiáceos. Portanto, não
se espera que valdecoxib apresente potencial para dependência, sedação5, constipação6 ou depressão
respiratória observado com o uso de agentes analgésicos7 opióides.
Propriedades farmacodinâmicas
Controle da dor aguda e tratamento da dismenorréia8 primária: estabeleceu -se a eficácia de
valdecoxib em estudos de dor moderada a grave após cirurgia oral, ginecológica (histerectomia9
abdominal), correção de hérnia10 inguinal, cirurgia ortopédica (substituição de prótese11 de quadril e
cirurgia para correção de halux12 valgus) e cirurgia de enxerto13 de bypass arterial coronariano. Em dois
estudos pós-cirúrgicos orais, o início da analgesia de valdecoxib 40 mg ocorreu em,
aproximadamente, 30 minutos após a administração e a magnitude e duração da analgesia foram
comparáveis ou superiores àquelas de oxicodona 10 mg/paracetamol 1000 mg. A magnitude e
duração da analgesia com valdecoxib 40 mg nos estudos ginecológicos e ortopédicos de dose única
e múltipla foram comparáveis àquelas obtidas com oxicodona 10 mg/paracetamol 1000 mg,
ibuprofeno 400 mg e/ou diclofenaco 75 mg. Em dois estudos placebo14-controlados envolvendo
mulheres com dor moderada a grave devido à dismenorréia8 primária, o início da analgesia com
valdecoxib 40 mg foi de, aproximadamente, 30 -60 minutos e a magnitude e duração do efeito
analgésico15 foram comparáveis àquelas do naproxeno sódico 550 mg. Nas primeiras 24 horas destes
estudos, mais de 80% das mulheres necessitaram de apenas uma única dose de 40 mg de
valdecoxib para alívio da dor de natureza menstrual.
Administração pré-operatória: dois estudos clínicos nos quais valdecoxib foi administrado no período
pré-operatório (isto é, analgesia preemptiva) demonstraram que este é eficaz na prevenção ou na
redução da dor pós -operatória, conforme mensurado através da intensidade de dor, tempo para
medicação de emergência16 e proporção de pacientes que não necessitaram de medicação para dor
suplementar. A administração de doses únicas de valdecoxib uma hora antes da cirurgia retardou o
desenvolvimento de dor pós -operatória em pacientes submetidos à cirurgia oral e cirurgia ortopédica
(correção de halux12 valgus).
Redução com o uso de opiáceos : valdecoxib, quando usado em combinação com opiáceos, reduziu
significantemente o consumo destes. Em pacientes submetidos à cirurgia de substituição total de
quadril ou joelho, o tratamento com valdecoxib 20 mg duas vezes ao dia ou 40 mg duas vezes ao dia
iniciado 3 horas antes da cirurgia (quadril) ou no período pós-cirúrgico (joelho) resultou em redução
significante no consumo de morfina ao longo de 48 horas após a cirurgia, além de se mostrar superior
em relação à morfina isolada na Avaliação Global do Paciente sobre a Medicação em Estudo
(Patient's Global Evaluation of Study Medication). Após cirurgia de enxerto13 de bypass de artéria17
coronária na qual os pacientes receberam parecoxib sódico por no mínimo 3 dias, seguido de
valdecoxib 40 mg por via oral 2 vezes ao dia por até 11 dias adicionais, o efeito de redução do uso de
opióide para valdecoxib manteve -se por até 6 dias nestes pacientes, ao mesmo tempo em que se
manteve redução significante na intensidade de dor.
Estudos gastrintestinais: foram realizadas avaliações endoscópicas do trato gastrintestinal (GI)
superior programadas com valdecoxib em doses que variavam de 5 a 80 mg por dia em mais de
3.200 pacientes com artrite18, os quais foram incluídos em três estudos randomizados de 12-14
semanas de duração usando-se comparadores ativos, dois dos quais incluíam placebo14 como
controle. Nos três estudos, valdecoxib demonstrou incidência19 estatística significativamente menor de
úlceras20 gastroduodenais endoscópicas durante todo o período do estudo. Nos dois estudos
controlados por placebo14, a incidência19 de úlceras20 gastroduodenais endoscópicas foi semelhante entre
valdecoxib 5 a 20 mg por dia e àquela observada em pacientes tratados com placebo14.
