ADVERTÊNCIAS NAPROXENO

Atualizado em 28/05/2016

Efeitos Gastrintestinais: podem ocorrer efeitosna mucosa1 gastrintestinal, assim como toxicidade2
gastrintestinal séria (irritação gastrintestinal,
sangramento, ulceração3 e perfuração), a
qualquer momento com ou sem sinais4 e sintomas5
em pacientes sob tratamento com os antiinflamatórios
não esteroidais, inclusive o naproxeno.
Estudos realizados não identificaram
um grupo de pacientes sem risco de desenvolvimento
de úlcera péptica6 e sangramento.
Verificou-se que existe um risco maior de ulceração3
gastrintestinal, sangramento e perfuração
em idosos e pacientes debilitados que aparentemente
são menos tolerantes à úlcera7 e sangramento
do que outros pacientes. A maior parte
dos eventos gastrintestinais fatais associados
com os antiinflamatórios não esteroidais foi nesse
grupo de pacientes. Pacientes com história
de doença gastrintestinal devem utilizar naproxeno
sob rigorosa supervisão. Como ocorre com
outras drogas antiinflamatórias não esteroidais,
a incidência8 e severidade das complicações gastrintestinais
pode aumentar de acordo com a
dose e a duração do tratamento. Não é recomendada
a combinação de naproxeno com outros
antiinflamatórios não esteróides, pelo motivo de
riscos acumulativos induzindo sérios efeitos
adversos (ulceração3 gastrintestinal, sangramento
e perfuração).
Efeitos Hematológicos: o naproxeno diminui
a agregação plaquetária e prolonga o tempo de
sangramento. Este efeito deve ser considerado
ao se determinar o tempo de sangramento.
Deve-se ter cautela na dosagem de naproxeno
em pacientes que apresentam alterações na
coagulação9 ou que estão recebendo uma terapia
que interfira na "hemostase". Pacientes sob
grande risco de sangramento e aqueles recebendo
terapia anticoagulante10 completa e derivados
de dicuramol podem apresentar um maior
risco de sangramento na administração concomitante
com o naproxeno.
Efeitos Renais: naproxeno deverá ser usado
com cautela em pacientes com insuficiência renal11
significativa ou com histórias de doenças
renais, pois naproxeno inibe a síntese de prostaglandina12.
O naproxeno deve ser usado com cautela em
pacientes com depuração da creatinina13 inferiores
a 20 mL/min. Pacientes que apresentam
redução do volume sangüíneo bem como redução
do fluxo sangüíneo renal14, onde prostaglandinas15
renais têm função de suporte na manutenção
da perfusão renal14, devem ser observados
com cautela. Nesses pacientes que utilizam
naproxeno ou outros antiinflamatórios não esteroidais,
pode haver uma redução dose dependente
na formação de prostaglandina12 renal14,
podendo ocorrer uma precipitação da descompensação
renal14 ou insuficiência renal11. Pacientes
que apresentam maiores riscos dessas reações
são aqueles com função renal14 prejudicada, hipovolemia16,
insuficiência cardíaca17, disfunção hepática18,
depleção19 salina, pacientes que utilizam diuréticos20
e em idosos. A descontinuação do tratamento
é geralmente seguida pela recuperação
do paciente até a condição anterior do início do
tratamento. Produtos que contenham naproxeno
devem ser utilizados com cautela nestes pacientes
e deve-se realizar monitorização do clearance
de creatinina13 e a creatinina13 sérica. A redução
da dose diária deve ser considerada para
evitar a possibilidade de acumulação excessiva
dos metabólitos21 de naproxeno em tais pacientes.
A concentração plasmática de naproxeno não
diminui na hemodiálise22, devido à elevada proporção
da ligação protéica.
Efeitos hepáticos: assim como com outros antiinflamatórios
não esteroidais, elevações de uma
ou mais funções hepáticas23 podem ocorrer. Anormalidades
hepáticas23 são resultados de hipersensibilidade
mais propriamente do que de
toxicidade2 direta.
Tem sido relatado com naproxeno bem como
com outros antiinflamatórios não esteroidais a
ocorrência de reações hepáticas23 severas, incluindo
icterícia24 e hepatite25. Tem sido relatada a
possibilidade de reação cruzada.
Reações Anafiláticas26: podem ocorrer reações
de hipersensibilidade em indivíduos suscetíveis.
Podem ocorrer também reações anafiláticas26 em
pacientes com ou sem história de hipersensibilidade
ou exposição ao ácido acetilsalicílico,
outras drogas antiinflamatórias não esteroidais
ou ao naproxeno. Podem também ocorrer em
indivíduos com história de angioedema27, reatividade
broncoespástica, rinite28 e polipos29 nasais.
