ADVERTÊNCIAS NAPROXENO
Efeitos Gastrintestinais: podem ocorrer efeitosna mucosa1 gastrintestinal, assim como toxicidade2
gastrintestinal séria (irritação gastrintestinal,
sangramento, ulceração3 e perfuração), a
qualquer momento com ou sem sinais4 e sintomas5
em pacientes sob tratamento com os antiinflamatórios
não esteroidais, inclusive o naproxeno.
Estudos realizados não identificaram
um grupo de pacientes sem risco de desenvolvimento
de úlcera péptica6 e sangramento.
Verificou-se que existe um risco maior de ulceração3
gastrintestinal, sangramento e perfuração
em idosos e pacientes debilitados que aparentemente
são menos tolerantes à úlcera7 e sangramento
do que outros pacientes. A maior parte
dos eventos gastrintestinais fatais associados
com os antiinflamatórios não esteroidais foi nesse
grupo de pacientes. Pacientes com história
de doença gastrintestinal devem utilizar naproxeno
sob rigorosa supervisão. Como ocorre com
outras drogas antiinflamatórias não esteroidais,
a incidência8 e severidade das complicações gastrintestinais
pode aumentar de acordo com a
dose e a duração do tratamento. Não é recomendada
a combinação de naproxeno com outros
antiinflamatórios não esteróides, pelo motivo de
riscos acumulativos induzindo sérios efeitos
adversos (ulceração3 gastrintestinal, sangramento
e perfuração).
Efeitos Hematológicos: o naproxeno diminui
a agregação plaquetária e prolonga o tempo de
sangramento. Este efeito deve ser considerado
ao se determinar o tempo de sangramento.
Deve-se ter cautela na dosagem de naproxeno
em pacientes que apresentam alterações na
coagulação9 ou que estão recebendo uma terapia
que interfira na "hemostase". Pacientes sob
grande risco de sangramento e aqueles recebendo
terapia anticoagulante10 completa e derivados
de dicuramol podem apresentar um maior
risco de sangramento na administração concomitante
com o naproxeno.
Efeitos Renais: naproxeno deverá ser usado
com cautela em pacientes com insuficiência renal11
significativa ou com histórias de doenças
renais, pois naproxeno inibe a síntese de prostaglandina12.
O naproxeno deve ser usado com cautela em
pacientes com depuração da creatinina13 inferiores
a 20 mL/min. Pacientes que apresentam
redução do volume sangüíneo bem como redução
do fluxo sangüíneo renal14, onde prostaglandinas15
renais têm função de suporte na manutenção
da perfusão renal14, devem ser observados
com cautela. Nesses pacientes que utilizam
naproxeno ou outros antiinflamatórios não esteroidais,
pode haver uma redução dose dependente
na formação de prostaglandina12 renal14,
podendo ocorrer uma precipitação da descompensação
renal14 ou insuficiência renal11. Pacientes
que apresentam maiores riscos dessas reações
são aqueles com função renal14 prejudicada, hipovolemia16,
insuficiência cardíaca17, disfunção hepática18,
depleção19 salina, pacientes que utilizam diuréticos20
e em idosos. A descontinuação do tratamento
é geralmente seguida pela recuperação
do paciente até a condição anterior do início do
tratamento. Produtos que contenham naproxeno
devem ser utilizados com cautela nestes pacientes
e deve-se realizar monitorização do clearance
de creatinina13 e a creatinina13 sérica. A redução
da dose diária deve ser considerada para
evitar a possibilidade de acumulação excessiva
dos metabólitos21 de naproxeno em tais pacientes.
A concentração plasmática de naproxeno não
diminui na hemodiálise22, devido à elevada proporção
da ligação protéica.
Efeitos hepáticos: assim como com outros antiinflamatórios
não esteroidais, elevações de uma
ou mais funções hepáticas23 podem ocorrer. Anormalidades
hepáticas23 são resultados de hipersensibilidade
mais propriamente do que de
toxicidade2 direta.
Tem sido relatado com naproxeno bem como
com outros antiinflamatórios não esteroidais a
ocorrência de reações hepáticas23 severas, incluindo
icterícia24 e hepatite25. Tem sido relatada a
possibilidade de reação cruzada.
Reações Anafiláticas26: podem ocorrer reações
de hipersensibilidade em indivíduos suscetíveis.
Podem ocorrer também reações anafiláticas26 em
pacientes com ou sem história de hipersensibilidade
ou exposição ao ácido acetilsalicílico,
outras drogas antiinflamatórias não esteroidais
ou ao naproxeno. Podem também ocorrer em
indivíduos com história de angioedema27, reatividade
broncoespástica, rinite28 e polipos29 nasais.
Reações anafiláticas26 podem ser fatais.
A ocorrência de broncoespasmo30 pode ser precipitada
em pacientes com história ou que sofrem
de asma31, ou doenças alérgicas ou sensibilidade
ao ácido acetilsalicílico.
Efeitos antipiréticos32: a atividade antipirética e
antiinflamatória do naproxeno pode reduzir a
febre33 e a inflamação34, diminuindo sua utilidade
como sinais4 de diagnóstico35.
Efeitos oculares: na ocorrência de distúrbios
visuais como papilite, neurite36 óptica retrobulbar
e papiledema, o paciente deve consultar o médico.
Se a dosagem de esteróides é reduzida ou eliminada
durante a terapia, a dose de esteróides
deve ser reduzida lentamente e o paciente deve
ser observado com atenção para qualquer evidência
de efeitos adversos incluindo insuficiência37
adrenal e exacerbação dos sintomas5 da
artrite38.
Foram relatados casos de edema39 periférico em
alguns pacientes. Estudos metabólicos não
relataram caso de retenção de sódio, no entanto,
pacientes com função cardíaca comprometida
podem apresentar risco na administração de
naproxeno.
A segurança de naproxeno em crianças abaixo
de 2 anos de idade não está totalmente estabelecida.
USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS
GRUPOS DE RISCO:
Uso em idosos:
Pacientes idosos podem apresentar maiores
riscos de ocorrência de efeitos indesejáveis
quando comparados com pacientes jovens. O
clearance de creatinina13 é menor em pacientes
idosos, portanto, recomenda-se cautela quando
é necessária administração de altas doses de
naproxeno, podendo ser necessário ajuste. Para
drogas utilizadas em idosos, é prudente utilizar
a menor dose eficaz.
Uso Pediátrico:
A segurança e a eficácia em crianças menores
de 2 anos de idade ainda não foram estabelecidas
com o uso de naproxeno.
Como analgésico40 e antipirético41, a dose recomendada
em crianças de maior faixa etária é
de 10 mg/kg como dose inicial, seguidos de 2,5-
5 mg/kg de naproxeno a intervalos de 8 horas.
A dose não deve exceder 15 mg/kg/dia após o
primeiro dia.