Uso com ácido acetilsalicílico: aproximadamente 13% dos pacientes (440/3.389) incluídos nos três
estudos endoscópicos estavam utilizando ácido acetilsalicílico - AAS (< 325 mg por dia). Nos grupos
de valdecoxib, a incidência19 de úlcera21 endoscópica foi maior em usuários de ácido acetilsalicílico do
que em não -usuários. Entretanto, nas doses recomendadas de valdecoxib, a incidência19 de úlceras20
nestes usuários de ácido acetilsalicílico foi inferior àquela observada nos grupos de comparador ativo
AINE, com ou sem ácido acetilsalicílico.
Em dois estudos de 12 semanas de duração envolvendo pacientes com osteoartrite22, a incidência19
combinada de úlceras20 gastroduodenais observadas endoscopicamente com valdecoxib 10 mg e 20
mg uma vez ao dia foi semelhante àquela do placebo14 e estatística e significantemente inferior àquela
do naproxeno, 500 mg duas vezes ao dia, ibuprofeno 800 mg três vezes ao dia ou diclofenaco 75 mg
duas vezes ao dia.
Estudos de plaquetas23: em quatro estudos clínicos que avaliaram indivíduos jovens e idosos (> 65
anos de idade), doses únicas e múltiplas de valdecoxib 10 mg a 40 mg duas vezes ao dia por até 7
dias não tiveram efeito sobre a agregação plaquetária ou tempo de sangramento. Comparativamente,
o naproxeno 500 mg duas vezes ao dia, o ibuprofeno 800 mg três vezes ao dia e o diclofenaco 75 mg
duas vezes ao dia reduziram significantemente a agregação plaquetária e prolongaram o tempo de
sangramento.
Propriedades farmacocinéticas
A farmacocinética de valdecoxib foi avaliada em, aproximadamente, 2000 indivíduos, incluindo-se
sujeitos jovens e idosos saudáveis, tanto do sexo masculino quanto feminino, assim como em
pacientes portadores de dor aguda, osteoartrite22, artrite reumatóide24, doença hepática25 e doença renal26.
Absorção
Valdecoxib é rapidamente absorvido, alcançando concentrações plasmáticas máximas em
aproximadamente 3 horas. Após a administração oral de valdecoxib, a biodisponibilidade absoluta é
de 83% comparando -se àquela da infusão. O alimento não teve efeito significante nem sobre o pico
de concentração plasmática (C máx) nem sobre a extensão de absorção (AUC27) de valdecoxib quando
administrado com uma refeição rica em gordura28. Entretanto, o tempo para o pico de concentração
plasmática (Tmáx) foi retardado em 1-2 horas. A administração de valdecoxib com um antiácido29
(hidróxido de alumínio e de magnésio) não teve efeito significante sobre a taxa ou a extensão de
absorção de valdecoxib.
Parecoxib sódico, a pró-droga de valdecoxib administrada por via parenteral, é rápida e quase
completamente hidrolisada enzimaticamente no fígado30 a valdecoxib. A biodisponibilidade de
valdecoxib administrado por via oral não foi clinicamente diferente em relação a de valdecoxib
administrado por via intravenosa na forma de parecoxib sódi co.
A proporcionalidade de dose na exposição plasmática de valdecoxib (AUC27) foi demonstrada após
doses únicas de valdecoxib (1-400 mg). Com doses múltiplas (de até 100 mg/dia por 14 dias), a AUC27
de valdecoxib aumenta em um padrão não-linear nas doses acima de 10 mg duas vezes ao dia. Estes
aumentos de 25-45% não foram considerados clinicamente significantes e não exigem redução de
dose. As concentrações plasmáticas no steady-state de valdecoxib são alcançadas antes do 4º dia.