Reações anafiláticas26 podem ser fatais.
A ocorrência de broncoespasmo30 pode ser precipitada
em pacientes com história ou que sofrem
de asma31, ou doenças alérgicas ou sensibilidade
ao ácido acetilsalicílico.
Efeitos antipiréticos32: a atividade antipirética e
antiinflamatória do naproxeno pode reduzir a
febre33 e a inflamação34, diminuindo sua utilidade
como sinais4 de diagnóstico35.
Efeitos oculares: na ocorrência de distúrbios
visuais como papilite, neurite36 óptica retrobulbar
e papiledema, o paciente deve consultar o médico.
Se a dosagem de esteróides é reduzida ou eliminada
durante a terapia, a dose de esteróides
deve ser reduzida lentamente e o paciente deve
ser observado com atenção para qualquer evidência
de efeitos adversos incluindo insuficiência37
adrenal e exacerbação dos sintomas5 da
artrite38.
Foram relatados casos de edema39 periférico em
alguns pacientes. Estudos metabólicos não
relataram caso de retenção de sódio, no entanto,
pacientes com função cardíaca comprometida
podem apresentar risco na administração de
naproxeno.
A segurança de naproxeno em crianças abaixo
de 2 anos de idade não está totalmente estabelecida.

USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS
GRUPOS DE RISCO:
Uso em idosos:
Pacientes idosos podem apresentar maiores
riscos de ocorrência de efeitos indesejáveis
quando comparados com pacientes jovens. O
clearance de creatinina13 é menor em pacientes
idosos, portanto, recomenda-se cautela quando
é necessária administração de altas doses de
naproxeno, podendo ser necessário ajuste. Para
drogas utilizadas em idosos, é prudente utilizar
a menor dose eficaz.
Uso Pediátrico:
A segurança e a eficácia em crianças menores
de 2 anos de idade ainda não foram estabelecidas
com o uso de naproxeno.
Como analgésico40 e antipirético41, a dose recomendada
em crianças de maior faixa etária é
de 10 mg/kg como dose inicial, seguidos de 2,5-
5 mg/kg de naproxeno a intervalos de 8 horas.
A dose não deve exceder 15 mg/kg/dia após o
primeiro dia.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Mucosa: Tipo de membrana, umidificada por secreções glandulares, que recobre cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
2 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
3 Ulceração: 1. Processo patológico de formação de uma úlcera. 2. A úlcera ou um grupo de úlceras.
4 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
5 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
6 Úlcera péptica: Lesão na mucosa do esôfago, estômago ou duodeno. Também chamada de úlcera gástrica ou duodenal. Pode ser provocada por excesso de ácido clorídrico produzido pelo próprio estômago ou por medicamentos como antiinflamatórios ou aspirina. É uma doença infecciosa, causada pela bactéria Helicobacter pylori em quase 100% dos casos. Os principais sintomas são: dor, má digestão, enjôo, queimação (azia), sensação de estômago vazio.
7 Úlcera: Ferida superficial em tecido cutâneo ou mucoso que pode ocorrer em diversas partes do organismo. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica ocorre no estômago ou no duodeno (mais freqüente). Pessoas que sofrem de estresse são mais susceptíveis a úlcera.
8 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
9 Coagulação: Ato ou efeito de coagular(-se), passando do estado líquido ao sólido.
10 Anticoagulante: Substância ou medicamento que evita a coagulação, especialmente do sangue.
11 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
12 Prostaglandina: É qualquer uma das várias moléculas estruturalmente relacionadas, lipossolúveis, derivadas do ácido araquidônico. Ela tem função reguladora de diversas vias metabólicas.
13 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
14 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
15 Prostaglandinas: É qualquer uma das várias moléculas estruturalmente relacionadas, lipossolúveis, derivadas do ácido araquidônico. Ela tem função reguladora de diversas vias metabólicas.
16 Hipovolemia: Diminuição do volume de sangue secundário a hemorragias, desidratação ou seqüestro de sangue para um terceiro espaço (p. ex. peritônio).
17 Insuficiência Cardíaca: É uma condição na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do organismo. Refere-se à diminuição da capacidade do coração suportar a carga de trabalho.
18 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
19 Depleção: 1. Em patologia, significa perda de elementos fundamentais do organismo, especialmente água, sangue e eletrólitos (sobretudo sódio e potássio). 2. Em medicina, é o ato ou processo de extração de um fluido (por exxemplo, sangue) 3. Estado ou condição de esgotamento provocado por excessiva perda de sangue. 4. Na eletrônica, em um material semicondutor, medição da densidade de portadores de carga abaixo do seu nível e do nível de dopagem em uma temperatura específica.
