PRECAUÇÕES FASTFEN 5MCG/ML-25ESTJ. 2ML

Atualizado em 28/05/2016
Todos os opióides potentes podem provocar depressão respiratória dose-dependente e que pode ser revertida com o uso de um antagonista1 narcótico específico, a naloxona ou a nalorfina, sendo que podem ser necessárias doses repetidas do antagonista1 pois a depressão respiratória pode durar mais tempo que a duração da ação do antagonista1 opióide.
A analgesia profunda é acompanhada por depressão respiratória importante. A mesma pode persistir no período pós-operatório, e se o produto foi administrado por via IV, pode mesmo recorrer. Dessa forma há necessidade de profunda observação dos pacientes. Os tratamentos de reanimação e os antagonistas narcóticos devem estar prontamente disponíveis. A hiperventilação durante a anestesia2 pode alterar a resposta do paciente ao CO2 afetando desta forma a respiração no período pós-operatório.
Pode ocorrer a indução de rigidez muscular, envolvendo também os músculos respiratórios3 torácicos, podendo porém ser evitada se medidas como, injeção4 IV lenta, pré-medicação com benzodiazepínico e uso de relaxantes musculares, forem seguidas.
Se o paciente tiver recebido quantidade insuficiente de anticolinérgicos ou quando o Fastfen( for combinado com relaxantes musculares não-vagolíticos, podem ocorrer bradicardia5 e também assistolia. A atropina é usada para tratar a bradicardia5.
As substâncias opióides podem induzir a hipotensão6 especialmente em pacientes hipovolêmicos. Portanto devem ser tomadas medidas para a manutenção de pressão arterial7 estável.
Devem ser evitadas as injeções de opióides em bolus8 rápidos em pacientes com problemas intracerebrais, pois nos mesmos, a queda transitória da pressão arterial7 média pode ser ocasionalmente acompanhada de redução na perfusão cerebral de curta duração.
Podem necessitar de doses maiores os pacientes em tratamento crônico9 com opióides ou com história de abuso de opióides.
Pacientes idosos ou debilitados devem ter redução na posologia. Também deve-se levar em consideração a dose a ser administrada nos seguintes casos: hipotireoidismo10 não controlado; doença pulmonar; doença respiratória; alcoolismo; insuficiência renal11 ou hepática12. Nestes casos há também a necessidade de monitorização pós-operatória prolongada.
Deve-se ter cuidado com a administração peridural13 quando houver presença de depressão respiratória ou comprometimento da função respiratória ou ainda na presença de sofrimento fetal. A paciente deve ser monitorada por pelo menos uma hora após cada dose, porque pode ocorrer depressão respiratória precoce.
Os pacientes não devem dirigir veículos ou operar máquinas depois da administração de Sufentanila, a não ser após um período suficiente.
Gravidez14 e Amamentação15:
Não foi ainda bem estabelecida a segurança do uso do produto em gestantes, apesar de o estudo em animais não ter demonstrado nenhum efeito teratogênico16. Antes da administração deve ser verificada a relação risco/benefício. Os estudos demonstraram que o uso intravenoso não é recomendado no trabalho de parto. Também demonstraram que quando o produto é associado à bupivacaína peridural13 em uma dose total de até 30 mcg, durante o trabalho de parto, não houve sofrimento fetal ou qualquer efeito prejudicial à mãe. De qualquer modo, deve estar sempre disponível um antídoto17 para a criança.
Não se tem conhecimento se a droga é excretada no leite humano e portanto deve-se ter cuidado quando da administração a lactentes18.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Antagonista: 1. Opositor. 2. Adversário. 3. Em anatomia geral, que ou o que, numa mesma região anatômica ou função fisiológica, trabalha em sentido contrário (diz-se de músculo). 4. Em medicina, que realiza movimento contrário ou oposto a outro (diz-se de músculo). 5. Em farmácia, que ou o que tende a anular a ação de outro agente (diz-se de agente, medicamento etc.). Agem como bloqueadores de receptores. 6. Em odontologia, que se articula em oposição (diz-se de ou qualquer dente em relação ao da maxila oposta).
2 Anestesia: Diminuição parcial ou total da sensibilidade dolorosa. Pode ser induzida por diferentes medicamentos ou ser parte de uma doença neurológica.
3 Músculos Respiratórios: Neste grupo de músculos estão incluídos o DIAFRAGMA e os MÚSCULOS INTERCOSTAIS.
4 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
5 Bradicardia: Diminuição da freqüência cardíaca a menos de 60 batimentos por minuto. Pode estar associada a distúrbios da condução cardíaca, ao efeito de alguns medicamentos ou a causas fisiológicas (bradicardia do desportista).
6 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
7 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
8 Bolus: Uma quantidade extra de insulina usada para reduzir um aumento inesperado da glicemia, freqüentemente relacionada a uma refeição rápida.
9 Crônico: Descreve algo que existe por longo período de tempo. O oposto de agudo.
10 Hipotireoidismo: Distúrbio caracterizado por uma diminuição da atividade ou concentração dos hormônios tireoidianos. Manifesta-se por engrossamento da voz, aumento de peso, diminuição da atividade, depressão.
11 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
12 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
13 Peridural: Mesmo que epidural. Localizado entre a dura-máter e a vértebra (diz-se do espaço do canal raquidiano). Na anatomia geral e na anestesiologia, é o que se localiza ou que se faz em torno da dura-máter.
14 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
15 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
16 Teratogênico: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
17 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.
18 Lactentes: Que ou aqueles que mamam, bebês. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).

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