Distribuição
Valdecoxib e seu metabólito31 ativo difundem-se preferencialmente para o interior dos eritrócitos32, com
uma relação de concentração sangue33/plasma34 de, aproximadamente, 2,5:1. Esta relação permanece
quase constante com o tempo e dentro das faixas de concentrações sangüíneas terapêuticas. A
ligação às proteínas35 plasmáticas é aproximadamente 98% superior à variação de concentração (21-
2384 ng/mL). O volume aparente de distribuição no steady state (Vdss/F) de valdecoxib é de
aproximadamente 86 litros após a administração oral.
Valdecoxib demonstrou cruzar a barreira placentária de ratas e coelhas. Valdecoxib também está
presente no l íquor de ratos em concentrações inferiores as do plasma34.
Metabolismo36
Valdecoxib sofre extenso metabolismo36 hepático envolvendo diversas vias. Em seres humanos, uma
destas vias é a citocromo P-450 (CYP)-dependente (CYP 3A4 e CYP 2C9) e a outra é a P450-
independente (glicuronidação direta do radical sulfonamida). As vias metabólicas alternativas
mediadas e não mediadas pelo CYP podem reduzir a possibilidade de indivíduos com polimorfismos
genéticos terem concentrações plasmáticas do fármaco37 substancialmente maiores devido ao
metabolismo36. Mediante múltiplas doses, não há nem inibição clinicamente significante nem autoindução
no metabolismo36 de valdecoxib.
Identificou-se um metabólito31 ativo de valdecoxib no plasma34 humano em concentração
aproximadamente 10% da de valdecoxib. Este metabólito31, que é um inibidor específico COX-2 menos
potente do que o composto-mãe, também se submete a extenso metabolismo36 e cons titui menos de
2% da dose de valdecoxib excretada na urina38 e nas fezes. Exibe cinética39 linear parecida em dosagem
múltipla e tem meia-vida de eliminação semelhante a do valdecoxib. Devido a sua baixa concentração
na circulação40, não contribui significantemente para o perfil de segurança e eficácia de valdecoxib.
Eliminação
Valdecoxib é eliminado predominantemente via metabolismo36 hepático e menos de 5% da dose é
excretada de forma inalterada na urina38 e nas fezes. Cerca de 70% da dose é excretad a na urina38 na
forma de metabólitos41 e aproximadamente 20% na forma de N -glicuronídeo de valdecoxib. A meia-vida
de eliminação (t1/2) é de aproximadamente 8-11 horas. Em pacientes submetidos à hemodiálise42, o
clearance plasmático (CL/F) de valdecoxib foi semelhante ao CL/F encontrado em indivíduos idosos
saudáveis (CL/F de aproximadamente 6 L/h) com função renal26 normal (de acordo com o clearance de
creatinina43).
Pacientes idosos
Valdecoxib foi administrado a 3.000 pacientes idosos (65-92 anos de idade) em estudos
farmacocinéticos e terapêuticos. Em indivíduos idosos, as concentrações plasmáticas no steady-state
ajustadas de acordo com o peso corporal (AUC0-12 h) são aproximadamente 30% maiores do que em
indivíduos jovens. Para pacientes44 idosos, em particular para aqueles com peso corporal inferior a 50
kg, iniciar terapia utilizando a menor dose recomendada.
Insuficiência Renal45
Como a eliminação renal26 de valdecoxib não é importante para sua distribuição, não se observaram
alterações clinicamente significantes no clearance de valdecoxib em pacientes com insuficiência renal45
grave ou naqueles submetidos à diálise46 renal26. Contudo, o tratamento de pacientes com doença renal26
grave (clearance de creatinina43 < 30 mL/min) deverá ser iniciado com cautela.