20 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
21 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
22 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
23 Hepáticas: Relativas a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
24 Icterícia: Coloração amarelada da pele e mucosas devido a uma acumulação de bilirrubina no organismo. Existem dois tipos de icterícia que têm etiologias e sintomas distintos: icterícia por acumulação de bilirrubina conjugada ou direta e icterícia por acumulação de bilirrubina não conjugada ou indireta.
25 Hepatite: Inflamação do fígado, caracterizada por coloração amarela da pele e mucosas (icterícia), dor na região superior direita do abdome, cansaço generalizado, aumento do tamanho do fígado, etc. Pode ser produzida por múltiplas causas como infecções virais, toxicidade por drogas, doenças imunológicas, etc.
26 Reações anafiláticas: É um tipo de reação alérgica sistêmica aguda. Esta reação ocorre quando a pessoa foi sensibilizada (ou seja, quando o sistema imune foi condicionado a reconhecer uma substância como uma ameaça ao organismo). Na segunda exposição ou nas exposições subseqüentes, ocorre uma reação alérgica. Essa reação é repentina, grave e abrange o corpo todo. O sistema imune libera anticorpos. Os tecidos liberam histamina e outras substâncias. Esse mecanismo causa contrações musculares, constrição das vias respiratórias, dificuldade respiratória, dor abdominal, cãimbras, vômitos e diarréia. A histamina leva à dilatação dos vasos sangüíneos (que abaixa a pressão sangüínea) e o vazamento de líquidos da corrente sangüínea para os tecidos (que reduzem o volume de sangue) o que provoca o choque. Ocorrem com freqüência a urticária e o angioedema - este angioedema pode resultar na obstrução das vias respiratórias. Uma anafilaxia prolongada pode causar arritmia cardíaca.
27 Angioedema: Caracteriza-se por áreas circunscritas de edema indolor e não-pruriginoso decorrente de aumento da permeabilidade vascular. Os locais mais acometidos são a cabeça e o pescoço, incluindo os lábios, assoalho da boca, língua e laringe, mas o edema pode acometer qualquer parte do corpo. Nos casos mais avançados, o angioedema pode causar obstrução das vias aéreas. A complicação mais grave é o inchaço na garganta (edema de glote).
28 Rinite: Inflamação da mucosa nasal, produzida por uma infecção viral ou reação alérgica. Manifesta-se por secreção aquosa e obstrução das fossas nasais.
29 Pólipos: 1. Em patologia, é o crescimento de tecido pediculado que se desenvolve em uma membrana mucosa (por exemplo, no nariz, bexiga, reto, etc.) em resultado da hipertrofia desta membrana ou como um tumor verdadeiro. 2. Em celenterologia, forma individual, séssil, típica dos cnidários, que se caracteriza pelo corpo formado por um tubo ou cilindro, cuja extremidade oral, dotada de boca e tentáculos, é dirigida para cima, e a extremidade oposta, ou aboral, é fixa.
30 Broncoespasmo: Contração do músculo liso bronquial, capaz de produzir estreitamento das vias aéreas, manifestado por sibilos no tórax e falta de ar. É uma contração vista com freqüência na asma.
31 Asma: Doença das vias aéreas inferiores (brônquios), caracterizada por uma diminuição aguda do calibre bronquial em resposta a um estímulo ambiental. Isto produz obstrução e dificuldade respiratória que pode ser revertida de forma espontânea ou com tratamento médico.
32 Antipiréticos: Medicamentos que reduzem a febre, diminuindo a temperatura corporal que está acima do normal. Entretanto, eles não vão afetar a temperatura normal do corpo se uma pessoa que não tiver febre o ingerir. Os antipiréticos fazem com que o hipotálamo “ignore“ um aumento de temperatura induzido por interleucina. O corpo então irá trabalhar para baixar a temperatura e o resultado é a redução da febre.
33 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
34 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
35 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
36 Neurite: Inflamação de um nervo. Pode manifestar-se por neuralgia, déficit sensitivo, formigamentos e/ou diminuição da força muscular, dependendo das características do nervo afetado (sensitivo ou motor). Esta inflamação pode ter causas infecciosas, traumáticas ou metabólicas.
37 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
38 Artrite: Inflamação de uma articulação, caracterizada por dor, aumento da temperatura, dificuldade de movimentação, inchaço e vermelhidão da área afetada.
39 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
40 Analgésico: Medicamento usado para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticas como a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol.
41 Antipirético: Medicamento que reduz a febre, diminuindo a temperatura corporal que está acima do normal. Entretanto, ele não vai afetar a temperatura normal do corpo se uma pessoa que não tiver febre o ingerir. Os antipiréticos fazem com que o hipotálamo “ignore“ um aumento de temperatura induzido por interleucina. O corpo então irá trabalhar para baixar a temperatura e o resultado é a redução da febre.

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