INFORMAÇÕES AO PACIENTE AROMASIN
Aromasin* (exemestano) é indicado para o tratamento do câncer1 de mama2 avançado
em mulheres com pós-menopausa3 natural ou induzida cuja doença progrediu após
terapia antiestrogênica. Aromasin* é também indicado para o tratamento hormonal de
terceira linha do câncer1 de mama2 avançado em mulheres com pós-menopausa3 natural
ou induzida cuja doença progrediu após tratamento com antiestrógenos e/ou
inibidores da aromatase não-esteroidais ou progestágenos.
Aromasin* deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido
da luz e umidade.
O prazo de validade está indicado na embalagem externa do produto. Não use
medicamento com o prazo de validade vencido, pode ser perigoso para sua saúde4.
O produto é contra-indicado a mulheres grávidas ou que estejam amamentando.
Informe ao seu médico a ocorrência de gravidez5 na vigência do tratamento ou após o
seu término.
Informe ao seu médico se estiver amamentando.
Aromasin* deve ser administrado preferencialmente após uma refeição.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a
duração do tratamento.
Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
É muito importante informar ao seu médico caso esteja utilizando outros
medicamentos antes do início ou durante o tratamento com Aromasin*.
Informe ao seu médico o aparecimento de qualquer reação desagradável durante o
tratamento com Aromasin*, tais como rubor, náuseas6, fadiga7, tontura8, sudorese9
(produção excessiva de suor), cefaléia10 (dor de cabeça11), insônia, exantema12 (manchas
avermelhadas na pele13), anorexia14, dor, alopecia15 (perda de cabelo16), edema17 (inchaço18)
periférico ou de membros inferiores, obstipação19, depressão, dor abdominal, vômitos20 e
dispepsia21 (má-digestão22).
Aromasin* pode, ocasionalmente, causar redução do número de linfócitos (um tipo de
célula23 de defesa do organismo), particularmente em pacientes com linfopenia
(diminuição dos linfócitos no sangue24) preexistente. Aromasin* pode, ocasionalmente,
causar elevações de enzimas hepáticas25 e da fosfatase alcalina26 (marcadores
laboratoriais relacionados à função do fígado27), principalmente em pacientes com
metástases28 hepáticas29 ou ósseas, ou ainda portadores de outras condições em que
haja prejuízo da função hepática30.
Aromasin* não deve ser administrado ao mesmo tempo que medicamentos que
contêm estrógenos, porque eles antagonizariam sua atividade.
Aromasin* é contra-indicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao
exemestano ou a qualquer de seus excipientes, em mulheres pré-menopausadas, em
gestantes ou lactantes31.
Foram relatadas sonolência, astenia32 ou tontura8 com o uso deste medicamento. Se
isso ocorrer, a capacidade física e/ou mental necessária para operar máquinas ou
dirigir automóveis pode estar comprometida.
Atenção: este medicamento contém açúcar33, portanto, deve ser usado com cautela em
diabéticos.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO, PODE SER
PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE4.
PARTE III
- INFORMAÇÕES TÉCNICAS
- Propriedades farmacodinâmicas
O exemestano, 6-metilenandrosta-1,4,dieno-3,17-diona, é um inativador irreversível da
aromatase esteroidal, relacionado estruturalmente com o substrato natural androstenediona34.
Em mulheres pós-menopausadas, os estrógenos são produzidos primariamente a partir da
conversão dos andrógenos35 em estrógenos por ação da aromatase nos tecidos periféricos. A
privação estrogênica por inibição da aromatase é um tratamento eficaz e seletivo do câncer1
de mama2 hormônio36-dependente em mulheres pós-menopausadas. Em mulheres pósmenopausadas,
o exemestano reduziu significativamente as concentrações séricas de
estrógenos, a partir de uma dose de 5 mg e produziu a supressão máxima (> 90%) com uma
dose de 10 mg a 25 mg. Em pacientes pós-menopausadas com câncer1 de mama2 tratadas
com a dose diária de 25 mg, a aromatização em todo o corpo foi reduzida em 98%.
Em um estudo clínico randomizado37, controlado, revisto por pares, Aromasin* (exemestano),
administrado na dose diária de 25 mg, demonstrou prolongamento estatisticamente
significante da sobrevida38, do tempo para progressão e do tempo para falha do tratamento,
quando comparado ao tratamento hormonal padrão com acetato de megestrol.
O exemestano não possui nenhuma atividade progestagênica ou estrogênica. Foi observada
uma pequena atividade androgênica, provavelmente em virtude do derivado 17-hidro,
principalmente em doses elevadas. Nos estudos de doses múltiplas diárias, o exemestano
não produziu efeitos detectáveis na biossíntese do cortisol ou aldosterona pela supra-renal39,
medida antes ou após a provocação com ACTH, demonstrando assim sua seletividade no
que se refere a outras enzimas envolvidas na via esteroidogênica. Conseqüentemente, não
são necessárias reposições de glicocorticóides ou mineralocorticóides. Foi observada uma
pequena elevação, dose-dependente, dos níveis séricos de LH e FSH dose-dependente,
mesmo em baixas doses. Esse efeito, entretanto, é esperado para a classe farmacológica e
provavelmente resulta do feedback na hipófise40 em virtude da redução nos níveis de
estrógenos que estimulam a secreção hipofisária de gonadotropinas também em mulheres
pós-menopausadas.