Insuficiência hepática47
Em pacientes com insuficiência hepática47 moderada (escala de Child-Pugh 7-9), o tratamento deverá
ser iniciado com cautela. Para artrite18, deve-se utilizar a menor dose recomendada e a dosagem não
deverá exceder 20 mg por dia para dor aguda, já que a exposição plasmática de valdecoxib mostrouse
significantemente aumentada (130%) nestes pacientes em relação àqueles com função hepática25
normal. Pacientes com insuficiência hepática47 grave não foram estudados e, portanto, o uso de
valdecoxib em pacientes com insuficiência hepática47 grave não está recomendado.
Dados pré-clínicos de segurança
Os dados pré-clínicos não revelam um risco especial para os seres humanos de acordo com estudos
convencionais de farmacologia48 de segurança, toxicidade49 de dose repetida, genotoxicidade ,
carcinogenicidade ou toxicidade49 para a reprodução50.
Em dose estimadas em 3 a 6 vezes a AUC27(0-24 h) terapêutica51 humana, de 20 mg/dia, valdecoxib não
prejudicou a fertilidade de ratos machos nas exposições.
Valdecoxib não foi teratogênico52 em estudos em ratas e coelhas. Estudos em ratas em doses
maternalmente tóxicas e estudos em coelhas na dose máxima avaliável não revelaram efeitos
embriotóxicos além de diminuição na ovulação53 e aumento da perda pré e pós-implantação em ratas.
Estes efeitos são esperados com a inibição da síntese de prostaglandinas3. Valdecoxib atravessa a
placenta em ratas e coelhas. Não há estudos envolvendo gestantes. Portanto, assim como
outrosmedicamentos que inibem a síntese de prostaglandinas3, deve-se evitar o uso de valdecoxib no
último trimestre de gestação, pela possibilidade de inércia uterina e fechamento prematuro do ducto
arterioso. Valdecoxib só deverá ser usado durante a gravidez54 se o provável benefício justificar o risco
potencial para o feto55.
Em um estudo peri/pós -natal en volvendo ratos, houve uma incidência19 aumentada de mortalidade56 pós -
natal do filhote com uma dose > 6 mg/kg/dia (aproximadamente 12 vezes a AUC27 (0-24 h) terapêutica51
humana com uma dose de 20 mg/dia). Valdecoxib não se mostrou mutagênico em um teste de Ames
ou em um ensaio de mutação57 em células58 de ovário59 (CHO) de hamster chinês, nem foi clastogênico
em um estudo de aberração cromossômica em células58 CHO ou em um teste de micronúcleos in vivo
em medula óssea60 de rato.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Cristalino: 1. Lente gelatinosa, elástica e convergente que focaliza a luz que entra no olho, formando imagens na retina. A distância focal do cristalino é modificada pelo movimento dos músculos ciliares, permitindo ajustar a visão para objetos próximos ou distantes. Isso se chama de acomodação do olho à distância do objeto. 2. Diz-se do grupo de cristais cujos eixos cristalográficos são iguais nas suas relações angulares gerais constantes 3. Diz-se de rocha constituída quase que totalmente por cristais ou fragmentos de cristais 4. Diz-se do que permite que passem os raios de luz e em consequência que se veja através dele; transparente. 5. Límpido, claro como o cristal.
2 Prostaglandina: É qualquer uma das várias moléculas estruturalmente relacionadas, lipossolúveis, derivadas do ácido araquidônico. Ela tem função reguladora de diversas vias metabólicas.
3 Prostaglandinas: É qualquer uma das várias moléculas estruturalmente relacionadas, lipossolúveis, derivadas do ácido araquidônico. Ela tem função reguladora de diversas vias metabólicas.
4 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
5 Sedação: 1. Ato ou efeito de sedar. 2. Aplicação de sedativo visando aliviar sensação física, por exemplo, de dor. 3. Diminuição de irritabilidade, de nervosismo, como efeito de sedativo. 4. Moderação de hiperatividade orgânica.
6 Constipação: Retardo ou dificuldade nas defecações, suficiente para causar desconforto significativo para a pessoa. Pode significar que as fezes são duras, difíceis de serem expelidas ou infreqüentes (evacuações inferiores a três vezes por semana), ou ainda a sensação de esvaziamento retal incompleto, após as defecações.
7 Analgésicos: Grupo de medicamentos usados para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticas como a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol.
8 Dismenorréia: Dor associada à menstruação. Em uma porcentagem importante de mulheres é um sintoma normal. Em alguns casos está associada a doenças ginecológicas (endometriose, etc.).
9 Histerectomia: Cirurgia através da qual se extrai o útero. Pode ser realizada mediante a presença de tumores ou hemorragias incontroláveis por outras formas. Quando se acrescenta à retirada dos ovários e trompas de Falópio (tubas uterinas) a esta cirurgia, denomina-se anexo-histerectomia.
10 Hérnia: É uma massa circunscrita formada por um órgão (ou parte de um órgão) que sai por um orifício, natural ou acidental, da cavidade que o contém. Por extensão de sentido, excrescência, saliência.
11 Prótese: Elemento artificial implantado para substituir a função de um órgão alterado. Existem próteses de quadril, de rótula, próteses dentárias, etc.
12 Hálux: Dedo Grande do Pé, vulgo dedão do pé.
13 Enxerto: 1. Na agricultura, é uma operação que se caracteriza pela inserção de uma gema, broto ou ramo de um vegetal em outro vegetal, para que se desenvolva como na planta que o originou. Também é uma técnica agrícola de multiplicação assexuada de plantas florais e frutíferas, que permite associar duas plantas diferentes, mas gerações próximas, muito usada na produção de híbridos, na qual uma das plantas assegura a nutrição necessária à gema, ao broto ou ao ramo da outra, cujas características procura-se desenvolver; enxertia. 2. Na medicina, é a transferência especialmente de células ou de tecido (por exemplo, da pele) de um local para outro do corpo de um mesmo indivíduo ou de um indivíduo para outro.
14 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
15 Analgésico: Medicamento usado para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticas como a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol.
16 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
17 Artéria: Vaso sangüíneo de grande calibre que leva sangue oxigenado do coração a todas as partes do corpo.
18 Artrite: Inflamação de uma articulação, caracterizada por dor, aumento da temperatura, dificuldade de movimentação, inchaço e vermelhidão da área afetada.
19 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
20 Úlceras: Feridas superficiais em tecido cutâneo ou mucoso que podem ocorrer em diversas partes do organismo. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica ocorre no estômago ou no duodeno (mais freqüente). Pessoas que sofrem de estresse são mais susceptíveis a úlcera.
21 Úlcera: Ferida superficial em tecido cutâneo ou mucoso que pode ocorrer em diversas partes do organismo. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica ocorre no estômago ou no duodeno (mais freqüente). Pessoas que sofrem de estresse são mais susceptíveis a úlcera.
22 Osteoartrite: Termo geral que se emprega para referir-se ao processo degenerativo da cartilagem articular, manifestado por dor ao movimento, derrame articular, etc. Também denominado artrose.
23 Plaquetas: Elemento do sangue (não é uma célula porque não apresenta núcleo) produzido na medula óssea, cuja principal função é participar da coagulação do sangue através da formação de conglomerados que tamponam o escape do sangue por uma lesão em um vaso sangüíneo.
24 Artrite reumatóide: Doença auto-imune de etiologia desconhecida, caracterizada por poliartrite periférica, simétrica, que leva à deformidade e à destruição das articulações por erosão do osso e cartilagem. Afeta mulheres duas vezes mais do que os homens e sua incidência aumenta com a idade. Em geral, acomete grandes e pequenas articulações em associação com manifestações sistêmicas como rigidez matinal, fadiga e perda de peso. Quando envolve outros órgãos, a morbidade e a gravidade da doença são maiores, podendo diminuir a expectativa de vida em cinco a dez anos.
25 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
26 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
27 AUC: A área sob a curva ROC (Receiver Operator Characteristic Curve ou Curva Característica de Operação do Receptor), também chamada de AUC, representa a acurácia ou performance global do teste, pois leva em consideração todos os valores de sensibilidade e especificidade para cada valor da variável do teste. Quanto maior o poder do teste em discriminar os indivíduos doentes e não doentes, mais a curva se aproxima do canto superior esquerdo, no ponto que representa a sensibilidade e 1-especificidade do melhor valor de corte. Quanto melhor o teste, mais a área sob a curva ROC se aproxima de 1.
28 Gordura: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Os alimentos que fornecem gordura são: manteiga, margarina, óleos, nozes, carnes vermelhas, peixes, frango e alguns derivados do leite. O excesso de calorias é estocado no organismo na forma de gordura, fornecendo uma reserva de energia ao organismo.
29 Antiácido: É uma substância que neutraliza o excesso de ácido, contrariando o seu efeito. É uma base que aumenta os valores de pH de uma solução ácida.
30 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
31 Metabólito: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
32 Eritrócitos: Células vermelhas do sangue. Os eritrócitos maduros são anucleados, têm forma de disco bicôncavo e contêm HEMOGLOBINA, cuja função é transportar OXIGÊNIO. Sinônimos: Corpúsculos Sanguíneos Vermelhos; Corpúsculos Vermelhos Sanguíneos; Corpúsculos Vermelhos do Sangue; Glóbulos Vermelhos; Hemácias
33 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
34 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
35 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
36 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
37 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
38 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
39 Cinética: Ramo da física que trata da ação das forças nas mudanças de movimento dos corpos.
40 Circulação: 1. Ato ou efeito de circular. 2. Facilidade de se mover usando as vias de comunicação; giro, curso, trânsito. 3. Movimento do sangue, fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos do corpo e do coração.
41 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
42 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
43 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
44 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
45 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
46 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
47 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
48 Farmacologia: Ramo da medicina que estuda as propriedades químicas dos medicamentos e suas respectivas classificações.
49 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
50 Reprodução: 1. Função pela qual se perpetua a espécie dos seres vivos. 2. Ato ou efeito de reproduzir (-se). 3. Imitação de quadro, fotografia, gravura, etc.
51 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
52 Teratogênico: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
53 Ovulação: Ovocitação, oocitação ou ovulação nos seres humanos, bem como na maioria dos mamíferos, é o processo que libera o ovócito II em metáfase II do ovário. (Em outras espécies em vez desta célula é liberado o óvulo.) Nos dias anteriores à ovocitação, o folículo secundário cresce rapidamente, sob a influência do FSH e do LH. Ao mesmo tempo que há o desenvolvimento final do folículo, há um aumento abrupto de LH, fazendo com que o ovócito I no seu interior complete a meiose I, e o folículo passe ao estágio de pré-ovocitação. A meiose II também é iniciada, mas é interrompida em metáfase II aproximadamente 3 horas antes da ovocitação, caracterizando a formação do ovócito II. A elevada concentração de LH provoca a digestão das fibras colágenas em torno do folículo, e os níveis mais altos de prostaglandinas causam contrações na parede ovariana, que provocam a extrusão do ovócito II.
54 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
55 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
56 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
57 Mutação: 1. Ato ou efeito de mudar ou mudar-se. Alteração, modificação, inconstância. Tendência, facilidade para mudar de ideia, atitude etc. 2. Em genética, é uma alteração súbita no genótipo de um indivíduo, sem relação com os ascendentes, mas passível de ser herdada pelos descendentes.
58 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
59 Ovário: Órgão reprodutor (GÔNADAS) feminino. Nos vertebrados, o ovário contém duas partes funcionais Sinônimos: Ovários
60 Medula Óssea: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.